Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 21 de abril de 2015

Comercial da Fiesp pró terceirização é abuso de poder econômico


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terceirização capa
Quarta-feira, 22 de abril de 2015. Mais uma vez, os que supostamente seriam “representantes do povo” reúnem-se na Câmara dos Deputados para votar os destaques do projeto de lei 4330, que não votaram na semana passada devido à pressão que CUT, CTB, MST, MTST, UNE e outros vêm fazendo para impedir uma tragédia para o trabalhador brasileiro.
A aprovação do PL 4330 significa, na prática, que os empresários – sobretudo os grandes empresários – terão à disposição um meio de simplesmente ignorarem a Consolidação das Leis do Trabalho e para extinguir, com uma canetada do Poder Legislativo, a forte valorização que os salários dos trabalhadores experimentaram ao longo da última década.
A aprovação desse projeto de lei, da forma como está, fará a legislação trabalhista retroceder décadas no Brasil. O trabalho assalariado se tornará mais precário e o empregador terá um instrumento que lhe permitirá dar um golpe de morte no movimento sindical.
Eis que, na véspera dessa votação (21/4), no intervalo do Jornal Nacional, da Globo, – assim como em outras redes de televisão –, o país é atacado por uma peça publicitária que tenta ludibriar dezenas e dezenas de milhões de brasileiros.
Ao custo de uma quantidade formidável de dinheiro para veicular essa peça no horário mais caro da televisão brasileira, a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) divulga essa enganação, aproveitando-se de sua riqueza extrema, auferida ao longo do século XX ao custo de uma literal exploração vil do trabalho assalariado.
Abaixo, a propaganda milionária da Fiesp para enganar o trabalhador brasileiro.


O garoto-propaganda da Fiesp, Paulo Skaf, candidato derrotado ao governo de São Paulo, mente. Como pode ser bom para o trabalhador colocar um intermediário entre ele e aquele que empregará sua mão-de-obra? Para esse intermediário ser remunerado, ou o empregador tem que pagar mais ou o empregado tem que ganhar menos.
A peça publicitária que você assistiu acima, mente.  Ela induz o expectador a crer que o projeto de lei da terceirização se destina aos que já são terceirizados, quando, na verdade, ela serve para permitir que quem não é terceirizado seja jogado nesse regime.
Se as centrais sindicais e os movimentos sociais que lutam contra a terceirização tivessem dinheiro como a Fiesp, poderiam fazer uma peça publicitária para contestar a da federação empresarial dando a explicação simples que você leu acima, perguntando ao público se cada um tem vontade de se tornar terceirizado, pois é isso que o PL 4330 irá gerar.
A Fiesp, uma associação de patrões, está se contrapondo a associações de trabalhadores. Pela lógica, como para cada empregador existem milhares de empregados, não deveria ser difícil impedir essa tragédia para a esmagadora maioria dos brasileiros. O que permite que tal absurdo aconteça é o dinheiro, que possibilita fazer pessoas apoiarem o que as prejudica.
Na verdade, as centrais sindicais deveriam ingressar na Justiça contra essa peça publicitária, que torna desigual a disputa por corações e mentes. Os atos públicos que ocorrerão nesta quarta-feira não terão como se contrapor à veiculação dessa farsa em horário nobre e no meio de difusão mais poderoso que existe: a televisão.
Só o que se pode fazer é tentar a guerrilha da informação, na internet e nas ruas. Nesta quarta-feira, faça a sua parte na rede, no espaço público. Divulgue os fatos, dê a quem puder essa explicação tão simples que figura neste texto. Até uma criança é capaz de entender, mas para alguém entender alguma coisa precisa de explicação.


