Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Procurador que livrou Dantas ganhou contrato da Brasil Telecom


Procurador que livrou Dantas ganhou contrato da Brasil Telecom

A prioridade do ex-procurador geral da República Antônio Fernando, do atual, Roberto Gurgel, e do presidente do STF Joaquim Barbosa parece ter sido a de apagar os rastros do principal financiador do mensalão: o banqueiro Daniel Dantas. Inexplicavelmente, ele foi excluído do processo e seu caso remetido para um tribunal de primeira instância. Pouco depois de se aposentar, Antônio Fernando tornou-se sócio de um escritório de advocacia de Brasília que tem como principal contrato a administração da carteira de processos da Brasil Telecom, hoje Oi, um dos braços de Dantas. Por Luis Nassif, no Jornal GGN



Do Jornal GGN- Em sua sabatina no Senado, o jurista Luiz Roberto Barroso considerou o julgamento do chamado mensalão “ponto fora da curva”. Barroso é considerado o maior constitucionalista brasileira, unanimidade, saudado tanto pela direita quanto pela esquerda. Sua opinião foi corroborada pelo Ministro Marco Aurélio de Mello, um dos julgadores mais implacáveis.

Externou o que todo o meio jurídico comenta à boca pequena desde aquela época: foi um julgamento de exceção. E não apenas pelo rigor inédito (para crimes de colarinho branco) das condenações, mas pela excepcional seletividade na escolha das provas, sonegando informações essenciais para a apuração completa do episódio.

Houve o pagamento de despesas de campanha dos novos aliados do PT. Utilizaram-se recursos de caixa dois para tal. Havia o intermediário das transações – o publicitário Marcos Valério e a agência DNA. Na outra ponta, os beneficiários. E, no comço do circuito, os financiadores.

Se poderia ter se obtido a condenação fazendo o certo, qual a razão para tantas irregularidades processuais anotadas? Não se tratou apenas dos atropelos à presunção da inocência e outros princípios clássicos do ordenamento jurídico brasileiro. Há também a suspeita de ocultação deliberada de provas.

1. Ignorou-se laudo comprovando a aplicação dos recursos da Visanet.

2. Esconderam-se evidências de que o contrato da DNA com a Visanet era anterior a 2003.

3. Desmembrou-se o processo para que outros diretores do Banco do Brasil - que compartilharam decisões com o diretor de marketing Antonio Pizolato e assumiram responsabilidades maiores - não entrassem na AP 470.

4. Ignoraram-se evidências nítidas de que a parte mais substancial dos fundos do DNA foi garantida pelas empresas de telefonia de Daniel Dantas.

O contrato de Antonio Fernando
Aparentemente, desde o começo, a prioridade dos Procuradores Gerais da República Antônio Fernando (que iniciou as investigações), de Roberto Gurgel (que deu prosseguimento) e do Ministro do STF Joaquim Barbosa (que relatou a ação) parece ter sido a de apagar os rastros do principal financiador do mensalão: o banqueiro Daniel Dantas. Inexplicavelmente, ele foi excluído do processo e seu caso remetido para um tribunal de primeira instância.

Excluindo Dantas, não haveria como justificar o fluxo de pagamentos aos mensaleiros. Todos os absurdos posteriores decorrem dessa falha inicial, de tapar o buraco do financiamento, depois que Dantas foi excluído do inquérito.

CLIQUE PARA AUMENTARResponsável pelas investigações, o procurador geral Antônio Fernando de Souza tomou duas decisões que beneficiaram diretamente Dantas. A primeira, a de ignorar um enorme conjunto de evidências e excluir Dantas do inquérito - posição mantida por seu sucessor, Roberto Gurgel e pelo relator Ministro Joaquim Barbosa. A segunda, a de incluir no inquérito o principal adversário de Dantas no governo: Luiz Gushiken. Aliás, com o concurso de Antonio Pizolatto - que acabou tornando-se vítima, depois de diversas decisões atrabiliárias dos PGRs.

Foi tal a falta de provas para incriminar Gushiken, que o PGR seguinte, Roberto Gurgel, acabou excluindo-o do inquérito.

