Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 24 de março de 2015

Jornal Nacional, diz o UOL, vê sua audiência “se derreter”. Dá duas “Chiquititas”

Autor: Fernando Brito
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Ricardo Feltrin, colunista de TV do UOL, diz que a noite de ontem foi de “terremoto” na Globo, pelo fato de o Jornal Nacional ter caído a uma das mais baixas audiências de sua história, registrando 20 pontos em São Paulo.  Apenas o dobro da versão da novela “Chiquititas” ou do telejornal da Record.
Foram 20 pontos, para um telejornal que – registra Feltin – tinha quase  36 pontos no Ibope há dez anos e quase o dobro nos anos 70.
Claro que estes “recordes negativos” guardam relação com a explicação de sempre: o baixo desempenho das novelas que cercam o noticiário.
Mas representa, também, o contínuo declínio não apenas da Globo, mas da TV como meio de informação, que não apenas perdeu a hegemonia com a popularização da internet como, a esta altura, caminha para perder também a liderança como principal fonte de informação para os brasileiros.
E é aí que se encontra a principal explicação para a fúria com que se investe contra os blogs desvinculados das grandes empresas de comunicação.
Engana-se quem acha que isso se deve a uma inexistente “disputa por verbas publicitárias do governo”.
O objetivo é sinalizar que qualquer iniciativa publicitária privada nestes veículos é “acumpliciamento” do anunciante com a “maldita esquerda”.
O leitor do Tijolaço, é claro, toma cerveja, usa creme dental ou compra sabão em pó tanto quanto qualquer outra pessoa.
Mas não interessa aos anunciantes brasileiros e só consegue publicidade pelas formas abertas com que empresas estrangeiras a fazem, a começar pelo Google, embora outros grupos estejam entrando neste segmento de mercado..
E o fazem com pagamentos muito menores que a veiculação tradicional de publicidade – sem que isso a torne igualmente barata para o anunciante – e pelo controle das métricas de audiência e, sobretudo, dos “cliques” sobre os anúncios, que é o que mais define o valor a ser pago.
Não pensem que o “vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque  vende mais” das relações Globo-Ibope não se reproduz nos meios eletrônicos.
Só que a realidade é um bicho teimoso e acaba se impondo.
O partido único da mídia, tal como “a voz do dono” do Jornal Nacional, apesar de todo o imenso poder de que ainda dispõe, é um dinossauro.
E não é culpa da mocinha Mili.

No DCM, o vídeo sobre a sonegação da Globo.

Autor: Fernando Brito

docempire
Avisa-me um amigo de que o Diário do Centro do Mundo publica o vídeo onde o jornalista Joaquim de Carvalho mostra os descaminhos trilhados pela Rede Globo para sonegar o pagamento de impostos sobre a compra dos direitos televisivos das Copas de 2002 e 2006, que passam por uma empresa fantasma nas Ilhas Virgens, a Empire, e terminam na sacola de uma servidora da Receita Federal que, por exclusiva inspiração do Espírito Santo, resolver roubar e dar sumiço à autuação recebida pela empresa.
É um documento videográfico de um escândalo que, um dia, saberemos em toda as suas cumplicidades criminosas, e que – é bom lembrar – foi feito, por seus valores e época (1998) quando Roberto Marinho ainda se encontrava à frente do seu o império – e da fajuta Empire caribenha.
Durante anos, Marinho conseguiu manter sob censura no Brasil o documentário inglês “Muito além do Cidadão Kane“, onde se contava a história da criação e do uso de seu poder imperial.
Mas veio à tona, como virá esta história do dinheiro sonegado.
Pelo também, diria o Fisco,  “Cidadão Cano”.