Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

QUANTO VALE A HONRA DE JOSÉ CARLOS COSENZA?

Última Hora: de como Vargas enfrentou o monopólio dos meios

Revista Veja está preocupada com o Facebook da equipe do Lava Jato, sob investigação da PF; os policiais externavam apoio a Aécio enquanto vazavam 'informações' do doleiro Youssef. Veja deu uma capa com isso que quase tirou a eleição de Dilma; sobraram rastros da parceria?

Desemprego cai, renda sobe, inflação desacelera: Brasil tem o menor desemprego dos últimos 12 anos para o mês de outubro: 4,7%; renda dos assalariados cresce 2,3%; inflação medida pelo IPCA desacelera.


Anti-empreiteiras: prefeito Haddad autoriza MTST a gerir diretamente 20% do Minha Casa Minha Vida em SP; gestão direta permite reduzir custos e aumentar tamanho dos imóveis de 39 m2 para 63 m2 

 Escárnio:o advogado do doleiro Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, afirmou que o procurador Rodrigo Janot está 'politizando' a Lava-Jato ao acusá-lo de ter feito vazamentos eleitorais em beneficio do PSDB.


Última Hora: de como Vargas enfrentou o monopólio dos meios.

Sufocado pela mídia de todas as matizes políticas, Vargas reagiu articulando um jornal para o "povão" que o apoiava.

Marcos Dantas, professor titular da Escola de Comunicação da UFRJ
Reprodução/Arquivo do Estado
Os acontecimentos mediáticos na reta final das últimas eleições, muito especialmente a caluniosa edição da revista Veja, na quinta-feira, há dois dias do pleito, buscando envolver a candidata Dilma e o ex-presidente Lula em acusações para lá de suspeitas feitas por um renomado contraventor, tornou ainda mais urgente discutir o perfil escandalosamente partidário e particularmente antipetista que os meios de comunicação assumiram no Brasil.

Não existe mais compromisso com a “neutralidade” ou “objetividade” da notícia. Não se ouvem mais “os dois lados”. E, pior, basta-se ler com atenção os textos das matérias para, não raro, constatar-se que, dois ou três parágrafos abaixo, o que está escrito não confirma, às vezes desmente claramente, a afirmação peremptória expressa no título grafado em letras garrafais.

Mais do que partidários, Veja, Folha de S. Paulo, O Globo e o “Jornal Nacional” da Rede Globo tornaram-se cínicos, nisto sendo acompanhados por quase todos os demais veículos impressos ou eletrônicos. Há exceções, mas não têm o mesmo poder de penetração ou audiência daqueles.

Não deixa de ser digno de nota que ainda assim a presidente Dilma Rousseff tenha obtido sua reeleição, embora a campanha contra ela desfechada pelos meios muito explique a sua reduzida margem eleitoral. Por outro lado, detendo há 15 anos mais da metade do eleitorado e sendo apoiado por uma parcela muito expressiva da opinião esclarecida brasileira, como explicar que, até hoje, não tenhamos entre os meios brasileiros aquele que represente as idéias, a visão de mundo, o projeto de Brasil que o PT e seus aliados políticos vêm vitoriosamente implementando.

Por que não temos entre nós, uma revista que sustente este projeto com a mesma circulação de Veja, um jornal com a mesma penetração da Folha, um canal de televisão que dispute audiência com a Globo, se, no entanto, mais da metade da população brasileira (e não é de hoje) discorda do que pregam e, tudo indica, pouco confiam no que divulgam?

Em toda a história do Brasil, registra-se um único caso de órgão de imprensa que logrou obter audiência, expressa em tiragem e circulação, correspondente, em termos relativos, ao de um amplo conjunto da população cujas opções políticas ou projeto de país não costumam ser apresentados ou representados pelos meios dominantes: a Última Hora.

O (segundo) governo Vargas sofria um cerco da imprensa muito similar ao que atualmente sofrem os governos petistas: os jornais e revistas de maior tiragem e influência lhe faziam oposição implacável pelo centro e direita. À esquerda, o PCB, com sua imprensa quantitativamente diminuta mas qualitativamente influente junto a círculos progressistas, não conciliava com o governo “burguês”. Vargas reagiu articulando a criação e consolidação de um jornal que fosse efetivamente capaz de atrair a leitura do “povão” que o apoiava: assim iria nascer a Última Hora.