CHEGA AO FIM O ATAQUE ESPECULATIVO À PETROBRAS

Doutor Janot, veja como seus meninos abriram as portas do inferno Autor: Fernando Brito

moromacarthy
É curioso como, de alguma forma, vivemos a tal “ditadura” que a direita alucinadamente aponta existir no Brasil.
Está à solta na mídia o mais desavergonhado macartismo já visto desde os tempos do “dedodurismo” que marcou os primeiros anos da ditadura militar.
E, legitimado por ele, a criação da onipotência policial .
A Polícia Federal, elevada à condição de altar de santos pela mídia, força o Ministério Público e negocia com o Congresso – especialmente com os parlamentares citados na própria Lava-Jato, uma mudança na Constituição que a torne “independente” do poder legítimo, aquele que é eleito.
Os delegados chegam ao ponto de “peitar” publicamente o Procurador-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, ao divulgarem nota em que “manifestam preocupação com os prejuízos à investigação criminal e o atraso de diligências em cerca de nove inquéritos da operação Lava Jato, que tramitam no STF, os quais estão muito aquém daqueles em andamento na Justiça Federal do Paraná”.
Delegado de polícia não manda em inquérito judicial, cumpre diligências que lhes são determinadas pelo Ministério Público ou pelo Ministro-relator.
Mas o presidente da Associação dos Delegados é ameaçadoramente explícito ao Estadão“A Polícia Federal quer trabalhar. Se o Supremo entender que tem que ser exclusivamente do jeito que o procurador-geral quer, a PF não assume a responsabilidade nem os riscos dos resultados. Se a PF não tiver como contribuir na forma como entender mais adequada e se o procurador-geral quiser assumir integralmente a responsabilidade, paciência.”
Mais afrontoso, impossível.
O Ministério Público, a esta altura, deveria estar vendo o que gerou a sua tolerância com a formação de uma cumplicidade total com a formação de um núcleo promíscuo de delegados, procuradores e um juiz que se arroga jurisdição sobre todos os fatos que desejar, em qualquer ponto do país e que não pode ser contestado, sob pena de execrar-se perante a opinião pública qualquer um que o contrarie.
As tragédias da democracia ocorrem assim: em nome da moralidade e da ordem, a vida de uma nação começa a ser dominada pela histeria policialesca, que há quase 50 anos fez Stanislaw Ponte Preta começar assim o seu “Festival da Besteira que Assola o País”, o imortal Febeapá.
“É difícil ao historiador precisar o dia em que o Festival de Besteira começou a assolar o País. Pouco depois da “redentora”, cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem “otoridades”, sentindo a oportunidade de aparecer, já que a “redentora”, entre outras coisas, incentivou a prática do dedurismo (corruptela do dedodurismo, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo enfim, como corrupto ou subversivo – alguns apontavam dois dedos duros para ambas as coisas) , iniciaram essa feia prática, advindo daí cada besteira que eu vou te contar”
O Estado Policial não é uma ferramenta da polícia, é da política.
A descrição do macartismo que Philip Roth faz, em seu romance “Casei com um Comunista” (Cia das Letras), é o mais duro retrato disso.
“O negócio de McCarthy, na verdade, nunca foi a perseguição de comunistas; se ninguém sabia, disse, ele sabia. A virtude dos julgamentos-espetáculo da cruzada patriótica de McCarthy era simplesmente a forma teatralizada. Ter câmaras voltadas para aquilo apenas lhe conferia a falsa autenticidade da vida real. McCarthy compreendeu melhor do que qualquer político americano anterior a ele que as pessoas cujo trabalho era legislar podiam fazer muito mais em benefício de si mesmas se representassem um espetáculo; McCarthy compreendeu o valor de entretenimento da desgraça e aprendeu como alimentar as delícias da paranoia. Ele nos levou de volta a nossas origens, de volta ao século XVII e a nossos antepassados. Foi assim que o país começou: a desgraça moral como entretenimento público. McCarthy era um empresários dos espetáculos e, quanto mais desvairados os pontos de vista, tanto mais ofensivas as acusações, maior a desorientação e melhor a diversão para todo mundo.“
A propósito: de homem mais temido dos EUA, Joseph McCarty morreu desacreditado.

O que tem o PSDB (Aécio) a declarar ?

E o Cerra vai correr atrás das repórteres do PiG para vender as bugigangas que leva na mochila.



A candidatura de Aecím foi a soma de dois equívocos.

O primeiro, não se candidatar em 2010, na sucessão do Lula, quando ele era governador, em plena atividade – e se escondia atrás da blindagem siderúrgica que a irmã montou em Minas.

