Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

domingo, 22 de setembro de 2013

Nova cúpula do MPF põe mídia em alerta e começa intimidação

Chegou ao fim a era Roberto Gurgel/Sandra Cureau na cúpula do Ministério Público Federal. Pode-se dizer, aliás, que foi um fim melancólico. Ao longo dos últimos anos, a própria instituição Ministério Público do Brasil foi sentindo os efeitos de uma postura autocrática e politicamente partidarizada sobretudo do antigo procurador-geral da República.
A posse do novo procurador-geral, Rodrigo Janot, foi prestigiada pela presidente Dilma Rousseff e, ali, foram vistas declarações da chefe do Poder Executivo e do agora chefe do Ministério Público quanto à questão da “interlocução” do MP com outros Poderes, preservada, obviamente, a independência da instituição.
Muitos não entenderam a razão de a marca daquele diálogo ter sido justamente o relacionamento do Ministério Público com “outros Poderes”, mas tudo decorre do clima estabelecido pelo ex-PGR Roberto Gurgel.
Nesse aspecto, foi sintomático o discurso de Janot em sua posse: “Foi um discurso de pacificação, mostrando claramente quais são as funções institucionais e constitucionais do Ministério Público”, disse a senadora Ana Amélia (PP-RS) ao deixar a cerimônia.
“Pacificação”? Sim, pacificação, porque Gurgel estabeleceu uma linha de confronto político-partidário, aliando-se a meios de comunicação e a partidos políticos de oposição, tornando-se uma “estrela”, sobretudo por conta de acusações de endurecimento com alvos do MPF ligados ao PT e ao governo federal e de amaciamento com oposicionistas.
Durante o julgamento do mensalão, ano passado, Gurgel vivia no Jornal Nacional dando declarações insultantes ao partido do governo, como se fosse um mero oposicionista. E, também, foi acusado formalmente de prevaricação por acobertar o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo.
Não por outra razão, Gurgel foi alvo de críticas, no primeiro semestre, durante debate entre os candidatos a procurador-geral da República. No evento, os quatro subprocuradores-gerais que concorriam à indicação de Dilma reclamaram do “isolamento” dele e defenderam um maior diálogo do Ministério Público Federal com o Congresso Nacional.
Segundo declarações dos então candidatos a PGR Deborah Duprat, Ela Wiecko, Rodrigo Janot e Sandra Cureau, a instituição MPF vive “um momento de hostilidade por parte dos parlamentares, principalmente após a sentença do mensalão”.
Após uma eleição em que 1.200 procuradores da República votaram em um dos candidatos, venceu Rodrigo Janot. E, com ele, segundo suas palavras, teria início um novo relacionamento do MP com os demais poderes. E foi assim que o novo PGR deu seu primeiro passo, na semana que finda, ao dizer que não pedirá a prisão dos réus do julgamento do mensalão antes do fim do processo.
