Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 31 de março de 2015

DEMÓSTENES AFIRMA QUE CACHOEIRA FINANCIOU CAIADO

terça-feira, 24 de março de 2015

Jornal Nacional, diz o UOL, vê sua audiência “se derreter”. Dá duas “Chiquititas”

Autor: Fernando Brito
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Ricardo Feltrin, colunista de TV do UOL, diz que a noite de ontem foi de “terremoto” na Globo, pelo fato de o Jornal Nacional ter caído a uma das mais baixas audiências de sua história, registrando 20 pontos em São Paulo.  Apenas o dobro da versão da novela “Chiquititas” ou do telejornal da Record.
Foram 20 pontos, para um telejornal que – registra Feltin – tinha quase  36 pontos no Ibope há dez anos e quase o dobro nos anos 70.
Claro que estes “recordes negativos” guardam relação com a explicação de sempre: o baixo desempenho das novelas que cercam o noticiário.
Mas representa, também, o contínuo declínio não apenas da Globo, mas da TV como meio de informação, que não apenas perdeu a hegemonia com a popularização da internet como, a esta altura, caminha para perder também a liderança como principal fonte de informação para os brasileiros.
E é aí que se encontra a principal explicação para a fúria com que se investe contra os blogs desvinculados das grandes empresas de comunicação.
Engana-se quem acha que isso se deve a uma inexistente “disputa por verbas publicitárias do governo”.
O objetivo é sinalizar que qualquer iniciativa publicitária privada nestes veículos é “acumpliciamento” do anunciante com a “maldita esquerda”.
O leitor do Tijolaço, é claro, toma cerveja, usa creme dental ou compra sabão em pó tanto quanto qualquer outra pessoa.
Mas não interessa aos anunciantes brasileiros e só consegue publicidade pelas formas abertas com que empresas estrangeiras a fazem, a começar pelo Google, embora outros grupos estejam entrando neste segmento de mercado..
E o fazem com pagamentos muito menores que a veiculação tradicional de publicidade – sem que isso a torne igualmente barata para o anunciante – e pelo controle das métricas de audiência e, sobretudo, dos “cliques” sobre os anúncios, que é o que mais define o valor a ser pago.
Não pensem que o “vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque  vende mais” das relações Globo-Ibope não se reproduz nos meios eletrônicos.
Só que a realidade é um bicho teimoso e acaba se impondo.
O partido único da mídia, tal como “a voz do dono” do Jornal Nacional, apesar de todo o imenso poder de que ainda dispõe, é um dinossauro.
E não é culpa da mocinha Mili.

No DCM, o vídeo sobre a sonegação da Globo.

Autor: Fernando Brito

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Avisa-me um amigo de que o Diário do Centro do Mundo publica o vídeo onde o jornalista Joaquim de Carvalho mostra os descaminhos trilhados pela Rede Globo para sonegar o pagamento de impostos sobre a compra dos direitos televisivos das Copas de 2002 e 2006, que passam por uma empresa fantasma nas Ilhas Virgens, a Empire, e terminam na sacola de uma servidora da Receita Federal que, por exclusiva inspiração do Espírito Santo, resolver roubar e dar sumiço à autuação recebida pela empresa.
É um documento videográfico de um escândalo que, um dia, saberemos em toda as suas cumplicidades criminosas, e que – é bom lembrar – foi feito, por seus valores e época (1998) quando Roberto Marinho ainda se encontrava à frente do seu o império – e da fajuta Empire caribenha.
Durante anos, Marinho conseguiu manter sob censura no Brasil o documentário inglês “Muito além do Cidadão Kane“, onde se contava a história da criação e do uso de seu poder imperial.
Mas veio à tona, como virá esta história do dinheiro sonegado.
Pelo também, diria o Fisco,  “Cidadão Cano”.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Quem inventou Fernando Holiday?


holiday capa

A história pública de “Fernando Holiday” começa no dia 22 de janeiro de 2015, data em que sua página no Facebook foi criada. Sua primeira postagem naquela rede social foi da foto que encima este post e recebeu 25 curtidas.
No mesmo dia, o jovem de 18 anos – que, segundo reportagem da Folha de São Paulo, é morador da periferia de São Paulo (Carapicuíba), filho de uma auxiliar de enfermagem e de um garçom –, faz uma segunda postagem: um vídeo, bem editado, aparentemente profissional, que o levaria à “fama”.






