Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sonhei que há prova de que Veja cooptou o doleiro




Vou reproduzir um “sonho” que tive poucos minutos antes de começar a escrever – um sonho em estado de vigília, diga-se.

No início da semana passada, a derrocada de Aécio Neves era visível. Dilma vinha ganhando terreno e já se falava em vitória sobre o tucano com margem maior do que a que ela teve sobre José Serra em 2010.
Em uma revista hipotética, numa certa marginal, o clima beirava o desespero. Eis que um membro imaginário de uma imaginária banda tucana da Polícia Federal bate em uma porta da marginal – não da revista, mas da via pública em que ela está sediada.

O delegado imaginário apresenta uma proposta imaginária para um chefão imaginário da publicação imaginária: haveria um jeito de reverter a escalada eleitoral de Dilma rumo à reeleição.

E o sonho prossegue: o delegado imaginário foi lá convencer o tal chefão de que “um dos advogados” de Alberto Youssef propunha convencer seu cliente a acusar a primeira mandatária da Nação de, ao lado de seu padrinho político, ter orquestrado um esquema de corrupção na Petrobrás.

O golpe de Veja não funcionou e Dilma se reelegeu. Mas, no meu sonho, investigação de uma imaginária banda não-tucana da PF teria conseguido gravação em que a banda tucana ofereceu “redenção” ao doleiro, caso Aécio fosse eleito.

A vitória de Aécio teria um efeito benfazejo na vida do doleiro. Com toda grande mídia do seu lado, Youssef se tornaria um herói como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Afirmaria em juízo tudo que a

Veja disse e o domínio do fato se encarregaria do resto.

O “resto” seria, após a vitória de Aécio, mídia, MP e Judiciário extirparem os “petralhas” Dilma e Lula da vida pública. Tornando-os fichas-sujas, estaria eliminado o “risco” de um deles voltar em 2018.

Quem enfrentaria tal poder, os 70 deputados federais do PT?

Quanto ao doleiro, após o serviço concluído se exilaria em algum pequeno e distante país e nunca mais se ouviria falar dele.

Mas o meu sonho teve final feliz. Por via das dúvidas, a proposta a Youssef foi gravada por “um dos advogados” dele.

Apesar de a gravação não valer como prova, tornaria inexorável a investigação do caso. E com o poder tendo permanecido nas “mãos erradas” do PT, o doleiro, agora, estaria disposto a contar mais sobre o meu sonho à banda não-tucana da PF.

Mas foi só um sonho… Ou será que não foi?

Advogado de Youssef confirma armação de Veja

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O crime eleitoral cometido pela revista Veja, que pertence a Giancarlo Civita e é comandada pelo executivo Fábio Barbosa e pelo jornalista Eurípedes Alcântara (à dir.), foi confirmado, nesta quinta-feira, por reportagem do jornal Valor Econômico, pelo próprio advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef; reportagem da semana passada diz que Youssef afirmou que "Lula e Dilma sabiam de tudo"; eis, no entanto, o que aponta Figueiredo Basto: "Não houve depoimento no âmbito da delação premiada. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada"; caso está nas mãos de Teori Zavascki, ministro do STF, que pode obrigar Veja desta semana a circular com direito de resposta; atentado à democracia envergonha o jornalismo

247 - A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.

Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o "depoimento" do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada "Eles sabiam de tudo", sobre Lula e Dilma, simplesmente não existiu.

Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a soberania popular do eleitor brasileiro.

Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido Basto, que representa o doleiro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", disse ele.

Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef teria feito um depoimento e depois retificado. "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.

Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.

Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?

Veja cometeu um atentado contra a democracia brasileira, que envergonha o jornalismo, e este crime é apontado pelo próprio advogado do doleiro Youssef. Os responsáveis diretos são: Giancarlo Civita, controlador da Abril, Fábio Barbosa, presidente da empresa, e Eurípedes Alcântara, diretor de Redação de Veja.

Abaixo, reportagem do Valor Econômico sobre o caso:

Advogado de Youssef nega participação em 'divulgação distorcida'

Por André Guilherme Vieira | De São Paulo
 
O advogado que representa Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, negou envolvimento na divulgação de informações que teriam sido prestadas pelo doleiro no âmbito da delação premiada, sobre o conhecimento de suposto esquema de corrupção na Petrobras pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Asseguro que eu e minha equipe não tivemos nenhuma participação nessa divulgação distorcida", afirmou ao Valor Pro. A informação de que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras foi divulgada na sexta-feira passada pela revista "Veja".

