Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 12 de maio de 2012

Record, o bispo, a blogosfera e o efeito espinafre



Comecemos pelo dono da Rede Record, o bispo Edir Macedo, porque, como sempre acontece quando a emissora do fundador da Igreja Universal divulga alguma coisa que não interessa aos grupos políticos que contraria, a estratégia dos contrariados é a de desqualificar o portador da mensagem em lugar de contestar seu conteúdo.
Macedo tem, sim, uma trajetória controversa. Contudo, não difere tanto das de outros barões da mídia. É fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que, segundo o Censo 2000 (IBGE), tem mais de 8 milhões de fiéis em cerca de 170 países da Europa, da Ásia, da Oceania, da África e das Américas. Ainda segundo o IBGE, a IURD é a quarta maior corrente religiosa do país.
Dono de fato e de direito da Record, Edir Macedo Bezerra (Rio das Flores, Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1945) é oriundo de família católica praticante, mas chegou a frequentar terreiros de Umbanda na juventude, posteriormente abandonando essa fé para se tornar evangélico. Autor de vários livros religiosos, tornou-se doutor em Teologia e Filosofia Cristã pela Faculdade de Educação Teológica do Estado de São Paulo.
Casou-se, teve duas filhas e, 14 anos depois, adotou uma criança recém-nascida.  Tornou-se pastor evangélico em 1974. Pregava ao ar livre do coreto de uma praça do Méier, no Rio de Janeiro. Em 1977, fundou a Igreja Universal no prédio de uma antiga funerária na Zona Norte do Rio de Janeiro. Bacharelou-se em teologia em 1981.
Em 1989, com outros empresários assumiu a direção da então deficitária TV Record, que tinha apenas três emissoras – uma na capital e duas no interior de São Paulo. Todavia, a compra da emissora por Macedo só se deu em 1991, quando adquiriu seu controle acionário.
Em 1989, sofreu o primeiro ataque na mídia através da então Rede Manchete (hoje RedeTV!), que criticou os métodos da IURD de colher dízimos dos seus fiéis. Na década de 90, após a compra da Rede Record, emissoras concorrentes desencadearam uma série de matérias em formato de denúncia.
Em 1992, Macedo foi preso sob acusação de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas. Foi sumariamente inocentado. Uma semana após ser preso, foi libertado.
Em 1995, a Globo exibiu, no Jornal Nacional, reportagem contra o concorrente que o mostrava ensinando seus pastores a convencerem os fiéis da IURD a darem ofertas e dízimos. A matéria exibiu filmagem clandestina de um dos pastores que se desligou da IURD e que mostrava Macedo em meio a brincadeiras, sugerindo que seus “alunos” utilizassem a filosofia do “dá ou desce”, referindo-se a fiéis que não davam dízimo.
Em resposta, o bispo da IURD concedeu entrevista ao telejornal de sua emissora a fim de se explicar: “A pessoa dá [o dizimo] e é abençoada ou desce, fica para trás, deixa de ser abençoada por Deus”.
Edir Macedo também foi denunciado pelo Ministério Público por importação fraudulenta de equipamentos e uso de documento público falso. O processo foi aceito pela Justiça Federal, que terminou com apreensão de uma carga de 1,7 toneladas de aparelhos para radiodifusão. Com base na apreensão, o Ministério Público denunciou Macedo, mas não houve condenação.
Em 2009, o líder da IURD e proprietário da Record foi novamente alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo, que o acusou de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em 2010, porém, todas as denúncias foram sumariamente anuladas.
Detalhe: o Ministério Público de São Paulo ainda tenta salvar as suas denúncias contra Macedo, mas a versão paulista da instituição MP vem recorrentemente sendo acusada de atuar politicamente em favor do PSDB. Recentemente, o governador Geraldo Alckmin ignorou a lista tríplice do MPE – SP e fez do segundo colocado o novo procurador-geral do Estado.
Nunca surgiram denúncias de corrupção envolvendo dinheiro público, relações suspeitas com políticos e governos etc. De concreto contra Macedo, há, apenas, a apreensão de equipamentos de televisão pela Receita Federal.
Ainda que os métodos da IURD de receber financiamento de seus fiéis sejam questionáveis, todas as igrejas brasileiras – incluindo a católica – também recebem doações de seus “rebanhos”, além de isenções mil de impostos. Além disso, outros donos de redes de televisão também sofreram processos e, como Macedo, também foram inocentados.
Sobre trajetórias controversas, Roberto Marinho, fundador da Globo, viu seu império crescer à sombra da ditadura militar. E, como Macedo, sofreu vários processos. João Saad, fundador da Rede Bandeirantes, era caixeiro-viajante até que se casou com a filha do ex-governador paulista Ademar de Barros em 1947. Em 1948, assumiu a Rede Bandeirantes. Além de também ter sido agraciado pela ditadura, seu sogro, Ademar de Barros, entrou para a história como notório ladrão de dinheiro público.
Nenhum desses barões da mídia está sendo absolvido. Todos eles têm trajetórias controvertidas, são alvos de acusações de seus respectivos desafetos. Nenhum deles pode ser santificado ou considerado melhor do que os outros.
O que se pode dizer de inquestionável sobre os barões da mídia eletrônica é que os mecanismos para concessões públicas de rádio e tevê é que estão errados, pois baseiam-se em critérios que nada têm que ver com o interesse público e com os ditames constitucionais.
Hoje, a Record, como a Globo, tem uma opção política. Se está correto? No mundo inteiro conglomerados de mídia fazem tais escolhas. Quem tenta desqualificar a recente tomada de posição política da Record contra a Veja e seus aliados midiáticos com base na trajetória de Edir Macedo, portanto, pratica vigarice intelectual.
As denúncias de emissoras concorrentes da Record contra os dois últimos governos federais do PT são sempre levadas a sério, investigadas e geram demissões – ou não. Mas são ao menos examinadas. No caso de Veja, os concorrentes da Record querem descartar as denúncias sem examinar nada.
O que é interessante, nesse processo, é que, pela primeira vez, o que está fundamentando série de denúncias de uma TV é nada mais, nada menos do que a Blogosfera Progressista.
A matéria contra a revista que a emissora levou ao ar no último domingo, aliás, teve novo capítulo no Jornal da Record da última sexta-feira. Quem não assistiu a mais esse round da campanha da Record pela investigação da Veja, pode assisti-lo ao fim deste post.
A Record, ao replicar blogs políticos, vai se tornando, para eles, uma espécie de “espinafre” como o que o personagem dos quadrinhos Popeye ingeria para ganhar força. Claro que, à diferença do personagem infantil, o “espinafre” televisivo não está sempre à mão da Blogosfera – só aparece quando a emissora julga interessante.
Seja como for, é um fenômeno novo a segunda maior rede de televisão do país levar a dezenas de milhões de brasileiros o conteúdo de blogs políticos – e qualquer leitor da blogosfera que assistiu ou vier a assistir denúncias ou abordagens da Record contra a Veja perceberá que se originaram de vários blogs, inclusive deste.
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Assista, abaixo, à edição de ontem (sexta-feira, 11 de maio) do Jornal da Record

