Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Usaremos a força contra o levante fascista – a força da lei

fascistas capa

Reza claramente o Artigo 5º da Constituição Federal brasileira que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”.
A partir daí, uma série de incisos protege os cidadãos brasileiros dos ataques verbais e até físicos que vem sendo praticados contra quem é suspeito ou notoriamente conhecido por ser petista ou simpatizar com o Partido dos Trabalhadores.
O inciso VIII, por exemplo, determina que “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”
O inciso X determina que “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”
O inciso XV determina que “É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”
O inciso XXXVII determina que “Não haverá juízo ou tribunal de exceção”
O inciso XXXIX Determina que “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”
Finalmente, a Lei Maior da Nação determina no inciso XLI do Artigo 5o que “A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”
Ora, se transpusermos a lei para ocorrências que vêm sendo vistas por todo país contra os petistas notórios ou contra suspeitos de ser petista ou de simpatizar com o PT, os textos legais supracitados caem como uma luva e abrem uma avenida de possibilidades de a sociedade reagir contra os grupos que se utilizam de táticas fascistas para intimidar cidadãos que se enquandrem nos critérios insanos que vêm fustigando a liberdade de pensamento neste país.
Apesar de a lei ser clara como água, milícias organizadas ou não têm sido formadas para aplicar punições aos suspeitos de acalentar o que esses grupos transformaram em “pensamento político proibido”.
No âmbito dessa ideologia canhestra, ilegal e criminosa, vemos fenômenos como atentados a bomba contra escritórios do Partido dos Trabalhadores, agressões físicas até a deficientes físicos (cadeirantes) que usem símbolos do PT, violação de cerimônia fúnebre de petista com agressão aos familiares dele e até, acredite quem quiser, agressão a um cãozinho por usar um lenço vermelho no pescoço, pelo que foi acusado de ser “petralha”, sofrendo tentativa de linchamento por uma horda de antipetistas fantasiados com camisetas da Seleção brasileira.
O relato abaixo foi publicado no site de Associação de Proteção aos Animais em 15 de março deste ano, dia em que ocorreu a primeira grande manifestação contra Dilma Rousseff e o PT em São Paulo.
fascistas 1

Os abusos chegaram ao ápice quando um dos maiores ícones da Cultura brasileira foi insultado ferozmente no Rio de Janeiro quando estava saindo de um bar com amigos. Apesar de não ser filiado ao Partido dos Trabalhadores, um grupo de moleques ricaços passou a insultar e contranger Chico Buarque de Hollanda por ser simpatizante do Partido dos Trabalhadores.
Esse episódio deu ânimo renovado a uma associação que este Blog já citou várias vezes, a Frente Antifascista, criada em novembro. Em reuniões virtuais, essa Frente entendeu que não há mais possibilidade de diálogo com os grupos que estimulam e/ou praticam essas agressões, violando a intimidade e o direito dos cidadãos de terem o pensamento político que quiserem e de externar suas posições.
Foi, então, pensada uma força-tarefa de advogados para acolher casos de centenas de cidadãos anônimos que estão sendo agredidos física e verbalmente em espaços públicos pelo uso de uma peça de roupa ou de qualquer outro símbolo que simbolize ou que possa ser confundido com simpatia pelo Partido dos Trabalhadores, e que não têm condições de contratar um advogado para se defenderem.
Este Blog tem defendido que as agressões a petistas ou simpatizantes do PT famosos são apenas a ponta do iceberg de vítimas dos ataques fascistas.
Além disso, vêm ocorrendo pressões até em ambientes de trabalho. Há relatos de pessoas que foram demitidas por serem consideradas “suspeitas” de simpatizarem com o PT. Há relatos impressionantes de crianças que praticam bullying contra colegas nas escolas por seus pais serem suspeitos de simpatizarem com o PT.
No âmbito da criação de uma força-tarefa advocatícia para reagir contra ataques fascistas, cerca de quarenta advogados de todo país já formalizaram adesão à iniciativa e, a partir de janeiro, este Blog passará a receber denúncias para que sejam selecionadas.
Após a seleção dessas denúncias, os denunciantes poderão contar com um advogado que ingressará com ação na Justiça sem cobrar nada. O denunciante terá apenas que abrir mão de indenizações que obtiver na Justiça, as quais integrarão um fundo que arcará com o custo das ações.
Novas adesões certamente sobrevirão, mas vale explicar que em São Paulo, onde há maior ocorrência de ataques fascistas, o contingente de advogados ainda é insuficiente. Exortamos os advogados paulistas a aderirem à iniciativa.
O Blog da Cidadania, porém, já tem condições de anunciar que juristas, advogados, jornalistas e parlamentares já estão trabalhando para começar a atuar em defesa de cidadãos que estão sendo vitimados por perseguição política.
Se a única linguagem que os fascistas entendem é a da força, a força será usada. A única diferença é que eles usam a força física ou da agressão moral, enquanto que os democratas usaremos a força da lei, que é muito clara quanto ao que esses grupos político-ideológicos estão fazendo.
Acompanhe a iniciativa encampada por este Blog. Divulgue-a. Deixe seu apoio. Se você ainda não foi vitimado pelo fascismo, sê-lo é questão de tempo. Os fascistas estão sentindo-se estimulados pela falta de reação, que é o principal alimento dessa ideologia nefanda que tanto mal já causou à humanidade.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Nassif sabe quem é o Vovô Garnero O neto só podia dar nisso