No mesmo dia, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco, determinou abertura de inquérito para apurar "o acesso de terceiros" ao conteúdo do depoimento prestado por Youssef a delegados da PF e a procuradores da República.

"Acho mesmo que isso tem que ser investigado. Queremos uma apuração rigorosa", garante Basto, que já integrou o conselho da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). "Eu não tenho nenhuma relação com o PSDB. Me desliguei em 2002 do conselho da Sanepar [controlada pelo governo do Estado]. Não tenho vínculo partidário e nem pretendo ter. Nem com PSDB, nem com PT, nem com partido algum", afirma. O Paraná é governado por Beto Richa desde janeiro de 2011. Ele foi reconduzido ao cargo no primeiro turno da eleição deste ano.

A reportagem menciona que a declaração de Youssef teria ocorrido no dia 22 de outubro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", afirma, irritado, Basto. O advogado diz ser falsa a informação de que o depoimento teria ocorrido na quarta-feira para que fosse feito um "aditamento" ou retificação sobre o que o doleiro afirmara no dia anterior: "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.

Iniciadas no final de setembro, as declarações de Youssef que compõem seu termo de delação premiada são acompanhadas pelo advogado Tracy Joseph Reinaldet dos Santos, que atua conjuntamente com Basto.

O Valor PRO apurou que o alvo principal da operação Lava-Jato disse em conversas informais com advogados e investigadores, que pessoalmente considerava "muito difícil" que o presidente da República não tivesse conhecimento de um esquema que desviaria bilhões de reais da Petrobras para abastecer caixa dois de partidos e favorecer empreiteiras.

"Todo mundo lá em cima sabia", teria dito o doleiro, sem, no entanto, citar nomes ou apresentar provas.
O esquema de corrupção na diretoria de Abastecimento da Petrobras teria começado em 2005, segundo a investigação e o interrogatório à Justiça Federal do ex-diretor de Abastecimento da petrolífera, Paulo Roberto Costa. Era o segundo ano do primeiro mandato do então presidente Lula. Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia em 2003.

Segundo a versão de Costa à Justiça, Lula teria cedido à pressão partidária para nomeá-lo diretor da Petrobras, sob risco de ter a governabilidade ameaçada pelo trancamento da pauta do Congresso. "Mesmo que essa declaração do Paulo Roberto [Costa] seja fato e que a comprovemos nos autos, qual é o crime que existe nisso?", questiona um dos investigadores da Lava-Jato. "Uma coisa é a atividade política. Outra é eventual crime dela decorrente. Toda a delação de Costa e outras que venham a ocorrer serão submetidas ao crivo do inquérito policial e da devida investigação", esclarece.

A PF também instaurou inquérito para apurar supostos vazamentos da delação premiada de Costa.
Investigações sobre vazamentos podem resultar em processo penal. No dia 21 deste mês, o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) foi condenado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de sigilo funcional qualificada. Queiroz, que é delegado da PF, foi responsabilizado por "vazar" informações da operação Satiagraha, deflagrada em São Paulo em 2008.

O que Marina e PSB ganharam apoiando Aécio

BlogCidadania

Apesar do inegável avanço da direita no país, uma nova centro-direita que se revelou a partir do momento em que Marina Silva e o PSB aderiram à candidatura Aécio Neves, no segundo turno, transformou-se na grande perdedora da eleição presidencial deste ano. E este texto pretende comprovar esse fato com números, acima de tudo.

Lembremo-nos de como tudo começou. No início oficial da campanha eleitoral à Presidência de 2014, Dilma tinha uma situação confortável e caminhava para uma reeleição tranquila. Pesquisa Datafolha divulgada em 18 de julho último mostrava Dilma Rousseff com 36% dos votos totais, Aécio Neves com 20% e Eduardo Campos com 8%.