Pouco depois de se aposentar, Antônio Fernando tornou-se sócio de um escritório de advocacia de Brasília - Antônio Fernando de Souza e Garcia de Souza Advogados -, que tem como principal contrato a administração da carteira de processos da Brasil Telecom, hoje Oi, um dos braços de Dantas no financiamento do mensalão. O contrato é o sonho de todo escritório de advocacia: recebimento de soma mensal vultosa para acompanhar os milhares de processos de acionistas e consumidores contra a companhia, que correm nos tribunais estaduais e federais.

Os sinais de Dantas
Qualquer jornalista que acompanhou os episódios, na época, sabia que a grande fonte de financiamento do chamado “valerioduto” eram as empresas de telefonia controladas por Dantas, a Brasil Telecom e a Telemig Celular. Reportagens da época comprovavam – com riqueza de detalhes – que a ida de Marcos Valério a Portugal, para negociar a Telemig com a Portugal Telecom, foi a mando de Dantas.

Dantas possuía parcela ínfima do capital das empresas Telemig, Amazônia Celular e Brasil Telecom. O valor de suas ações residia em um acordo “guarda-chuva”, firmado com fundos de pensão no governo FHC, que lhe assegurava o controle das companhias. Tentou manter o acordo fechando aliança com setores do PT – que foram cooptados, sim. Quando o acordo começou a ser derrubado na Justiça, ele se apressou em tentar vender o controle da Telemig, antes que sua participação virasse pó.

No livro “A Outra Historia do Mensalão”, Paulo Moreira Leite conta que a Polícia Federal apurou um conjunto de operações entre a Brasil Telecom e a DNA. A executiva Carla Cicco, presidente da BT, encomendou à DNA uma pesquisa de opinião no valor de R$ 3,7 milhões. Houve outro contrato, de R$ 50 milhões, a ser pago em três vezes. Era dinheiro direto no caixa da DNA - e nao apenas uma comissão de agenciamento convencional, como foi no caso da Visanet.. Pagaram-se as duas primeiras. A terceira não foi paga devido às denúncias de Roberto Jefferson que deflagraram o mensalão.

Apesar de constar em inquérito da Polícia Federal – fato confirmado por policiais a Paulo Moreira Leite – jamais esse contrato de R$ 50 milhões fez parte da peça de acusação. Foi ignorado por Antônio Fernando, por seu sucessor Roberto Gurgel e pelo relator Ministro Joaquim Barbosa. Ignorando-o, livrou Dantas do inquérito. Livrando-o, permitiu-lhe negociar sua saída da Brasil Telecom, ao preço de alguns bilhões de reais.

AS GAMBIARRAS NO INQUÉRITO
Sem Dantas, como justificar os recursos que financiaram o mensalão? Apelou-se para essa nonsense de considerar que a totalidade da verba publicitária da Visanet (R$ 75 milhões) foi desviada. Havia comprovação de pagamento de mídia, especialmente a grandes veículos de comunicação, de eventos, mas tudo foi deixado de lado pelos PGRs e pelo relator Barbosa.

Em todos os sentidos, Gurgel foi um continuador da obra de Antonio Fernando. Pertencem ao mesmo grupo político - os "tuiuius" - que passou a controla o Ministério Público Federal. Ambos mantiveram sob estrito controle todos os inquéritos envolvendo autoridades com foro privilegiado. Nas duas gestões, compartilhavam as decisões com uma única subprocuradora - Cláudia Sampaio Marques, esposa de Gurgel. Dentre as acusações de engavetamento de inquéritos, há pelos menos dois episódios controvertidos, que jamais mereceram a atenção nem do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nem da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) - esta, também, dominada pelos "tuiuius": os casos do ex-senador Demóstenes Torres e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

Tanto na parte conduzida por Antonio Fernando, quanto na de Gurgel, todas as decisões pareceram ter como objetivo esconder o banqueiro.

É o caso da “delação premiada” oferecida a Marcos Valério. O ponto central – proposto na negociação – seria imputar a Lula a iniciativa das negociações com a Portugal Telecom. Sendo bem sucedido, livraria Dantas das suspeitas de ter sido o verdadeiro articulador das negociações. A "delação premiada" não foi adiante porque, mesmo com toda sua discricionariedade, Gurgel não tinha condições de oferecer o que Valério queria: redução das penas em todas as condenações.