Nos últimos dias, por conta disso, começaram os ataques da mídia. O site da revista Veja “acusou” Janot de ter feito “verdadeira campanha eleitoral” para chegar ao cargo, tendo “contratado assessoria para angariar votos entre procuradores”, e de ter se licenciado do cargo de subprocurador-geral para “dedicar-se à disputa”.
Esse ataque ocorreu na última terça-feira e na sexta, após Janot anunciar que não irá pedir imediatamente a prisão dos réus do mensalão, como querem a mídia e a oposição, sofreu ataque do blogueiro do Grupo Folha (UOL) Josias de Souza, que publicou post dizendo que o novo PGR teve “um péssimo começo”.
Paralelamente, o substituto de Sandra Cureau como vice-procurador-geral-eleitoral, Eugênio Aragão, indicado por Janot, já sofre pressões da mídia por ter negado o registro do partido de Marina Silva caso não apresente as quase 500 mil assinaturas válidas para ser criado.
A mídia vem pressionando a Justiça Eleitoral para que “flexibilize” a lei de modo a que a pré-candidata a presidente possa disputar a sucessão de Dilma, mas Aragão já deu sinais de que não pode fazê-lo sob pena de ter que aceitar que a lei seja “flexibilizada” para todos os partidos que queiram criar, o que é um risco.
Durante a semana que finda, veio a público que outra nova legenda, a exemplo da de Marina Silva, vem fraudando as assinaturas necessárias à criação de partidos. O partido que o sindicalista e deputado Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força”, tenta criar, um tal de “Solidariedade”, chegou a falsificar assinatura de chefe de cartório.
A pressão sobre Eugênio Aragão é importante para a mídia oposicionista porque será ele quem fiscalizará as eleições do ano que vem e poderá impor multas, vetar propagandas, enfim, poderá prejudicar muitas candidaturas e, nesse contexto, todos se lembram do desastre Sandra Cureau em 2010, quando atuou como preposta da candidatura José Serra.
Note-se que toda essa pressão sobre a nova cúpula do MP aconteceu em um período de pouquíssimos dias. A mídia está “testando” os estreantes e já promete mover campanha contra eles. Resta saber se vão se deixar intimidar. As informações de que dispõe este Blog é a de que isso não vai ocorrer. Janot e Aragão seriam pessoas da mais alta seriedade.
Apesar dessas informações, porém, todos sabemos do poder de pressão dessa mídia partidarizada que empurra homens públicos para o dilema de cederem aos seus ditames e irem para o céu que habita um Joaquim Barbosa ou para o inferno ao qual ela condenou um Ricardo Lewandowski. Melhor, pois, esperarmos antes de comemorar.

