Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Serra tira a fantasia: o negocio é fatiar e vender a Petrobras.

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A entrevista de José Serra ao “dono do lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.

O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.

Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.

O “fio textil” é poliéster, derivado integral de petróleo, que é produzido em Suape, como parte da cadeia de valor gerada pela refinaria, junto com a resina PET, com a que se produz garrafas.

São plásticos, enfim, um dos frutos de maior valor da cadeia de refino de petróleo.

Depois, diz que a Petrobras “não tem que fabricar adubo”.

Parece que está falando de esterco, mas é, simplesmente, de um dos insumos mais importantes da imensa produção agropecuária brasileira: amônia, que é produzida a partir do gás extraído junto com o petróleo.

É o “N” da famosa fórmula NPK dos fertilizantes, que o Brasil, incrivelmente, importa às toneladas.

Depois, fala em vender as usinas termelétricas de eletricidade, que já foram das multis e que a Petrobras teve de assumir porque elas só queriam o negócio com os subsídios que lhes deu FHC na época do apagão de 2001, subsídios que, além disso, eram suportados por nossa petroleira.

A seguir, fala em vender a distribuição, os postos Petrobras.

Aqueles onde o dim-dim entra, sonante, chova ou faça sol.

E aí, finalmente, diz que a empresa deve se conservar na extração de petróleo, mas que este deve ser “aberto ao mercado”.

Como já é, deve-se ler isso como a entrega da parcela exclusiva, de 30%, das imensas jazidas do pré-sal.

Claro que, nos negócios da cadeia do refino de petróleo, a Petrobras pode comprar, vender, dividir, agir como age um empresa que busca concentrar recursos em suas prioridades.

Isso inclui, senador Serra, o tal “fio têxtil”.

É tão bom negócio que seus amigos da Chevron o produzem em larga escala através da Chevron-Phillips, em oito países.

Assim como a Chevron produz adubo e está cheia de passivos ambientais pela forma terrível que o faz, antes como Texaco e agora usando o “codinome” de Ortho.

E, claro, a Chevron não vai abrir mão de seus mais de 8 mil postos de abastecimento só nos Estados Unidos…

Quer dizer, as receitas de Serra para a Petrobras são exatamente o contrário do que fazem seus amigos da Chevron…

Senador, mas o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil?

Petrobras: 3 bancos dão uma banana à Moody’s A Petrobras não quis: tem o que precisa para 2015.

 


Saiu no PiG cheiroso (ver no ABC do  C Af):

O Bradesco (R$ 3 bilhões), o Banco do Brasil (R$ 3,7 bilhões) e a Caixa ofereceram créditos à Petrobras DEPOIS que a Moody’s enganou os trouxas, como diz o Santayana.

Portanto, a nota da Moody’s não afeta os critérios de risco do Bradesco, do BB e da Caixa.

(Se a Moody’s cortasse a Globo para junk, o Bradesco, o BB e a Caixa fariam isso, amigo navegante ?)

A Petrobras agradeceu muito, mas disse que tem dinheiro em caixa – R$ 20 bilhões  – para todas as despesas de 2015.


Vai ser difícil o Moro quebrar a Petrobras.

Nem com o apoio do Ataulfo e do Ivar.

E olha que se depender de o Sargento Garcia prender o Zorro …

Paulo Henrique Amorim




Leia também:

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Haroldo Lima enfrenta as ameaças à Petrobras


Dilma e a Moody’s: é ignorância!


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Maioria rejeita impeachment de Dilma Rousseff


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A recente pesquisa Datafolha, divulgada no início do mês, atiçou delírios golpistas da mídia e da oposição ao mostrar queda pronunciada da aprovação a Dilma Rousseff. Apesar dos números negativos para a presidente, porém, essa pesquisa vem levando os derrotados (assumidos e enrustidos) na eleição presidencial do ano passado a cometerem vários erros de avaliação.

Para entender a questão, há que lembrar que o assunto impeachment de Dilma Rousseff começou a ser discutido na mídia enquanto as urnas ainda estavam sendo apuradas no dia 26 de outubro do ano passado; na Globo News, por exemplo, o colunista de O Globo Merval Pereira já cogitava depor uma presidente que as projeções já davam como reeleita. A jornalista Renata Lo Prete teve que lembrá-lo de que a vitória dela era indiscutível.






Pode-se dizer que praticamente não houve semana, desde a reeleição da presidente da República, em que não se tenha falado ou escrito na grande mídia sobre seu impeachment. Com a divulgação da pesquisa Datafolha sobre sua queda estrondosa de popularidade em janeiro (de 42% de bom e ótimo em dezembro para 23% no início deste mês), o golpismo passou a considerar que isso significaria sinal verde da população para o impeachment.

O historiador tucano Marco Antonio Villa chegou a dizer, na rádio Jovem Pan, que a pesquisa mostraria que a população quer a derrubada da presidente.







Parece ou não um camelô vendendo alguma bugiganga? Contudo, essa história de que a população apoia o impeachment saiu da cabeça dele. Não há elementos para tal afirmação.

Senão, vejamos: com tanta discussão sobre impeachment iniciada imediatamente após a presidente se reeleger, em nenhum momento foi feita uma pesquisa de opinião sobre o que os brasileiros pensam de ser retirado o mandato que deram pela segunda vez a ela.

