Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 21 de abril de 2013

MÍDIA RADICALIZA CONTRA DILMA, MAS PODE PERDER DE NOVO


JANIO E O XOU DE FUX. IMPEAXMENT XÁ ! Qual senador do PT vai pedir o impeaxment de Fux ?


Saiu na Folha (*) :

XOU DE FUX


Janio de Freitas

O ministro do STF e Sergio Bermudes têm participação na mesma causa há pelo menos duas décadas e meia

Graças ao pudor tardio de Xuxa, comprovam-se em definitivo, e de uma só vez, duas esclarecedoras faltas de fundamento. Uma, a do advogado Sergio Bermudes, ao asseverar que seu “amigo de 40 anos” Luiz Fux “sempre se julga impedido” de atuar em causas suas. Outra, a do hoje ministro, ao alegar que só por erro burocrático no Supremo Tribunal Federal deu voto em causa do amigo.

Há pelo menos 26 anos, no entanto, quando Luiz Fux era um jovem juiz de primeira instância e Sergio Bermudes arremetia na sua ascensão como advogado, os dois têm participação na mesma causa. Documentada. Tinham, conforme a contagem referida por Bermudes, 14 anos de amizade, iniciada “quando foi orientador” [de trabalho acadêmico] de Fux.

O caso em questão deu entrada na 9ª Vara Cível do Rio em 24 de fevereiro de 1987. Levava as assinaturas de Sergio Bermudes e Ivan Ferreira, como advogados de uma certa Maria da Graça Meneghel, de profissão “atriz-manequim”. Já era a Xuxa “rainha dos baixinhos”. E por isso mesmo é que queria impedir judicialmente a comercialização, pela empresa CIC Vídeo Ltda., do videocassete de “Amor, Estranho Amor”, filme de 1983 dirigido por Walter Hugo Khoury.

A justificativa para o pedido de apreensão era que o vídeo “abala a imagem da atriz [imagem "de meiguice e graciosidade"] perante as crianças”, o público infantil do Xou da Xuxa, “recordista de audiência em todo o Brasil”. Não seria para menos. No filme, Xuxa não apenas aparecia nua, personagem de transações de prostituição e de cenas adequadas a tal papel. Mas a “rainha dos baixinhos” partia até para a sedução sexual de um menino.

Em 24 horas, ou menos, ou seja, em 25 de fevereiro, o juiz da 9ª Vara Cível, Luiz Fux, deferia a liminar de busca e apreensão. Com o duvidoso verniz de 11 palavras do latim e dispensa de perícia, para cumprimento imediato da decisão.

Ninguém imaginaria os pais comprando o vídeo de “Amor, Estranho Amor” para mostrar aos filhos o que eles não conheciam da Xuxa. E nem risco de engano, na compra ou no aluguel, poderia haver. Xuxa estava já na caixa do vídeo, à mostra com os seus verdadeiros atributos.

A vitória fácil na primeira iniciativa judicial levou à segunda: indenização por danos. Outra vez o advogado Sergio Bermudes assina vários atos. E Luiz Fux faz o mesmo, ainda como juiz da 9ª Vara Cível. No dia 18 de maio de 1991, os jornais noticiam: “O juiz Luiz Fux, 38, condenou as empresas Cinearte e CIC Vídeos a indenizar a apresentadora Xuxa por danos consistentes a que faria jus se tivesse consentido na reprodução de sua imagem em vídeo’”. Mas o que aumentou o destaque da notícia foi a consequência daquele “se” do juiz, assim exposta nos títulos idênticos da Folha e do “Jornal do Brasil”: “Xuxa vence na Justiça e poderá receber U$ 2 mi de indenização”. Mi de milhões.

Ao que “O Globo” fez este acréscimo: “Durante as duas horas em que permaneceu na sala do juiz, Xuxa prestou um longo depoimento e deu detalhes de sua vida íntima [por certo, os menos íntimos], na presença da imprensa [e de sua parceira à época, e por longo tempo, Marlene Matos]. Sua declaração admitindo que até hoje pratica topless quando vai à praia, por exemplo, foi uma das considerações que o juiz Luiz Fux levou em conta para julgar improcedente o seu requerimento de perdas morais. Todas as penas aplicadas se referem a danos materiais”.

Na última quarta-feira, “O Estado de S. Paulo”, com o repórter Eduardo Bresciani, publicou que Luiz Fux, “ignorando documento de sua própria autoria em que afirma estar impedido de julgar processos do escritório do advogado Sergio Bermudes”, relatou no STF “três casos” e participou de outros “três de interesse do grupo” [escritório Sergio Bermudes] em 2011. Luiz Fux disse, a respeito, que caberia à Secretaria Judiciária alertá-lo sobre o impedimento e que a relação dos processos com o escritório de Bermudes lhe passara “despercebida”. Depois foi mencionada falha de informática.