Grupo “Skank” usa política para se promover na mídia

 Skank – também conhecido como skunk – é uma variedade de maconha (cannabis sativa) que, por ser cultivada em laboratório, produz um efeito concentrado. Não chega a ser uma substância transgênica porque a estrutura molecular de sua semente não é modificada. O que muda é o cultivo. É feito em estufa com tecnologia hidropônica — é plantada em água, como certas espécies de alface.
A diferença do skank para a maconha comum é a capacidade entorpecente. O princípio psicoativo é o tetra-hidro-canabinol (THC). A maconha comum tem uma concentração de THC em torno de 2,5%; no skank, chega a 17,5%. É uma espécie de supermaconha, portanto.
Este post, porém, não pretende fazer pregação contra a maconha, vale frisar. Até porque, este Blog defende sua liberação e, inclusive, a de todas as outras drogas, haja vista que o proibicionismo só serve para criar mercado para o crime organizado, que sofreria um duro golpe se, como em países nórdicos que liberaram as drogas, o Brasil parasse com essa tolice de permitir o uso de drogas pesadas como o álcool enquanto proíbe outras só para satisfazer preconceitos.
Mas por que, então, a explicação do que é a supermaconha skank? É só para contextualizar a jogada de marketing de um grupo musical que leva o nome da substância.
O grupo “Skank” é comandado pelo vocalista Samuel Rosa, que, em sua recente apresentação no Rock in Rio, de forma escancaradamente visível misturou a apologia que faz à maconha com política a fim de ganhar espaço na grande mídia que faz oposição ao PT. Espaço sobretudo na Globo, mas não só.
No último sábado, o grupo “Skank” fez uma apresentação no palco Mundo, no Rock in Rio. Antes de entoar seu sucesso “É uma Partida de Futebol”, o grupo exibiu no telão por trás de si imagens dos protestos que aconteceram no país em junho, mostrando os manifestantes gritando o famoso bordão “Vem pra rua”, com direito a integrantes do show vestirem a máscara característica do grupo oposicionista de direita “Anonymous”, que tentou armar um protesto nacional contra Dilma Rousseff no último dia 7 de setembro.
Eis que chega a hora de entoar a versão adaptada pelo “Skank” a partir do sucesso de Roberto e Erasmo Carlos “É Proibido Fumar”. Os reis da Jovem Guarda não compuseram a música nos anos 1960 pensando em maconha, mas, após a adaptação do “Skank”, nos shows deste grupo as plateias jovens passaram a adicionar a palavra “maconha” ao refrão.
“É proibido fumar”, canta o “Skank”. E o público completa: “maconha”.
Após começar a politizar o show, então, o vocalista e guitarrista Samuel Rosa teve uma sacada de gênio para ganhar mídia favorável. Gritou para o público:
– Maconha é proibido, mas mensalão pode fazer de novo, né?
Quem é que está “fazendo mensalão de novo”? O STF, segundo o músico…
Mas foi a conta. O show do “Skank” ganhou um super destaque no Jornal Nacional de sábado. Apesar de o telejornal ter dito que “A tarde deste sábado (21) no Rock In Rio foi de muita música brasileira”, o único grupo brasileiro que teve espaço na matéria de 3m44s foi o “Skank”, além de uma menção a Pepeu Gomes e a Moraes Moreira durante 3 ou 4 segundos.
A matéria começou com os preparativos do “Skank” para o show, mostrando o grupo fazendo “massagem para relaxar” e, em seguida, apresentando entrevista em que o vocalista Samuel Rosa fez apologia ao seu grupo musical, dominando a matéria quase inteirinha.
Já no domingo, a Folha de São Paulo pôs o “Skank” em sua primeira página, com uma foto de Samuel Rosa em grande destaque, sob a manchete “Dia do POP”. A matéria diz que o sábado, no Rock in Rio, teve “altos e baixos” entre os artistas que se apresentaram.
Os “baixos” ficaram por conta do norte-americano Phillip Phillips, segundo a matéria, que diz: “Desconhecido para quem não acompanha o programa de calouros da TV ‘American Idol’, no qual ele surgiu, Phillips fez uma mistura sem sal de rock, pop, folk e batidas dançantes”.
Adivinhe agora, leitor, por conta de quem ficaram os “altos”… Claro que por conta do novo herói “pop” da mídia partidarizada: o “Skank”.
O comportamento laudatório da grande mídia a Samuel Rosa e seu “Skank” tem ainda um outro componente: estimular artistas a faturarem mídia favorável dando declarações políticas que ajudem na interminável luta de meia dúzia de barões da mídia para elegerem algum tucano – ou, na pior das hipóteses, Marina Silva – no ano que vem.
Resta saber se fazer politicagem barata em um show em que os ingressos custam, em média, R$ 200 reais (fora o custo dos baseados), como o Rock in Rio, servirá para convencer quem não pode nem sonhar em gastar tanto dinheiro a votar em quem as famílias Marinho e Frias, entre outras, querem que seja eleito presidente da República.

Veja censura até sua própria página na internet. Não admite “sacrilégios”

