Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DILMA, EXCLUSIVO, AO 247: "QUEM TORCE CONTRA PERDE"

A Globo manipula a Verdade

Os 10 privilégios dos petistas presos


A começar, a prisão foi decretada em uma data toda especial. A última vez que tanta gente foi presa em um 15 de novembro foi em 1889.

Antonio Lassance

Arquivo
É  grande e escandalosa a lista de privilégios a que José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares estão usufruindo em sua estada no Planalto Central.

1) A começar, a prisão foi decretada em uma data toda especial. A última vez que tanta gente foi presa em um 15 de novembro foi na própria Proclamação, em 1889. Os presidiários eram, em sua maioria, da Família Real, os Orleans e Bragança. Ou seja, a data não é para qualquer um.

2) Eles (os petistas, não os Orleans e Bragança) tiveram o privilégio de serem presos antes do fim do processo, o que também não é pra qualquer um.

3) Os três, como poucos, foram presos sem a expedição da carta de sentença, o que constitui uma ilegalidade.

4) A lei determina que o preso deve cumprir a pena em seu estado de origem, a não ser excepcional e justificadamente. Mas eles tiveram o privilégio de serem levados a Brasília, de jatinho, por ordem não de um juiz qualquer, mas de Sua Excelência Excelsa e Magnânima, o presidente do Supremo. A falta de um motivo declarado para essa operação espetaculosa gerou a estranheza de ministros do próprio STF, tamanho o... privilégio.

5) Condenados ao regime semiaberto, foram levados a um privilegiado estabelecimento prisional de regime fechado.

6) O fato provocou a hesitação do diretor do Complexo Penitenciário da Papuda em recebê-los. O impasse garantiu aos condenados o privilégio de ficarem mais de quatro horas dentro de um ônibus, aguardando uma decisão.

7) Para abreviar a demora e poupá-los do cansaço, eles tiveram o privilégio de passar o final de semana naquele mesmo aprazível estabelecimento, contrariando o regime semiaberto. Uma comentarista de TV, sem ruborizar, externou sua opinião de que isso não poderia ser considerado prisão, e sim “custódia”. Valeu pela tentativa.

8) Juristas como Dalmo Dallari, Hélio Bicudo, Ives Gandra Martins e Reginaldo Oscar de Castro consideram que a situação a que José Genoíno foi submetido fere as leis brasileiras e é uma clara violação aos tratados internacionais. Realmente, não é qualquer um que tem o privilégio de ter juristas desse naipe preocupados com suas condições. Não importa quais sejam as condições; o que vale é o privilégio de receber tais comentários.

9) Segundo o Instituto Médico Legal, Genoíno precisa de "cuidados específicos medicamentosos e gerais, controle periódico por exames de sangue, dieta hipossódica, hipograxa e adequada aos medicamentos utilizados, bem como avaliação médica cardiológica especializada regular". Por fazer uso regular de anticoagulante oral, deve ser submetido a exames de sangue periódicos para verificar sua coagulação sanguínea. É mesmo muita mordomia. Estão querendo fazer o Estado de babá.

10) Mas o cúmulo do privilégio quem teve não foi nenhum dos presos, e sim o senhor Henrique Pizzolatto, que garantiu o requinte de ter sua situação relatada pela comentarista de assuntos da Santa Sé, Ilze Scamparini. Graças a ela, veio a revelação de que a pronúncia correta dos zês de Pizzolato é a mesma da palavra pizza (tipo “pitzolato”). A primeira matéria foi feita pela repórter tendo justamente uma “pizzeria” ao fundo. De quem terá sido a tão sofisticada ideia? De todo modo, pelo didatismo, “grazie”!

ZERO HORA LEVA O OSCAR DA EMPULHAÇÃO



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O pobre diabo do leitor que abriu a edição do último domingo, 17, do tabloide Zero Hora, deparou-se, logo à página 2, com um texto laudatício, repleto de confetes panegíricos atirados sobre a própria cabeça, assinado pela “Diretora de Redação” da gazetinha, Marta Gleich. No opúsculo, a autora exultava pela conquista do Prêmio Esso de Jornalismo deste ano, obtido pela publicação da reportagem “Os Arquivos Secretos do Coronel do DOI-Codi”. Para a Sra. Gleich, o galardão é “o Pulitzer brasileiro, o Oscar, o Grammy para quem trabalha com reportagens”. Em seu regozijo, porém, ela tascou: “Nunca um veículo do Rio Grande do Sul havia recebido essa distinção”. Tão real quanto um certocaderninho escolar encontrado em um latão de lixo no estacionamento do Incra – aquele que revelou as “estratégias do MST”-, a frase revela a completa desconexão do jornalixo da RBS com a realidade da vida.

