Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Brasil? Poupe-me...


Dilma defende modelo social brasileiro em Davos: 36 milhões foram tirados da extrema pobreza e 42 milhões que ascenderam à classe média; a renda per capital media cresceu 78% desde 2003


Ainda há um Brasil a desbravar, indicou a Presidenta: apenas 47% dos domicílios têm computador e 55% apenas têm máquina de lavar

Déficit comercial do setor industrial atinge US$ 105 bi em 2013; saldo reflete câmbio fora do lugar que dificulta vendas e incentiva importações

Ajuste cambial em marcha na AL: Venezuela adota câmbio múltiplo, mais caro para o turismo.

Argentina faz forte desvalorização do peso


Foi preciso que o presidente de um dos maiores bancos viajasse 8.940 kms, para encontrar um jornalista disposto a ouvir e reportar uma outra visão do Brasil.


por: Saul Leblon 
Arquivo






















Foi preciso que o presidente de um dos maiores bancos brasileiros viajasse 8.940 kms para fora do país, um estirão aéreo de  11 hs  até Genebra, na Suíça, para encontrar um jornalista, o competente Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico, disposto a ouvir e reportar  uma visão  da economia  ausente na pauta  do Brasil aos cacos,  que predomina nas páginas  do seu próprio jornal.

Que isso tenha acontecido na carimbada paisagem de neve e ternos pretos de Davos, onde se realiza o concílio das corporações capitalistas,  diz algo sobre  o belicismo da emissão conservadora em  azedar  as expectativas  contra o Brasil e seu desenvolvimento.

Luiz Carlos Trabuco Cappio, presidente do Bradesco, não dirige uma instituição socialista.

Segundo maior banco do país, o Bradesco  acumulou até o 3º trimestre de 2013 um lucro  da ordem de R$  9 bilhões, em boa parte pastejando tarifas e juros no lombo de seus clientes.

Até aí,  estamos na norma de um setor que  ao primeiro alarme da crise mundial deixou o Brasil falando sozinho.

Recolheu-se ao bunker dos  títulos públicos (juro limpo, risco zero de inadimplência) e deixou o pau quebrar do lado de fora.

Mais de 50% do financiamento da economia brasileira hoje é garantido pelos bancos estatais –  15  pontos acima do padrão de mercado pré-crise.

Não dispusesse  de um  sistema de bancos estatais, o país seria  arrastado à crise pela vocação  pró-cíclica da lógica financeira.

O Bradesco tem 26 milhões de correntistas; está espalhado por todo o Brasil  –sua rede de oito mil agências talvez só perca para a do Banco do Brasil.

Um dos segmentos de maior  expansão do banco  no ano passado  foi a carteira  imobiliária: o financiamento de imóveis  totalizou  R$ 12,5 bi –crescimento de 33% no período, contra 11% do credito em geral.

Talvez essa capilaridade explique a dissonância.

O que disse Trabuco, em Genebra,  destoa da água para o vinho dos clamores emitidos pela república rentista, aferrada a circularidade do lucro que não passa pela produção, nem pelo consumo.

No cassino, a regra de ouro é o descompromisso com a sorte do desenvolvimento e o destino da sociedade  –não raro, o confronto, em modalidades conhecidas.

A saber: arbitragem de juros (leia ‘O governo invisível não quer Dilma’; neste blog), especulação  com papelaria e moedas (bolsas, volatilidade cambial) e imposição de  Selic gorda no financiamento da dívida pública.

Até mesmo pelo maior  entrelaçamento  geográfico  com o país real (se o Brasil der errado isso tem consequências) o dirigente do Bradesco se obriga a um outra visão da economia e do governo.

Excertos da sua entrevista a Assis Moreira soam como mensagens de um marciano  em meio ao alarido do rentismo  local:

(...) ‘O grande desafio que nós temos é fazer o capital produzir no Brasil. É fazer o investimento estrangeiro ou capital privado nacional funcionar para suprir os nossos fossos, principalmente de infraestrutura. O Brasil não é um país pobre, é um país desigual. Não é um país improdutivo. Nós temos problema de competitividade, mas o país é produtivo’.

(...) ‘ninguém quer ficar fora do Brasil. Porque a democracia brasileira, o Judiciário, as instituições, a harmonia social, independente dos problemas que possam existir, tem uma coesão. O Brasil tem um projeto de país’.