Quando iniciaram-se as investigações que culminaram na ação, Antônio Fernando foi criticado por colegas por não ter proposto a delação premiada a Marcos Valério. Acusaram-no de pretender blindar Lula. A explicação dada na época é que não se iria avançar a ponto de derrubar o presidente da República, pelas inevitáveis manifestações populares que a decisão acarretaria. Pode ser. Mas, na verdade, na época, sua decisão blindou Daniel Dantas, a quem Valério servia. Agora, na proposta de "delação" aceita por Gurgel não entrava Dantas - a salvo dos processos - mas apenas Lula.

O inquérito dá margem a muitas inteerpretaçòes, decisões, linhas de investigação. Mas como explicar que TODAS as decisões, todas as análises de provas tenham sido a favor do banqueiro?

OS MOTIVOS AINDA NÃO EXPLICADOS
Com o tempo aparecerão os motivos efetivos que levaram o Procurador Geral Roberto Gurgel e o relator Joaquim Barbosa a endossar a posição de Antonio Fernando e se tornarem também avalistas desse jogo.

Pode ter sido motivação política. Quando explodiu a Operação Satiagraha – que acusou Daniel Dantas de corrupção -, Fernando Henrique Cardoso comentou que tratava-se de uma “disputa pelo controle do Estado”.

De fato, Dantas não é apenas o banqueiro ambicioso, mas representa uma longa teia de interesses que passava pelo PT, sim, mas cujas ligações mais fortes são com o PSDB de Fernando Henrique e principalmente de José Serra.

Uma disputa pelo poder não poderia expor Dantas, porque aí se revelaria a extensão de seus métodos e deixaria claro que práticas como as do mensalão fazem parte dos (péssimos) usos e costumes da política brasileira. E, se comprometesse também o principal partido da oposição, como vencer a guerra pelo controle do Estado? Ou como justificar um julgamento de exceção.

Vem daí a impressionante blindagem proposta pela mídia e pela Justiça. É, também, o que pode explicar a postura de alguns Ministros do STF, endossando amplamente a mudança de conduta do órgão no julgamento. Outros se deixaram conduzir pelo espírito de manada. Nenhum deles engrandece o Supremo.

Poderia haver outros motivos? Talvez. Climas de guerra santa, como o que cercaram o episódio, abrem espaço para toda sorte de aventureirismo, porque geram a solidariedade na guerra, garantindo a blindagem dos principais personagens. No caso de temas complexos - como os jurídicos - o formalismo e a complexidade dos temas facilitam o uso da discricionariedade. Qualquer suspeita a respeito do comportamento dos agentes pode ser debitada a uma suposta campanha difamatória dos “inimigos”. E com a mídia majoritariamente a favor, reduz a possibilidade de denúncias ou escândalos sobre as posições pró-Dantas.

É o que explica os contratos de Antonio Fernando com a Brasil Telecom jamais terem recebido a devida cobertura da mídia. Não foi denunciado pelo PT, para não expor ainda mais suas ligações com o banqueiro. Foi poupado pela mídia - que se alinhou pesadamente a Dantas. E foi blindado amplamente pela ala Serra dentro do PSDB.

Com a anulação completa dos freios e contrapesos, Antonio Fernando viu-se à vontade para negociar com a Brasil Telecom.

De seu lado, todas as últimas atitudes de Gurgel de alguma forma vão ao encontro dos interesses do banqueiro. Foi assim na tentativa de convencer Valério a envolver Lula nos negócios com a Portugal Telecom. E também na decisão recente de solicitar a quebra de sigilo do delegado Protógenes Queiroz – que conduziu a Satiagraha – e do empresário Luiz Roberto Demarco – bancado pela Telecom Itália para combater Dantas, mudando completamente em relação à sua posição anterior.

A quebra do sigilo será relevante para colocar os pingos nos iis, comprovar se houve de fato a compra de jornalistas e de policiais e, caso tenha ocorrido, revelar os nomes ou interromper de vez esse jogo de ameaças. Mas é evidente que o o resultado maior foi fortalecer as teses de Dantas junto ao STF, de que a Satiagraha não passou de um instrumento dos adversários comerciais. Foi um advogado de Dantas - o ex-Procurador Geral Aristisdes Junqueira - quem convenceu Gurgel a mudar de posição.

