Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mídia de SP culpa PT por corrupção no PSDB e no DEM

Vamos simplificar a questão: durante a gestão demo-tucana na prefeitura de São Paulo (2005-2012) surgiu um esquema de corrupção que pode chegar a meio bilhão de reais (!). Servidores públicos da Subsecretaria da Receita nomeados a cargos de confiança pelos ex-prefeitos José Serra e Gilberto Kassab foram presos, acusados de integrar esquema de cobrança de propina.
O esquema funcionou durante a gestão de um grupo político que chegou à prefeitura paulistana em 1º de janeiro de 2005, com o tucano José Serra à frente. Ele governou até 30 de março de 2006, quando se demitiu do cargo para disputar o governo do Estado de São Paulo, deixando o Executivo municipal nas mãos do então vice-prefeito, Gilberto Kassab.
O esquema funcionou dentro da prefeitura em salas contíguas à do prefeito, fosse ele Serra ou Kassab. Este, diz simplesmente que “não sabia” de nada. Quanto a Serra, não diz nada porque, até o momento, o setor da imprensa que tem acesso a ele não lhe perguntou nada (?!).
Até aí, tudo bem. Serra, Kassab, enfim, qualquer chefe do Poder Executivo pode dizer que “não sabia” de um esquema de corrupção surgido em uma administração sob seu comando e, até prova em contrário, tem direito ao benefício da dúvida.
O que espanta, o que chega a chocar é que, além de uma imprensa que tenta se passar por “isenta” aceitar bovinamente a alegação de um dos dois ex-prefeitos sob os quais surgiu o esquema de corrupção de que “não sabia” de nada e de nem ao menos perguntar nada ao outro, acusa os adversários deles pela corrupção que ocorreu enquanto governaram.
E o que é pior: quem acusa a oposição ao governo sob o qual surgiu o esquema de corrupção são ninguém mais, ninguém menos do que envolvidos naquele esquema de corrupção.
A auditora fiscal da prefeitura de São Paulo Paula Sayuri Nagamatique deu declarações à imprensa levantando suspeitas sobre o atual secretário de Governo do prefeito Fernando Haddad, o vereador Antonio Donato. Ela o acusa de estar envolvido no esquema que desviou cerca de de R$ 500 milhões e que ocorreu no setor em que ela trabalhava à época dos crimes.
Quem é Paula Sayuri Nagamatique? Simplesmente a ex-chefe de Gabinete de Mauro Ricardo Costa, que foi secretário municipal de Finanças na gestão do então prefeito José Serra. Costa também é suspeito de integrar o esquema.
Além da acusação de Paula, que atuava na Secretaria da Prefeitura onde foi montado o esquema de corrupção à época em que aquele esquema funcionou, outra mulher faz acusações ao mesmo secretário do prefeito Fernando Haddad. Vanessa Alcântara é mulher de um dos auditores fiscais presos no âmbito das investigações desencadeadas pela atual administração e acusa Donato – sem provas – de ter recebido doação do grupo criminoso para a sua campanha eleitoral, ano passado.
A acusação da mulher de um dos criminosos ao secretário do prefeito Haddad foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo. Já a Folha de São Paulo, além de comprar a acusação da mulher do servidor corrupto, ainda diz que o prefeito Fernando Haddad “Saiu em defesa do secretário de Governo e atacou as duas mulheres que não são investigadas”.
Uma dessas mulheres que a Folha diz que “não são investigadas” é “companheira” de um dos bandidos presos recentemente; a outra, foi chefe de gabinete de outro suspeito, o ex-secretário de Finanças da gestão de Kassab e Serra. Mauro Ricardo é suspeito porque em 2012 mandou arquivar denúncia de corrupção de fiscais, segundo reportagem do portal R7.
Como se vê, o comando da Prefeitura durante a gestão Serra-Kassab foi alertado para um esquema que só foi desbaratado neste ano pela administração Haddad, que criou a Controladoria Geral do Município, a qual denunciou a roubalheira.
Além das acusações do Estadão e da Folha aos adversários dos dois ex-prefeitos sob os quais surgiu o esquema de corrupção, a Veja acusa o atual secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, por sua mulher figurar no contrato social de um estacionamento cujo dono é o auditor fiscal Moacir Fernando Reis, envolvido no esquema de corrupção.
Eis um bom momento para lembrar a famosa teoria do “domínio do fato”, usada para condenar sem provas políticos envolvidos no escândalo do mensalão. Quem detinha o controle da administração paulistana não deveria responder pelo esquema de corrupção desbaratado? Para Estadão, Folha e Veja, não. Quem aparece em suas páginas é a oposição ao governo sob o qual surgiu o esquema.
Pela tese dos dois jornais e da revista, Tatto e Donato, inimigos políticos de Serra e Kassab, forçaram esses dois a nomearem os auditores fiscais que montaram o esquema de corrupção e obrigaram Kassab a arquivar investigação do esquema.
Além disso, o mesmo Ministério Público de SP ao qual pertence o procurador Rodrigo De Grandis – aquele que arquivou o escândalo Alstom “numa gaveta” – afirma que a mulher de um dos corruptos presos e a chefe de gabinete do secretário de Finanças que mandou arquivar investigação que tentaram abrir ano passado “não são investigadas”.
Segundo petistas consultados pelo Blog – e que não quiseram falar publicamente sobre o caso –, porém, seria “questão de tempo” para essas versões caírem por terra. Segundo disseram, membros do Ministério Público paulista estão seguindo o mesmo caminho do procurador De Grandis, de acobertamento de escândalos envolvendo o PSDB. E serão desmascarados.

