Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 25 de outubro de 2014

TSE PUNE ATENTADO DE VEJA CONTRA DEMOCRACIA

Pesquisas mostram que crime eleitoral de Veja fracassou


As pesquisas Datafolha, Ibope e Vox Populi deste sábado mostram que, além de o crime eleitoral de Veja não ter funcionado, a revista ainda terá que arcar com o custo judicial – e, consequentemente, financeiro – desse repugnante crime eleitoral.
Dilma continua à frente de Aécio, o que sugere que o ataque rasteiro de Veja teve efeito diametralmente oposto ao esperado pela revista e pelo PSDB. A vantagem de Dilma na eleição de amanhã poderá ser maior do que a que ela teve em 2010.
Como dizem, o crime não compensa

Rodrigo Vianna: Globo reproduz Veja e roteiro do golpe midiático em marcha repete o de 2006

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Uma das “indecisas” do debate da Globo (enviado por Lucia Barbi, no Facebook)

Golpe midiático em marcha: Globo entra no “escândalo” da Veja


A Justiça reconheceu o caráter eleitoreiro da última edição de Veja – e proibiu que seja feita publicidade da revista.

Reparem: não se impede a circulação da revista, mas se proíbe que a edição cumpra seu papel nefasto de propaganda mentirosa a serviço do PSDB – às vésperas da eleição.

A decisão judicial traz alento. Mas não interrompe o golpe midiático.

Reparem também que a Globo, na sexta-feira, não deu qualquer repercussão à “denúncia” desesperada deVeja.

O JN fugiu desse terreno pantanoso. Por um motivo muito claro: Dilma, com seu duro pronunciamento contra o 
golpismo da Editora Abril, mandou um recado para Ali Kamel.

A presidenta avisou que, se a Globo entrasse na aventura, teria resposta no mesmo tom.

Imaginem a seguinte situação: o JN embarca na aventura golpista de Veja, promovendo a leitura da edição impressa em rede nacional, por volta de 20h de sexta-feira.

Menos de duas horas depois, Dilma abre o debate da Globo denunciando a própria Globo por golpismo.
Por isso, o JN fugiu do pau.

E, também, porque a revista da marginal não traz qualquer prova, nada. O texto da revista mesmo diz que os “fatos” narrados pelo doleiro não servem para comprometer Lula e Dilma (isso está lá no texto da revista – que me recuso a linkar).

Ou seja, o texto faz a ressalva, mas a capa da revista da marginal serve como panfleto tucano.
Pois bem, esse era o quadro na sexta-feira…
Acontece que, neste sábado, Dilma já não terá voz para responder. Não há propaganda eleitoral. Não há debate. Os candidatos estão proibidos de falar. Mas a Globo de Ali Kamel está livre para agir – no limite da irresponsabilidade.

Do que estou falando?

Folha, na edição deste sábado, deu manchete principal para a “criminosa” (nas palavras de Dilma) edição de Veja. A Folha endossou a denúncia de um bandido, feita sem provas, a 3 ou 4 dias da eleição.
Qual o objetivo dessa manchete da Folha? Oferecer uma saída plausível para que Ali Kamel e a família Marinho levem o golpismo midiático para o JN de sábado.

É assim que eles trabalham: operações casadas – como se pode ler aqui, num texto didático de Luiz Carlos Azenha.

Em 2006, eu estava na Globo. Azenha, eu e outros colegas acompanhamos de perto a cobertura enviesada promovida pela Globo no chamado escândalo dos “aloprados”.

A Globo colocou Lula na defensiva: o aparato jornalístico global – durante 1o dias – abria espaço para que os candidatos Alckmin (PSDB), Cristovam (PDT) e Heloisa Helena (PSOL) perguntassem no JN “de onde veio o dinheiro para a compra do dossiê dos aloprados?”.

Era um massacre com ares jornalísticos. E era a preparação para o grande final… que viria logo depois.

Faltando 3 dias para a eleição de 2006 (primeiro turno), as fotos do dinheiro apareceram.

Na verdade, o delegado Bruno (da PF) entregou as fotos para Cesar Tralli, da Globo. Um produtor da Globo me contou que, quando Tralli mostrou o material bombástico, a direção da Globo (Ali Kamel) teria dito: “não podemos dar essas fotos sozinhos; seremos acusados de um golpe; só podemos dar se o delegado vazar também para outros jornais”.