vovo garnero


A história do avô do rapaz que ofendeu Chico

O primeiro instante de celebridade do neto foi fotografar-se aos beijos com o ex-jogador Ronaldo.

Luis Nassif

O rapaz que ofendeu Chico Buarque é pouco informado sobre as aventuras de seu avô, Mário Garnero com o PT.

Garnero foi uma liderança estudantil importante. Depois, casou-se com uma herdeira do grupo Monteiro Aranha e passou a representar o sogro no capital da Volkswagen. Lá, como diretor de Recursos Humanos, conheceu e aproximou-se de Lula e dos sindicalistas do ABC.

Mas toda sua carreira foi pavimentada no regime militar.

Foi responsável por um seminário internacional em Salzburg, visando vender o país aos investidores externos no momento em que os ecos do Brasil Grande projetava a imagem do país no mundo.

Do seminário nasceu o Brasilinvest, um dos primeiros bancos de investimento do país tendo como acionistas diversos grupos internacionais. Garnero arrebentou com o banco desviando recursos para holdings fantasmas, como forma de se capitalizar para conquistar o controle absoluto da instituição. Quando terminou a operação, viu-se dono de um banco quebrado.

Antes disso, era o menino de ouro dos militares. Tornou-se num anfitrião de primeiríssima acolhendo em sua casa, ou em um almoço anual nas reuniões do FMI, a fina nata do capitalismo mundial. Tornou-se, de fato, um dos brasileiros mais bem relacionados do planeta. Mas jamais conseguiu transformar o relacionamento em negócios legítimos. Não tinha a visão do verdadeiro empreendedor. Terminou cercado por parceiros de negócio algo nebulosos.

Acabou se convertendo na bomba relógio que João Batista Figueiredo deixou para Tancredo Neves. A desmoralização final dos militares foram os escândalos da Capemi, brilhantemente cobertos para a Folha pelo nosso José Carlos de Assis.

Figueiredo impediu Delfim Netto de ajudar Garnero, vaticinando: o Brasilinvest será a Capemi do Tancredo. A razão maior era a presença, no Conselho de Administração, de Aécio Cunha, pai de Aécio e genro de Tancredo. E também de personagens de peso na vida nacional da época, como o presidente da Volskwagen Wolfgang Sauer, Helio Smidt, da Varig  e o publicitário Mauro Salles.

Colhi depoimento de Sauer sobre o episódio e testemunhei o alemão de ferro chorar na minha frente pela traição do amigo Garnero.

Percebendo a armadilha, Tancredo incumbiu seu Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, de não facilitar em nada a vida da Brasilinvest. Da derrocada de Garnero, valeu-se Roberto Marinho para tomar-lhe o controle da NEC Telecomunicações.

Depois disso, continuou a vida tornando-se uma espécie de João Dória Junior internacional. Aos encontros anuais da Brasilinvest comparecia a fina flor do capitalismo - e modelos belíssimas. Aliás, a capacidade de selecionar mulheres era uma das especialidades de Garnero, que conseguiu um encontro de Gina Lolobrigida para seu sogro.

No início do governo Lula, Garnero valeu-se da familiaridade dos tempos de ABC para se aproximar de José Dirceu, ainda poderoso Ministro da Casa Civil. A aproximação lhe rendeu prestígio e bons negócios.

Graças a ela, conseguiu levar o Instituto do Coração para Brasília, em um episódio controvertido que estourou tempos depois, com boa dose de escândalo. Aliás, até hoje respondo a um processo maluco do Mário Gorla, o sócio de Garnero no empreendimento. Esteve também por trás dos problemas do Instituto do Coração em São  Paulo.