Sergio Bermudes argumenta que a legislação, exceto se envolvida a filha Marianna Fux, não obrigava o ministro a se afastar dos processos de seu escritório. E a ética, e a moralidade judiciária?

Como se sabe, os “critérios técnicos”, “republicanos”, levaram a Presidenta Dilma a levar Fux ao Supremo.
O mesmo “republicanismo” que levou Fernando Henrique a cobrir a retaguarda da Privataria e nomear Gilmar Dantas (**).
Agora, ela demora a nomear o sucessor do Big Ben de Propriá, o que equivale a algemar o Dirceu – clique aqui para ler “Ver o Dirceu de algemas é bom para a Dilma ?”.
aqui para ler “Celso de Mello: se Dirceu ganhar na OEA leva”.
Quem é o senador do PT que vai encaminhar o pedido de impeaxment do Fux, com a espantosa denuncia do Janio ?
O Suplicy ?
Viva a “República” !
“E a ética, e a moralidade jurídica ?”, pergunta o Janio.
Paulo Moreira Leite, Janio, sabe onde estão.
Como disse aquele amigo navegante: o Mentirão despiu o Supremo !





Em tempo: vem aí o Privataria- II.

Clique aqui para ver o vídeo: “Dirceu: Fux me procurou para dizer que ia me absolver”.

Aqui para ver que Fux prometeu a Vaccarezza e a João Paulo Cunha que ia matar no peito.

aqui para ver “o que você espera ver no acórdão – a verdade é uma quimera está lá ?”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo… 