Com seu gesto, Gurgel coloca sob suspeitas os próprios procuradores que atuaram não apenas na Satiagraha como na Operação Chacal, que apurava envolvimento de Dantas com grampos ilegais.

Em seu parecer pela quebra do sigilo, Gurgel mencionou insistentemente um inquérito italiano que teria apurado irregularidades da Telecom Itália no Brasil. Na época da Satiagraha, dois procuradores da República – Anamara Osório (que tocava a ação da Operação Chacal na qual Dantas era acusado de espionagem) e Rodrigo De Grandis – diziam claramente que a tentativa de inserir o relatório italiano nos processos visava sua anulação.. Referiam-se expressamente à tentativa do colunista de Veja, Diogo Mainardi, de levar o inquérito ao juiz do processo. Anamara acusou a defesa de Dantas de tentar ilegalmente incluir o CD do relatório no processo.

Dizia a nota do MPF de São Paulo:

"Para as procuradoras brasileiras, a denúncia na Itália é normal e só confirma o que já havia sido dito nos autos inúmeras vezes pelo MPF que, a despeito dos crimes cometidos no Brasil por Dantas e seus aliados e pela TIM, na Itália, "a investigação privada parecia ser comum entre todos, acusados e seus adversários comerciais". Além disso, o MPF não pode se manifestar sobre uma investigação em outro país, por não poder investigar no exterior, e vice-versa.

Para o MPF, as alusões da defesa de que a prova estaria "contaminada" não passam de "meras insinuações", pois a prova dos autos brasileiros foi colhida com autorização judicial para interceptações telefônicas e telemáticas, bem como, busca e apreensão. Tanto é assim que outro CD entregue à PF, em julho de 2004, por Angelo Jannone, ex-diretor da TIM, também foi excluído dos autos como prova após manifestação do MPF, atendendo pedido da defesa de Dantas".


Agora, é o próprio PGR quem tenta colocar o inquérito no processo que corre no Supremo e, automaticamente, colocando sob suspeição seus próprios procuradores.. E não se vê um movimento em defesa de seus membros por parte da ANPR.

Quando a Satiagraha foi anulada no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Ministério Público Federal recorreu, tanto em Brasília quanto em São Paulo. Na cúpula, porém, Dantas conseguiu o feito inédito de sensibilizar quatro dos mais expressivos nomes do MInistério Público Federal pós-constituinte: os ex-procuradores gerais Antonio Fernando e Aristides Junqueira (que ele contratou para atuar junto a Roberto Gurgel), o atual PGR e o ex-procurador e atual presidente do STF Joaquim Barbosa.

Levará algum tempo para que a poeira baixe, a penumbra ceda e se conheçam, em toda sua extensão, as razões objetivas que levaram a esse alinhamento inédito em favor de Dantas.