(...) ‘Houve uma época na economia brasileira em que tudo estava no curto prazo. Agora, teve um alongamento. E foi positivo, porque o governo soube aproveitar isso, que foi o alongamento da dívida interna. Hoje já temos estoques  importante de títulos de 2045, de 2050’.

(...) ‘O relatório do FMI foi até positivo em alguns aspectos, porque olhou para a economia brasileira e viu um crescimento superior à média da projeção dos economistas brasileiros. Isso é o reconhecimento da capacidade do PIB potencial.
 
Com relação ao movimento de capitais, o FMI falou genericamente, sobre migração [de capital]. O pior dos mundos seria um cenário em que os Estados Unidos, Europa e Ásia mudassem o patamar dos juros, aí teríamos... Acho que a fuga de capital no Brasil não se aplica’.


Isso na 4ª feira. Um dia antes,  o mesmo jornal debruçava-se no colo do mercado financeiro para anunciar a rejeição  do governo invisível  do dinheiro  à reeleição de Dilma.

A dificuldade em pensar o Brasil advém, muito, da inexistência de um espaço ecumênico  de debate em que opiniões como a de um Trabuco,  ou a  de Luiza Trajano  --a dona do  Magazine Luiza, que desancou ao vivo um gabola desinformado do pelotão conservador--   deixem de ser um acorde dissonante no jogral que diuturnamente aterroriza:  de amanhã o Brasil não passa.

Os desafios ao passo seguinte do desenvolvimento brasileiro são reais.

De modo muito grosseiro, trata-se de modular um ciclo de ganhos de produtividade (daí a importância  de resgatar seu principal núcleo irradiador, a indústria)  que financie  novos degraus de acesso  à cidadania plena.

A força e o consentimento necessários para conduzir  esse  novo ciclo requisitam um salto de discernimento e organização social,  indissociável de um amplo debate sobre metas,  ganhos, prazos, sacrifícios  e valores.

 Não se trata apenas de sobreviver  à convalescência do modelo neoliberal.

Trata-se de distinguir  se a crise global é uma ruptura ou o desdobramento  natural de um modelo cuja restauração é defendida  por rentistas, jornalistas e rapazes assertivos, desprovidos do recheio competente.

Antes de classificar como excrescência o que se assiste na Europa  --onde o ajuste neoliberal  produziu  26,5 milhões de desempregados, implodiu pilares da civilização e acumula déficits paralisantes, que a recessão ‘saneadora’ não permite deflacionar--,  talvez fosse mais justo creditar à razia o bônus da coerência.

O que o schumpeterismo ortodoxo  promove  no antigo berço do Estado do Bem- Estar Social é radicalização do processo de ‘destruição criativa’ que por três décadas esganou  o rendimento do trabalho, sacrificou soberanias, instituições e direitos, simultaneamente  a concessão de mimos tributários aos endinheirados.

Para clarear as coisas: não foi a crise que gerou o arrocho e a pobreza em desfile no planeta --mas sim o arrocho e a desigualdade neoliberal que conduziram ao desfecho explosivo, edulcorado agora por  vulgarizadores que, no Brasil,  advogam  dobrar a aposta no veneno.

A ordem dos fatores altera a agenda futuro.

Se a crise não é apenas financeira, controlar as finanças desreguladas é só um pedaço do caminho.

 O percurso inteiro inclui controlar a redistribuição do excedente econômico, ferozmente concentrado nas últimas décadas na base do morde e assopra --arrocho de um lado, crédito e endividamento suicida do outro.

O saldo está exposto no cemitério de ossos da crise mundial.

Genocídio do emprego, classe média em espiral descendente, mercados atrofiados,  plantas industriais carcomidas,  anemia do investimento e colapso dos serviços público e do investimento estatal.

Para quem acha que a coisa começou agora, o insuspeito Wal Street Journal acaba de publicar  reportagem com números pedagógicos sobre o esmagamento da classe média no mundo rico, antes da crise.

Dados compilados por Emmanuel Saez, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Thomas Piketty, da Escola de Economia de Paris’, diz o Wall Street  corroboram o desmonte social em curso nos países ricos.

 Em 2012, os 10% mais ricos da população norte-americana ficaram com metade de toda a renda gerada no país. Trata-se do percentual mais alto desde 1917. 
Mas o ovo regressivo vem sendo chocado bem antes disso.