Quando os chineses começaram a desembarcar no Brasil, fui procurado por analistas da embaixada da China interessados em informações sobre o país. E me contaram que estavam conversando com um BNDES privado. Indaguei que história era essa. Era o Brasilinvest – na ocasião um mero banco desativado, localizado em uma das torres do conjunto Brasilinvest na Avenida Faria Lima. Não sabiam que Garnero já se desfizera totalmente do patrimônio representado pelas torres. E tinha um banco de fachada.

Garnero ajudou na aproximação de Dirceu com parte dos empresários norte-americanos. Na véspera do estouro do "mensalão" Dirceu já tinha uma viagem agendada para Nova York organizada por ele.

Sem conseguir se enganchar no governo Lula, Garnero acabou se dedicando ao setor imobiliário. Os filhos não seguiram sua carreira, internacionalmente brilhante, apesar dos tropeços. Ficaram mais conhecidos pelas conquistas e pela vida vazia.

Já o neto consegue seu segundo instante de celebridade. O primeiro foi em um vídeo polêmico, simulando um agarra com o ex-jogador Ronaldo.

MARCELO AULER TRAÇA O PERFIL DO AGRESSOR DE CHICO

sábado, 19 de dezembro de 2015

Ao defender Azeredo, PSDB perde condição de criticar o PT

azeredo

 EDUGUIM
Ora, ora… Quer dizer, então, que toda aquela conversa dos tucanos de que o PT “protege” seus expoentes que foram condenados pela Justiça não passa de hipocrisia, caradurismo, falta de caráter, desrespeito supremo à inteligência alheia?
Por que não me surpreendo? Simples, porque é óbvio que aquele discurso, como 200% de tudo o que esse partido diz, não passa de canalhice.
O tucano mineiro Eduardo Brandão de Azeredo foi um dos fundadores do PSDB (1988). Governou Minas Gerais pelo PSDB de 1995 a 1999. Em 2005, quando foi acusado pelo Ministério Público de desvio de dinheiro público, era presidente nacional do PSDB.
Na semana passada, foi condenado pela Justiça a 20 anos de prisão por esses atos de corrupção.
Nesse momento, vale lembrar que há anos que o PSDB acusa o PT de defender expoentes condenados pela Justiça. Aécio Neves chegou a afirmar que o PT trata “como heróis” réus ligados ao partido e que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal no escândalo do mensalão.
As críticas ao PT por não ter expulsado alguns de seus membros condenados pela Justiça também estão sempre presentes na grande mídia antipetista, isso não é segredo para ninguém.
Voltemos, pois, ao caso de Azeredo.
No despacho em que condenou o tucano, a juíza Marisa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, afirmou que ex-governador de Minas e ex-presidente nacional do PSDB falou mentiras aos investigadores “em todas as oportunidades que teve”.
Para a magistrada, que se debruçou nos 55 volumes dos autos desde março deste ano, a responsabilidade de Azeredo nos crimes de peculato (desvio de dinheiro) e lavagem ficou comprovada “mesmo que somente após um trabalho extremamente árduo de retirar, das entranhas do processo, o detalhe, a contradição, a mentira”, afirma na sentença.
A juíza não fez por menos e detalhou, passo a passo, sua afirmação de que Azeredo é um mentiroso:
1 – “Mentiu sobre as relações pessoais que possuía com os demais envolvidos,tentando fazer parecer que eram superficiais”, apontou a juíza em referência a proximidade de Azeredo com os outros investigados que participaram de sua campanha, alguns deles inclusive tendo se licenciado de cargos públicos para atuar na campanha tucana na época.
2 – “Mentiu ao afirmar que não se envolvia na campanha e de nada sabia sobre questões financeiras, o que restou comprovado por meio das declarações e depoimentos dos colaboradores de campanha, demonstrando, inclusive, que o acusado realizou reuniões com lideranças políticas, conforme declararam as testemunhas Carlos Welth Pimenta de Figueiredo, Ricardo Desotti Costa e Antônio do Valle Ramos. Além disso, o acusado realizou contratações diretas, conforme depoimento da testemunha coordenadores, Otimar Ferreira Bicalho, que afirmou ter recebido ligação telefônica de Eduardo Azeredo solicitando sua participação na campanha como gerente da equipe de pintura, afirmando ainda que Eduardo Brandão de Azeredo devia ter conhecimento das irregularidades, notadamente superfaturamento.”
3 – “Mentiu ao afirmar que Claudio Mourão (tesoureiro da campanha de Azeredo em 1998) fora o único responsável por toda a questão financeira da campanha, o que restou esclarecido pelas contradições no próprio interrogatório do acusado e pelos depoimentos das testemunhas referidas anteriormente.”