“Holiday” chegou chegando ao Facebook. Seu vídeo inaugural recebeu 2.396 curtidas, 568 comentários e 3.126 compartilhamentos – o potencial de difusão de tantos compartilhamentos é considerável. Essa repercussão rendeu ao vídeo quase 40 mil visualizações.
O discurso bem-articulado do adolescente foi obviamente ensaiado e dirigido, a edição do vídeo e do áudio é competente e a “viralização” decorre de ter sido postada na página do Movimento Brasil Livre.
Como as 25 curtidas da primeira postagem de “Holiday” (sua foto) o transformaram nesse sucesso de público tão rápido? Verificando essas duas dezenas e meia de curtidas encontra-se um fato curioso: ao menos três pessoas que curtiram a foto do rapaz são de faixa etária distinta e, obviamente, de classe social muito diferente, além de residirem em outras cidades.
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As postagens dessas três pessoas no Facebook se coadunam perfeitamente com as do Movimento Brasil Livre. Atacam o PT, Dilma Rousseff, exaltam o deputado do PP Jair Bolsonaro, Aécio Neves e, todas, usam exemplos de pessoas negras que apoiaram as manifestações anti Dilma de 15 de março como “prova” de que quem foi à avenida Paulista se manifestar não foi a “elite branca”.
Apesar disso, segundo pesquisa Datafolha feita no dia 15 de março, na manifestação anti Dilma 69% dos participantes se declararam brancos e 41% disseram ter renda acima de dez salários mínimos. Isso sem falar nas imagens da manifestação, que levaram até a imprensa estrangeira a considerar que foi um movimento da classe média branca.
Qual a possibilidade de um adolescente negro e de origem pobre da periferia de São Paulo conhecer pessoas como essas, de outras cidades, duas delas distantes? O que levou essas pessoas a curtirem a foto de um entre milhões de adolescentes que mantêm perfis no Facebook?
Boa parte das outras 22 pessoas que curtiram a foto de “Holiday” parecem ser brancas e de outras faixas etárias, apesar de algumas delas parecerem ser tão jovens quanto ele. Mas essas três pessoas destacadas chamam mais atenção por terem idade para ser pais do rapaz, sem falar da etnia e da aparente classe social mais alta.
Parece evidente que pessoas tão distintas do perfil de “Holiday” o conheciam antes de ele inaugurar sua página no Facebook e que, de alguma forma, estão relacionadas com a difusão de seu vídeo na página do Movimento Brasil Livre.
Sobre esse movimento, ainda segundo o jornal Folha de São Paulo, trata-se do principal grupo convocador das manifestações. O MBL é sediado na cidade de São Paulo e defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em manifesto publicado na internet, o MBL cita seus cinco objetivos: “imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos a ditaduras”.
A revista Carta Capital afirmou, em matéria publicada em seu site no dia 13 de março, que o bilionário David Koch financia o MBL. Coch seria “Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos, com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares”.
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Então ficamos assim: um ilustre desconhecido, muito jovem, inaugura uma página no Facebook poucos dias antes do protesto anti Dilma. Minutos depois, pessoas que obviamente não pertencem ao seu grupo social curtem uma foto dele sem nada de especial, ele posta um vídeo (profissional), o vídeo explode na internet (teria sido “patrocinado”?) e o rapaz acaba, cerca de um mês depois, virando notícia na home do UOL.
Qualquer busca que for feita no Google mostra que “Holiday” praticamente não existia na internet antes de inaugurar aquela página no Facebook. Foi inventado a poucos dias do protesto e fazendo um discurso – no vídeo acima – que recebeu toneladas de elogios de jovens brancos de classe média, em contrapartida a manifestações indignadas de jovens negros que sabem muito bem a importância da política de cotas “raciais” nas universidades.
Ao fim disso tudo, percebe-se que o movimento contra Dilma Rousseff e o PT está pouco se lixando para “corrupção”. O objetivo desse movimento é acabar com políticas públicas como a que, segundo essa gente, estaria “roubando” vagas de brancos nas universidades públicas.
Mas essas páginas e esses movimentos anti Dilma não se resumem a atacar petistas. O PSOL, inimigo figadal do PT, bem como sua última candidata a presidente, Luciana Genro, são atacados duramente, assim como MST, MTST, PSTU e tudo que esteja à esquerda dessa gente.
Além disso, as páginas desse e de outros movimentos de direita análogos se manifestam contra feministas, contra movimentos negros, contra homossexuais…
A esquerda brasileira, porém, ao contrário da direita se mantém dividida. A parcela mais radical recusa-se a apoiar não Dilma Rousseff, mas seu mandato constitucional. Enquanto isso, esses movimentos literalmente fascistas, irrigados por fortunas de origem difusa e obscura, vão tomando conta do cenário político.
Quem poderá unificar a esquerda? Está havendo diálogo entre o governo e a oposição de esquerda? Dilma já se convenceu de que é preciso construir uma pauta e assumir compromissos? A esquerda já se deu conta de que é alvo dessa direita hidrófoba tanto quanto a presidente e seu partido?
Em nenhum país em que esses métodos foram usados a ultradireita obteve uma vitória tão completa quanto a que está alcançando no Brasil. E, a cada dia que passa, esse quadro parece cada vez mais difícil de ser revertido.
Sem tomar partido do governo Dilma e do PT contra a esquerda oposicionista, o que se espera é que os dois lados tenham mais juízo. A esquerda precisa se reunir e encontrar uma pauta mínima.
Dilma não conseguirá nada afagando a direita, a esquerda oposicionista está no menu da ultradireita tanto quanto os petistas. Será que os dois lados entenderão isso a tempo? Petistas, psolistas, sem-teto, sem-terra, sindicalistas têm que acordar enquanto é tempo.
Não faltarão “Holidays” para ajudar a direita a oprimir a maioria dos brasileiros, sabidamente negra e pobre. O “Holiday” do vídeo é só um protótipo. Muitos outros serão construídos. Dinheiro não haverá de faltar.

