Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 13 de março de 2015

A constrangedora leveza intelectual dos “meninos” que lideram a campanha pelo impeachment


Da Redação
Os jovens promotores dos protestos que pedem o impeachment de Dilma conquistaram seus 15 minutos de fama.
Autor do vídeo “E se Dilma fosse uma vilão da ficção?”, Kim Kataguiri, de 19 anos, é fã de bandas como Maroon 5 e Strokes
Um dos líderes da manifestação nacional que, entre outras pautas, pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo (15) é um jovem de 19 anos, neto de japoneses, que defende uma economia de linhagem liberal e que largou a universidade antes de terminar o primeiro ano: “Estava sem tempo para ir e as faculdades de economia no Brasil são muito atrasadas.”
Kim Kataguiri faz parte do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo favorável a uma política econômica liberal, com um Estado microscópico – - o que se traduz com medidas como a privatização de estatais e dos sistemas de saúde e de educação (“com a distribuição de carteiras para aqueles que não puderem pagar”). Defende ainda a “liberdade de imprensa” e o “fim do perdão de dívidas de ditaduras” (como Guiné Equatorial).
Seria apenas constrangedor descobrir que dezenas de milhares de brasileiros foram convencidos a ir às ruas por um garoto que se acredita personagem de mangá e produz vídeos supostamente bem humorados como os que aparecem acima.
Kataguiri é co-autor de um espantoso artigo publicado pela Folha de S. Paulonum tom grandiloquente que caberia muito bem em um videogame:
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Como é que é?
Um menino de 19 anos, que abandonou a faculdade antes de completar o primeiro ano, quer demolir o Estado brasileiro?
Kataguiri talvez seja apenas mais um inocente útil, guindado à condição de protagonista pelo desespero da mídia em encontrar novos heróis, “apartidários”, para praticar o antipetismo.
O tal MBL, ao qual ele pertence, é uma versão fuleira do movimento libertário dos Estados Unidos, financiado pelos irmãos Koch.
Se não houver uma intervenção da matriz, essa garotada vai acabar avacalhando o liberalismo, como o próprio Kataguiri faz ao admitir, na entrevista reproduzida acima, que, uma vez privatizadas a saúde e a educação, ainda assim quem não pudesse pagar receberia ajuda.
Será que ele sabe que o guru Ronald Reagan disse que “there is no free lunch in America”?
Os “meninos do golpe”, como os definiu Rodrigo Vianna, só não são uma piada completa porque as teses que eles advogam, impulsionadas pelos milhões de dólares dos irmãos Koch, já causaram muito dano por aí, especialmente nos Estados Unidos.
Os Koch, que fizeram sua fortuna de U$ 100 bilhões no ramo do petróleo, estão na lista dos maiores poluidores norte-americanos. É tentador imaginar que advogam um Estado fraco para se livrar de prestar contas à sociedade.
Na cartilha libertária deles também estão a privatização da Previdência Social, a extinção dos sindicatos e do salário mínimo e o aumento da idade de aposentadoria.
Isso é o que se chama de advogar em causa própria!
Os irmãos Koch já torraram milhões de dólares para produzir uma câmara de eco para ideias que os beneficiam economicamente, através de:
1. Estudos “neutros”, publicados por think thanks financiados por eles;
2. “Especialistas” que se colocam à disposição da mídia para dar entrevistas;
3. Jornalistas que reproduzem nos jornais, no rádio e na TV as ideias da dupla;
4. Políticos que tiveram suas campanhas financiadas pelos bilionários.
Tendo combatido o movimento pelos direitos civis nos anos 60, os Koch militam pelo que é chamado nos Estados Unidos de “neighborhood schools”, escolas da vizinhança.
Por trás desta imagem benigna se esconde o combate à integração entre negros e brancos, de bairros diferentes, na mesma escola, uma política pública implementada com transporte escolar.
À primeira vista, o jovem Kataguiri parece ser apenas um aspirante a Danilo Gentili recém-saído da adolescência.
Se ele nos presta algum serviço neste momento, é o de oferecer um alerta sobre a profundidade e a extensão do analfabetismo político de um número bastante razoável de brasileiros.
Leia também:

Miami é aqui! O protesto brazuca da moça do “eu sou rica, vocês são burros”