"CHAMA O SECRETÁRIO E OS PREFEITOS QUE EU TRABALHEI. ELES TINHAM CIÊNCIA"


PERDEU, FOLHA: DILMA E MERKEL AGEM JUNTAS NA ONU

Salvar os mercados e afundar o Brasil

Questão fiscal e as veias abertas: o lucro da Vale do Rio Doce neste 3º trimestre supera em quase quatro vezes o valor dos royalties pagos ao governo em 2012, por todo o setor mineral.




 BC europeu reduz a taxa juro para 0,25%, nível inédito na história; decisão reflete medo da deflação, sinônimo de esfarelamento econômico



  Pesquisa CNT aponta vitória de Dilma no 1º turno; a emissão conservadora vai radicalizar
 Simbologia do IPTU em SP: conservadorismo teme que Haddad, com mais recursos para investir, transforme a cidade em uma vitrine fiscal pedagógica; para o PT e para o país









A guerra das expectativas açoita Brasil. O jornalismo econômico comanda a operação de convencimento de um país que resiste em aceitar o seu necrológio fiscal.

por: Saul Leblon   

Arquivo












Carta Maior não tem por hábito reproduzir  textos da mídia conservadora, mas abre uma exceção hoje pelo elevado teor pedagógico que o caso encerra.

A guerra das expectativas, como se sabe, orienta a pauta dominante nos dias que correm.

O julgamento-espetáculo do chamado ‘mensalão’, um notável esforço de desossar o campo progressista a ponto de torna-lo incapaz de se equilibrar em um palanque,  proporcionou retorno abaixo do esperado.

A sofreguidão midiática, e um desempenho excessivamente desfrutável das togas, atravessou o Rubicão a partir do qual o discernimento enxerga a mão do cambalacho.

A cavalaria do jornalismo econômico assumiu, desde então, o comando das operações.

Justifica-se.

Se a meta é estrangular o horizonte das esperanças nacionais, e por extensão quem conduz há 12 anos a agenda do desenvolvimento socialmente progressista, a guerra das expectativas é o instrumento competente.

A frota mais adestrada nesse campo de batalha é o jornalismo econômico.