Estatísticas coligidas por Branko Milanovic, ex-economista do Banco Mundial , adverte  o Wall Street, mostram que, de 1988 a 2008, a renda real dos 50% mais pobres nos EUA cresceu apenas 23%. Enquanto isso, a renda do 1% dos americanos no topo da pirâmide cresceu 113% no período –‘ um percentual que outros estudos consideram subestimado’, lembra o jornal conservador. As famílias dos 50% mais pobres na Alemanha e no Japão tiveram um desempenho ainda pior. A renda real dos 50% mais pobres no Japão caiu 2% em termos reais.

“As desigualdades nacionais em quase todos os lugares, exceto na América Latina, aumentaram", diz Milanovic  ao Wall Street.

Pela ansiedade dos nossos falcões e a animosidade de seus  gabolas no debate das questões nacionais, tudo indica que eles não querem ficar para trás.

Ao ouvirem notícias encorajadoras sobre o potencial do país desabafam enfadados:
‘Brasil? Poupe-me...’

Os bagrinhos do trensalão nadavam à vontade com Fernando Henrique Cardoso.

bilger
Os documentos que o Estadão reproduz hoje, informando terem sido enviados pela Procuradoria da França e pelo Ministério Público de Genebra aos investigadores brasileiros do Caso Alstom, tratando de pagamentos pelo favorecimento da empresa em São Paulo,já eram conhecidos das autoridades brasileiras há quase seis anos.
Tudo foi publicado em uma matéria do Wall Street Journal.
E todos os nomes ali mencionados são mais do que sabidos.
O trecho em que dois executivos da empresa tratam da conversa mantida com Yves Grandjean – vice-preseidente de Sistemas de Transmissão da Alstom – de que “levando em consideração as remunerações elevadas GA T and D (Mahler) deve receber o aval da sede: Bilger via E. Dé” é de tradução muito simples.
Quer dizer que a unidade da Alston (Transmission & Distribution) e possivelmente Robert Philippe Mahler, diretor da empresa , deveriam ter a aprovação do presidente mundial da empresa, Pierre Bilger (este da foto, morto em 2011), através do (ou da) vice-presidente internacional Etienne Dé.
Resta apenas o GA, que pode ser uma simples inversão, como se faz em francês de AG,  Aktiengesellschaft,  Sociedade Anônima em alemão.
Bilger – em cuja gestão ocorreu a maior parte dos escândalos de corrupção mundial da Alstom – tinha trânsito fácil no Brasil, onde esteve por pelo menos duas vezes: em 1999 e em 2001, quando foi recebido pelo próprio Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República.
No ano de 1998, a Alstom foi a única concorrente na licitação que concedeu, por 23 anos, a construção e exploração da unidade um da Usina de Candiota III , no Rio Grande do Sul, promovida pela Aneel.
Fernando Henrique deve saber bem como a corrupção promovida pela Alstom era de bagrinhos , “de funcionários”, como disse ontem em sua entrevista.
Tanto que os grandes tubarões andaram por aqui.

Geraldo “dor e sofrimento” Alckmin e a “procissão do crack”