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A Veja é uma espécie de “camarada Stálin” da direita. E pior.
Stálin mandava retocar – na época o “photoshop” era guache no negativo – as fotos onde Leon Trotsky aparecia nos acontecimentos da revolução russa.
Veja manda deletar da internet o que considera “sacrílego” à sua fé fundamentalista em subjugar as instituições e qualquer coisa que possa sugerir que alguém não necessariamente ligado aos “petralhas” possa discordar do que diz.
Foi por isso que algum guri ingênuo da sua redação resolveu publicar uma notinha-bobagem sobre o caso das globais que posaram e distribuiram fotos “de luto” pela decisão do STF sobre o caso do chamado “mensalão”. Notinha sem nenhum tipo de crìtica a elas, até aplausos, como você pode ler abaixo:
O espírito zombeteiro do rock fez das suas nesta quinta-feira. A iniciativa de cinco atrizes deAmor à Vida, a novela das nove da Globo, de se vestir de preto e fechar a cara para fotos em protesto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reabrir o julgamento do mensalão, virou meme em plena noite do metal do Rock in Rio — a noite do preto no festival carioca.
Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Susana Vieira e Bárbara Paz aparecem de camisas negras em duas imagens publicadas por Bárbara em seu perfil no Instagram. ”Atrizes em luto pelo Brasil!”, escreveu a Edith da trama de Walcyr Carrasco. 
Não que as atrizes não tenham direito — e sobretudo razão — de protestar. É que o espírito zombeteiro do rock, menino levado, não perde uma piada.
Só que o Stálin Civita não tem humor e não suportou ver as montagens zombeteiras que, aliás, todas ali se submeteram a ter de suportar, porque contra teatrinho, teatrinho e meio.
Como nós defendemos a liberdade de imprensa até na Veja, mesmo não considerando isso mais que uma bobagem, vamos reproduzir o que a revista censurou. Enquanto não tirarem, aliás, você pode ver no “cache” do Google, enquanto eles também não retiram de lá.
Sobre o assunto, deixo que o Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, fale o que representa.
Aqui, me limito a reproduzir o que a Veja censurou.
Se alegarem que é montagem destinada a desmerecer pessoas, respondo que se trata de um pequeno prazer pessoal, em devolução a uma capa da revista, nos idos de 2002, onde misturava leonel Brizola a figuras como Maluf e Collor, com seus rostos montados sobre dinossauros.
Lamento que as senhoras da foto possam estar se sentindo atingidas. Mas quem usa a sua imagem para o debate tem de admitir que o debate acabe virando também imagem.
Afinal, ridendo castigat mores, rindo critica-se os costumes, já dizia o romano Cícero.

