Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O grande perigo está de volta


Algumas palavras sobre a manifestação ocorrida ontem em São Paulo e suas consequências. Antes, uma observação importante. Defendo manifestações democráticas. Não venham me chantagear com esse papo de “criminalizar” movimentos sociais.
Mas já aprendi uma coisa, de uns tempos para cá. Manifestações com presença de mascarados não são democráticas. Mascarados mancham indelevelmente qualquer manifestação, porque a gente sabe, antecipadamente, que apelarão para violências, e podem conter infiltrados cujo objetivo é justamente destruir ou desqualificar a manifestação.
Grandes armadilhas contra a nossa democracia estão sendo armadas. O movimento #naovaitercopa reúne inúmeros grupelhos de extrema-esquerda, mas conta com o apoio esquizofrênico de todos os grupos de extrema-direita, também interessados no caos e na derrubada do regime. Esses grupos financiam páginas na internet, memes e textos. Não, não é mais paranóia. Proliferam nas redes sociais um número alarmante de grupos e indivíduos que defendem um golpe de Estado, inclusive militar. Setores da direita, desesperados com a distância do poder, e farejando nova derrota este ano, perderam os escrúpulos democráticos que fingiam ter e estão demonstrando um perigoso descontrole emocional.
Falei em armadilhas porque é disso que se trata. Fazer a população se lançar voluntariamente no abismo, achando que está participando de uma revolução.
A maioria dos intelectuais brasileiros de esquerda pode ser facilmente manipulada por estratégias simples. Bota-se um punhado de jovens na rua pregando revolução, pedindo mais gastos em educação, reclamando da Globo, coisas simples e boas. Mas aí se acrescenta um elemento explosivo: algumas dezenas, ou centenas, de mascarados para assustar a polícia, quebrar bancos e incitar repressão.
Pronto. Temos o cenário perfeito. Alguns líderes de movimentos sociais, cansados de apanhar da polícia, rapidamente aderem aos protestos. Como ser contra?
Em pouco tempo, contudo, ninguém mais sabe porque está na rua, nem manifestantes nem policiais, repetindo-se a lógica irracional de uma guerra civil.
Sei que é difícil acreditar na imprensa hoje, mas todos os sites que eu li falavam de 2 manifestantes e cinco PMs feridos.
Isso é perigoso. As polícias militares têm imensas deficiências. Mas o culpado não é o policial, um trabalhador que ganha pouco e se arrisca muito. A partir do momento em que os manifestantes começarem a descontar sua testosterona em cima desses PMs, correremos enorme risco. O culpado pela violência policial é o sistema.
Nosso judiciário também tem culpa, por ser truculento e reacionário, evitando penas alternativas e prisão domiciliar inclusive para presidiários doentes que não oferecem nenhum perigo à sociedade. Por que a imprensa não fez violentos protestos quando descobriu que o Judiciário negava prisão domiciliar a um tetraplégico preso na Papuda por fumar maconha? Não protestou porque isso poderia beneficiar José Genoíno?
Por que os manifestantes só hostilizam as instituições democráticas e deixam o Judiciário e o Ministério Público em paz?
Entretanto, o mais surreal é que o movimento #naovaitercopa pede mais gastos em educação e saúde, mas o cancelamento da Copa provocaria um prejuízo enorme ao Estado, e portanto, forçaria cortes em educação e saúde.
Essa é a grande esquizofrenia coxinha, que se mistura ao marxismo enfumaçado de jovens universitários, que tem planos de saúde e estudam em universidades públicas.
Dinheiro para Saúde e Educação não cai do céu. É fruto dos impostos. A arrecadação fiscal per capita no Brasil é ainda muito inferior a dos países desenvolvidos. Somos um país rico, mas um povo pobre. A única maneira de aumentar a arrecadação é aumentar a atividade econômica. E aí entra a importância da Copa. Se ela atrai turistas, se gera novos negócios, gerará também mais atividade econômica, que por sua vez gerará impostos, que poderão ser usados em Saúde e Educação.
A Copa é importante, portanto, para gerar mais gastos em Educação e Saúde.
Sobre os mascarados, já falei aqui. Sou contra a presença dele em manifestações. O Brasil deveria fazer uma legislação específica para coibir o uso de máscaras em manifestações, para proteção dos próprios manifestantes. A presença de mascarados facilita a infiltração de provocadores, que agem para destruir a própria manifestação.
Não podemos esquecer tão rápido a morte do repórter Santigo, até porque ainda não discutimos profundamente o que aconteceu. Um dos rapazes disse que o rojão era destinado à polícia. Esse é o grande perigo. Imagine se o rojão explodisse no rosto de um policial, ferindo-o. Seus colegas se descontrolariam emocionalmente e partiriam para cima dos manifestantes, e eis que ocorre uma morte de um manifestante, quiçá de um totalmente pacífico. Balas são traiçoeiras.
O que aconteceria? Haveria uma comoção nacional? O Brasil se ergueria em fúria? Contra o quê? Contra quem?
