Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O TAMANHO DA VITÓRIA DO NUNCA DANTES l e ll


No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu. Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.



O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.

O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.

O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.

O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.

Caiu a Stalingrado tucana.

O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.

O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.

Falta cair Moscou.

O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.

Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.

O Nunca Dantes derrotou o Supremo.

Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.

O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.

O Nunca Dantes derrotou os 18′.

A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.

Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.

O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.

O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.

O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.

O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.

Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.

O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.

A derrota de Haddad seria um tiro no peito.

Por isso o PiG (*) e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.

Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o  reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo. 


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

NUNCA DANTES: 


O TAMANHO DA VITÓRIA – II

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição:
Basta ler os títulos da seção “Política” do jornal Valor:

- PT comandará a maior parcela dos orçamentos municipais: R$ 77 bilhões (para governar em benefício dos pobres – PHA);

- Violência, um tema em ascensão para 2014, em São Paulo;

- Haddad finca a bandeira do PT no centro da cidade de São Paulo;

- PT sai reforçado para a disputa do Governo de São Paulo em 2014;

- Vitória em SP amplia coesão e cacife de Lula no PT;

- “Provou-se que o sistema político suporta o desgaste do mensalão”, Renato Lessa;

Na Folha (*):

- Com a vitória em SP, PT vai governar o maior número de eleitores;

- Em relação a 2008, o total de eleitores governados por prefeitos petistas crescerá 29%;

- Os tucanos vão governar MENOS 3% de eleitores;

- Os tucanos vão governar MENOS 12% de prefeituras.

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição.
Mas, ninguém no Partido tem mais grana e PiG (*) do que ele.
Ele saiu “revigorado” da derrota para o Haddad.
E com o Supremo no coldre.

Paulo Henrique Amorim




(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Brasil ignora o mensalão e faz do PT partido mais votado em 2012


 *O PT saltou de 554 prefeituras em 2008 para 636 neste 2º turno; o PSDB caiu de 789 para 698 ** o PSB passou de 310 para 442** PT, PSD e PSB foram os partidos que ampliaram sua presença no total de prefeituras do país no pleito encerrado neste domingo.
O DIA SEGUINTE À VITÓRIA
Nem o gigantismo da cidade, nem o valor do seu orçamento, ainda que isso tenha um peso objetivo óbvio, elucidam porque o pleito em  SP se transformou  no principal  foco de atenção da mídia e do interesse do país.  O que distinguia o embate aqui como a  disputa-chave das eleições de 2012  era o confronto direto entre duas concepções de país, duas visões de democracia e duas propostas de desenvolvimento. Um julgamento de recorte nitidamente conservador desse antagonismo  está sendo levado a cabo no STF há mais de 40 dias. No das urnas, venceu a agenda personificada por Haddad, com o desassombro de Lula. No auge da crise de 2005/2006, quando a oposição ensaiou um movimento de impeachment contra o Presidente Lula, o escritor  Fernando Veríssimo lembrou  em uma crônica, o desalento do militante anônimo do PT, "....aquele  sujeito agitando a bandeira vermelha, sozinho na esquina, porque acreditava, porque confiava'. A melhor forma de SP trazer de volta esse espírito de desprendimento engajado é chamar a cidade a assumir as rédeas do  seu destino. Abrindo discussão imediatamente sobre o futuro com a cidadania.