Filho dileto da ditadura,  quando exorbitou na narrativa áulica do regime, firmou-se desde então como a editoria predileta dos donos de jornais, por razões imagináveis de tesouraria e prestígio.

Ainda hoje, é  a área das redações em que vigoram os mais altos salários, e aquela mais coesa na genuflexão à agenda neoliberal.

Da vassalagem ao intervencionismo fardado, que arrochava salários com a repressão aos sindicatos, o noticioso econômico baldeou-se sem escala para a defesa incondicional dos mercados desregulados, em especial, o financeiro.

Talvez haja mais coerência  do que se imagina nessa dupla militância.

O que antes se esmagava, literalmente, com instrumentos e métodos rudimentares, hoje se dobra de joelhos com a sofisticada hegemonia assegurada às leis de mercado.

Ou não será essa a essência da recorrente defesa de um Banco Central  independente  --do Estado, da democracia e das urgências da sociedade?
O cerco em curso, portanto, está em mãos habilitadas.Trata-se de elevar ao paroxismo a incerteza intrínseca aos detentores da riqueza.

Instados permanentemente a optar entre a alocação do capital  em investimento de longo curso (infraestrutura , por exemplo),  ou a opção mórbida pela  liquidez rentista de curto prazo, eles são o alvo da esférica e convicta fuzilaria das redações.

Induzir o dinheiro graúdo à primeira opção, associada a um projeto social que o conduza, constitui o desafio de vida ou morte do governo.

Abortar  as chances de que isso aconteça, adicionando diuturnamente caçambas de incerteza ao estoque endógeno dos detentores da riqueza, é a missão à qual se dedica de corpo e alma a o noticioso econômico conservador com suas certezas graníticas sobre o que é melhor para o país, a sua gente e o seu desenvolvimento.

O troféu em  jogo é o escrutínio de 2014, quando opções mais amigáveis, tingidas de verde ou rosa, podem assumir o bastão ao intervencionismo petista.

Não se pode dizer que o campo seja desfavorável ao time das redações.

O Brasil vive uma travessia de ciclo de desenvolvimento que agrega a vulnerabilidades de lavra própria (o câmbio valorizado, por exemplo), outras decorrentes da transição na economia mundial.

Não há receita de custo zero capaz de impulsionar o  passo seguinte do desenvolvimento nesse campo movediço.

Debater as opções em curso, escrutinar seus ônus e bônus, sedimentar assim um chão mais firme e um protagonista social que o percdorra, é o que dará coerência à macroeconomia do país de agora em diante.

Os centuriões encarregados de exacerbar a incerteza  interditam esse debate e vetam as soluções progressistas cogitadas (leia a nota deste blog ‘A urgência à procura de um debate’).

Seu exclusivo, e ansioso, interesse é acelerar a contagem regressiva do tempo que falta para o país se revelar uma nação aos cacos, à espera do cola-tudo capaz de saneá-la: uma boa purga de arrocho fiscal e um choque de juros.

Essa pauta latejava sua sofreguidão nesta 4ª feira, quando o governo resolveu rebater, com números, o necrológio fiscal do país estampado nas páginas de alguns dos principais veículos conservadores.

Foi com o evidente propósito de avalizar esse diagnóstico que o jornal Valor Econômico se preparou para lançar uma pá de cal na cova teimosamente recusada pelo governo.

Um quadro de prestígio da ortodoxia nativa, o economista Joaquim Levy, foi escolhido para ser o principal entrevistado sobre o tema na edição da 4ª feira quente.

Não foi uma escolha aleatória.

Levy carrega predicados de peso. Formado em Chicago, meca do neoliberalismo, atuou como Secretário do Tesouro Nacional do governo Lula, durante a gestão de Antonio Palocci na Fazenda.

Levy  encarnava então aquilo que muitos chegaram a classificar como a rendição do PT ao neoliberalismo.

Era a mão do arrocho fiscal na goela dos ideais e compromissos petistas.
Capacitou-se para isso diretamente na fonte servindo no FMI por sete anos (1992/1999).