No segundo pelotão, o Pastor Everaldo Pereira (PSC) aparecia com 3%; José Maria (PSTU), Luciana Genro (PSol), Eduardo Jorge (PV), Rui Costa Pimenta (PCO), e Eymael (PSDC), com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não atingiram 1%. Uma parcela de 13% dos eleitores votaria em branco ou anulariam o voto e 14% estavam indecisos.

Havia empate numérico entre Dilma e os candidatos de oposição, mas era esperável uma reação da petista, quem, até então, apanhava diariamente da mídia sem poder dar o contraponto que a propaganda eleitoral no rádio e na TV, a começar dali a dias, lhe permitiria.

Eis que menos de 30 dias depois, especificamente no dia 13 de agosto – considerado o mais azarado daquele que é conhecido como “mês do desgosto” –, Eduardo Campos perde a vida em um dos acidentes aéreos mais estranhos da história recentíssima, apesar de as investigações terem apontado para “fatalidade” ou “erro do piloto”.

No âmbito da campanha virulenta e cheia de golpes que seria movida contra Dilma enquanto era acusada de “jogo baixo” por fazer críticas legítimas a propostas dos adversários tais como autonomia do Banco Central ou choque monetário para “baixar a inflação a 3%”, os mesmos golpistas que, recentemente, criaram uma página fake do portal G1 para inventar que o doleiro Yousseff teria sido encontrado morto no dia do segundo turno começaram, após a morte de Campos, a espalhar que o PT ou a própria Dilma estariam por trás da morte do ex-governador de Pernambuco.

Como se veria mais adiante, porém, Dilma não teria nada a ganhar com aquele acidente. E tampouco Aécio.
A única que lucrou com tudo aquilo foi Marina.

A comoção causada no país e, sobretudo, em Pernambuco, terra de Campos, com sua família mergulhando de cabeça na política poucos minutos após sua morte (o irmão do ex-governador lançou-se candidato a vice em uma chapa com Marina pelo PSB que sequer fora cogitada, em momento como aquele), fez Marina disparar nas pesquisas.

Cinco dias após a morte de Campos, no cenário em que Marina assumia a candidatura à Presidência no lugar dele, Dilma apareceu com 36% das intenções de voto e a ex-senadora do Acre com 21%, agora empatada com Aécio Neves (PSDB), que teria a preferência de 20% do eleitorado.

Pastor Everaldo (PSC) aparecia com 3% e Zé Maria (PSTU) e Eduardo Jorge com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Luciana Genro (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) não atingiam 1%. Uma parcela de 8% dos eleitores votaria em branco ou anularia o voto e 9% estavam indecisos.

Em 1º de setembro, em menos de duas semanas como candidata oficial à Presidência da República, Marina Silva (PSB) deixou para trás Aécio e alcançou a presidente Dilma. Agora aparecia como favorita também para bater a petista no 2º turno.

Desde a primeira quinzena de agosto, a candidata do PSB passara de 21% para 34% das intenções de voto, mesmo índice obtido por Dilma. Quem mais perdeu terreno na corrida presidencial fora Aécio, quem, na pesquisa anterior, empatava com Marina com 20% e, agora, caíra para 15%.

Um mês e quatro dias depois, em 5 de outubro, Marina obteria, no primeiro turno, 2,9 pontos percentuais a mais do que no primeiro turno de 2010, quando recebeu 19,33% dos votos. Além de pífio aumento do seu capital eleitoral, Marina só venceu a eleição presidencial em dois Estados, Acre e Pernambuco.

Vários fatores influenciaram a queda de Marina a partir da pesquisa em que apareceu empatada com Dilma. Tudo começou no enterro de Campos, quando ela se deu a posar para “selfies” com eleitores, toda sorridente, exatamente sobre o caixão do falecido.

Em seguida, sua candidatura começaria a mostrar a que veio. Com uma banqueira a tiracolo – ou com Marina a tiracolo da banqueira –, a candidata do PSDB passou a se mostrar por inteira.

Marina insultou a comunidade homossexual retirando apoio às suas causas de seu programa de governo, deu declarações sobre o comando da economia que chegaram a chocar até economistas de linha neoliberal, que não esperavam que uma candidatura do partido socialista fosse mais conservadora do que a do próprio candidato in pectore da direita brasileira, Aécio Neves.