Contra a Petrobras, são “valentes”. Com a Vale…



Há uma exploração sem limites nesta questão judicial contra a Petrobras, que se refere a débitos fiscais supostamente devidos pela gestão Fernando Henrique, entre 1999 e 2002.
Como se sabe, o caso envolve a tributação de remessas da empresa efetuadas ao exterior para pagar o frete de plataformas de petróleo contratadas no exterior.
A empresa, como é seu direito, está discutindo a procedência da dívida e seu montante, tanto que já tem um provisionamento, em seu balanço, de R$ 4,5 bilhões em razão da pendência judicial.
Não houve condenação definitiva ao pagamento dos alegados R$7,4 bilhões e, portanto, não se justifica que a empresa perca, sem nenhum acordo para a solução do litígio, a Certidão Negativa de Débitos, sem a qual não pode operar importações e exportações nem participar de processos licitatórios, como os leilões de áreas petrolíferas.
É tão óbvio que suspender a capacidade da Petrobras  de prover estas necessidades do país em matéria de derivados de petróleo cria graves riscos sociais e é motivo mais do que suficiente para que, cautelarmente, ela não sofresse a suspensão da certidão durante a discussão do débito. Era, como dizem os franceses “ça va sans dire”, óbvio e não é possivel compreender porque o ministro Benedito Gonçalves tenha alegado que a empresa “não comprovou não demonstrou de forma convincente, em seu pedido, “o risco de danos irreparáveis”, como está nos jornais.
Nem o Ministério Público, que não costuma ter muita condescendência com ninguém, se opôs a uma cobrança intempestiva e açodada.
O que é interessante observar é que não se fez 10% deste alvoroço quando se condenou a Vale – a Vale do Agnelli – a pagar quatro vezes mais  - R$ 30 bilhões – em impostos devidos por operações no exterior. E olha que, no caso da Vale, já havia sentença executória do Superior Tribunal de Justiça em favor da Fazenda Nacional, o que não é o caso da dívida da Petrobras.
Você leu alguma notícia sobre tirarem uma certidão e impedirem a Vale de exportar? Não? Nem eu.
Aliás, a execução da sentença contra a Vale – expedida em maio de 2011 -está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal, primeiro por liminar e, depois, por decisão plenária, em abril último.
Mas era a Vale, uma empresa formalmente privada, embora a maior parte das ações esteja em mãos de bancos oficiais e fundos de pensão de estatais.
Não é a Petrobras, onde se garante a exploração da mídia, louca para a empresa enfrentar problemas e abrir espaço para as multinacionais.
Que, se a  gente bobear, engatam o navio lá fora mesmo e chupam o petróleo que pertence ao Brasil, como a Petrobras pertence.
Com ela, todos ficam “valentes”.
Ao contrá
 Por: Fernando Brito

AS MANIFESTAÇÕES E A HIPOCRISIA DA GLOBO (E DO PIG) Imagina na Copa !, bradou a âncora do Mau Dia Brasil ! Como diz o Mino …

Bessinha aproveitou para tratar da prisão inexplicável do neolibelês argentino, o Menem


Foi um dos momentos sublimes do Jornalismo Contemporâneo Brasileiro:

“Imagina na Copa !” – foi a reação estupefata de uma âncora (?) do Mau Dia Brasil, ao fim de uma reportagem sobre as manifestações na cidade de São Paulo, na noite de quinta-feira.

Imagina na Copa !

Tomara que o circo pegue fogo de vez !

O comportamento do PiG (*) e, especialmente da Globo, é a hipocrisia que simula o serviço público.

Funciona assim.

Vamos dar máxima cobertura à manifestações.

Vamos informar o nosso distinto público.

Vamos ser fiéis aos contratos de concessão que deram aos nossos patrões o direito – provisório – de explorar o espectro magnético que pertence ao povo brasileiro.

E vamos aproveitar para adensar a crise, fomentar a crise, espalhar a crise nacionalmente, com a nossa velha tecnogolpia e construir uma Primavera Árabe.

Temos que transformar São Paulo numa Istambul.

Botar o circo para arder.

Sangue !

Desconstruir o prefeito petista, e com ele, no mesmo desmoronamento, soterrar a Dilma.

Simples assim.

Por que o Mau Dia Brasil voltou ao vivo, tantas vezes, nesta manha de sexta-feira, para os lugares da cidade onde, naquele momento não acontecia absolutamente nada ?

Para rememorar, repisar as cenas da noite anterior, interminavelmente.

É a mão de gato do PiG (*).

E da Globo.

Imagina na Copa !

Em tempo: amigo navegante liga consternado para falar de uma repórter da Folha (**) que foi atingida por uma bala de borracha abaixo do olho direito. Observou ele: a repórter deveria acionar judicialmente a própria Folha. Na véspera, num editorial, a Folha disse: 

- a reivindicação não passa de um pretexto;
- pretexto dos mais vis;
- o irrealismo da bandeira tem a intenção oculta de vandalizar;
- é um grupelho;
- manifestantes são marginais e sectários;
- é hora de por um ponto final nisso !


Parece um daqueles editoriais da Folha da Tarde, nos bons tempos do “seu” Frias.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

HADDAD: O TRANSPORTE É CARO. O AUMENTO, INADIÁVEL Haddad não acredita que o movimento chegue a atingir a Dilma.


O transporte publico é tema central de qualquer candidato em São Paulo
O ansioso blogueiro reproduz observações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, por telefone, numa entrevista nesta manhã de sexta-feira:

Ainda como Ministro da Educação e como pré-candidato a prefeito, ele tinha a percepção de que a questão do transporte urbano é um problema central da administração pública de São Paulo.