Hoje, dirige um braço de gestão de recursos de investimento do Bradesco (BRAM).
Foi desse poleiro privilegiado do mercado que ele falou ao Valor.

Bem,  o que disse –sem renunciar às diretrizes ortodoxas--  desagradou profundamente a pauta preconcebida para corroborar o diagnóstico de um Brasil em marcha batida para o abismo.

A entrevista de Levy e as negativas do governo em aceitar a autópsia midiática elevariam a temperatura no ambiente do jornalismo isento.

Tanto assim que no site do jornal Valor, na mesma 4ª feira,  guardiões do desastre  iminente  postaram uma acalorada nota no blog apropriadamente chamado: ‘Casa das Caldeiras’.

O pito no governo e em um Levy não nominado foi quase uma descompostura. Um sabão em quem resiste, ainda, em enxergar aquilo que o jornal tanto se esforça por demonstrar  e  difundir: ‘se não for hoje, de amanhã o Brasil não passa’. Ou, como diz o post do alto de sua condição de alter ego do mercado ,e como tal, sempre ancorado em um estratégico off de fonte inexcedível em saber e fazer:  “É inegável que a piora dos indicadores e das expectativas estão agendando por bom tempo juro alto, inflação alta e baixo crescimento. Neste ano, sabemos que a agricultura e os investimentos darão fôlego à atividade. E no ano que vem? Como ficamos no ano que vem, com a desconfiança crescente entre financiadores e potenciais investidores...”

Repita-se, Carta Maior não tem por hábito transcrever  a mídia conservadora . Mas os excertos abaixo, da entrevista mencionada e da admoestação professoral da parte ofendida, merecem ser coligidos.

Trata-se do testemunho de um garrote e de um tempo em que o jornalismo conservador assumiu a frente da guerra. Para salvar os livres mercados deles mesmos. E do governo que os ameaça.

Seguem-se excertos  dessa jornada pedagógica de isenção das redações.

Primeiro, a entrevista de Joaquim Levy:
Levy descarta abismo fiscal, mas defende metas claras
Valor Econômico  06-11-2013
De São Paulo

O Brasil não está à beira do abismo, como o debate acalorado acerca das estratégias de política econômica às vezes pode indicar, mas é certo que falta ao governo esclarecer quais são seus objetivos no médio prazo, especialmente na área fiscal, avalia Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional durante o governo Lula e hoje diretor-superintendente da Bradesco Asset Management (BRAM)
(...)
Questionado se a política fiscal preocupa mais do que outros temas, como a inflação ou o baixo crescimento, Levy rema um pouco contra a maré do mercado ao dizer que "há perspectivas positivas nas três áreas". Diferentemente do que o discurso menos agressivo poderia indicar, no entanto, Levy avalia que a discussão sobre trazer a inflação para mais próximo da meta e, eventualmente, trazer a meta um pouco mais para baixo parece o que chama de "firula teórica", mas não é. Segundo ele, seria um ingrediente fundamental para reduzir os juros reais e elevar investimentos, inclusive o produtivo.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

(...)
Valor: O governo está no caminho certo?

Levy: Tem todo um esforço nesse sentido. Não é uma tarefa fácil ter que simplificar os seus objetivos. Mas qualquer engenheiro ou matemático sabe que, ao se traçar muitos objetivos com muitas restrições, a equ ação pode ficar sem uma raiz. Acho que alguns movimentos, como essa questão do BNDES dar mais espaço para infraestrutura e para instrumentos de financiamento de infraestrutura, com as famosas debêntures, são passos importantes. Tem que ver a velocidade desses passos. O mercado de capitais brasileiro está aumentando e estamos apostando bastante nessa história de debêntures de infraestrutura. Para financiamentos, vamos precisar de inflação na meta e tudo, mas acho que é um mercado que vai deslanchar.

Valor: Olhando para a economia hoje, o que preocupa mais, as pressões inflacionárias, o crescimento baixo ou a política fiscal?