Pior, e se o rojão que feriu o policial tivesse sido disparado justamente com essa intenção?
Será possível que o Brasil tenha se tornado um país tão facilmente manipulável? Tão frágil? É tão fácil assim nos derrubar?
Pior que sim.
A nossa mídia é um caso perdido. Ela se vende a quem paga mais caro. E sabemos muito bem a quem ela presta continência em primeiro lugar. Esse é um problema importante em toda a América Latina. Suas mídias não são comprometidas, de fato, com a democracia, apesar de sempre usarem o vocabulário democrático para venderem suas teses. Foi assim em 1964. É assim hoje.
Qual a solução? A solução é lutar por uma reforma política e uma regulamentação democrática da mídia.
A nossa imprensa faz ataques ao Sarney, e a Henrique Alves, mas jamais informou ao Brasil de onde eles tiram seu poder eleitoral: suas famílias controlam as mídias regionais, sobretudo a distribuidora da Rede Globo.
A elite é muito esperta. Pode financiar, secretamente, manifestações lideradas por jovens de extrema esquerda que pregam o fim do capitalismo. O objetivo é fomentar o caos, constranger o governo e criar na população o desejo por uma liderança forte, austera, que reestabeleça a ordem.
Não é uma conspiração tão complicada assim, afinal. Nem moderna. Os romanos a praticavam há mais de mil anos. Fomentavam revoltas domésticas nos povos que desejavam dominar. Às vezes financiavam inclusive movimentos contra Roma, sempre com objetivo de dividir e conquistar.
Quem participa de manifestações que contam com a presença de mascarados, portanto, pode estar participando de um ataque à nossa democracia sem o saber. Afinal, como saber que não há, entre os mascarados, gente que defende o golpe militar ou mercenários pagos por organizações de extrema-direita?
O pior é que os setores mais perigosos da direita sabem que apenas a emergência de uma situação de caos poderia lhe dar esperanças de uma mudança no regime. O caos é criativo. Pode gerar mudanças também para melhor. É esta a melhor armadilha para a esquerda: uma isca. Ela vê a possibilidade de mudança e seus olhos brilham, e vai atrás, não vendo que caminha para o abismo.
Os que financiam essas iniciativas com certeza saberão minimizar os riscos de que esses protestos se voltem contra eles. Não à tôa, a mídia já tem feito, desde as jornadas de junho, um malicioso jogo duplo.
Primeiro, fingiu apoiar as manifestações, mesmo com a violência ultrapassando todos os limites do tolerável, a ponto de repórteres cobrirem os protestos do alto de helicópteros para não serem agredidos, seja por manifestantes, seja por policiais (principalmente, sabe-se lá porque). O que acho ridículo. Manifestações minimamente civilizadas jamais agridem jornalistas. Agora, a mídia finge ser contra os black blocs, mas lhes dão um espaço que jamais nenhum outro grupelho jamais teve. Suas mensagens são reproduzidas em seus portais imediatamente após serem publicadas.
Estamos diante de grandes perigos, complexas armadilhas. Por isso temos que ser firmes. A defesa da ordem não é monopólio da direita ou da ditadura. A democracia também precisa de ordem. Jovens cheios de testosterona e fumaça podem se esquecer disso. O povo, não. Se a democracia não oferecer ordem, segurança e estabilidade ao povo, ele escolherá a ditadura.
A democracia, por isso mesmo, tem de se defender. O Brasil precisa de paz, para terminar de construir as estradas, ferrovias, hidrelétricas, pontes, refinarias, portos e aeroportos de que necessita para crescer economicamente e dar continuidade ao processo de distribuição de renda e melhora dos serviços oferecidos à população.
Não há nada de progressista achar que o país deva ficar refém de grupos violentos, sem qualquer tipo de repressão. Aliás, a PM de São Paulo que cercou a manifestação inaugurou uma tática louvável. Os Pms não portavam armas. O número de feridos caiu drasticamente.  Esse é o caminho. Repressão inteligente, estratégica, apenas na medida em que a necessidade exige.
Até porque não me surpreenderia se alguns estados fizessem uma repressão calculada, justamente para produzir comoção nacional e estimular mais protestos.
Temos alguns pactos tácitos na nossa sociedade. Movimentos de sem teto e sem terra, por exemplo, tem suas liberdades. Podem invadir fazendas improdutivas e edifícios abandonados, porque a democracia precisa de alguns empurrões para avançar. Mas não há sentido em entender a democracia como um regime em que todos podem tudo. Não tem sentido permitir que jovens mimados quebrem agências bancárias, provoquem caos no trânsito, revirem lixeiras, invadam e depredem repartições públicas. E tudo isso sem objetivo, sem liderança, sem qualquer estratégia.
Não é assim que faremos o país melhorar. O Brasil precisa de inteligência, não de truculência. Se houver necessidade de sermos violentos um dia, que seja para defendermos a democracia, não para sabotá-la.
Jovem e pacífico manifestante protestando contra a Copa, ontem em SP. Foto G1
Jovem e pacífico manifestantes protestando contra a Copa, ontem em SP. Foto G1