4 – “Mentiu sobre a participação de Marcos Valérios e a SMP&B na campanha eleitoral à reeleição de 1998, diante das declarações de Clésio Andrade, Marcos Valério, Cláudio Mourão, Denise Landim, Leopoldo José de Oliveira, José Vicente Fonseca e Alezandre Rogério Martins da Silva”.
5 – ” Mentiu sobre os patrocínios determinados pelo Governo do Estado às empresas estatais Copasa, Comig e Bemge, restando claro que foi o acusado Eduardo Azeredo quem os determinou para financiar sua campanha, diante de todas as provas relatadas no item respectivo.
6 – “Mentiu sobre o pagamento das dívidas de Cláudio Mourão e Marcos Valério, sendo que, nesse caso, a mentira foi tão despudorada que prescindível depoimento de testemunha. A análise das próprias declarações do acusado já seria suficiente para demonstrar o tamanho da inverdade.”, afirma a magistrada em referência ao episódio quando Cláudio Mourão procurou Azeredo em 2002 para cobrar uma dívida de R$ 700 mil da campanha de 1998 que acabou sendo quitada por meio de um cheque de Marcos Valério.
7 – “Enfim, aliados a todos os depoimentos, declarações e documentos que, por si sós, foram capazes de demonstrar o caminho de mentiras em que se enveredou o acusado Eduardo Azeredo, encontram-se as declarações de Clésio Andrade, que afirmou que todas as decisões da campanha eram tomadas por Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia, Cláudio Mourão, Álvaro Azeredo e João Heraldo, as quais, associadas às declarações e depoimentos das testemunhas Nilton Monteiro, Vera Lúcia Mourão e Carlos Henrique Martins Teixeira, são uníssonas em afirmar que o acusado tinha conhecimento de toda trama envolvida em sua campanha eleitoral, tornando-se essa, portanto, a única versão possível e plausível para os fatos dos autos.”, segue a juíza na sentença.
Diante dessa enxurrada de acusações da magistrada para embasar sua decisão de mandar o tucano para a cadeia por mais de duas décadas (sentença que supõe crimes ainda mais graves que os atribuídos, por exemplo, a José Dirceu, do PT, cuja pena, no julgamento do mensalão, não foi metade disso), qual foi a reação do PSDB?
Em nota oficial, o partido diz que “Conhece a trajetória política e a correção que sempre orientou a vida do ex-senador e ex-governador” e, assim, deu a ele todo seu apoio, dizendo-o “inocente”.
A posição do PSDB em nada difere da posição do PT em relação, por exemplo, a José Dirceu. Os dois partidos apoiaram seus expoentes após serem condenados pela Justiça. Qual a diferença, então, que autoriza o PSDB a acusar o PT de defender os seus expoentes condenados pela Justiça?
O argumento dos tucanos para justificar tal postura é de revolver o estômago: Azeredo “só” teve “um” julgamento, na primeira instância.
É mesmo, é? E quantos julgamentos, diabos, teve Dirceu? Dez? Vinte? Dirceu também só teve um julgamento, no STF. E o que é pior, a lei foi violada ao não lhe conceder o benefício dado a Azeredo de não ter sofrido com um rito sumário (extremamente rápido) no STF.
Explico: Dirceu não tinha “direito” a “foro privilegiado” (ser julgado pelo STF) quando foi submetido a julgamento simplesmente porque não tinha mandato popular no momento da aceitação de seu julgamento. E Azeredo tinha.
Azeredo não poderia ter sido julgado em primeira instância porque era parlamentar. Então, em uma manobra imoral, em fevereiro do ano passado renunciou ao mandato de deputado federal para não enfrentar o julgamento no STF, já que é irrecorrível e, assim, diminui as chances do acusado.
Só faltaria, pois, alguém vir dizer que é melhor ser julgado pelo Supremo; se assim fosse, Azeredo não teria promovido essa atitude covarde que, aliás, não foi tomada por Dirceu, que se recusou a renunciar ao mandato de deputado federal quando foi denunciado pelo mensalão.
Os tucanos se julgam muito espertos e, assim, acreditam que enganam a sociedade ao terem a cara-de-pau de acusar o PT por ficar ao lado de seus expoentes condenados enquanto faz o mesmo com os seus expoentes igualmente condenados.
É por isso que o PSDB perdeu as quatro últimas eleições presidenciais e perderá a próxima, mesmo que, dessa vez, não seja para o PT, porque o Brasil sabe o quão hipócritas e mentirosos são os tucanos. E eles apenas acabam de dar mais uma prova disso.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Por que o Profeta Merval se ferrou? Nogueira: comportamento do Gilmar foi abjeto

merval e gilmar
Num mundo menos imperfeito, você não veria esta foto

A provável origem da profecia fracassada de Merval. Por Paulo Nogueira

Merval viralizou nas redes sociais.