“Transporte” foi o tema central da sua campanha.

O transporte é muito caro, pesa muito no bolso do trabalhador e exige uma política mais ampla do que abrir corredores de ônibus.

Corredor demora a fazer efeito, e é preciso tomar providências, já !

Quando sobe o salário do trabalhador, a gente se esquece de que sobe também o salário do motorista e do cobrador.

O salário do motorista e do cobrador subiu 8% ao ano, por três anos consecutivos, com a tarifa congelada e o subsidio correndo solto.

Era uma situação economicamente insustentável.

Com a redução dos 6% dos tributos federais e o aumento de R$ 0,20  – o primeiro em três anos – a conta fechou.

Mas, há quatro, cinco anos, há uma insatisfação subterrânea, silenciosa.

Que, agora, se tornou mais violenta, claro, porque ele é o prefeito e do PT. 

(Clique aqui para ler “As manifestações e a hipocrisia do PiG, especialmente da Globo”.)

Partidos políticos, como o PSTU e o PSOL, vão para a rua e ajudam a criar – com a mídia – um caldo de cultura de insubordinação.

Mas, o problema é real: o transporte é muito caro !

E ineficiente ! 

Mas, a prefeitura não tem com quem conversar.

As lideranças são frágeis, que se organizam nas redes sociais.

(Que organizam movimentos, mas dificultam a formação de lideranças – PHA)

Haddad tem notícia de professor que liberou aluno que “queria ver a manifestação”.

A maioria a favor da manifestação não toma ônibus.

Tem a mão de gato dos que querem derrubar a Dilma ?, perguntou o ansioso blogueiro.

Em parte, sim, Haddad acredita.

Tem, no subterrâneo, aquela turma que diz que a inflação saiu do controle – por isso o Governo teve que aumentar a tarifa -, que a economia foi para o beleléu.

Tem, sim, tem isso. 

O pessoal que agora critica a Dilma porque aumentou a tarifa e antes criticava porque não aumentava.

Mas, Haddad não acredita que o movimento consiga atingir a Dilma: ele tem um caráter inequivocamente local.

Embora a mídia (aqui chamada de PiG (*) – PHA) possa querer espalhar o movimento.

E segunda-feira ?

A certa altura vamos ter que conversar, ele disse.

Não pode ser tudo ou nada !, concluiu.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