E assim se fez: no dia seguinte,  o delegado Bruno chamou meia dúzia de jornalistas e entregou as fotos.

A página do Estadão na internet logo publicou. Assim, o JN sentiu-se liberado para também noticiar o “fato” em sua edição, a 3 dias do primeiro turno.

O mesmo roteiro desenha-se agora.

Na sexta, a Globo fugiu do assunto: por cautela. Não seria bonito ver Dilma denunciando a Globo por golpismo 
dentro dos estúdios da Globo no Rio.

Mas nada como um dia depois do outro. O sábado chega, a “Folha” endossa a “Veja”, e assim Ali Kamel ganha o álibi perfeito: “poxa, virou um fato jornalístico, todo mundo está divulgando”.

Nessa tarde de sábado, essa decisão será amadurecida. Se houver chance de empurrar Aécio para a vitória, o JN levará a “denúncia” para o JN.


Um amigo jornalista – com mais de 30 anos de experiência – foi quem deu o alerta: “eles estão com o roteiro pronto –  da Veja para a Globo, com endosso da Folha”.

Segundo esse colega jornalista, a operação  se confirmada – “seria um fato ainda mais grave do que a manipulação do debate Collor x Lula em 89″.

Se Dilma mantiver uma dianteira folgada nas pesquisas (Ibope e DataFolha) que serão concluídas nas próximas horas, aí o JN provavelmente será comedido: pode simplesmente ignorar a Veja, ou então pode tratar a revista da marginal de forma mais discreta…

Mas se houver qualquer sinal de que Aécio pode reagir, a Globo entrará pesado. Não tenham dúvidas.

A Democracia brasileira segue sequestrada por meia dúzia de famílias que controlam as comunicações.


Dilma mostrou, na sexta, que carrega com ela a coragem brizolista para enfrentar os barões midiáticos.

Se conseguir a vitória, o confronto será mais do que necessário, será inevitável daqui pra frente.

Os golpistas tentam empurrar Aécio pra vitória, na marra. E se não conseguirem, já sinalizam que o caminho da oposição será o golpe jurídico-midiático.

O confronto está claro, cristalino. Não adianta mais fugir dele.

O golpe pode não vir no JN de hoje, se Dilma mantiver a sólida vantagem de 8 ou 10 pontos que aparece nos trackings internos deste sábado.

Mas o golpismo voltará a cada semana, a cada manchete.

É hora de tratar os barões da mídia como de fato são: inimigos!

Não do PT e da esquerda; inimigos de um projeto social generoso, inimigos da Democracia.

Os barões da mídia representam o atraso, o preconceito, são o partido de direita no Brasil.

Um partido extremista, que precisa ser enfrentado, e derrotado. Nas urnas e nas ruas.
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PS do Viomundo: A Globo já deu o primeiro tiro, reproduzindo as denúncias da revista Veja no Jornal Hoje, em reportagem de 5 minutos e 21 segundos. Aproveitou-se de uma manifestação da UJS diante do prédio da Abril, em São Paulo. A reportagem de Ali Kamel não diz que a revista Veja antecipou sua edição em dois dias, nem que a Globo faz jogo casado com a Veja em campanhas eleitorais, nem que o esquema midiático funcionou em 2002, 2006 e 2010. Em resumo, a denúncia da “barbárie” dos jovens socialistas é feita de forma descontextualizada.