Mídia e oposição também se enganam quanto à rejeição a Dilma detectada pela pesquisa Datafolha no início deste mês. Se em dezembro ela tinha 42% de bom e ótimo, no início de fevereiro teve 23%. Ok, porém esses 19 pontos percentuais que ela perdeu em sua popularidade por certo saíram de um setor da sociedade que votou nela.

Ainda que mal pergunte: alguém consultou os brasileiros que votaram ou não em Dilma sobre se aceitam que seu mandato popular seja retirado? Com toda essa discussão sobre o impeachment, por que, até aqui, nenhum instituto de pesquisa sondou a opinião pública sobre o impeachment?

Silêncio…

Mas será que nenhuma pesquisa sondou mesmo a opinião popular sobre o impedimento da presidente? Apesar de os institutos de pesquisa não registrarem a pergunta, o que impediria os pesquisadores de campo de fazê-la sem registrar no formulário oficial?

Sabe-se que só pesquisas registradas podem ser divulgadas, mas se os institutos de pesquisa detectassem informalmente apoio explícito da sociedade ao impeachment de Dilma, uma outra pesquisa seria feita em seguida incluindo esse tema no formulário oficial. E como fica difícil acreditar que ninguém tenha pesquisado essa questão que vem sendo tão discutida, o que se pode inferir é que mesmo quem passou a considerar o governo Dilma ruim ou péssimo (44%, segundo o Datafolha) nem por isso aceita que seu mandato seja retirado.

Os tucanos sabem disso, a mídia sabe disso, Merval Pereira ou Reinaldo Azevedo sabem disso, o PT sabe disso e a própria presidente da República sabe que os que votaram nela e agora mudaram de opinião, nem por isso aceitam que seja derrubada.

E não é só. A maioria de 54% dos eleitores brasileiros votou contra o PSDB. Apesar do ânimo da oposição midiática com a reprovação que parte desse eleitorado passou a fazer à presidente, quem garante que essa parte da sociedade que mudou de opinião quer trocar Dilma por Aécio ou por qualquer outro tucano, ou mesmo por Marina Silva?

Em primeiro lugar, apesar de não haver dados científicos, é lícito supor que esses 44% que (segundo o Datafolha) passaram a rejeitar Dilma sejam compostos, em boa parte, por setores de esquerda que rejeitam muito mais o PSDB e que votaram em Dilma justamente para evitar a volta dos tucanos ao poder.

Um bom indicativo disso reside em declaração recente da última candidata pelo PSOL a presidente, Luciana Genro. A filha do ex-governador petista Tarso Genro é uma das críticas mais ferozes do PT, mas, assim mesmo, há poucos dias repudiou com veemência a tese de derrubar a presidente constitucional do país via impeachment.

Ou seja, a rejeição ao impeachment pode ser maior do que a votação que Dilma teve em 26 de outubro, já que até quem não votou nela rejeita sua deposição.

Com a profunda indisposição de boa parte da sociedade com o governo Dilma e com o PT, não se pode descartar a possibilidade de, a qualquer momento, haver apoio popular ao impeachment, mas, até aqui, a omissão dos institutos de pesquisa em consultarem a sociedade sobre impeachment sugere que consultas informais foram feitas e não deram o resultado esperado.

Quanto à aparente certeza da direita de que o seu novo “golden boy”, Aécio Neves, ou qualquer outro tucano se beneficia eleitoralmente da rejeição de Dilma, é discutível. Com uma nova eleição em caso de impedimento da presidente da República, o risco que a direita corre é que os 54% que rejeitaram o PSDB corram para outra candidatura, talvez até mais à esquerda.

Como estamos no campo das inferências, dizer que a maioria rejeita o impeachment de Dilma é tão válido quanto dizer que apoia. Aliás, é mais válido, já que não há explicação para essa pergunta ainda não ter sido feita aos eleitores apesar de a mídia e a oposição não falarem de outra coisa desde 26 de outubro do ano passado.

Adams: não se mata empresa para arrancar confissão

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Advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato, por meio de ameaças econômicas: “O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”; na semana passada, o procurador Deltan Dallagnol ajuizou cinco ações de improbidade administrativa cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões, como punição “exemplar” contra a corrupção; “Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, alertou Adams; para empresários, Lava Jato é o 'elefante colocado na sala' da economia
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247 – O advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato por meio do “estrangulamento das empresas”.

“O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”, disse em entrevista ao Valor.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou cinco ações de improbidade administrativa cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões das empreiteiras Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix e dos executivos dessas empresas. Para o coordenador da Força-Tarefa Lava Jato do MPF, procurador da República Deltan Dallagnol, a punição aplicada às empresas e aos executivos investigados pela Lava Jato deve ser “exemplar” para que a corrupção deixe de ser vista como caminho mais vantajoso.

“Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, rebate Adams. Ele defende os acordos de leniência: “Ao antecipar-se à investigação, ela coloca à disposição de quem investiga – MP, CGU ou TCU, todos os elementos que ela tenha à disposição para esse trabalho. Outra coisa: a necessidade do acordo está associada às condições econômicas da empresa. Vai esperar a empresa fechar para fazer o acordo de leniência?”, questionou (leia aqui).