Levy: Acho que temos perspectivas positivas nas três áreas. A preocupação de a inflação ultrapassar o teto da meta é menor do que no passado. Por outro lado, uma inflação de 6% ou 6,5%, acho que todo mundo concorda, é uma inflação bastante alta (...) essa discussão de trazer a inflação p ara mais próximo da meta e, eventualmente, trazer a meta um pouco mais para baixo parece firula teórica, mas não é. É um ingrediente para baixar as taxas de juros reais, que são importantes para ter investimento de longo prazo. E isso vale tanto o investidor de uma NTN-B [título indexado à inflação] quanto para aquele que vai desenhar o financiamento de uma fábrica.

Valor: E temos outros desafios também, como um taxa de poupança muito baixa...

Levy: A China é um país de inflação baixa. Por quê? Uma das razões é que o país tem poupança. O Brasil precisa aumentar a sua taxa de poupança. O problema é que muitas vezes as pessoas descobrem que, para aumentar a taxa de poupança, é preciso consumir menos. O investimento cresceu mais que o consumo, é fato. Mas boa parte do investimento foi financiado pela conta externa. E à medida que a conta externa não pode continuar crescendo vai ser preciso outro meio para aumen tar a poupança. Ao mesmo tempo, é preciso entender também que, no momento em que se dá maior estabilidade, as pessoas poupam mais (...)
Valor:  A questão fiscal é preocupante? Os últimos números apontam uma economia para pagamento de juros ainda menor.

(...)  O Brasil está em perigo à beira do abismo?

Acho que não está. Mas qual é, afinal, o objetivo fiscal do governo? É diminuir a dívida? Ou é imprimir uma trajetória para o gasto corrente? Algo que dê uma visibilidade de três, quatro, cinco anos. Acho que isso é o mais importante. Qual é o objetivo para os próximos três anos? Não precisa ser o superávit primário, pode ser outra métrica. Mas tem que ter uma explicação, do tipo essa é a métrica que eu acho importante, e os motivos pelos quais ela é importante, e quais vantagens trará.

Valor: Corremos o risco de ver o rating do país rebaixado em razão da política fiscal?

Levy: Acho que a gente não tem motivo nenhum para ter rating rebaixado (...) O papo tem que ser o que fazer para aumentar o rating. E é um papo de sociedade, não só de governo, mas Congresso, economistas e diálogo com as próprias agências. Acho que, comparados com alguns países, estamos bem. Por exemplo, a Polônia tem rating A, um a dívida que não é tão melhor do que a nossa, mas fica ao lado da Alemanha, o que pode ajudar. Esse é o papo legal. Brasil é isso, é ir para frente. Quando converso com investidores, é o que querem ouvir.

Valor: O humor desses investidores deu uma melhorada?

Levy: O investidor tem convicção que o Brasil tem coisas muito boas e que se a gente não cometer equívocos, essas coisas vão continuar produzindo resultados. O investidor talvez tenha percebido que, mais uma vez, se a gente se antecipar a certos movimentos, como o Banco Central fez recentemente, tem condições de navegar um eventual aperto monetário com relativa segurança. Pode chacoalhar um pouquinho, aderna, mas não emborca. (...) Quando o investidor olha outros países emergentes, sabe que o Brasil tem todas as condições para navegar nem que seja com um pouquinho de vento contrário, como a alta dos juros internacionais.

Valor: Além da alta dos juros lá fora, quais são os principais riscos que podem atingir o Brasil no ano que vem?