Em Pernambuco, Marina obteve a única grande vitória da oposição no Nordeste: 48% dos votos válidos. Porém, a partir de sua adesão tardia, porém convicta, à agenda tucana, sua popularidade despencou não só no país, mas, sobretudo, em Pernambuco, onde os 48% de votos de Marina no primeiro turno, os 5,92% de Aécio e o 1,83% dos nanicos, que perfaziam 49, 83% dos votos totais, viraram pó.

A duas semanas da eleição em segundo turno, de acordo com o Datafolha Marina agora atraía, no país, praticamente tanta rejeição (13%) quanto apoio (16%) a Aécio.

Porém, foi na eleição presidencial em segundo turno em Pernambuco que a candidata do PSB literalmente derreteu. Os 48% que Marina obteve naquele Estado no primeiro turno reduziram-se a menos de 30% dos votos válidos mesmo com o apoio entusiasmado da família de Eduardo Campos a Aécio Neves.

Por fim, o PSB, que conseguiu aumentar em 10 deputados sua bancada na Câmara no primeiro turno, trocou esse “lucro” pela participação que tinha no governo federal no primeiro governo Dilma, no qual tinha ministérios e muito prestígio e influência.

Agora na oposição, com perda de nomes importantes do partido como Roberto Amaral, que tende a se desfiliar da legenda, o PSB não tem motivos para comemorar o futuro.

Dilma tem quatro anos e dois meses de poder pela frente. Ao longo desses anos, a tendência é a de que haja migração de parlamentares de partidos de oposição para partidos governistas, como acontece em toda legislatura devido ao fisiologismo que permeia o Legislativo no Brasil. Desse modo, os tais dez deputados que o PSB obteve este ano, podem virar fumaça.

Claro que Marina pode vir a se fortalecer entre a direita, mas não é provável. Um dos motivos que fizeram sua candidatura se desidratar ao fim da campanha do primeiro turno foi a desconfiança que ela gera entre a direita, que preferiu e sempre preferirá Aécio ou qualquer outro tucano.

O colunista da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, bateu tanto em Marina quanto no PT no primeiro turno. E esse fenômeno irá se reproduzir enquanto o partido preferido da direita continuar sendo o PSDB.

Além de Marina e o PSB se desmoralizarem à esquerda e no Nordeste, o partido perdeu metade dos governos estaduais que obteve em 2010, quando conseguiu governar seis estados. A partir de 2015, o PSB comandará Pernambuco, Distrito Federal e Paraíba.

Valeu o PSB aumentar sua bancada em 10 deputados – que nem sabe se vão permanecer no partido – em troca da desmoralização de sua imagem “socialista” e da consequente perda de metade dos governos estaduais? Não sei você, leitor, mas acho que não foi um grande negócio.

E se Dilma e o PT perderam apoio no país em 2014, Aécio e o PSDB perderam a eleição e o partido perdeu 3 governos estaduais em relação a 2010, quando elegeu 8 governadores – agora, elegeu 5.

Apesar de o PT ter perdido 18 deputados federais, caindo de 88 para 70, além de ter mantido a Presidência da República conseguiu os mesmos cinco governos estaduais que em 2010. Porém, passou a governar Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, depois de São Paulo.

Quem mais ganhou com a eleição de 2014, portanto, foram, primeiro, o PT, por razões óbvias, e, em segundo, o PSDB, por ter aumentado em pouco mais de 4 pontos percentuais sua votação em relação à eleição presidencial de 2010 e em 10 deputados sua bancada na Câmara, tornando-se mais forte na oposição e tendo um candidato altamente competitivo para 2018: Aécio Neves.

Já quanto a Marina e PSB, grande parte dos que votaram nela nos primeiros turnos de 2010 e 2014 é de esquerda e acreditou que sua candidata seria de esquerda até que ela aderisse a Aécio. Em 2018, portanto, esse eleitorado de esquerda que confiou em Marina, não confiará mais. E o eleitorado de direita terá opção bem “melhor” em Aécio.

Marina Silva e o PSB, portanto, foram os grandes derrotados nas eleições de 2014. Ir para a direita não lhes fez nada bem. Até porque, oportunismo e traição não são o melhor caminho para quem tem planos a longo prazo, como deve ter todo partido político. O PSB e Marina foram vítimas de ambição desmedida e afobação. Deu no que deu.