FOLHA ELEGE DILMA NO 1° TURNO. QUAL É A NOVIDADE ? Qual o partido do Barbosa ? Talvez o PSTU…

Datafolha: Dilma ou Lula venceriam no 1º turno
 A solidariedade venceu o degredo: doações ultrapassam o valor da multa a Dirceu, sacodem o mundo político e reacendem o brio do PT
Democracia ou oligarquia? Libertada a ex-primeira ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko; a princesa do gás, presa por corrupção e derrotada nas eleições de 2010 pelo presidente deposto, Víktor Yanukóvich, anuncia nova candidatura: o nome do seu partido é Pátria
A pergunta essencial de Márcio Pochmann: Desde 2003, criamos 17 milhões de empregos e um milhão estudam pelo Prouni. Qual o saldo organizativo disso?


A Folha (*) informa que a Dilma se reelegeria no primeiro turno.

O “analista de pesquisa” da Folha chega ao desatino de afirmar que “brasileiro quer mudança, mas com petistas” !

Segundo a Folha, o Dudu – esse Bessinha … – e o Aécio estão empacados.

O Aécio empacado há mais tempo está, o que leva o “analista de pesquisa” a assegurar que, breve, ele vai, na verdade, desabar.

A Bláblárina desaba, segundo o Datafalha.

Mas, se Bláblá, Aécio e Barbosa se candidatarem – ou seja, na Folha, bye, bye, Dudu ! -  há alguma chance de a eleiçao ir para o segundo turno.

Está certo o “analista de pesquisas”.

Se, além deles, se candidatarem D Orani, Tiririca, Bruna Marquezine e Felipão – aí, sim, garantido, a eleição vai para o segundo turno – para a alegria geral do PiG (**).

Porque, como se sabe, no segundo turno o jornal nacional é imbatível !

A Folha tem um pequeno problema.

Qual seria o partido do Presidente Barbosa ?

O PSB não o quer nem para Senador.

E já tem o Dudu.

Ou será a Bláblá ?

O PSDB tem o Aécio.

Quer dizer, o PSDB sem o Cerra, que quer a si proprio – desde sempre !

O PPS aderiu ao Dudu, com sua parcela de “novo” entregue à coligação. 

O PSOL escolheu Randolphe, a menos que o Freixo, impulsionado pela Globo Overseas tome-lhe o lugar.

(Já imaginaram uma chapa Freixo-Sininho ? Que graça, né Caetano ?)

O PMDB está com a Dilma.

(E com qualquer um que tenha o poder.)

Sobraria ao presidente Barbosa … o PSTU !

Em tempo: como se percebe, o Conversa Afiada não leva esses Datafalha e Globope a sério. Trata deles para tirar um sarro de quem os “analisa” com tanta Ciência !

Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para ler “Dilma vence no primeiro turno”

E aqui para “Coimbra: Dilma é a favorita. Janeiro não muda”



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**)  Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Andrea Matarazzo quer institucionalizar a inviolabilidade tucana

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Repare essas frases do advogado de Matarazzo, que está tentando uma proeza incrível, até mesmo para a tradição tucana de manter seus quadros indevassáveis e intocáveis: proibir que a Polícia Federal o investigue. Suas razões:
“O que me causa espanto é que vivemos um momento em que todo homem público tem que ser investigado. Um cidadão assume o governo e já se abre inquérito contra ele. O homem público está estigmatizado neste país.”
(…)
“O grande problema disso tudo é o desgaste político, fica sangrando.”
É o cúmulo do cinismo. Condena-se Dirceu sem absolutamente nenhuma prova. Já o trensalão tucano, há emails, contas, cartas, depoimentos, testemunhas, investigações na Suíça, documentos. E agora, o único político tucano que as autoridades tiveram coragem de investigar, e mesmo assim em inquérito “exclusivo”, vai tentar, junto ao Judiciário, proibir que seja investigado pela Polícia Federal.
E isso porque ele “fica sangrando”.
O PSDB nunca deixou abrir uma CPI em São Paulo pelas mesmas razões. Já o PT experimentou incontáveis CPIs, e seus quadros são condenados impiedosamente pela mídia mesmo que o crime seja tão grave quanto comprar uma tapioca.
Não sei porque, mas tenho a impressão que a mídia não vai dar um pio contra as chorumelas esfarrapadas de Matarazzo.
Acho que o PSDB poderia fazer logo um projeto de lei para instituir no Brasil, de maneira oficial, a inviolabilidade tucana. Eu ajudo no texto, que poderia ser algo assim: fica proibido, a partir desta data, criar CPIs que prejudiquem o PSDB; nenhum político do partido pode ser investigado; inquéritos eventualmente abertos contra crimes nos quais tucanos sejam suspeitos serão automaticamente fechados ou engavetados. Ficou bom?
Abaixo a notícia do Estadão sobre mais uma genial ideia tucana: barrar inquérito.
*
Matarazzo quer barrar inquérito da PF
Defesa de vereador tucano estuda entrar com habeas corpus contra nova investigação no caso Alstom
por Fausto Macedo, no Estadão.
A defesa do vereador Andrea Matarazzo (PSDB) estuda ir à Justiça com pedido de habeas corpus para evitar a abertura de inquérito da Polícia Federal contra o tucano no âmbito do caso Alstom – suposto esquema de propinas a funcionários públicos da área de energia do Estado, entre 1998 e 2003, nos governos Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
A alegação central é de que a investigação – requerida pela Procuradoria da República e autorizada pela 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo – “não tem causa, nem objeto”.
O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Matarazzo, destaca que “não há nada a temer”, mas faz um alerta. “O que me causa espanto é que vivemos um momento em que todo homem público tem que ser investigado. Um cidadão assume o governo e já se abre inquérito contra ele. O homem público está estigmatizado neste país.”
Matarazzo já foi investigado pela PF no inquérito Alstom. Ex-secretário de Energia de Covas, ex-ministro de Comunicação Social do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Cultura das gestões Alberto Goldman e Alckmin, o tucano foi indiciado por corrupção passiva, mas ele afirma que não conhece os lobistas, empresários e executivos que protagonizaram o escândalo.
“Não assinei o contrato e nenhum aditamento, todas as atas estão lá”, disse Matarazzo. “Fiquei apenas 7 meses no cargo de secretário, em 1998. A Eletropaulo estava em pleno processo de privatização. O grande problema disso tudo é o desgaste político, fica sangrando.”
Há três semanas, ao apresentar à Justiça denúncia criminal contra 12 investigados do caso Alstom, a Procuradoria excluiu Matarazzo porque reconheceu expressamente “inexistência de provas” contra ele.
No entanto, a Procuradoria requereu inquérito específico sobre o tucano alegando que ainda são aguardados documentos da Suíça em nível de cooperação jurídica internacional.
O advogado do vereador afirma que nenhum documento poderá comprometer Matarazzo. “Mas, suponha-se que mandem para o Brasil a prova de um crime. Aí sim o Ministério Público poderia requisitar inquérito policial ou aditar a denúncia já oferecida. O caminho natural é este, jamais abrir um inquérito sem fato a ser investigado.”
Para o criminalista Mariz de Oliveira, o novo inquérito representa “uma punição política, uma punição fora da lei”.