Pois, em 2004, um “insignificante” jornalzinho de bairro de Porto Alegre, o “”, faturou o cobiçado Prêmio Esso, com a reportagem "A tragédia de Felipe Klein", de Renan Antunes de Oliveira (para quem não sabe, o  é dirigido por Elmar Bones, um dos criadores do finado e saudoso Coojornal). Naquela ocasião, por sinal, a reação dos luminares das corporações mafiomidiáticas à escolha de Renan não foi das mais cordiais.

Uma vez restabelecida a verdade, este Cloaca Newsaproveita o ensejo para cumprimentar os bravos profissionais do tabloide da RBS, particularmente o repórter Humberto Trezzi, pertinaz fuçador de dejetos e contumaz plagiador.

Para ler o espetacular texto de Renan Antunes, publicado no JÁ, clique aqui.

JB: DOMICILIAR PARA GENOINO E PRISÃO PARA VALDEMAR

Globo dá jeito de enrolar PT em denúncia. Estadão fez o mesmo!

por Conceição Lemes
Estadão publicou hoje reportagem, revelando a investigação de políticos do PSDB, DEM, PMDB e PPS no cartel que fraudava licitações do Metrô de São Paulo e  da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos  ( CPTM ).
A denúncia consta de relatório do ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, entregue em abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).Ele disse ter documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo, durante os governos dos tucanos Mário Covas, Geraldo  Alckmin e José Serra.
Jornal Hoje, da TV Globo, fez o mesmo: Políticos são acusados de envolvimento em cartel.
As semelhanças não param na manchete.
Na tentativa desqualificar a acusação contra os tucanos, o Jornal Hoje,tal qual o Estadão, enrola o PT e Cade na denúncia. Envolve deputado estadual licenciado Simão Pedro, do PT de São Paulo, atualmente secretário de Serviços da  cidade de São Paulo.
Jornal Hoje afirma:
A reportagem diz ainda que Everton Rheinheimer admite ser o autor da carta anônima enviada em 2008, que deflagrou a investigação do cartel dos trens e que ele teve ajuda de Simão Pedro para se encontrar com o presidente do Cade.
Simão Pedro é deputado estadual do PT de São Paulo. Ele está licenciado e hoje é secretário de Serviços de Fernando Haddad, também do PT.
Segundo a reportagem do O Estado de S. Paulo, Rheinheimer disse que o acordo envolvia a indicação dele para um cargo executivo na Vale. A assessoria da empresa informou que Everton Rheinheimer nunca trabalhou na empresa.
O secretário municipal de Serviços de São Paulo, Simão Pedro, disse que quando era deputado estadual recebeu denúncias de pagamento de propina em contratos da CPTM e do metrô e que encaminhou tudo para o Ministério Público de São Paulo.
A Globo gastou 44s da reportagem de 6m42s  acusando o PT. Um lixo!
Abaixo o texto da matéria do Jornal Hoje.
Edição do dia 21/11/2013
21/11/2013 14h23 - Atualizado em 21/11/2013 14h28
Seis políticos são acusados de envolvimento em formação de cartel
Ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, fez a denúncia. Caso foi revelado em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Renato Biazzi, São Paulo
A edição desta quinta-feira (21) do jornal O Estado de S. Paulo revela que um ex-diretor da Siemens envolveu o nome de políticos do PSDB, do DEM , do PMDB e do PPS nas investigações sobre a formação de cartel em licitações do Governo de São Paulo. As licitações foram feitas entre 1998 e 2008.
Segundo a reportagem, em um relatório entregue em abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, disse que tem documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no estado de São Paulo, durante os governos Covas, Alckmin e Serra.
De acordo com Rheinheimer, esse esquema tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa dois do PSDB e do DEM. Ele afirmou que o lobista Artur Teixeira disse que atual secretário da Casa Civil do governo Alckmin, do PSDB, Edson Aparecido, recebia propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens.
O deputado Arnal Jardim, do PPS de São Paulo, também é citado como outro beneficiário. Segundo a reportagem, outros quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como envolvidos com a Procint, empresa do lobista Artur Teixeira, suspeita de intermediar a propina a agentes públicos.
Os políticos mencionados são o senador Aloísio Nunes Ferreira, do PSDB, e os secretários estaduais José Aníbal, de Energia, Jurandir Fernandes, dos Transportes, e Rodrigo Garcia, do Desenvolvimento Econômico.
Ainda de acordo com a matéria, Rheinheimer diz em seu texto que os nomes de Aparecido e Arnaldo Jardim foram mencionados por Artur Teixeira como os destinatários de parte da comissão paga pelas empresas.
