Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Quem coordena é Erundina, do PSB, mas quem manda é a Setúbal, do Itaú

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Impressionante a entrevista da sócia do Itaú, Maria Alice Setúbal, na Folha.

Sai-se como a Armínio Fraga de Marina Silva e dá palpite sobre tudo, em especial a economia, com a segurança de quem sabe que a candidata está presa ao que ela disser.

Tanto que o jornalista Fernando Rodrigues, apesar de entrevistar Setúbal, coloca sem meias-palavras, no título: Marina acena ao mercado e promete autonomia para o BC”

A herdeira-banqueira chega ao ponto de alinhar como será a “equipe econômica” marinista.

O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras. Tem [Eduardo] Giannetti, André Lara Rezende, Eliana Cardoso, José Eli da Veiga. São economistas que têm um olhar mais acadêmico. Eles já dão um certo aval para o mercado -embora eu entenda que não seja suficiente porque eles são mais teóricos. Acredito que ao longo da campanha nós vamos ter outras pessoas que estarão se aproximando, que são mais, vamos dizer, operadores.”

Em nenhum momento ela sequer ressalva que essa ou aquela questão deva ser formulada à própria candidata. Responde com foros de porta-voz.

Precisa mais para deixar claro quem vai mandar?

Luiza Erundina, que nunca foi propriamente uma pessoa com grande poder dentro do PSB – basta ver como foi derrotada na aliança paulista com Alckmin – vai emprestar sua seriedade ao trabalho de aparar os conflitos internos do partido.

Nisso, Marina não vai criar problemas para ela, porque não importa quem esteja no comando das quinquilharias partidárias, nada apetitosas para a ex-senadora.

No que importa, a sua coordenadora já se apresentou ao público.

Maria Alice Setúbal.

O bagre do Rio Madeira continua lá. E a eletricidade está aqui

bagre

Semana que vem, quando Marina Silva estiver sendo entrevistada no Jornal Nacional, sete de cada 100 pessoas que a assistirão estarão com a TV ligada graças à energia da Usina Santo Antonio, no Rio Madeira.
Aquela que, quando era Ministra, ela não queria deixar construir, alegando que os bagres desapareceriam do rio.

Os bagres continuam lá, graças ao trabalho de manejo ambiental desenvolvido por vários órgãos, entre eles a Universidade Federal do Amazonas e a de Rondônia, que pode ser consultado aqui por quem o desejar, numa publicação de onde tiro a bela imagem acima. Alguns ganharam até chips para serem monitorados na sua migração para a desova, por um canal artificial.

Ontem, começou a funcionar a 30ª das 50 turbinas que a usina terá em funcionamento até agosto do ano que vem.

Juntas, elas geram mais de 2 mil Megawatt, o equivalente a toda – reparem, toda mesmo – a economia que está sendo feita na geração dos reservatórios do Sudeste, castigados pela estiagem.

Para o Brasil retomar o ritmo de crescimento na casa dos 5%, como é preciso, o acréscimo da demanda de energia elétrica é na casa de uma usina destas por ano.

E não é possível que uma pessoa com um mínimo de capacidade de raciocínio ache que isso vai ser suprido pelos cataventos das usinas eólicas. Elas são importantes, mas inconstantes: ontem, geraram 1,5 MW médios, dias atrás, 600. Depende, é claro, do vento.

É possível e necessária a conciliação entre preservação do meio-ambiente e aproveitamento hidrelétrico dos rios.

Assim como é mentira que se possa produzir energia sem impacto ambiental – até as eólicas têm – é demagogia terrível e destrutiva achar que se pode privar o Brasil de energia suficiente para seu desenvolvimento econômico, porque é este que gera o desenvolvimento social.

Do contrário, é a miséria e nada é mais destrutivo ao meio ambiente que a miséria, que empurra nossos irmãos para as periferias, avança sobre as áreas de preservação e torna a vida humana degradada e degradante.

O rídículo do apartamento de Graça Foster e O Globo

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Um leitor me pergunta porque não comentei a  ”maquiagem” de patrimônio da presidenta da Petrobras,

Maria das Graças Foster.

Posso ser sincero?

É pelo ridículo.

O repórter de O Globo não precisa ir ao Tribunal de Contas da União.

Basta ir a qualquer imobiliária e perguntar quanto tempo leva para fazer uma escritura, de compra e venda ou de doação – que é praticamente igual.

Eu já fiz isso, aliás, com uma casa, para meus filhos mais velhos, após uma separação.

Qualquer corretor lhe dirá que é absolutamente fazer em um dia, como alega o jornal.

É preciso uma tonelada de certidões, dos distribuidores, vintenária, dívidas e ônus reais, órfãos e sucessões, o diabo.

Aliás, ele nem precisa disso, basta ler as escrituras e ver que as certidões foram emitidas dia 11 de agosto, mais de uma semana antes de qualquer notícia sobre o caso. E, se foram emitidas dia 11, é porque foram pedidas ainda antes.

E sinceramente, causa pena que o “imenso patrimônio doado” por Graça a sua filha seja um apartamento na Rua Barão de Itapagipe, no Rio Comprido ou uma casa num loteamento em Manguinhos, Armação dos Búzios.

O apartamento é neste prédio aí, o 501, numa área que não é absolutamente valorizada. É até meio decadente, desde que se fez por ali o elevado da Paulo de Frontin.

É o que Graça tem, depois de 30 anos ou mais como engenheira da Petrobras, com vários anos como diretora e mais três como sua dirigente máxima?