VIOLÊNCIA LEVA PM DE VOLTA AOS TEMPOS DE ERASMÃO

O ponto final das manifestações contra o preço das passagens


Administrações de partidos tão distintos quanto PSDB, PT e PMDB nos níveis federal, estadual e municipal, uniram-se em um só discurso para enfrentar manifestações contra o aumento do preço das passagens do transporte público nas capitais.
Em São Paulo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad adotaram um discurso único, sempre negando qualquer possibilidade de capitulação frente aos protestos.
Enquanto isso, a mídia adotou um discurso razoavelmente equilibrado em relação a governos de todos os partidos, inclusive do PT.
Os conflitos entre polícia e manifestantes se espalharam por várias cidades de distintas regiões do país na última quinta-feira. E, apesar de os manifestantes terem reduzido o nível de depredações nesta última rodada de ações, a polícia aumentou a violência da repressão.
Aparentemente, a imagem de um policial ferido por manifestantes em São Paulo predispôs as polícias, sobretudo desse Estado, a agirem com maior violência e, nesta quinta-feira, a repressão foi exponencialmente mais dura.
Nesse processo, impressiona o número de jornalistas vitimados por aparatos como bombas de efeito moral, balas de borracha etc.
A cena de uma jornalista com um olho ferido, sentada no chão, correu a internet e provocou manifestações de sindicatos de jornalistas e até da Anistia Internacional, que condenou a violência dos manifestantes mas fez exortações às autoridades brasileiras para que moderem a repressão.
As redes sociais, por sua vez, induzem percepção que está fazendo militantes e expoentes dos partidos ligados ao movimento insurrecional exultarem. Contudo, podem ser manifestações equivocadas, iludidas por correntes na internet que não traduzem o sentimento popular.
No início do ato de São Paulo, o ex-candidato a presidente pelo PSOL Plínio Arruda Sampaio foi um dos raros políticos que se misturaram aos manifestantes, sendo recebido por estes com com ovações. Contudo, os manifestantes não podem ser confundidos com a coletividade.
Saindo do universo dos partidos de esquerda nas redes sociais e do caudaloso braço deles que está nas ruas tentando paralisar capitais, o que se vê nas ruas se coaduna com a percepção dos diversos níveis de governo que se deram as mãos contra os protestos.
Que ninguém se engane: a postura de políticos de variadas tendências de rejeitar capitulação diante dos protestos se coaduna com o desejo da maioria, que está assustada. Do contrário, já teriam cedido.
Entre cidadãos menos engajados – que são a grande maioria –, o que mais se ouve nas ruas são opiniões de que “Há algo estranho em tudo isso” e queixas contra os protestos, ainda que com ressalvas quanto à justeza da causa brandida pelos manifestantes.
A visão dessa maioria silenciosa, amedrontada com as cenas de guerra que se espalharam pelas cidades, portanto, reflete-se nas posturas homogêneas de políticos tão distintos quanto José Eduardo Cardozo, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad.
Vale notar que quem está acostumado com as redes sociais percebe que, entre os defensores dos protestos, não há apenas militantes de partidos que estão insuflando as manifestações – PSOL, PSTU e PCO.
Há muitos militantes petistas irmanados a militantes dos partidos que pretensamente estariam se beneficiando politicamente dos confrontos e que, com estes, tecem duras críticas, por exemplo, ao prefeito Fernando Haddad.
O governador do Rio e o de São Paulo, o prefeito da capital paulista e o ministro da Justiça, entre outras autoridades, não estão adotando um discurso tão homogêneo à toa. É certeza absoluta que não estão se suicidando politicamente.
Correm especulações de que esses políticos teriam dados que comprovam que a maioria se voltou contra um movimento que, inicialmente, desfrutou de grande apoio.
Apesar disso, a situação dos governadores e prefeitos das capitais atingidas pelos protestos, é delicada. As forças de repressão começam a demonstrar que estão psicologicamente afetadas pelo caráter interminável dos confrontos.
E estamos falando de forças armadas até os dentes…
Por outro lado, governos estaduais, municipais e até a união vão se vendo em um impasse, pois o movimento insurrecional não parece disposto a parar, denotando organização centralizada.
Já os governos, não têm mais como retroagir. Reduzir o preço das passagens iria desmoralizá-los, retirando o apoio que parecem acreditar ter entre a maioria silenciosa e amedrontada.
E apesar de governadores, prefeitos e até o ministro da Justiça estarem atribuindo caráter político ao movimento, até aqui não há certeza ou provas. E mesmo que a PF, que está entrando no caso, identifique motivações políticas, é inegável que há uma massa de manobra agindo de boa-fé.
Há o temor, portanto, de que o movimento insurrecional esteja almejando um desfecho muito específico e que teria o condão de converter uma imagem que acabou ficando negativa em imagem positiva.
Vai se solidificando, assim, uma certeza: é questão de tempo para que surja a primeira vítima fatal desses confrontos. Surgindo, o movimento insurrecional será beneficiado e os governos que resistem a ceder se verão fragilizados.
Com toda a carga dramática que a premissa encerra, a certeza é uma só: o que certamente reduzirá o preço das passagens, a esta altura do campeonato, será um cadáver, o qual, instantaneamente, transformar-se-á em mártir.