Sobre Aloysio Nunes Ferreira, Jurandir Fernandes e Rodrigo Garcia, o ex-diretor afirmou que teve a oportunidade de presenciar o estreito relacionamento deles com Artur Teixeira. Sobre José Aníbal, o ex-executivo disse que Artur Teixeira tratava diretamente com o assessor do político, o vice-prefeito de Mairiporã, Silvio Ranciaro.
O ex-diretor da Siemens apontou também o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipeli, do PMDB, e o ex-governador do estado, José Roberto Arruda, sem partido, como políticos envolvidos com a empresa MGE Transportes, apontada pelo Ministério Público como fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel.
A reportagem diz ainda que Everton Rheinheimer admite ser o autor da carta anônima enviada em 2008, que deflagrou a investigação do cartel dos trens e que ele teve ajuda de Simão Pedro para se encontrar com o presidente do Cade.
Simão Pedro é deputado estadual do PT de São Paulo. Ele está licenciado e hoje é secretário de Serviços de Fernando Haddad, também do PT.
Segundo a reportagem do O Estado de S. Paulo, Rheinheimer disse que o acordo envolvia a indicação dele para um cargo executivo na Vale. A assessoria da empresa informou que Everton Rheinheimer nunca trabalhou na empresa.
O secretário municipal de Serviços de São Paulo, Simão Pedro, disse que quando era deputado estadual recebeu denúncias de pagamento de propina em contratos da CPTM e do metrô e que encaminhou tudo para o Ministério Público de São Paulo.
Defesa
Em nota, o PSDB afirma que se pauta pela ética e repudia as acusações feitas ao partido. Também em nota, o DEM informou que o partido é originado do PFL, mas que não há registros nos dois de nenhuma contribuição proveniente da Siemens.
O secretário Edson Aparecido, chefe da Casa Civil do governo paulista, disse que nunca viu ex-executivo da Siemens e que vai entrar com uma ação criminal por calúnia e difamação contra o secretário municipal Simão Pedro, contra Everton Rheinheimer e contra o Cade. “Vou processar o deputado do PT que está por trás disso, vou processar o presidente do Cade, que não informou à Justiça e não informou também a corregedoria do estado sobre um documento que não faz parte desse acordo de leniência. E vou processar esse bandido, que faz uma denúncia desse tipo, em troca de cargo absolutamente ilegal”, afirma.
O secretário de Transportes disse que esteve com Artur Teixeira em duas ocasiões, em situações profissionais, e que Everton Rheinheimer cita seu nome, mas não o relaciona ao recebimento de propinas. “Meu nome ele cita, mas ele diz: ‘esses aqui apontados não se refere à propina’. No meu caso, não se refere. Ele fala: ‘mantém o relacionamento intenso com o cidadão Artur Teixeira’. Esse ano foram três encontros que ele teve no meu gabinete, totalmente profissional”, defende.
O Cade informou que o acordo de leniência firmado com a Siemens não tem nenhuma irregularidade e que a denúncia de cartel não partiu de uma pessoa e sim da própria empresa Siemens.
O deputado Arnaldo Jardim, do PPS, disse que nunca ouviu falar de Rheinheimer e que estuda processar o ex-executivo da Siemens por calúnia. Afirmou ainda que conhece Artur Teixeira porque os dois são engenheiros e participaram de vários eventos ligados ao setor de transportes, mas nega qualquer relação profissional com ele, ainda mais em esquemas criminosos.
O secretário de Energia do estado de São Paulo, José Anibal, do PSDB, disse que não conhece o ex-executivo da Siemens, nem tem relação com a empresa de Artur Teixeira. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia, do DEM, também negou qualquer tipo de relacionamento com Artur Teixeira.
O vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, nega conhecer ou ter qualquer tipo de contato com o autor da denúncia e com a empresa citada pelo denunciante. Disse que vai entrar na Justiça contra o ex-diretor da Siemens.
A assessoria do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, disse que ele nunca se relacionou com a empresa de Artur Teixeira. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, disse que conheceu Artur Teixeira quando foi secretário estadual dos Transportes, entre 1991e 1994, mas negou qualquer relação com o empresário.
O ex-vice-prefeito de Mairiporã, Silvio Ranciaro, não foi encontrado pela produção de reportagem do Jornal Hoje.
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Crônicas do Cárcere: Dirceu e Delúbio sustentam Genoino