Doações a PT e PSDB se equivalem. É propina?

:


Levantamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral das doações eleitorais feitas pelas empresas investigadas na Lava Jato nos anos de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff venceu José Serra, e de 2014, quando ela superou Aécio Neves, revela que os valores doados por Odebrecht, Galvão, UTC, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Iesa, Queiroz Galvão, Engevix, Setal, GDK, Techint, Promon, MPE e Skanska aos diretórios petistas e tucanos são praticamente equivalentes; mais: o PMDB também recebeu valores muitos próximos; a questão é: por que as doações a alguns partidos são consideradas propina pelo Ministério Público Federal e a outros são classificadas como algo normal?



247 - Um dos pedidos de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Lava Jato compra a tese de que doações legais de empreiteiras a determinados partidos políticos, na realidade, seriam propina. Com base nesse argumento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou até a apresentar um projeto propondo a cassação do registro de partidos que possam ser enquadrados nessa classificação – seu alvo, obviamente, é o PT.

Para provar essa tese, o Ministério Público pretende fazer uma varredura em R$ 62 milhões doados pelas empresas investigadas na Lava Jato nos últimos anos (leia mais aqui).

Ocorre, no entanto, que um levantamento das doações de campanha feitas por essas mesmas empresas em 2010 e 2014, anos das duas últimas eleições presidenciais, mostra que os valores doados aos diretórios nacionais de PT e PSDB foram praticamente idênticos. E mais: o PMDB também recebeu um valor muito próximo, tendo sido o primeiro no ranking em 2010 e o terceiro em 2014.

O levantamento envolve as empresas Odebrecht, Galvão, UTC, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Iesa, Queiroz Galvão, Engevix, Setal, GDK, Techint, Promon, MPE e Skanska.

Eis os números de 2010:

Partido Valor % sobre o total da arrecadação

PMDB 32.850.000,00 24

PT 31.400.000,00 23

PSDB 27.770.000,00 20

PSB 19.515.000,00 14

PR 6.501.000,00 5

PP 4.950.000,00 4

Fonte: TSE

Os dados revelam, portanto, que, em 2010, quando a presidente Dilma Rousseff superou José Serra na disputa presidencial, o PMDB recebeu R$ 32,8 milhões, seguido pelo PT, com R$ 31,4 milhões e pelo PSDB, com R$ 27,7 milhões. Nos três casos, a participação das empreiteiras sobre o total arrecadado foi próxima a 20%.