Por: Fernando Brito

Humor: Viúvas da Globo viram meme nas redes

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Por: Miguel do Rosário

Globo quer que TSE dê um “jeitinho” pra validar Rede

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22 de setembro de 2013 | 15:55
A Rede da Marina Silva começou mal! Usando o poder da mídia, que tem interesse político na criação do partido, para pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a validar a legenda mesmo sem a totalidade das assinaturas reunidas.
A serpente botou de vez a cabeça para fora do buraco. A Globo agora está tendo que assumir a vanguarda de todas as campanhas da direita. Folha e Estadão procuram ser mais discretos. A Globo, não. Perdeu a vergonha.
É absolutamente natural e até saudável defender a criação da Rede. Eu mesmo, sou a favor da criação da Rede. Mas sem favor ou exceção!
Pressionar o TSE para dar um “jeitinho” é uma infâmia. Depois de desmoralizar o STF, que se vergou à pressão da mídia durante o julgamento da Ação Penal 470, querer fazer o mesmo com o TSE é um acinte à sociedade brasileira!
Na sexta-feira, os que defendem que o TSE dê um “jeitinho” e valide a Rede de qualquer jeito sofreram uma dura derrota. O novo vice-procurador geral eleitoral, Eugênio José Guilherme de Aragão, deu uma verdadeira bronca pública contra esse tipo de pressão, e declarou, em alto e bom som, que a Rede não cumpriu as exigências legais.
Segundo Aragão, a Rede só conseguiu, até o momento, 20% das assinaturas necessárias.
“Não tem conversa, a lei é peremptória. Não há como fazer concessão nesse tipo de coisa”, disse. Segundo ele, integrantes do Ministério Público Eleitoral e do TSE têm concentrado os esforços no tema. “A gente faz o que pode. Não é uma questão contra ou a favor de qualquer um, mas temos que trabalhar dentro do Código Eleitoral. Dia 5 de outubro é o prazo fatal”, disse o vice-procurador-geral.
Aragão aproveita para cutucar, com elegância mas severidade, a obsessão eleitoreira de alguns:
“Ressalte-se que eventual prejuízo político-eleitoral decorrente da não participação episódica na eleição próxima por parte da agremiação em formação não compromete sua plena participação na vida política da sociedade e, notadamente, nos pleitos subsequentes”, afirma Aragão, em trecho do parecer.
“A diminuição que eventual e episódica não participação representa ao regime democrático constitucional é ínfima (se é que existe) comparada com o dano que causaria o deferimento definitivo para todos os pleitos seguintes de registro de partido sem efetivo âmbito nacional comprovado. (…) Não é ocioso lembrar que o interesse tutelado não é senão o permanente debate democrático, e não a disputa em pleito específico”, aponta o parecer.
Ou seja, a Rede pode participar livremente da vida política do país. Mas para participar das eleições de 2014, a regra é clara, e não foi cumprida.
Não é justo culpar o TSE ou a “burocracia”. O TSE do Brasil é, com muita justiça, um modelo no mundo. Rápido, eficiente e confiável.
Se até o PEN, sem nenhum apoio das elites, da mídia ou do Itaú, conseguiu reunir assinaturas, porque a Rede não conseguiu?
A grande e óbvia pergunta que se faz é: como um partido que não tem competência para reunir 492 mil assinaturas válidas pretende ser competente para governar o Brasil?
Pior, como um partido que defende descaradamente que o TSE abra uma “exceção” para si mesmo pretende representar qualquer avanço num regime democrático?
Segundo os jornais, a Rede ingressará no STF caso o TSE não valide o partido a tempo.
Ora, começar um processo político brigando com a principal instância eleitoral no país, e ainda com ajuda dos golpistas da Globo, não me parece um início promissor para nenhuma legenda partidária.
Em suas colunas de hoje, Merval Pereira e Miriam Leitão pressionam o TSE a validar a Rede. Não apresentam nenhuma prova de que o TSE tenha cometido qualquer irregularidade no processo de validação das assinaturas. Apresentam apenas razões “políticas”, muito mal ajambradas por sinal.
O fato é que, de uns vinte anos para cá, o ecologismo começou a ser espertamente assumido pela direita. Ecologia, sustentabilidade, são conceitos modernos, fundamentais para a sobrevivência do planeta. Por isso mesmo temos que nos cuidar para que alguns espertinhos não manipulem esses ideais em prol de interesses nada “sustentáveis”.
Marina Silva, se quiser apoio do povo, terá que sair dos jornalões, dos seminários do high-society, e vir às ruas, e falar concretamente sobre os problemas sociais que ainda afligem o povo.
Terá que se posicionar sobre os Mais Médicos, por exemplo.
Se quiser ser uma estadista, terá que falar sobre o problema de espionagem, e dar uma opinião assertiva sobre o pré-sal.
Enfim, terá que rasgar essa fantasia de esfinge, que a mídia cria em torno de algumas figuras, para que tenham votos à direita e à esquerda mesmo sem dizer coisa com coisa.
Será Marina um black boc vestido de verde e patrocinado pelo Itaú? Um green boc?
Por: Miguel do Rosário

TRÉGUA: O QUE FAZER COM ELA?

Jornalismo de economia erra mais uma: emprego com carteira assinada cresce 26% em agosto

** editorias de renda fixa & rentismo criam expectativas negativas, sucessivamente desmentidas  pelos resultados do PIB, consumo, emprego, inflação e cenário internacional. Por que erram tanto? 