Antes de mais nada, Vargas mobilizou capital. Com recursos de banqueiros e industriais que o apoiavam, a exemplo de Walter Moreira Sales, Horácio Lafer e Euvaldo Lodi, além de generosos financiamentos do Banco do Brasil, Vargas fez nascer uma empresa na qual, porém, não tinha qualquer tipo de participação direta, além da própria inspiração.

Para dirigir a empresa e, sobretudo, o jornal que ela editaria, chamou o jornalista Samuel Wainer. Ele não era, àquela altura, um novato desconhecido, muito menos um jornalista marginalizado e pouco considerado nos meios profissionais. Era experiente e respeitado, e já fizera até oposição a Vargas, quando ditador. Com os recursos à sua disposição, Wainer pôs-se a reunir à sua volta alguns dos melhores profissionais de imprensa que o dinheiro poderia comprar.

Da Argentina, trouxe o desenhista gráfico Andrés Guevara, responsável pelo projeto gráfico da Última Hora, moderno e inovador àquela época. Para a redação, trouxe (subtraindo dos jornalões de então) nomes como o esquerdista Moacir Werneck de Castro, para diretor-responsável; Edmar Morel, reconhecido repórter político; ou o reacionário Nelson Rodrigues – sim, o já consagrado dramaturgo que, para a Última Hora, atrairia um grande público com a sua coluna policialesca "A vida como ela é". Também, na polícia, encontrava-se Amado Ribeiro, bem enfronhado com aquela turma que um dia se juntaria no "Esquadrão Le Coq"...

Wainer não esqueceu o colunismo social, na época um tipo de jornalismo que não poderia faltar num jornal que se quisesse importante: para concorrer com Ibrahim Sued, n’O Globo, tirou "Jacinto de Thormes", pseudônimo de Maneco Muller, do Correio da Manhã. Nas charges, estavam Nássara e Lan, este autor do antológico desenho que consagraria Carlos Lacerda como "O Corvo".

As páginas esportivas, nas quais, claro, dominava o futebol, foram as primeiras a publicar fotos a cores de equipes campeãs: inaugurou-as o time do Fluminense, em 1951. Última Hora também não deixaria de oferecer aos seus leitores, notícias, informações, resenhas críticas sobre cinema, teatro, espetáculos, artes em geral. Neste segmento fazia sucesso a coluna de “Stanislaw Ponte Preta”, pseudônimo de Sergio Porto, trazendo as fofocas do mundo artístico popular e brindando seu público com fotos diárias das estonteantes “certinhas do Lalau”, as popozudas da época que brilhavam no teatro de revista.

cartamaior

Conselho do MP “dá resposta exemplar ao golpismo”

:

Colunista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, diz que plenário do Conselho Nacional do Ministério Público "tomou uma atitude que merece um aplauso prolongado e vários momentos de reflexão"; ele fala sobre o afastamento por 90 dias do procurador Davy Lincoln Rocha, do MP em Joinville (SC), que, "em tom de provocação, divulgou pela internet um apelo às Forças Armadas, sugerindo uma intervenção militar no país"; conselheiro Luiz Moreira, autor da iniciativa, alegou que Davy Lincoln "utiliza de suas prerrogativas para manchar o regime democrático e a soberania nacional"; trata-se de "um bom exemplo para o País", diz o jornalista. 

247 – Em nova coluna em seu blog no 247, o jornalista Paulo Moreira Leite elogia o ato de afastamento, pelo Conselho Nacional do Ministério Público, do procurador Davy Lincoln Rocha, do MP em Joinville (SC), que, "em tom de provocação, divulgou pela internet um apelo às Forças Armadas, sugerindo uma intervenção militar no país". Para o diretor do 247 em Brasília, os conselheiros do MP tomaram "uma atitude que merece um aplauso prolongado e vários momentos de reflexão".

O colunista descreve trechos da carta. Leia abaixo:

Fazendo críticas diretas ao governo Dilma, o procurador define o programa Bolsa Família como "uma genial estratégia de compra de votos", que deixa 40 milhões de brasileiros "entre a opção de passar fome ou trocar seu voto por um carrinho de supermercado." Acusa o "Mais Médicos de manter "escravos da ditadura cubana".
Num momento inacreditável, o texto chega a elogiar os trabalhos de espionagem do governo norte-americano no Brasil: "em boa hora a democracia americana já se acautela em obter informações".
Na mesma passagem, o procurador condena a posição das Forças Armadas, que cumprem a determinação constitucional de manter-se como um poder subordinado ao regime democrático: "enquanto os senhores, cabeças baixas, batem continência a tudo isso."