Em 2014, quando a presidente Dilma Rousseff superou Aécio Neves, não foi muito diferente.

Eis os números:

Partido Valor % sobre o total da arrecadação

PT 56.386.000,00 25

PSDB 53.730.000,00 24

PMDB 46.620.000,00 21

PSB 15.800.000,00 7

DEM 12.100.000,00 5

PP 10.255.000,00 5

Fonte: TSE

É novamente uma situação de equilíbrio entre os três maiores partidos: PT, PSDB e PMDB. E, de novo, com a participação das empreiteiras sobre o total arrecadado pouco superior a 20%.

Esses dados revelam a incoerência de quem pretende demonstrar que as doações a determinados partidos são "propina", enquanto a outros representam algum tipo de convicção ideológica ou cidadania corporativa. (A esse respeito, vale ler, aqui, a análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço)

domingo, 22 de março de 2015

Advogado de Youssef entrega o jogo: objetivo é Lula

 Pre-sal bate recorde de produção com 735 mil b/dia em fevereiro; eficiência da Petrobras puxa a Bolsa brasileira que tem alta recorde na 6ª feira, mas Serra insiste em privatizar a estatal


Stédile: 'A classe média reacionária não quer assinar a carteira da empregada, esse é o problema; não quer preto no avião, não quer direitos sociais; esconde isso pedindo 'Fora Dilma'


 Apesar do jogral conservador incessante, 61% dos brasileiros, mostra o Datafolha, são contra a privatização da Petrobras, defendida por Serra, Aecio e a mídia. Inconsolável, Gustavinho Patu, da Folha, decreta: 'independentemente da opinião pública e da orientação oficial', a Petrobras não tem como explorar o pre-sal


 Mídia esconde denúncia que desmonta tese do Petrolão: empreiteira Setal confirma existência de cartel na Petrobras desde os anos 90; era o 'clube dos nove', diz empresário da Setal; notícia se soma a gravações de Yousseff e Costa que incriminam Aécio e o PSDB; em SP, justiça acata denúncia contra lambança no metrô tucano

Carta Maior


 Autor: Miguel do Rosário
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Peixe morre pela boca.
O advogado de Alberto Youssef, o senhor Antonio Figueiredo Basto, não se conteve. Em entrevista à Monica Bergamo, ele entregou o jogo que vem fazendo, junto com a mídia, usando seu próprio cliente, Alberto Youssef, para criar fatos políticos através de vazamentos agendados de acordo com o momento.
Já tínhamos detectado isso, essa dobradinha esperta entre o senhor Costa e a mídia.
Por exemplo: por que Youssef depôs somente agora sobre o mensalão de Aécio Neves, uma informação que obteve não por “ouvi dizer”, mas que foi lhe passada diretamente por José Janene, que pagava a propina?
Por que não fez isso antes das eleições?
Basto admitiu suas estreitas ligações políticas e ideológicas com a oposição.
O objetivo é sangrar Dilma até a inviabilização de seu governo, e decapitar Lula, que volta hoje a ser o homem mais perigoso para as oposições, por ser o candidato do PT para 2018.
Os recados finais de Youssef revelam um homem intolerante e racista, defensor da “elite branca”:
Basto deu um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.
*
ADVOGADO DE YOUSSEF ELOGIA DILMA E AMEAÇA LULA
Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, o advogado Antonio Figueiredo Basto, que orienta a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, antecipa o que podem ser os próximos passos da Operação Lava Jato; “A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”, diz ele; sobre Lula, a posição é distinta e Basto sugere que o ex-presidente estaria no topo da cadeia de comando; o advogado, que diz ter votado em Aécio Neves e ser amigo do governador Beto Richa, tem até uma proposta para Dilma; segundo ele, a presidente “deveria se desvincular imediatamente do PT”
21 DE MARÇO DE 2015 ÀS 20:32
247 – A colunista Mônica Bergamo publica, na edição dominical da Folha de S. Paulo, uma importante entrevista com o advogado Antonio Figueiredo Basto. Importante porque antecipa quais poderão ser os próximos passos da Operação Lava Jato. E o que ele deixa transparecer é que o alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa é uma organização criminosa ligada a um projeto de poder. Há alguém por trás disso tudo”, diz o advogado, afirmando que seu cliente seria um “mero operador”.
Quem seria esse alguém? – pergunta a jornalista.
“Alguém aqui garantiu isso tudo. Se eu cortar o homem que tá aqui em cima, ou essa mulher, se eu cortar essa cabeça, o resto embaixo some”, disse ele.
Homem ou mulher? – tenta saber a jornalista.
“A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”.
E Lula?
Segundo Mônica Bergamo, Figueiredo Basto, que disse ter votado em Aécio Neves (PSDB-MG) e declarou ser amigo do também tucano Beto Richa, desconversou. Novas revelações sobre a Lava Jato, disse ele, serão feitas em novo depoimento, agendado para o dia 30 de março.
Basto deu ainda um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.
O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.
Figueiredo Basto, que orienta os movimentos de Youssef, parece ter uma agenda. E não se trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim inviabilizar o PT e a volta de Lula em 2018.