Uma foto na qual ele aparecia prevendo a vitória por ampla margem do voto de Fachin quanto ao roteiro do impeachment se espalhou pelo Facebook e pelo Twitter.

Merval foi merecidamente esculachado. Nunca confunda o papel de jornalista com o do torcedor é um dos pilares do jornalismo, e ele agiu como se estivesse na arquibancada. Por isso se expôs ao justo escárnio dos contrários ao golpe.

Do ponto de vista lógico, ele, com alguma inteligência, teria evitado o vexame. O primeiro voto do dia era o de Barroso, o mais capaz e mais influente dos juízes do STF.

Se Barroso divergisse de Fachin, teríamos logo no início da sessão um empate. Dada a diferença de peso entre Fachin e Barroso, seria um sinal de que as coisas poderiam mudar, como aconteceu.

Tentei entender de onde Merval extraiu seu otimismo obtuso. E tive uma pista ao ver o comportamento abjeto de Gilmar Mendes na discussão do STF.

Como são amigos, uma possibilidade real é que, num telefonema, Merval tenha se deixado levar pelas considerações e prognósticos de Gilmar.

A atitude de Gilmar de deixar o plenário abruptamente sob a alegação de viagem sugere que também ele tinha como certo o triunfo do voto de Fachin.

Quando Gilmar votou já estava claro que Fachin sofrera um extraordinário revés. E com ele um voto amplamente favorável ao golpe.

Só o ódio pelo que estava acontecendo pode explicar o que Gilmar fez. Ele falou como um político, e não como juiz. No auge da inflamação, cometeu a insanidade de citar um artigo de Serra, um político que não é respeitado sequer no PSDB.

Num mundo menos imperfeito, juízes que agissem tão acintosamente como políticos sofreriam, eles sim, um processo rápido de impeachment.

Eles conspiram contra a imagem e contra os ideais da Justiça. São, essencialmente, iníquos porque suas sentenças são pautadas pelas simpatias políticas.

Mas, num mundo menos imperfeito, também não haveria jornalistas como Merval, que apoiam juízes como Gilmar em vez de fiscalizá-los e cobrar deles isenção.

Não surpreende que sejam amigos.

Pulitzer, talvez o maior dos editores de jornais, famosamente disse que jornalista não tem amigo. Pelas razões óbvias: o jornalista não vai cobrir como deveria um amigo. Vai protegê-lo.

A mesma máxima se aplica aos juízes. Juiz não tem amigo. Juízes e jornalistas deveriam manter uma sagrada distância entre si para se fiscalizarem uns aos outros.

Dê um Google Imagens e você encontrará diversas fotos de Merval com juízes do STF em alegres confraternizações. Um juiz, Ayres Brito, escreveu o prefácio do livro de Merval sobre o Mensalão, uma agressão brutal à ética do jornalismo e da Justiça ao mesmo tempo.

Posso estar enganado. Mas é provável que a fonte da profecia que vem gerando tantas gargalhadas tenha sido o amigo Gilmar.

Num Brasil mais avançado, não haverá juízes como Gilmar e nem jornalistas como Merval porque a cumplicidade deles é nefasta para a sociedade – mesmo que renda, aqui e ali, risadas.





Nogueira, e quem vazou o "furo" para a ilustrecolonista, que se presta ao papel de jogar de mano com quem quer constranger os colegas da Corte e ganhar no grito, no PiG?

Será a colonista ilustre uma inocente útil, ou mais esperta do que faz parecer seu sorriso de enfermeira de UTI?

Em que outro lugar do mundo haveria um Gilmar, um Ataulpho e uma colonista dessa índole?

Paulo Henrique Amorim

Executivo-monstro que aumentou remédio em 5.000% é preso nos EUA

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Há três meses este blog publicou a história executivo que, aproveitando-se do controle da patente de uma medicamento para malária e para Aids, aumento em 5.000% o preço ao consumidor.
Hoje, este cidadão foi preso, não por esta crueldade, mas por ter ter usado ilegalmente as ações da Retrophin, uma empresa de biotecnologia que fundou em 2011 e da qual era um dos diretores, para pagar dívidas de outros negócios, sobretudo de um fundo de investimentos “picareta” que criou, o MSMB Capital Management.
A notícia foi dada pela Bloomberg e, embora por outros motivos, é uma “justiça poética” que um cidadão destes, por qualquer razão, passe uma temporada  atrás das grades.
Afinal, quem faz isso com remédios essencial para evitar a morte está cometendo um crime contra a vida.