Paulo Moreira Leite considera a punição ao procurador como "um bom exemplo para o País". "Foi a primeira reação institucional ao surto de proclamações golpistas que tem ocorrido no país. Não é pouca coisa, até porque não faltam exemplos daquilo que não deve ser feito", afirma ele, citando o caso dos delegados da Polícia Federal responsáveis pela Lava Jato que compartilharam material de campanha de Aécio Neves e xingaram o governo do PT, Lula e Dilma nas redes sociais.

Leia aqui a íntegra de seu post.

Dr Moro, 9 vazamentos por dia, Dr Moro !​ Isso é uma investigação sob sigilo, ou uma entrevista coletiva ?


Como se sabe, os respeitáveis Ministros Barroso e Teori do Supremo tentaram manter o sigilo da investigação sobre a Lava-Jato e impediram que o Congresso a ela tivesse acesso.

A Presidenta Dilma também tentou, mas não conseguiu.

Um país sério, não é isso, amigo navegante !

Sigilo é sigilo !

Menos na Vara do Dr Moro !

Juiz Moro, agora transformado pelo detrito de maré baixa e pelo Ataulfo Merval (no ABC do C Af) no vaso de guerra do Golpe, ou num Varão de Plutarco, tal como a seu tempo e hora foi o inesquecível Presidente Barbosa …

Na Vara do Dr Moro vaza tudo.

Até vento.

Uma leitura superficial – para evitar vômitos – das primeiras páginas do PiG nessa manhã de quarta-feira 19/11, quando o IBGE anunciou um desemprego récord (para outubro, porque, em novembro, isso vai explodir, com as demissões em massa na Fel-lha !), pois, nessa manhã de quarta-feira é possível constatar que há nove (nove !) vazamentos nas primeiras páginas do PiG.

Nove por dia.

E essa deve ser a média dos vazamentos dos últimos doze meses e assim será, enquanto estiver em atividade a Vara do Dr Moro – e a Dilma no exercício do cargo, atividade que o Ataulfo pretende abreviar, mas, não agora!

É pra daqui a pouco.

Como não tem Governo a Vara vaza.

Ou serão os impunes delegados aecistas do Bessinha, da Julia Duailibi e da Conceição Lemes?

Não importa a origem.

Vaza tudo !

Nove por dia.

O sigilosíssimo depoimento de um vice-presidente da Mendes Jr, esse então foi uma entrevista coletiva.

A ele todo o PiG assistiu, da primeira fila, com gravador e tudo.

Saiu tudo, por igual, na primeira página, como estrondosos furos de reportagem !

Dr Moro, se continuar assim, vai virar uma esculhambação, como disse o Ricardo Melo de um outro julgamento de que o Ataulfo participou – sempre ! – como juiz


Em tempo:
Esse Bessinha …


Paulo Henrique Amorim


Leia mais:

Dr Janot, quem vazou para a Veja ?

Desemprego cai a 4,7%, menor nível para outubro

:

Taxa de desemprego foi 0,2 ponto percentual menor que a registrada em setembro, de 4,9%; trata-se do menor nível de desemprego para outubro; no mesmo mês do ano passado, a taxa era 5,2%, segundo o IBGE; de acordo com a pesquisa, a população desocupada, estimada em 1,1 milhão de pessoas nos locais pesquisados, permaneceu estável em relação a setembro, e caiu 10,1% ante outubro do ano passado. 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A taxa de desocupação brasileira ficou estável em outubro, em 4,7%, divulgou hoje (19) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O desemprego foi 0,2 ponto percentual menor que o registrado em setembro, de 4,9%, mas, segundo o IBGE, a variação não é significativa. Em outubro do ano passado, a taxa era 5,2%.

Os números levantados pela Pesquisa Mensal do Emprego se referem a seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

De acordo com a pesquisa, a população desocupada, estimada em 1,1 milhão de pessoas nos locais pesquisados, permaneceu estável em relação a setembro, e caiu 10,1% ante outubro do ano passado. São classificadas dessa forma as pessoas que tomaram alguma providência para procurar emprego e não encontraram.

Foi registrada estabilidade no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que se manteve em cerca de 11,7 milhões nas duas bases de comparação. Já a população não economicamente ativa subiu na comparação com mesmo mês do ano passado, com alta de 3,3%.

O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas dentro da população em idade ativa, ficou em 53,6%, com crescimento de 0,4 ponto percentual ante setembro e queda de 0,6 ponto percentual na comparação com outubro.