quarta-feira, 18 de março de 2015

As doações “limpas” e as doações “sujas” dependem de quem recebe? Autor: Fernando Brito

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No Jornal Nacional de ontem, duas “delações”.

Na primeira, Paulo Roberto Costa diz que as doações legais de empreiteiras às campanhas eleitorais eram “balela” apenas encobriam o pagamento de propina.

Na segunda, um ex-executivo da Engevix diz que deu, na forma de doações legais, propinas ao PT.

Muito bem, acreditemos que os dois falam a verdade, nada mais que a verdade.

Perguntinha básica que se impõe a investigadores corretos, sejam policiais, promotores ou jornalistas: se as doações legais eram propinas – palavras de Paulo Roberto Costa – , as doações para outros partidos eram o que?

Amor?

Os milhões da OAS, da Odebrecht, da Serveng-Civilsan e da Queiroz Galvão doados ao PSDB, foram doados por espírito cívico?

Fui buscar apenas um exemplo nas eleições de 2010, que está acessível a todos: as doações da empreiteira Camargo Correia: Estão lá Aécio Neves, Antonio Anastasia, o presidente do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Demóstenes Torres, Paulo Skaf, o governador do Paraná Beto Richa, também tucano e Eduardo Cunha, tanto quanto deram a candidatos petistas.

Fora os milhões que deram ao PSDB (Comitê Presidencial e Direção Nacional) e que foram repassados à campanha de José Serra e ou outros milhões que deram à de Geraldo Alckmin para o Governo do Estado. Até o PV, então Partido de Marina Silva, ganhou seu “milhãozinho”.

Todos receberam doações das mesmas empreiteiras, todas de valor significativo.

Mas umas foram propina, as outras “participação legítima da empresa no processo eleitoral”, o que é a situação hipócrita que se sustenta com o engavetamento promovido pelo Ministro Gilmar Mendes da decisão do TSE que proíbe dinheiro de empresas nas campanhas.

A delação premiada do Dr. Sérgio Moro produz uma meia-verdade obtida a partir ao encarceramento de empresários por meses.

Que aceitam dizer que deram a um como propina e silenciam – aliás, nem são perguntados – se aos outros que deram foi por amor.

Qualquer investigador perguntaria porque deram a outros partidos

Aqui, não.

Aqui a moralidade da mídia, bem como a apuração de seus jornalistas, é seletiva.

Viomundo: Amaury pode revelar duto dos tucanos ! Fundo suspeito de NauFraga talvez não fosse exatamente uma filantropia.

NauFraga e Aecioporto são recebidos por anfitrião que apresenta empresários a políticos e vice versa

O Conversa Afiada reproduz o Viomundo:

Amaury Ribeiro Jr.:Investigação sobre fundo de Armínio Fraga nos EUA pode revelar duto dos tucanos; banqueiro nega



por Amaury Ribeiro Jr., no R7

Um fundo de investimento nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal no Caribe, administrado pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, está sob investigação nos Estados Unidos.

O fundo, intitulado Armínio Fraga Neto-Fundação Gávea, é suspeito de distribuir para a Suíça e outros paraísos fiscais dinheiro sem origem comprovada.

As autoridades  norte-americanas chegaram ao fundo após investigar a lista dos clientes de todo mundo que mantinham contas no HSBC da Suíça.

O tucano e seu fundo, isento de impostos no Brasil por ser uma organização filantrópica, deixaram rastros bem detalhados na lista do HSBC.