A recente ação do Denarc na “cracolândia” paulistana resume à perfeição o que está em jogo em São Paulo neste ano eleitoral de 2014, quando os paulistas terão chance de se livrar da burrice, da truculência e do preconceito dessa direita que, em 2012, já aplicara a psicótica “estratégia” no deprimente quadrilátero incrustado no centro velho da capital paulista.
Ano retrasado, também em janeiro, o então prefeito, Gilberto Kassab, e o governador Geraldo Alckmin tiveram a “brilhante” ideia de esvaziar a “cracolândia” através de um “Plano de Ação Integrada Centro Legal”. Esse “plano” previa a “estratégia” de as polícias usarem “dor e sofrimento” contra os usuários de crack. A PM, então, passou a aplicar a “operação sufoco”.
Há exatos dois anos, o jornal O Estado de São Paulo anunciou a “nova estratégia” do governo do Estado e da prefeitura. Veja, abaixo, trecho da matéria Governo quer acabar com cracolândia pela estratégia de ‘dor e sofrimento’.
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“(…) A estratégia está dividida em três etapas. A primeira consiste na ocupação policial, cujo objetivo é “quebrar a estrutura logística” de traficantes que atuam na área. Além de barrar a chegada da droga, policiais foram orientados a não tolerar mais consumo público de crack. Usuários serão abordados e, se quiserem, [serão] encaminhados à rede municipal de saúde e assistência social. Em uma segunda etapa, a ação ostensiva da PM, na visão de Prefeitura e Estado, vai incentivar consumidores da droga a procurar ajuda. Na terceira fase, a meta será manter os bons resultados (…)”
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Não tardou uma semana para a “estratégia” do então prefeito Kassab e do governador Alckmin se mostrar um fiasco. Surgiu, em São Paulo, uma bizarra “procissão do crack”. Confira, abaixo, matéria do mesmo jornal O Estado de São Paulo intitulada PM escolta ‘procissão do crack’ no 1º fim de semana de ocupação do centro.
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“(…) A estratégia de impor “dor e sofrimento” aos dependentes criou uma situação inusitada no primeiro sábado após a ocupação da cracolândia, no centro de São Paulo. Com o tráfico a todo vapor e sem conseguir cortar a rota de fornecimento da droga, restou à PM escoltar pelas ruas centrais da cidade grupos gigantescos, de até cem pessoas, em uma estranha “procissão do crack”, iluminada pelos Giroflex das viaturas noite adentro.
A perseguição aos usuários criou uma “cracolândia itinerante” no quadrilátero entre as Avenidas Duque de Caxias, São João e Ipiranga e Estação da Luz. Em alguns momentos de “folga” na caminhada forçada imposta pela polícia, os grupos paravam para acender os cachimbos e descansar. Depois de alguns minutos, voltavam a andar. Sem destino.
Em uma dessas pausas, uma moradora da Avenida Duque de Caxias, perto da Praça Júlio Prestes, atravessou a rua em meio a dezenas de dependentes e cobrou dos policiais que estavam na outra calçada que fizessem alguma coisa para tirar o “rebanho” da frente de seu prédio. “Nem vocês (PMs) estão dando conta. Antes, eles ficavam escondidos. Agora, ninguém tem sossego. Tem de achar algum lugar para levá-los”, bradava a mulher, irritada. (…)”
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A “estratégia de dor e sofrimento” e a “procissão do crack” foram obras perpetradas a quatro mãos por Alckmin e Kassab e estão entre as causas da surra eleitoral que o criador do ex-prefeito, José Serra, levou de Fernando Haddad naquele mesmo ano.
O rotundo fracasso da “estratégia” dessa direita psicótica – da qual Alckmin é mera flatulência – de impor “dor e sofrimento” a pessoas mentalmente doentes achando que ao serem torturadas acabariam fazendo o que fosse melhor para si – buscar tratamento – é produto da profunda ignorância de uma ideologia tão nefasta quanto o próprio crack.
O programa Braços Abertos, lançado recentemente pelo prefeito Fernando Haddad, buscou uma estratégia diferente, mais inteligente e que já começava a produzir resultados. Usuários de crack vestiram uniformes de garis (recebendo R$ 15 por dia pelo trabalho), foram instalados em hotéis baratos e já começavam a se deixar seduzir pelo tratamento.
O que Alckmin e Kassab não conseguiram pela força e pela burrice, Haddad estava conseguindo com humanidade e inteligência.
Politicamente, pois, o programa Braços Abertos se tornou uma ameaça à reeleição de um incompetente, truculento e estúpido como Alckmin, de forma que ele precisava sabotar o êxito desse programa, que já se desenhava. Mandou sua tropa de energúmenos impor “dor e sofrimento” (de novo) a pessoas com problemas mentais. E São Paulo que se dane.

SATIAGRAHA: FUX TEM DANTAS E GILMAR NAS MÃOS Interessados devem acompanhar a tramitação do processo de iminente legitimação da Satiagraha.

Como se sabe, o inolvidável Ministro do STJ Adilson Macabu pretendeu trancar a Satiagraha.

O filho de Macabu, brilhante advogado, trabalhou no escritório do brilhantíssimo Sergio Bermudes, que empregou a mulher de Gilmar Dantas (*), D. Guiomar, empresta o apartamento na Quinta Avenida (facing the park) ao ilustre casal, e – claro !- advogou para o banqueiro da “Operação Banqueiro”

Macabu pensou que ia detonar a Satiagraha.

O Ministério Público – depois de inexplicável vacilo no STJ -  recorreu e o presidente Felix Fischer do STJ encaminhou a questão ao Supremo Tribunal Federal.

O relator será Luiz Fux.

Será que o Supremo vai soltar Dantas pela terceira vez ?