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Desculpem, mas não resisti, quando vi.
Até porque dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras.
Vocês sabem quem a loura que se estufa ao lado da faixa em inglês,exibida neste momento no concorridíssimo caminhão de som dos “Revoltados Online” para “mobilizar” a Avenida Paulista?
É ela mesmo, a ex-Barbie Fitness, uma jovem de nome Deborah Albuquerque Chlaem, que tem como principal atributo o fato de ter ido às redes sociais divulgar um video chamando de burros os eleitores e dizendo que, como era rica e tinha um pai “agente Fifa” ia para Orlando, na Flórida.
Ao contrário de Lobão, ela foi, mas a passeio, comemorado com champagne no facebook e depois “esticou no Caribe”e  deu umas voltas de helicóptero.
Mas como é uma insigne patriota, voltou para ajudar nas camisetas dos Revoltados, das quais agora é dirigente.
Porque Deborah não suporta mais os sofrimentos a que ela vem sendo submetida por este governo comunista bolivariano.
É quase uma tortura, enquanto aquelas pobres desdentadas do Nordestes, eleitoras de Dilma, se entopem de banquetes de farinha e jerimum, regados a água de cisterna, tudo pago com o dinheiro do contribuinte, através do Bolsa Família.
Mas isso tem jeito.
We want our Brazil back!
God bless America!

Altman: 'hoje é dia de lutar contra o golpismo'





SOBRE IMPEACHMENT, INTERVENÇÃO MILITAR, PROTESTOS E AS REGRAS DO JOGO DEMOCRÁTICO

Se você planeja ir a algum dos protestos agendados no dia 15 PARA PEDIR O IMPEACHMENT da presidente que a maioria dos eleitores brasileiros acabou de reeleger, a sua pretensão é tão estúpida e e o seu propósito é tão antidemocrático que duvido que qualquer argumentação racional e moral possa exercer qualquer efeito sobre sua consciência. Não é com você, portanto, que eu falo.

Se você está pensando em ir exercer o seu direito democrático de demonstração política para berrar pelo RETORNO DOS MILITARES ao controle do Estado brasileiro, violando, de um só golpe, todas as instituições da democracia liberal e o direito de a maioria escolher quem governa o país, também não há o que possa lhe dizer que você já não o saiba: você é um detestável autocrata, inimigo da democracia, amante de tiranias e ditaduras e o quero bem longe de mim.

Se você, então, planeja reivindicar impeachment ou intervenção militar com base no argumento de que já vivemos sob uma DITADURA COMUNISTA BOLIVARIANA, de que o Brasil já é igual à Venezuela e se encaminha para ser uma Cuba (mas você bem queria que fosse um Paraguai para sapecar um impeachment relâmpago na presidente), então o seu caso é ainda mais grave: ou você ou é um delirante e alucinado cuja mente se desapegou da realidade, ou é um ignorantão político do nível samambaia que acreditaria até se lhe dissessem que Dilma é venusiana, ou, enfim, você é simplesmente um canalha, embriagado de má-fé, que sabe que o que afirma não tem o menor cabimento, mas criou uma fantasia que lhe é conveniente para arregimentar uns otários para a sua causa.

Fora essas "razões", entretanto, respeito qualquer outra razão para que você vá protestar, no domingo ou no resto do ano. Na democracia, são válidas todas as razões para se discutir política, mobilizar-se, demonstrar ao sistema político o seu sentimento, protestar contra agendas, políticas e comportamentos. Exceto aquelas que violem ou acintosamente neguem as regras do jogo democrático e os princípios da democracia liberal. Você, por exemplo, não pode achar que as ruas sejam um modo de aferição da vontade do povo melhor do que as urnas, que, aliás, acabaram de se expressar. Você não pode imaginar que a sua vontade, mesmo unida a milhares, talvez milhões de outros que gritam nas ruas, possa imperar sobre a maioria, mesmo que tenha certeza de que a maioria é estúpida e está errada. Você não pode sacar do poder, no urro e no berro, uma presidente que acabou de ser eleita, só porque nem ela nem o seu partido lhe apetecem. Respeitadas as regras da democracia, contudo, todo o resto é legítimo. Proteste, manifeste-se, grite mesmo. Mas jogue limpo, dentro das regras do jogo, como todo mundo sob o contrato social democrático.