Ganha-se bem ali, certamente mais do que ganhava o Dr. Joaquim Barbosa no Supremo, e comprou apartamento em Miami, num condomínio de luxo.

Estes imóveis de Graça Foster  dão, com muito boa-vontade, para comprar comprar um apartamento de três quartos  em Botafogo.

E olhe lá.

Bláblárina tira o Itaúúú para dançar Nem uma palavra sobre os bagres e os oprimidos.

Sugestão do amigo navegante Carlos Curioso no Facebook do C Af


Na primeira entrada no jn depois de coroada candidata do PSB – será ? Leia o que disse o dirigente do PSB que se mandou – a primeira intervenção da candidata foi dançar a valsa que os bancos queriam ouvir.

Com muita dificuldade, como num tati-bi-tati mal decorado, ela recitou o sonho de consumo do “mercado”:

- é a favor do tripé;

- e da autonomia do Banco Central (ou seja, o Itaúúú vai mandar no pedaço).

O tripé, como se sabe, é a Santíssima Trindade do Consenso de Washington: juros escorchantes, mega-superavit fiscal, total liberdade cambial – portanto, pau no trabalhador e nos programas sociais.

É tudo o que está quebrando a Europa …

Só faltou anunciar o que está por revelar: a privatização da Petrobrax.

Mas, a Bláblá cumpre o papel que lhe cabe nessa eleição.

Assumir o lugar o Aecioporto, que já demonstrou não ter competência para a tarefa que os bancos lhe impuseram.

Como diz o Fernando Henrique, qualquer um serve.

Desde que a mentira se sobreponha à verdade – como diz o Lula – e o PiG consiga esconder o que a Dilma vai mostrar à exaustão.

Mas, não adianta: a Dilma ganha no primeiro turno, como demonstra o tracking de ontem (22/08) do próprio PSDB – ver na sacolejante seção “Pitacos”.

“Mercado” e Globo não ganham eleição.

Dão Golpe.

Clique aqui para ler “Quem é o dono do jatinho do Eduardo ?”.


Paulo Henrique Amorim

Neca, do Itaú, já dá as cartas no governo Marina

:

Coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú, assegura que a candidata socialista dará autonomia ao Banco Central e irá perseguir uma meta de inflação de 4,5% no primeiro ano, que cairá para 3% nos anos seguintes, o que demandaria taxas de juros maiores; ela também minimizou a falta de experiência de Marina, que, segundo ela, contará com "operadores de mercado" em sua equipe; por fim, atacou a presidente Dilma; “Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos", afirmou

247 – Madrinha de Marina Silva, Maria Alice Setubal, a Neca, coordenadora do programa de governo do PSB, minimiza a falta de experiência da candidata e sinaliza aproximação com o mercado.
Em entrevista à Folha, ela afirma que a presidenciável manterá os compromissos feitos anteriormente por Eduardo Campos a respeito de conceder autonomia formal, por lei, ao Banco Central. Diz que, ao longo da campanha, mais economistas "estarão se aproximando".

“Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos. O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras", afirma.

Neca disse que a meta de inflação num eventual governo Marina permanecerá em 4,5%, com foco em chegar a 3% a partir de 2019.

Quanto à gestão de Dilma Rousseff, avalia que a petista "tem uma incapacidade de ouvir. Desagrega" (leia mais).

Lula voa na jugular da mídia no horário eleitoral





O horário eleitoral noturno de 21 de agosto de 2014 viu ocorrer um marco político: finalmente o PT reagiu à altura. No programa do dia em que escrevo, o presidente Lula mostrou que não estava brincando quando me disse, em reunião que tivemos no último dia 11 de junho, no Instituto Lula, que não haveria outro jeito que não o de partir para o enfrentamento político com a mídia tucana.
Abaixo, vídeo que o presidente gravou naquele 11 de junho para os leitores desta página. O post continua em seguida.



Nesta mesma noite de 21 de agosto, alguns minutos antes, o Jornal Nacional apresentou seu próprio horário eleitoral. Começou com Marina Silva sendo reverenciada pelos correligionários e fazendo longa exposição de sua plataforma de governo. Em seguida, Aécio Neves aparece sorridente, triunfante em meio a trabalhadores que o ovacionavam. Chega a vez de Dilma. Está despenteada, com expressão tensa. A locução do telejornal a acusa de ser responsável por atraso em alguma obra e quando a presidente tem voz, continua descabelada e se explicando.

Em sua intervenção no horário eleitoral do dia em que escrevo, Lula fez o que me disse que faria: foi para o enfrentamento contra um império poderoso, quase sempre hegemônico, cruel – como demonstrou sobejamente ao atirar o país em duas décadas de uma ditadura sangrenta –, mas que já foi derrotado quatro vezes nos últimos 12 anos e que, com determinação e destemor, será derrotado de novo.

No segundo programa eleitoral de Dilma Rousseff para a televisão, Lula acusou diretamente “setores da mídia que se transformaram no principal partido de oposição da presidenta”. Disse também que muitas pessoas “devem estar surpresas com as tantas coisas boas que Dilma fez e quase ninguém sabia” e que “esta campanha vai servir exatamente pra isso, pra você ver como certa imprensa gosta mais de fazer política do que informar bem, como só consegue falar mal e é capaz de esconder obras fundamentais que estão transformando o Brasil”.

Ao final, Lula retomou o lema de sua primeira campanha, em 2002: “Na minha primeira campanha, a esperança venceu o medo. E nesta, da Dilma, a verdade vai vencer a mentira”
Veja o depoimento de Lula, na íntegra, no vídeo abaixo.