De acordo com uma fonte do FBI (a Polícia Federal dos EUA) ligada a operações de lavagem de dinheiro, em 2004 o fundo nas Ilhas Cayman enviou U$ 4,4 milhões para outra conta da mesma fundação no HSBC da Suíça.

Os dados apurados apontam que a conta beneficiada era uma conta de compensação. Conhecida como conta-ônibus, esse tipo de conta só serve para transportar dinheiro de um paraíso fiscal para outro.

É uma conta, por exemplo, onde não se pode fazer nenhum tipo de investimento.

Os documentos levantados pelas autoridades norte-americanas mostram ainda que antes de cair no HSBC o dinheiro foi transferido para outra conta-ônibus do ex-ministro no Credit Bank da Suiça.

No mundo da lavagem de dinheiro há uma premissa: quanto mais rodar em conta-ônibus, mais limpo fica o dinheiro até chegar ao seu destino final.

As investigações apontam que após ser lavado na Suíça o dinheiro voltou limpo para a conta de Fraga no America Bank de Nova York.

A papelada comprova ainda que, para se livrar da tributação de impostos, Armínio declarou à Receita que a Fundação Gávea era filantrópica, ou seja, isenta de tributos.

Mas, num lapso de memória, enviou o dinheiro para o Caribe por meio de sua conta pessoal no HSBC. Os investigadores pediram a quebra de sigilo do fundo.

Ou seja, serão revelados os nomes dos tucanos e de outros brasileiros que usaram esse duto para enviar dinheiro ao Exterior.

Vale lembrar que, na condição de ministro no governo Fernando Henrique Cardoso, Fraga foi o principal articulador para que não fosse quebrado, por exemplo, o sigilo em torno dos nomes de correntistas que operavam no Fundo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.

Agora, Fraga não tem mais o controle da situação. Uma faxina em seu fundo no Caribe é um passo para se chegar ao verdadeiro Dossiê Cayman.

Experiente no mercado, Fraga tentou dar um aspecto legal à operação ao declarar à Receita Federal o Fundo no Brasil. Seus problemas estão nos EUA, onde o ex-ministro tem cidadania.

É lá que ocorreu a maior parte das operações e, por isso, Fraga e os outros correntistas do fundo terão de responder por seus atos na Justiça.
PS do Viomundo:

Ao R7, que publicou a informação acima, Fraga disse que a investigação nos EUA é “100% ficção”, mas admitiu que o fundo existiu.

— Investi nesse fundo há sete ou oito anos, mas tudo dentro da legalidade. Todas as minhas contas, de minha família e da Gávea Investimentos são declaradas perante as autoridades competentes, brasileiras e americanas. Não houve esta transferência mencionada, houve sim um investimento regular e documentado. Não temos notícia de qualquer investigação sobre o tema.



Em tempo: o anfitrião de gravata verde exibia a mesma gravata verde quando foi jantado, com farofa pelo Eduardo Cunha no Roda Morta.


Três mil metros sob o mar no Nordeste. Recorde da Petrobras que querem jogar fora

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A Petrobras revelou hoje a quebra do recorde nacional de perfuração em águas profundas: 2.990 metros.

Três quilômetros abaixo do mais, tão fundo do que é alta a montanha mais alta do Brasil, o Monte Roraima.

É na Bacia Sergipe-Alagoas, onde os poços são todos muito profundos, mas rendem um óleo levíssimo – com baixo teor de enxofre – na faixa de 41 graus API, contra uma média nacional que anda na faixa de 24-25 graus API,

Se o petróleo é o ouro negro, este petróleo é o ouro “24 quilates”.

É exportação “na veia”, porque nem é possível de ser refinado em quantidade no parque nacional de refinarias, projetado para óleos mais pesados.

O início de produção previsto é 2018, se não atrapalharem.

A Petrobras produz em um dia dez vezes mais do que Baruscos, Costas e Youssefs roubaram dela.

Vamos destruir isso e levar a Petrobras a bancarrota porque a empresa não pode captar recursos para investir nisso?

Só um imbecil pode querer entregar este tesouro, e outro muito maior que é o pré-sal.

Um imbecil ou um ladrão.

Do pior tipo, tão abjeto quando os “santificados” ladrões da Petrobras, todos eles já abençoados com o perdão do Dr. Moro.