Economia em alta, inflação estável



Duas notícias, agora de manhã, confirmam que não há, ao contrário do que alardeiam jornais e TVs, um descontrole e crise generalizada na economia brasileira.
O IGP-10, da Fundação Getúlio Vargas, mesmo registrando uma elevação de 0,63%, reduziu o acumulado em 12 meses outra vez. O indicador acumulado, que estava em 8,06% em fevereiro e 6,28% no mês passado reduziu mais alguns pontos e soma 6,17% (os dados completos, para quem quiser conferir, estão aqui).
Dá para ver bem no gráfico que não se indica qualquer aceleração, muito menos descontrolada, no índice inflacionário. E ele seria ainda menor se não fosse a elevação de 2,48 %  no índice da construção civil, que subiu pressionado pela  mão de obra, que variou 4,19% para cima.
É de se imaginar que o BC não tenha levando em conta o salário de pedreiros e serventes na hora de subir os juros, não é?
E é lá do Banco Central que vem outra notícia “espanta-crise”. O indicador da atividade econômica apurado todo mês pelo BC, considerado uma prévia do PIB, subiu  0,84% em abril em relação a março, após registrar alta de 1,07% em março sobre fevereiro, já com as correções estatísticas sazonais.
Em relação a abril de 2012, um crescimento de  4,85 % e de 3,43% no acumulado desde janeiro deste ano, ambos os índices já com os ajustes sazonais.
A tabela oficial está aqui.
É óbvio que, tanto no indicador de inflação quando no de atividade econômica podem haver oscilações a cada mês. Mas se colocarmos décimos de 1% no foco de nossas atenções, vamos fazer como um sujeito que olha de tão perto um grão de areia que ele parece uma rocha imensa.
Por: Fernando Brito

Eles têm a memória curta? Curtíssima!



Ontem, o ex-presidente Lula ironizou a turma que está fazendo terrorismo inflacionário:
— É muito engraçado porque algumas pessoas querem ter memória curta. Eu estava dentro de uma fábrica, e não faz muito tempo, quando a inflação era 80% ao mês. Hoje você tem uma inflação de 5,8% ao ano. E aqueles que foram responsáveis pela inflação a 80% ao mês estão incomodados com a inflação a 5,8% ao ano.
Mas presidente, não é só com a inflação que a memória tucano-midiática encolhe, não.
Hoje, O Globo vem com outro terror antigo, o risco Brasil.
Aí, então, para ajudar a esticar as lembranças do pessoal da memória curta, fui buscar o gráfico, que reproduzo aí em cima, da variação do índice EMBI+, conhecido como risco-país, que avalia quantos pontos (cada ponto é 0,01%) a mais um país paga de juros por seus títulos mundiais que os papéis dos EUA. Assim, cada 100 pontos corresponde a pagar 1% a mais de juros que os papéis americanos.
Não é preciso comentar nada, não é?
Será que tem um período mais assustador, em matéria de risco-país, que o de FHC?
Mesmo na era Lula, este indicador já foi imensamente maior do que é hoje.
E esta subida não é um fenômeno brasileiro, mas se reflete em todo o mundo, com a perspectiva de aumentar a taxa de juros americana, agora que, mal e mal, parece estar havendo alguma reação na economia deles.
Por: Fernando Brito

“Credilmiário” reduz prestação à metade



A linha de crédito para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, como este blog escreveu esta manhã vai causar não apenas um aquecimento na demanda e na produção de móveis e eletrodomésticos como a redução de preços destes produtos.
Diz o Estadão:
” Uma das exigências feitas pelo governo é que o varejo dê 5% de desconto no preço ao consumidor. Essa exigência se baseia no fato de que a venda é à vista para a loja e o financiamento fica com a Caixa. Isso abre uma brecha para que o consumidor comum, que compra esses itens com recursos próprios e à vista, também peça desconto de 5%. “Como as lojas serão obrigadas a informar produtos e preços para terem direito ao crédito, a publicação dessa relação será o melhor guia de compras do mercado”.
Além do mais, para continuar citando o Estadão, veja o que acontece com as prestações, para aqueles consumidores de baixa renda:
“A prestação de um refrigerador, cujo preço máximo de venda no varejo fixado pelo governo será de R$ 1.090, sai por R$ 24,83, se o produto for financiado em 48 vezes, com juros de 5% ao ano ou 0,41% ao mês (…) Caso esse refrigerador fosse adquirido por meio de uma linha de crédito comum do comércio, com juro médio de 4,08% ao mês ou 61,59% ao ano(…) a prestação sairia por R$ 51,64 e o valor total do produto, por R$ 2.478,72″.
Uai, o Aécio não tinha mandado a Dilma cuidar da inflação?
Pois então não pode reclamar do “credilmiário” criado pro pessoal do “Minha Casa, Minha Vida”. Juros de 5% cobre a inflação e, como pobre paga religiosamente, não tem prejuízo no negócio, até porque há impostos para gerar renda pública.
Por: Fernando Brito

LULA: "FALTA VERDADE NO JORNALISMO ECONÔMICO"