Altman: 'hoje é dia de lutar contra o golpismo'


 

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"A hora do combate chegou", diz o jornalista Breno Altman, colunista do 247 e editor do Opera Mundi; ele afirma que o ato promovido nesta sexta-feira pela Central Única dos Trabalhadores em defesa da democracia e da Petrobras será decisivo para romper "o cerco midiático e institucional determinado pela reação oligárquico-burguesa"; ele lembra ainda que não se trata de uma manifestção pró-Dilma; "Não é obrigatório gostar do governo Dilma para descer ao asfalto ou à terra batida nessa hora dramática. Os próprios organizadores da mobilização exigem imediata mudança da política econômica", diz ele; "Poderão estar juntos todos aqueles que estão dispostos a lutar contra o retrocesso, o golpismo e os bandos que ameaçam a democracia"


247 - "A hora do combate chegou", diz o jornalista Breno Altman, sobre as manifestações convocadas pela Central Única dos Trabalhadores para esta sexta-feira, no artigo "Hoje é dia de lutar contra o golpismo".

"O movimento tem caráter suprapartidário e de defesa da democracia. As pessoas não estão sendo chamadas a apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff, mas para garantir a legitimidade de seu mandato constitucional", diz ele.

"Quem atender ao convite da Central Única dos Trabalhadores, também se somará à indignação contra a campanha nacional e internacional que tem como alvo a Petrobras. As grandes corporações, os governos imperialistas e a oposição de direita mal escondem seu interesse em sucatear e privatizar a estatal, manipulando as investigações sobre desvios na empresa em favor de suas intenções."

Altman lembra ainda que a manifestação não é pró-Dilma. "Não é obrigatório gostar do governo Dilma para descer ao asfalto ou à terra batida nessa hora dramática.Os próprios organizadores da mobilização exigem imediata mudança da política econômica, com a retirada das medidas do ajuste fiscal, e adoção de uma agenda unitária que represente as aspirações e reivindicações das camadas populares."

Trata-se, sim, de defender o regime democrático. "Não há outro caminho para romper o cerco midiático e institucional determinado pela reação oligárquico-burguesa", afirma. "Com firmeza e generosidade, a partir desta sexta-feira poderá nascer uma frente ampla dos trabalhadores da cidade e do campo, do mundo da cultura e da produção, capaz de ser a coluna vertebral dos que não admitem o país andando para trás."

Leia a íntegra no blog de Breno Altman, em parceria com o 247.


Se ocorrer hoje uma tragédia na Paulista, o responsável se chama Marcello Reis


Por Renato Rovai

O líder de uma das páginas mais imbecis do Facebook se chama Marcello Reis. É um tipo achacador que se aproveita da ignorância e estupidez de parte dos seus seguidores pra vender kit impeachment e adesivos de Fora Dilma. Aprendeu direitinho a lição de tipos como Malafaia e Feliciano. É um horror ter que lidar com essa gente, mas eles são parte da sociedade e têm de ter seus espaços democraticamente garantidos.

Mas há limites e eles precisam ser levados em consideração pelas autoridades antes que o Brasil viva nas ruas uma tragédia sem precedentes na sua história recente.

Este sujeito colocou ontem um vídeo no Facebook dizendo que vai estacionar um caminhão, hoje, às 15h, na frente do prédio da Petrobras, tocando a música do impeachment. E que está esperando seus seguidores lá a partir das 16h. Você pode conferir o vídeo aí embaixo.

Os movimentos sociais têm um ato marcado para este mesmo local há quase um mês. E será inevitável o encontro dos grupos.

O provocador diz que terá o apoio da Polícia Militar para fazer sua ação. Se isso for verdade e algo acontecer, o governador Alckmin terá de responder pela insanidade.

Se o mesmo governador e sua Secretaria de Segurança Pública solicitaram a antecipação do horário do jogo do Palmeiras no domingo, como vão autorizar que sejam convocados dois atos com conteúdo distinto para o mesmo local exatamente num momento tão delicado da disputa política do país?

Será que se o MST e a CUT decidissem fazer uma marcha na Paulista no domingo a Secretaria de Segurança Pública iria autorizar?

Há gente na defesa do impeachment em busca de um cadáver. E o líder dos Revoltados On Line, ao que tudo indica, é um deles.

Se algo não for feito para que esse maluco seja controlado e não possa estacionar seu caminhão para provocar os manifestantes que irão hoje à Paulista, o recado estará dado. O que o PSDB e os golpistas procuram criar é uma tragédia.