Levy: Quando o mundo se normaliza, a gente deixa de ser a única atração da cidade. Mas a gente ainda tem um showzinho bacana. E se continuar treinando bem, desenvolvendo alguns quadros novos, continuaremos como atração bacana. A questão global é que é um mundo competitivo, temos que estar nos fortalecendo. À medida que infraestrutura continuar avançando isso dá sinalizações muito importantes para o investidor (...)
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Aqui, o ‘ pito’ não nominado, dirigido ao governo e a Joaquim Levy, postado no  blog do Valor,  ‘Casa das Caldeiras’
Casa das Caldeiras 
Site do Valor Econômico 06-11-2013

“Deterioração de expectativa é mais inflação e juro com PIB menor

A antecipação do calendário eleitoral antecipou também a exaustão dos espectadores com a reprise de provocações e declarações de boa intenção para o futuro governo que, de novidade, os virtuais candidatos à Presidência da República têm pouco a apresentar no momento. Pior, a antecipação do calendário eleitoral ante resultados  que o governo Dilma Rousseff tem dificuldade em entregar está fazendo um estrago nas expectativas e indicadores econômicos e financeiros. A incerteza quanto à economia que o governo pretende fazer para sinalizar o pagamento de juros da dívida, equivalente ao superávit primário, não coloca o país num quadro de insolvência, mas vem minando fundamentos. E negar essa evidência é um erro. É conspirar contra os acertos.

A deterioração fiscal e a projeção para a inflação ao final de doze meses, instalada no patamar de 6,2% desde o início de setembro, tornam-se poderosas alavancas para as taxas de juros, que, no mercado futuro, já sinalizam Taxa Selic de 12,75% ao ano em 2015, permanecendo nesse patamar nos anos seguintes. A arrancada do dólar frente ao real, com essa dupla encostada em R$ 2,30 e alta de 7% em quinze dias, pode sinalizar tudo, menos um futuro tranquilo para qualquer governo – venha de onde vier o presidente.

“Supor que o ambiente em que estamos vivendo neste momento não  afeta ou não afetará o Brasil é um equívoco. De cara, os juros estão nas máximas alcançadas neste ano e isso significa, no mínimo, custo de financiamento mais caro para o Tesouro Nacional e para tomadores de crédito de prazo mais longo. É inegável que a piora dos indicadores e das expectativas estão agendando por bom tempo juro alto, inflação alta e baixo crescimento. Neste ano, sabemos que a agricultura e os investimentos darão fôlego à atividade. E no ano que vem? Como ficamos no ano que vem, com a desconfiança crescente entre financiadores e potenciais investidores no país. E não só financeiros?”, pergunta, e não aguarda resposta, o experiente executivo de uma instituição financeira nacional”.

PIG ACIONA O “DILMÔMETRO”: “GASTOS SOCIAIS” EXPLODIRAM ! O que anima o instinto animal do empresário brasileiro é fazer como a Globo – controlar a Receita Federal.

Um economista brasileiro (Diego Costa também é brasileiro) criou no banco americano Goldman Sachs – um dos campeões da patifaria dos derivativos em 2008 – um “Lulômetro”.

Era um termômetro que registrava o aumento do Risco-Brasil quando o Lula subia nas pesquisas em 2002.

No Brasil, o Padim Pade Cerra e o Príncipe da Privataria acusavam o Lula de argentinizar o Brasil, depois de eleito.

Agora, o PiG institui o “Dilmômetro”.

Quanto mais os candidatos da Oposição descem mais sobe o Dilmômetro sobe.

No momento, o Dilmômetro se nutre de algumas expressões mágicas.

Por exemplo: rombo fiscal.

Desmanche das contas públicas.

(Clique aqui para ver que o Mantega morre de rir das contas publicas da Folha (*).)

Falta de confiança do setor privado.

Baixa no instinto animal dos empresários.

Rebaixamento da nota do Brasil.

Agências de risco desconfiam do Brasil.

(As mesmas que certificavam os derivativos de 2008.)

São variações – mais sofisticadas – da “inflação do tomate”, a inflação pendurada no pescoço da Regina Braga, quer dizer, Ana Maria Braga.

Nada mais do que isso: inflação do tomate, depois de um processo de transgenia realizada pelo “jornalismo de economia”, que, como diz o Delfim, não é um nem outro.