Porque a história do doleiro é uma ofensa a qualquer inteligência

nempenemcabeca
Se no Brasil se fizesse jornalismo e não campanha eleitoral nos jornais, a história do doleiro Alberto Youssef esbarraria num “pequeno” problema, sem o qual mesmo como “denúncia”, o que ele teria dito – se é que disse –  não deveria ser publicado, porque falta um elemento essencial.
É simples, mas indispensável a que qualquer pessoa medianamente inteligente dê um grama de crédito e continue a ouvir o que se diz.
Mas tão obvio que, sem qualquer parcialidade política e de forma apenas cartesiana a história fica frágil como uma fofoca.
Como é que um bandido de terceira categoria, recém-saído (2004) da cadeia, operando numa cidade do interior do Paraná, que não tem contatos pessoais nem com Lula nem com Dilma Rousseff afirma, como diz a Veja, que “eles sabiam”?
É a pergunta óbvia que os promotores e policiais que se apressaram a dar a “bomba” à Veja fariam, é obvio.
E o que qualquer jornalista digno de um mínimo de profissionalismo lhes perguntaria.
Imaginemos, então, que, perguntado, Youssef tivesse dito que o ex-diretor da Petrobras Paulo Costa, lhe contara.
Então, já temos “Youssef diz que Paulo Roberto disse que Lula e Dilma sabiam”
Como Paulo Roberto Costa não era, nem mesmo ele alega isso, pessoa dos círculos de intimidade de Lula e Dilma, mesmo que não tenha dado uma simples “garganteada” sobre seu poder, para isso seria preciso que alguém lhe tivesse dito.
Digamos, um ministro, um senador ou um deputado.
E a notícia já seria “Youssef diz que Paulo Roberto Costa disse que um deputado ou o Ministro X disseram que Lula e Dilma sabiam”
Isso, claro, sem contar que o deputado, o senador ou o Ministro não estivessem invocando os nomes dos presidentes para dar cobertura à falcatrua que negociavam.
Elementos para comprovar ou dar um mínimo de credibilidade a isso? Nenhum.
Ora, será que um policial, um promotor, um juiz poderia tomar esta informação como verdade sem mais nada a comprová-la?
Por que um jornalista o faria, então?
Mais, por que, isso sendo dito a três dias de uma eleição presidencial, um policial, um promotor, um juiz ou um jornalista não vai se questionar se a declaração – se é que existe – tenha sido dada com objetivos políticos, para colher gratidões de um resultado político-eleitoral que possa advir da acusação?
E aí, de novo apelando para o raciocínio mais simples e direto: apenas porque, por interesse e parcialidade política, torna-se cúmplice daquele que o próprio juiz do caso, Sérgio Moro, chamou de “bandido profissional”.
E cúmplice de bandido, bandido é.

DataCaf Extra ! Ele perdeu ! Qualis do debate “O povo não é bobo, candidato”, disse a Presidenta no Dilmabate.


O DataCaf acabou de concluir a análise das pesquisas “quali” realizadas durante o debate em que a Presidenta aplicou a Veja no Itaúúú do Aecioporto.

Resultado:

- ele perdeu o debate;

- porque foi muito agressivo;

- a agressividade reforçou a percepção de que não passa de um machista;

- perdeu também porque foi irônico o tempo todo;

- a ironia despropositada passou a imagem de arrogância e desrespeito.

Os pontos mais fortes dela  foram:

- reagir energicamente à denúncia da Veja, logo na primeira pergunta dele.

Ele chegou muito violento, logo na entrada, quando a audiência da Globo estava em 32 pontos (depois foi a 34, um record dela no horário).

Essa “sede ao pote” e a firme reação dela atingiram a sensibilidade dos “entrevistados” na quali.

- o ponto mais agudo dela foi enfiar pela garganta dele a frase do José Simão: que os tucanos de São Paulo vão fazer o programa “Meu Banho Minha Vida”…

Conversa Afiada pode informar também que, nos bastidores, o William Bonner foi doce com ela.

Nunca se sabe, não é amigo navegante …

Em tempo: por que o jn omitiu a a Veja ? 

Ou vai guardar o detrito sólido para este sábado, quando o jn não tem audiência? (O Azenha descreveu muito bemcomo funciona esse conluio Golpista entre a Veja e o jn).

Ou o Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af) sentiu que “não há mais retorno para a Veja”, como diz um observador do PiG.

(Não perca reportagem de Afonso Monaco no Domingo Espetacular sobre a Veja, Policarpo e Carlinhos Cachoeira: os Civita já cumpriram seu prazo de validade (no Brasil). Não deixe de ver também por que a Veja resolveu dar o Golpe.)

Em tempo2: com a água a bater no bum-bum, o Globo impresso dá discreta cobertura à “denúncia” do detrito sólido. E, mesmo assim, trata da polêmica que a “denúncia” gerou, entre a Dilma e o Aecínico.

Em tempo3: quem joga todas as derradeiras e melancólicas fichas na Veja, é o Ataulfo Merval (ver no ABC do C Af). Talvez porque não tenha captado a inclinação do patrão, no devido tempo…


Paulo Henrique Amorim, financiado pelo ouro de Havana
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