E estão dando corda para que gente que não tem a menor responsabilidade social e política faça isso.

Berzoini, que tal tirar a Globo do ar ? Quem é o Bozó mais ilustre ?

Bozó é aquele notável personagem do Chico Anysio que se fazia de funcionário da Globo, muito poderoso, e se dava ares de ser “amigo dos homens”.

Na comunidade dos profissionais, “Bozó” passou a ser qualquer funcionário de uma rede de televisão que se ache bem informado – e, portanto, poderoso.

Todos os Bozós do Brasil sabem que a #globogolpista se prepara para empreender mega-cobertura da marcha do Golpe, domingo.

Mais do que na escolha do Papa, quando a #globogolpista acreditou na eleição do cerrista D Odilo Scherer, de São Paulo.

Ou, como na Copa do Mundo, quando a #globogolpista emprega mais gente do que todas as outras redes de tevê, nacionais e estrangeiras, juntas.

A mega-cobertura da #globogolpista fez o Governador Alckmin remarcar o jogo do Palmeiras para as 11h00 da manhã.

Como se sabe, o místico da Moóca, aquele que não diz do que vive, manda no Palmeiras.

Estão todos os #globogolpistas irmanados no Golpe televisivo.

Em 2002, na Venezuela, os donos das redes privadas de televisão deram um Golpe por 48 horas, até que os militares trouxessem Chávez de volta ao Palácio de Miraflores.

O Golpe foi minuciosamente descrito no documentário de dois jornalistas irlandeses que, por acaso, pretendiam entrevistar Chávez quando os #globogolpistas Golpearam.

Depois disso, Chávez construiu uma rede de televisão estatal poderosa, competitiva, que ainda hoje permite que Maduro  enfrente os #globogolpistas.

(Veja o que o Stédile disse lá, num evento com Maduro, num supermercado.)

Na Argentina, a #globogolpista de lá, o Clarín tentou o mesmo com o lock-out de produtores rurais.

Quebrou a cara.

Cristina K montou uma teve estatal poderosa, competitiva e, por cima, enfiou uma Ley de Medios pela goela abaixo da #globogolpista.

Assim como o Bozó, o Serviço de Inteligência (?) da Presidenta Dilma, a Polícia Federal do ministro zé (quá, quá, quá !) e o Ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini devem estar informados do que a #globogolpista vai fazer domingo.

Vai fazer como nas manifestações de junho de 2013.

Aí, as doces apresentadoras da GloboNews – agora com o reforço daquela que levou uma chinelada, no ar, da Urubóloga – as doces apresentadoras davam instruções aos vândalos: “em frente é a Ponte Rio Niterói !”, “se seguir à esquerda dá no Maracanã” !

A aguerrida equipe do Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af) se prepara para dar um Golpe multi-estadual, de nacionais dimensões: do Oiapoque ao Chuí, ao vivo !

Um Golpe sem que a Presidenta Dilma possa responder, porque não tem a tevê estatal de que dispõem o Maduro e a Cristina K.

Porque o PT entra para a História como o Partido que morre de medo da Globo.

E todo petista – especialmente os de São Paulo, se usar bigodes – sonha em aparecer na GloboNews para discutir Economia com a Urubóloga !

Seja como o velho Brizola !, presidenta, sugeriu o Stédile.

O Ministro Berzoini, porém, tem um recurso tão simples quanto extremo.

Tirar o sinal da Globo do ar.

Por que ?

Porque a #globogolpista vai usar uma concessão pública, a exploração do espectro eletromagnético – que pertence ao povo brasileiro – para derrubar as instituições da República.

Porque sem o impítim ela não chega a 2018.

É só ver o que disse a Nielsen.

Tirar o sinal do ar.

Simples.

E iniciar a cassação da concessão, em nome da ordem pública.

E deixa o Gilmar reclamar.

Deixa o Imaculado Cunha protestar.

O Ataulfo (ver no ABC do C Af) bufar com o embaixador americano.

O Governo Dilma não pode ser bernardizado !

Porque o Governo Dilma não é dela.

É de 52% dos eleitores brasileiros !

Que cansaram de ser governados pelo William Bonner, o Bozó mais ilustre.


Paulo Henrique Amorim





Vamos à Luta ! Pela Democracia , contra o golpe , pela soberania naciona e Petrobras do povo !