Pense em um sofrimento moral e físico que não o deixa por um mísero segundo, esteja desperto ou adormecido; quando você não está sendo torturado conscientemente pela dor física e pelo açoite dos pensamentos massacrantes, está tendo pesadelos.
José Genoino está alquebrado muito mais moral do que fisicamente. Sua saúde não estaria assim se desfrutasse do conforto de saber que está apenas pagando pelo que fez. O que o enlouquece é uma dor que poupa os que se reconhecem culpados, a dor lancinante da injustiça.
Se ele lograr sobreviver até que a Justiça se digne a lhe conceder um benefício que não deveria ser negado a homem algum (cuidados médicos adequados), será graças aos que com ele dividem o cárcere, José Dirceu e Delúbio Soares.
Os que adentraram a cela dos três companheiros enviam uma imagem mental: a de dois soldados que, sob bombardeio cerrado, entre o ribombar dos morteiros, das granadas e dos fuzis, dividem o peso – físico e moral – do companheiro ferido, conduzindo-o através do campo de batalha.
Mais do que o tubo que enxertaram no peito de Genoino para que o sangue possa circular por seu coração cravejado de estilhaços de revolta, o que lhe está salvando a vida são as palavras dos companheiros que dele não descuidam, bem como seus olhares atentos sobre suas condições físicas.
Os comentários de solidariedade e de indignação nas redes sociais e na blogosfera são ministrados em Genoino pelos companheiros como se fossem analgésicos morais para dor imposta pelo bombardeio de deboches, de insensibilidade, de hipocrisia, do mais puro ódio.
Genoino vem sendo velado pelos companheiros ininterruptamente. Além dos cuidados com sua mente, permanecem vigilantes quanto ao seu corpo. Dificuldade para respirar, uma escarrada rubra, a aparência lívida, nada escapa aos que encontraram nos cuidados com ele um linimento para as próprias feridas, que não são poucas.
Este texto, pois, é um agradecimento à bela imagem de coragem e de superação que me foi enviada por pessoas íntimas dos presos políticos que o Brasil voltou a ter e que com eles estiveram recentemente. É uma lição de vida que guardarei como um tesouro.
Dirceu e Delúbio encontraram na debilidade do companheiro a força de que precisavam para ignorar as próprias feridas. A sobrevivência de Genoino, para eles, tornou-se uma causa. É assim que os homens sobrevivem aos martírios, quando encontram uma razão para resistir.
Você que deixa seus comentários em blogs ou nas redes sociais apoiando Genoino, saiba que está produzindo matéria-prima para as injeções de ânimo que os companheiros dele lhe vêm inoculando quando seus ferimentos morais sangram.
Há muito pouco que se possa fazer de imediato pelos presos políticos brasileiros. Imediatamente, porém, há como ajudá-los a não sucumbir à tortura impiedosa da injustiça manifestando confiança, solidariedade e esperança.
Neste momento, o maior amigo e o maior inimigo de cada um dos três encarcerados é a sua mente. Se for possível preenchê-las com manifestações positivas de tantos quantos forem possíveis, os estaremos ajudando a resistir. E Genoino, a sobreviver.

CÚPULA DO GOVERNO ALCKMIN CAI NO PROPINODUTO