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A eleição de 2012 entrará para a história. Esforço que envolveu toda a grande imprensa, partidos de oposição e as cúpulas do Poder Judiciário e do Ministério Público, tentou gerar “efeitos políticos” – leia-se uma monumental derrota do Partido dos Trabalhadores e, por conseguinte, do ex-presidente Lula – nas eleições municipais.
Ao fim da tarde de 28 de outubro, porém, no grupo de mídia que mais se empenhou em destruir um partido e o maior líder político da atualidade no Brasil, o jornalista Willian Bonner, com expressão de choro estampada no rosto, teve que admitir que o processo eleitoral deste ano terminou com uma vitória histórica desse partido.
Se o PT não vencesse a eleição em mais nenhuma parte, vencendo só em São Paulo já seria uma derrota sem par do consórcio demo-tucano-pepessista-midiático-judiciário. A vitória retumbante de Fernando Haddad, porém, somou-se a mais de 17 milhões de votos que fizeram o PT emergir do primeiro turno como o campeão brasileiro de votos.
O caráter histórico das eleições de 2012 também se fará acompanhar pelo fenômeno político e social que eclodiu, com o povo brasileiro simplesmente ignorando uma campanha de difamação de Lula e do PT pela mídia que, ao todo, durou 7 anos, mas que, nos últimos três meses anteriores a este 28 de outubro, atingiu as raias do inacreditável.
Centenas de milhões de dólares foram gastos pela grande imprensa brasileira na busca desesperada por fazer o povo brasileiro votar como queriam colunistas, editorialistas e articulistas de jornais, revistas, televisões e rádios. Tudo em vão. O brasileiro, mesmo bombardeado por acusações ao PT, ignorou e deu quase 20 milhões de votos ao partido.
Ao fim, mais uma vez o Brasil e o mundo se voltam a um retirante nordestino que chegou a São Paulo com a roupa do corpo, sofreu o diabo com privações e humilhações e, assim mesmo, tornou-se o pesadelo de uma elite que, desde o descobrimento, jamais teve o menor vínculo com a realidade, preferindo crer nas mentiras que ela mesma inventa.
Viva a Democracia!
Viva a Verdade!
Viva Fernando Haddad!
Viva São Paulo!
Viva o PT!
Viva Luiz Inácio Lula da Silva!

18′: IRINEU, MANDA O KAMEL EMBORA !

Todo o soft-power da Globo foi dedicado à Obra Magna do Governo Ayres Britto. E o Kamel jogou tudo no lixo !

Ataulfo Merval e Ali "Nós não somos racistas": o soft- power já teve mais poder

Quanto valem, amigo navegante, 18′ no jornal nacional ?

Uma fábula, não é isso ?

E a desmoralização ?

Fazer uma publi-reportagem de 18′ e não dar em nada ?

Desperdício e desmoralização – foi o que o Ali Kamel conseguiu com os históricos 18′ do jornal nacional sobre a Obra Magna do Governo Ayres Britto.

Deu errado.

Primeiro, que o Edu foi à PGR para obrigar a Globo a explicar como se utiliza de um bem público – o espéctro elétro- magnético-  para fazer propaganda eleitoral.

Depois, foi uma malversação de recursos intelectuais e profissionais.

Todo jornalismo da Globo passou meses a trabalhar no cronograma do trabalho no STF.

Com a precisão com com que o Master central entra e sai de breaks nacionais para regionais.

E o STF, pronto,  a tempo e hora.

Todo o soft power global  conseguiu que Peluso votasse e Zavascki não votasse.

Deu tudo certo.

Até o Senado ajudou.

Nesse ponto, então, a contribuição do Ataulfo Merval de Paiva foi decisiva.

Quantos milhões de dólares não gastou a GloboNews com a cobertura 24 horas por dia, todo dia de julgamento ?

E tudo isso para o Ali Kamel jogar no lixo.

Em 1989, o jn ajudou a eleger o Collor contra o Lula, numa “edição” do debate e um notável editorial de Alexandre Maluf Garcia.

Em 2006, o mesmo Kamel levou a eleição do Lula para o segundo turno, mesmo que tenha sido necessário ignorar o desastre do avião da Gol.

Agora, a Globo impediu que as pesquisas com Haddad na liderança chegassem ao jornal nacional.

A Globo fez tudo certo.

E o Haddad, que não é poste, ganhou com a mesma confortável diferença com que a Dilma derrotou o Cerra.

O que errado, Roberto Irineu ?

O Kamel.

Ele  “perdeu a mão”.

Ou o problema é mais em cima.

Na própria Globo.

Que usa o espectro elétro- magnético como quer.

Impune.

Por enquanto.

Porque o pobre não é bobo.

Paulo Henrique Amorim