Acompanhe aí, passo a passo, a movimentação de Dantas (ou seja, de Gilmar também) e de Fux no egrégio Supremo Tribunal Federal. 

BASTA ACESSAR RE 680967, COM 14 VOLUMES


Clique aqui para ler “Dantas – Gilmar: relação que a República precisa saber”. 

Aqui para ler “Os dois petistas da ‘Operação Banqueiro’.” 

Aqui para ler “Dantas ameaça editor de ‘Operação Banqueiro’.” 

E clique aquiaqui e aqui para ver na TV Afiada a série sobre as férias de Gilmar e Daniel.


(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para vercomo outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

INQUÉRITO 2474: LEWANDOWSKI DESNUDA BARBOSA

Decisão de Lewandowski expõe o Golpe do Mensalão do PT: MPF + Ministro relator (JB).
A pedido do réu Henrique Pizzolatto e com base na Súmula Vinculante #14 -  que dá aos réus acesso aos autos, para que se defendam – o Ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da Presidência do Supremo, manteve nesta quinta-feira 23 o caráter de “segredo de Justiça”, mas deu acesso a oito réus ao Inquérito 2474, desdobramento do Inquérito 2245, que se tornou a Ação 470, o mensalão (o do PT).

Os réus beneficiados são:

- Pizzolato

- Daniel Dantas (herói também de “Operação Banqueiro”, que entrou com um agravo no processo para transferir a ação bermudianamente para o Rio de Janeiro)

- Marcio Alaor

- Bruno de Mianda Ribeiro

- Luiz Carlos Garcia

- Daniel Bonifácio

- Romero Niquini

- e José do Carmo Porto Fernandes

Essa decisão de Lewandowski é histórica.
Ele vai desmontar a tese central do mensalão (o do PT).
Tudo começou lá em Minas Gerais, onde agia o Marcos Valeriodantas: fala, Valério, fala !
Aí, os Procuradores Antonio Fernandes (que depois se tornou advogado de Dantas), Roberto Gurgel (imortalizado pelo Senador Fernando Collor como prevaricador) e o relator Joaquim Barbosa realizaram uma proeza.
Para ferrar o PT e suas lideranças.
Meteram o facão no 2245, criaram o 2247 e daí nasceu a AP-470, a que ferrou o Dirceu, o Genoino e o Delúbio.
Para que ?
Para engavetar o original e criar uma nova ação, a 470.
Para que ?
Para dissimular o fato de o dinheiro que pagou as dívidas de campanha do PT não foi da Visanet.
Mas, de Daniel Dantas.
E por que essa pirueta ?
Porque um relatório da Polícia – que vazou para o Cafezinho – desmonstra de forma cabal que o dinheiro da Visanet foi usado, também, para pagar despesas com a empresa TomBrasil, onde trabalhava um filho de Joaquim Barbosa.
Talvez por isso, desde 2009 – 2009 ! -, Barbosa não dava aos réus acesso aos autos !!!
A decisão de Lewandowski vai transformar “o maior julgamento da História” na “maior Farsa da História !”
Já era tempo !
Por falar em farsa: acompanhe aqui, passo a passo o que o Ministro Fux vai fazer com a legitimação da Satiagraha.
esculhambação começa a esvaziar-se.
Bendita viagem a Paris …




Paulo Henrique Amorim

SEGREDO DE BARBOSA, INQUÉRITO 2474 ESTÁ NA WEB

Os bagrinhos de FHC: mensalão mineiro é só “caixa 2″ e “trensalão” é “de funcionários”

bagrinho
Inacreditável a cara-de-pau  de Fernando Henrique Cardoso, nesta entrevista a Josias de Souza, no UOL.
Ele admite que houve desvio de dinheiro no “mensalão” mineiro mas que lá foi “só caixa 2″.
No “trensalão” paulista, admite que houve corrupção, mas apenas “de funcionários”.
Mesmo quando um dos acusados de receber propina é Andrea Matarazzo, seu secretário de comunicação.
Bilhões e por anos a fio, durante os governos tucanos e foi só “bagrinho”.
Bagrinhos de milhões de dólares.
Bem, de qualquer forma, é um ex-presidente da República e presidente de honra do maior partido de oposição, afirmando que houve corrupção no Governo de São Paulo.
Mais, que pode ter havido formação de cartéis em seu próprio governo.
Mas não dá uma chamadinha na capa dos sites.
Viva a liberdade de imprensa…