Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Nas ruas, defender Lula contra o fascismo jurídico e midiático!

: <p>18/03/2016- São Paulo- SP, Brasil- Ex-presidente Lula, durante ato em defesa da democracia, na avenida Paulista. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula</p>

Jeferson Miola

É aterrador o ataque dos procuradores-nquisidores ao ex-presidente Lula. Os acusadores fabricam acusações, mas cometem o erro crucial: não apresentam uma única prova contra Lula, só empregam uma verborragia histérica e ideológica contra ele.Até Reinaldo Azevedo reconhece: “Eles cometeram um erro primário. Nem um infiltrado de Lula na Força Tarefa seria capaz de idéia tão brilhante para colaborar com Lula”.

A fabulação dos pregadores do Ministério Público traz em si um questionamento: como pode alguém remunerado nababescamente pelo povo formular delírios que, apesar de mirabolantes, ainda assim agendam o noticiário dominante? A resposta é simples: este é um tempo de cólera fascista, um tempo de brutal ataque à democracia.

Os inquisidores abasteceram a bandeja de uma mídia fascista com o condimento ideal para a disseminação do ódio e da intolerância contra Lula e o PT. A estratégia de estigmatização para extirpar Lula e o PT entrou na sua etapa derradeira.

Esta estratégia ficou desnuda. Depois de completarem a farsa doimpeachment para o golpe contra Dilma, era preciso encerrar a Lava Jato para preservar os donos do poder que tomaram de assalto o Palácio do Planalto com Michel Temer, Cunha, Jucá, Padilha e Aécio.

Se os democratas do Brasil se amedrontarem diante desta brutal ofensiva dos fascistas do MP, da PF e do Judiciário, não estarão somente legitimando o assassinato do Estado de Direito, mas estarão silenciando ante o esmagamento da esquerda e do campo democrático e popular. É imperativo, por isso, uma vigorosa contra-ofensiva a este fascismo jurídico e midiático.

Na falta de substância para a acusação, os pregadores fanáticos abusaram do uso de uma retórica adjetiva. Os inquisidores defendem que a propina na Petrobrás – que foi aperfeiçoada no governo do FHC e continuou beneficiando o PMDB, PP, PTB, DEM, PSDB durante os governos petistas por conta de um sistema político podre – foi de R$ 6,2 bilhões.

E afirmam que Lula, supostamente, teria sido beneficiado com  R$ 3,7 milhões, ou 0,0597% daquele volume roubado pelos partidos que sustentam o governo golpista de Michel Temer.

O incrível disso é que, para construir esse raciocínio, os justiceiros se apóiam nas delações de Sérgio Machado, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano e outros que incriminam claramente os integrantes do governo golpista, mas nunca citaram Lula.

Ora, como Lula poderia ser o “comandante máximo”, o “grande general”, o “regente”, o “maestro”, o “vértice da pirâmide”, o “líder máximo”, o “dirigente central” de um esquema bilionário de corrupção no qual seus inimigos se beneficiaram com 99,94% da corrupção que ele, supostamente, teria se beneficiado com 0,0597%?

É evidente que a acusação não passa de um delírio acusatório; mera obsessão patológica para atingir Lula e, assim, encerrar a Lava Jato sem incriminar os verdadeiros bandidos, que pertencem ao establishmentdominante.

Os inquisidores construíram uma fabulação ardilosa. Maquinam que uma “propinocracia”, suposto “regime” baseado em propinas, foi criado por Lula para garantir a “perpetuação criminosa do poder” mediante uma “governabilidade corrompida”, através de propinas que permitiram o “enriquecimento ilícito” dos integrantes de tal regime fantasioso.

Quanto delírio!

O problema, contudo, não é o delírio, mas os efeitos práticos da obsessão patológica e delirante contra o PT. À continuação, eles defenderão que esse regime de “propinocracia” é sustentado por uma organização criminosa, e que esta organização criminosa é precisamente o PT! O passo seguinte, portanto, deverá ser a extinção do PT.

O ataque a Lula e ao PT não é apenas uma violência contra uma parcela da sociedade brasileira, mas é um ataque mortal à democracia e ao Estado de Direito. A democracia e a Constituição do Brasil encontram-se seriamente ameaçadas pela obsessão doentia de procuradores obcecados e cegos pela fé, e não pela razão e pela Lei.

Quando o fanatismo odioso e estigmatizador domina as consciências jurídicas e democráticas, a sociedade corre o sério risco de descambar para regimes totalitários. O nazismo, por exemplo, se plasmou na Alemanha dos anos 1920/1930, apoiado em dogmas desse tipo.

É necessário asfixiar a serpente do mal na origem. Para o bem da democracia, é fundamental que a Lava Jato seja aberta ao escrutínio de juristas e de instituições independentes. Os investigadores da Lava Jato – que se constituíram em agentes totalitários que além de investiga, acusar e julgam – perderam a isenção e a confiança para seguir conduzindo a Operação.

Os setores democráticos do Brasil, e não somente o PT, devem desencadear uma vigorosa contra-ofensiva ao fascismo de setores do Judiciário, do MP e da PF, e que é irresponsavelmente naturalizado pela mídia hegemônica.

É nas ruas que deve ser feita uma vigorosa resposta à manipulação e ao fascismo jurídico-midiático para defender Lula.

‘Fosso’ entre acusação e prova põe futuro da Lava Jato em xeque, diz jornal dos EUA

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Chicago Tribune descreve que os promotores que apresentaram denúncia contra o ex-presidente Lula fizeram declarações "impressionantes" e uma "litania" de acusações, mas foram econômicos ao apresentar provas, o que, segundo o jornal, pode colocar em xeque o futuro da Operação Lava Jato 

247 – O jornal Chicago Tribune, dos Estados Unidos, destaca em sua reportagem sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o ex-presidente Lula que houve poucas provas apresentadas, o que pode colocar em xeque o futuro da Operação Lava Jato.

O veículo descreve que a denúncia contra Lula já era esperada, mas que as expressões usadas pelos promotores foram "impressionantes". Segundo o jornal, os promotores fizeram uma "litania" (espécie de ladainha) de acusações, mas foram econômicos ao apresentar provas.

Segundo a reportagem, "o fosso escancarado entre as acusações verbais e as denúncias (formais) levantaram questões sobre o futuro da investigação". A matéria acrescenta que, se por um lado as "acusações drásticas" podem ajudar os promotores a manter o caso em sua jurisdição, por outro, implicam "riscos" de que a investigação seja vista como politizada.

Leia aqui em inglês.