Folha deixa escapar que todos os mortos eram chavistas


Ao longo da sexta-feira (19), setores da mídia brasileira alinhados aos EUA evitaram noticiar o maciço comparecimento de chefes de Estado e de representes de dezenas de países à posse do novo presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro. Só à noite, nos telejornais, que um evento desse porte ganhou alguns segundos de cobertura.
O comparecimento de nada menos do que dezessete chefes de Estado – entre eles, a presidente Dilma Rousseff e quase todos os presidentes sul-americanos – assustou a direita, que não esperava apoio tão decidido à democracia venezuelana.
Nos jornais de sábado (20), o tom sobre a posse de maduro veio literalmente furibundo. Entre vários editoriais e “reportagens” sobre a Venezuela, a forma de seus autores de se vingarem do que não puderam alterar foi mentir desbragadamente.
Talvez o melhor exemplo de mitomania tenha sido o da Folha de São Paulo, jornal que integra um grupo empresarial que se consolidou ao longo do século XX servindo a uma ditadura feroz que encheu de dinheiro público os bolsos do fundador do veículo enquanto ele a ajudava a assassinar os que resistiam ao regime.
Em editorial intitulado “Contraordem chavista”, o jornal dá vazão a uma sucessão de mentiras e distorções sobre a Venezuela que só não é inacreditável para quem sabe que a Folha tem a mitomania encravada em seu DNA.
Já no primeiro parágrafo, além de uma mentira que pode ser desmontada até pela internet visitando o site de algum grande jornal ou tevê do país que se opõem ao governo, a Folha reafirma seu desprezo pela democracia ao relativizar eleições como respaldo único e inalienável a governos.
Diz a Folha que a “realização periódica de votações plebiscitárias” é usada para “emprestar ao caudilho um verniz democrático”. Veja, leitor, que o jornal não chama de eleições, mas de “votações”. Para esse veículo, eleições livres e referendadas por incontáveis observadores internacionais não bastam para legitimar um governo.
Provavelmente o jornal da família golpista acha que um governo só é legítimo se a mídia e os ricos o apoiarem…
Mas foi no segundo parágrafo que o jornal se traiu sem apelação. Confira:
A morte de Hugo Chávez e a eleição contestada de seu sucessor evidenciam a corrosão desses três pilares. O recurso à força bruta, ao peso dos militares e ao silenciamento explícito da oposição, que antes parecia desnecessário, agora se insinua de modo um tanto preocupante
Antes de prosseguir, confira aqui, leitor, o que a Folha chama de “silenciamento explícito da oposição”. Trata-se da página de opinião do jornal El Universal, um dos mais ferrenhos opositores do regime venezuelano.
Se não bastar, visite o site do canal de televisão oposicionista e golpista Globovisión e veja como a oposição é “silenciada” na Venezuela – o nome do canal golpista venezuelano é apenas coincidência com o nome do canal golpista brasileiro.
Mas o que choca mesmo é o editorial da Folha acusar o regime venezuelano de se valer de “recurso à força bruta” justo quando se sabe que violência foi exatamente a arma usada pelos seguidores de Henrique Capriles, que assassinaram oito chavistas durante a última segunda-feira (15) durante um “panelaço pacífico” convocado pelo derrotado na eleição de domingo.
Todas as televisões comerciais, grandes jornais e grandes portais de internet parecem ter feito um pacto ao tratar do massacre que se abateu sobre nove estados da Venezuela a partir da madrugada de segunda-feira, quando seguidores de Capriles mataram, roubaram, depredaram e incendiaram.
Durante a semana, quando a mídia brasileira falou nos oito mortos, sempre tratou de despersonalizá-los, tentando vender a ideia de que gente dos dois lados havia tombado por conta da violência.
Todavia, em “reportagem” da última quinta-feira (18), a Folha “escorregou” e deixou passar informação que torna incompreensível que se diga que a oposição venezuelana é “silenciada” e que o regime usa “força bruta”.
Abaixo, trecho da reportagem “Chavistas cerceiam deputados da oposição”.
A Justiça e o Ministério Público, alinhados ao chavismo, responsabilizaram publicamente Capriles por oito mortes de seguidores chavistas que, segundo o governo, foram provocadas por partidários da oposição após a convocação do governador a protestos contra o resultado eleitoral. As circunstâncias das mortes são questionadas por opositores
Antes de prosseguir, mais uma vez este blog informa, logo abaixo, os nomes e as circunstâncias das mortes dessas oito pessoas.
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José Luís Ponce Ordoñez – 45 anos, carpinteiro, militante do PSUV, morto com tiro na cabeça
Rosiris del Valle Reyes Rangel – 44 anos, militante do PSUV, morta com tiro nas costas
Ender José Bastardo – 21 anos, militante do PSUV, morto com quatro tiros
Henry Rangel La Rosa – 32 anos, militante do PSUV, morto a tiros por encapuzados na porta de casa
Johan Antonio Hernández Acosta – Menor de idade, militante do PSUV, morto por caminhão que arremeteu contra multidão que comemorava a vitória de Maduro.
Luis Eduardo García Polanco – 25 anos, militante do PSUV, morto com um tiro no rosto enquanto comemorava a vitória de Maduro em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral no Estado Zulia.
Rey David Sánchez – Menor de idade, militante do PSUV, morto por caminhão que arremeteu contra multidão que comemorava a vitória de Maduro.
Cliver Enrique Guzmán – Ministério Público da Venezuela só divulgou que era militante do PSUV e que foi assassinado em uma manifestação.
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Fico tentando entender como se pode questionar as circunstâncias dessas mortes. Com militantes de oposição depredando e queimando tudo que tivesse o logotipo do governo em todo o país, o que há para questionar? A maioria foi assassinada a tiros. Duas das oito vítimas foram atropeladas por um caminhão que investiu contra uma manifestação chavista.
Mas o que não se entende mesmo é que o jornal acuse o governo de usar “força bruta” e de censurar. Quantos oposicionistas foram sequer feridos? Não há um só nome nem de ferido, nem de morto entre os que cometeram os atos de violência logo após o resultado da eleição de domingo.
Alguns dirão que é ingenuidade escrever um texto para pedir reflexão sobre o que faz um grupo de comunicação cuja mitomania vem de mais de meio século de atuação, tendo usado do estupro da verdade para bajular e se locupletar sob os favores de uma ditadura, mas escrevo para as pessoas de bom senso e de caráter, não para a Folha e sua militância.
O importante aqui, portanto, é o reconhecimento por esse jornal de um fato que seus congêneres político-ideológicos e ele mesmo tentaram esconder: oito seres humanos foram mortos por meios violentos na noite que se seguiu à vitória de Nicolás Maduro e todos eram seus apoiadores.
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Assista, abaixo, a mais um importante e histórico documentário sobre a América Latina. Um trailer do material foi publicado na sexta-feira pelo site Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha. Abaixo, reproduzo o documentário completo por sua extrema importância.
O autor é o jornalista australiano John Pilger. Sua carreira como repórter começou em 1958 e, ao longo dos anos, ele se tornou famoso pelos livros e documentários que escreveu ou produziu.
Apesar das tentativas de setores conservadores de desvalorizá-lo, seu jornalismo investigativo já mereceu vários galardões no jornalismo, tais como ser agraciado por duas vezes com o prêmio de jornalista inglês do ano.
No Reino Unido, Pilger é conhecido por documentários rodados no Camboja e em Timor-Leste. Ele também trabalhou como correspondente de guerra em vários conflitos, como na Guerra do Vietnam, no Camboja, no Egito, na Índia, no Bangladesh e em Biafra.
O documentário “Guerra à Democracia” mostra a atuação dos Estados Unidos na América Latina ao longo do século passado e no início deste, no sentido de estuprar a democracia em vários países da região em nome dos “interesses da América”.

GLOBO DETERMINA A DILMA QUE SE CALE. ESTADÃO PARTE PARA A AGRESSÃO A DILMA