O segundo, se candidatar em 2014, fora do Governo, desvalorizado em Minas – onde perdeu melancolicamente – e confiar, apenas, na força do PiG e nos votos de cabresto dos tucanos de São Paulo – esse pessoal que vai à Paulista e tem infinita indigência política.

O desgaste inevitável do primeiro Governo Dilma – diante da desaceleração mundial – foi seu maior trunfo.

Perdeu.

Só ele e o Luciano Huck achavam que ele ia ganhar.

Aí, o Machão do Leblão pirou.

Perdeu o rumo.

Ou, quem sabe, encontrou o genuíno rumo, aquele que sempre existiu sob a camada de proteção da irmã.

O aventureiro, o playboy irresponsável.

E queria levar o partido ao precipício do impítim.

Que o Otavím e o Ataulfo Merval (ver no ABC do C Af) insistam na tese … eles são de outro manicômio.

Otavím tem a detonar um jornal em extinção.

O Ataulfo tem a detonar uma reputação intelectual que nunca mereceu: a de pensador.

O Ataulfo só serve para revelar – às vêzes – o que pensam os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio e não há certeza de que pensem.

Agora, o Farol de Alexandria e o Padim Pade Cerra (ambos no ABC do C Af), depois de se manifestar a inequívoca liderança do Eduardo Cunha, sepultaram a tese alucinada do impítim do Aecím.

Sem o impítim, o que sobra ao Aecím ?

A iminência de um processo sobre sua atividade em Furnas, porque, como se sabe, o Ministro Teori o livrou da forca, por enquanto

E o que sobra ao PSDB sem o impítim ?

Nada !

O combate infatigável à corrupção.

(Não deixe de ler o artigo sobre a Lava Jato como exercício egóico, do professor Rogerio Dultra dos Santos.)

Mas, isso, eles fazem desde o início dos tempos.

Foi assim que mataram Vargas, depuseram Jango, aderiram (tarde) ao Golpe e a ele se mantiveram unidos na carne e no  osso: para encher os bolsos da Globo e impedir que a corrupção contaminasse o Brasil !

Vão quebrar a Petrobras ?

Amanhã, quarta-feira 22/04, a Petrobras divulga o balanço devidamente auditado.

Os bancos confiam na robustez da Petrobras.

Não vão quebrar a Petrobras, nem as empreiteiras que interessam: porque os acordos de leniência serão feitos, queira a Urubóloga ou não.

No pôr do sol, lá pelo início do ano que vem, o PSDB estará no mesmo lugar.

À espera do nada.

Com as mesmas ideias de sempre.

Voto distrital, parlamentarismo, entrega da Petrobras à Chevron.

E o Consenso de Washington.

A Teoria da Dependência, que ninguém leu.

(O Mino Carta sustenta que ninguém leu nenhum livro do Fernando Henrique.)

O que o PSDB ainda não percebeu é que o Fernando Henrique não está minimamente interessado no destino do PSDB.

Mas, no seu – dele – lugar na História.

Por isso, ele precisa destruir o Lula.

Para que não haja a comparação.

E essa é a estrada de Damasco em que ele segue, incansavelmente.

Nem que seja preciso ir a esses encontros suspeitos, onde políticos são apresentados a ricos e ricos são apresentados a políticos.

Uma dessas invenções de engenhosidade paulista…

Quanto ao futuro do Cerra … isso depende do Alckmin.

Como se sabe, o Cerra é minoria até no PSDB de São Paulo.

Quem manda no PSDB de São Paulo é o Alckmin.

Que só não será candidato a Presidente se não quiser.

E o Cerra ficará em Brasília, atrás de repórteres do PiG para vender o que leva na mochila: voto distrital, parlamentarismo, Chevron, as bugigangas de sempre.

Em tempo: dizem que o João Dória, o empresário (sic) criador – ele inventou o vácuo – desses “encontros” ficou chateado, porque convidou centenas de petistas e ninguém foi. Chamou os petistas de “fujões”. Bem feito. Errados estavam aqueles que foram a “encontros” anteriores.


Paulo Henrique Amorim



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