A história do “rombo fiscal”, por exemplo, se baseia na remota hipótese de a Presidenta Dilma dar uma fugida de motocicleta do Palácio e se esquecer de vetar as demagógicas propostas do Congresso de detonar o superavit fiscal no ano da eleição.

Ela pega a motocicleta do Gabas e deixa a farra rolar.

É essa a hipótese que alimenta o agravamento do superavit e – aumento dramático do Dilmômetro.

Quanto à falta de apetite dos empresários é um questão que deveria ser tratada por uma boa nutricionista ou um bom psicanalista, especialmente daqueles psicanalistas de Bagé, do Veríssimo.

O Governo Lulilma empreende um dos programas mais amplos e chineses, do mundo !, de investimento em transporte e infra-estrutura, com a participação da iniciativa privada.

A Petrobras vai investir US$ 237 bilhões em cinco anos.

Disso,  65% serão comprados de empresas nacionais.

E a rapaziada está inapetente.

Seria o caso de recomendar um bom biotônico – ou Viagra.

(Não o PSB, que se tornou, inapelavelmente, Viagra do PSDB.)

A gente sabe o que aumenta o apetite do empresário brasileiro: controlar a Receita Federal – como fez a Globo, que não mostra o DARF – e o Banco do Brasil.

Isso é  o que dá apetite à rapaziada.

A ideia implícita no “Dilmômetro” é que a Dilma vai ficar quieta e deixar o Henrique Alves governar o Brasil.

Convenhamos que é uma hipótese tão remota quanto o Fernando Henrique aprender a escrever em bom português. 

O Dilmômetro da Folha registra nesta quinta-feira um descontrole dos gastos sociais.

O alvo imediato é acabar com o seguro-desemprego.

Depois, realizar o sonho do Dudu, na coletiva que concedeu à Folha: rever a Lei do aumento real do Salário Mínimo.

E, enfim, se aproximar do verdadeiro alvo: desconstruir o Bolsa Família.

E o Padim Pade Cerra realizar o sonho secreto de vender o Bolsa Família à WalMart.

O Dilmômetro vai operar freneticamente até a eleição de 2014.

E o Conversa Afiada o acompanhará infatigavelmente.

Como se sabe, o Lulômetro não elegeu o Cerra.

E o Dilmômetro não elegerá o …, a …

Bem, ainda não se sabe que será o candidato da Big House – clique aqui para ler “Nem Dudu nem Aécio, segundo o amigo do Oráculo”.

E esse é o problema do Dilmômetro…


Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

PESQUISA CNT/MDA: DILMA VENCE NO PRIMEIRO TURNO


Juíza passa pito em Alckmin: “esqueceu da Alstom, governador?”

esquecido


O teatrinho de indignação do governador Geraldo Alckimin, quando surgiu a confissão da Siemens que havia pagado propinas para conseguir contratos com o governo paulista, foi definitivamente pro brejo.
A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, mandou Alckmim refazer a ação, incluindo outras empresas acusadas de conluio, entre elas a famosa Alstom, a francesa de bico grande junto aos tucanos.
É a Folha quem diz que o  pedido do governo “foi tratado como piada” nos meios jurídicos por só citar a Siemens. “Advogados diziam que a Procuradoria-Geral do Estado criara com a ação uma anomalia semelhante à quadrilha de um homem só: era o cartel de uma empresa só”, diz a matéria.
“Só” faltaram a Alstom e outras dez>  Bombardier, CAF, Mitsui, Tejofran, IESA, Temoinsa, Ttrans, MPE, Hyundai-Rotem e Adtranz. Destas, a Tejofran, pertencente ao “Português” do tucanato,  Antonio Dias Felipe,desde o tempo de Mario Covas, é a de maior potencial explosivo: tem contratos com o governo em praticamente tudo: de faxina a reforma de trens, passando por diversos pedágios
 Por: Fernando Brito

NEM AS AGÊNCIAS DE RISCO CAEM NA HISTERIA DA MÍDIA