Governo e forças progressista respiram nesse momento o ar fresco que sopra da janela  aberta no front interno e externo. Depois de meses em que a iniciativa política coube à maré antagônica, o mando do jogo mudou de mão. Sinais se acumulam: o recuo da inflação;  o êxito do ‘Mais Médicos'; o anticlímax da mídia no julgamento da AP 470; a resposta soberana à espionagem da CIA; a sustentação dos níveis de consumo, emprego e renda - um naufrágio previsto diariamente pelas editorias de renda fixa & rentismo em geral; e a reviravolta no calendário do Fed.  O BC dos EUA decidiu azedar de vez a 4ª feira do conservadorismo brasileiro. Depois do voto de Celso de Mello, no STF, Ben Bernank anunciou que o horizonte dos incentivos à liquidez nos EUA foram dilatadas sem prazo de reversão, desanuviando a pressão cambial sobre as contas externas e a inflação.Seria injusto dizer que o conjunto é obra exclusiva do acaso.Mas tampouco é justo  atribuí-lo a uma sólida capacidade de resposta da agenda progressista. O novo ciclo de políticas de crescimento e convergência da riqueza, requerido pela sociedade,  exige  decisões  que talvez não caibam  no espaço quase ornamental  reservado à mobilização  progressista, dentro do bloco de alianças  do PT. Caberia perguntar, como se pretende desfrutar a 'folga'?  Como se pretende conduzir a campanha eleitoral de 2014? Como um evento publicitário, a exemplo do que se fez nas últimas? Ou requalificá-la como um espaço de repactuação de forças da nova institucionalidade que o  desenvolvimento requer?(LEIA MAIS) 



marinaleitaolara

Marina Leitão e seu guru FHC boy, o da “bomba H” 

de  Daniel Dantas

21 de setembro de 2013 | 19:48

O bom do processo político é que as coisas vão se revelando, não obstante a geléia geral de hoje.
De Marina Silva, por exemplo, não temos ouvido quase nada sobre o que diz respeito à vida do país.
Ele, que vem de uma comunidade pobre e isolada, não deu uma palavra para se solidarizar com o “Mais Médicos”, que vai levar profissionais para lugares como o seu Acre natal, tão mal assistido de profissionais.
Só o que vimos foi ela falar do “perigo de perdermos as conquistas com o aumento da inflação e o desmonte do “tripé macroeconômico do câmbio flutuante, do superávit fiscal e das metas inflacionárias”.
Agora surge uma pista de quem está marinando no vinho neoliberal a cabeça de Marina Silva, que a gente, aqui, já vem chamando de Marina Leitão, pela identidade em matéria econômica.
O tucano André Lara Resende, um dos FHC boys de velha cepa, apresentado pela Épocacomo novo guru marinista.
De Lara Resende, vamos deixar que a Veja o descreva, para não ser suspeita a definição:
“Economista brilhante, Lara Resende ajudou a criar o Plano Cruzado, juntamente com o colega Persio Arida. Teceu também as bases do Plano Real. Para favorecer a vitória do Opportunity na compra da Tele Norte Leste, em detrimento do consórcio Telemar, negócio que não se concretizou, Lara Resende foi diretíssimo ao ponto em suas conversas telefônicas com Arida. “Se precisar vou ter de detonar a bomba atômica”, disse ele ao amigo, referindo-se ao presidente Fernando Henrique Cardoso. “Vai lá e negocia, joga o preço para baixo. Depois, se precisar, a gente sobe e ultrapassa o limite”, instruiu Lara Resende, segundo fitas divulgadas pela imprensa à época.”
Lara Resende foi absolvido dos processos abertos, já que, na época, a Justiça precisava de provas para condenar. Mas os fatos e as fitas jamais foram contestados nem a história edificante do então jovem amante dos cavalos puro-sangue que ameaçou detonar “uma bomba atômica” para Daniel Dantas ganhar a Telemar, hoje Oi.
De lá para cá, ele usa seu brilhantismo a serviço da especulação, na famosa Casa das Garças, um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos tucanos como ele, Edmar Bacha, Pérsio Arida, Armínio Fraga e a família Moreira Salles.
Na entrevista a Época, agora como marineiro, ele repete a mesma cantilena sobre estado mínimo e carga tributária de sempre, com uma superfluidade natural para quem, no fundo, sempre defendeu os interesses do capital.
Uma coisa, porém, deve ser dita: as idéias de Marina estão cada vez mais verdes.
Verdes do bolor neoliberal.

Por: Fernando Brito