Paulo Teixeira: “Praticamente todo o governo de Goiás estava envolvido com quadrilha do Cachoeira”

publicado em 11 de maio de 2012 às 17:54
por Conceição Lemes
Nessa quinta-feira, o delegado da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues, coordenador da Operação Monte Carlo, prestou depoimento na CPI do Cachoeira.  Em sessão fechada, durante mais de oito horas, lançou luz sobre as relações da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
“Praticamente todo o governo de Goiás estava envolvido com a organização criminosa comandada pelo Carlinhos Cachoeira”, relata-nos o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), membro da CPI. “Extremamente poderosa, essa quadrilha controlava o aparato repressivo do Estado. Impedia ações contra si e conseguia fazer ações contra os seus concorrentes. Aí, valia tudo, até cárcere privado… Coisa de filme de Hollywood.”
“A organização tinha na sua folha de pagamento o comandante da PM, o comandante da Polícia Civil, o delegado geral, o comandante da PM em Goiânia, o corregedor da Polícia Civil, o diretor do Detran e influenciava o secretário de Segurança Pública”, prossegue Teixeira. “No plano político, influenciava  os secretários de Educação, Ciência e Tecnologia e a chefe de gabinete do governador.”
Não à toa o delegado Matheus Mella disse durante a sessão: “Goiás era um Estado todo tomado pela organização criminosa. Era um Estado que estava apodrecido”.
O DEM forçou o senador goiano Demóstenes Torres – “envolvido até à cabeça com a quadrilha de Cachoeira” — a se retirar do partido. E o PSDB, como fica nessa história, já que as evidências das relações íntimas de Perillo e do deputado federal Carlos Alberto Leréia com a quadrilha não param de crescer?
“O PSDB tem tentado ampliar o escopo dessa CPI, de modo que fique tão amplo que resulte no esquecimento do que foi feito”, avalia Teixeira. “A tática de dizer que o Cachoeira financiou a humanidade inteira e, assim, tirar o foco de onde está realmente o problema, vai desgastar ainda mais o PSDB e não vai funcionar. Não foi a humanidade inteira que esteve na folha de pagamentos de Cachoeira. Foram determinados políticos, determinados agentes públicos, determinadas autoridades.”
Viomundo – Deputado, afinal, o que evidenciou o depoimento do delegado que comandou a Operação Monte Carlo?
Paulo Teixeira – Tanto o governo de Goiás como praticamente todo o Estado estavam comprometidos com a organização criminosa do Carlinhos Cachoeira. Era aí que ela tinha grande penetração e presença para exercício da sua atividade principal, que é a organização do bingo eletrônico, bingo de cartela e jogo do bicho.
Ali, ela conseguia ter liberdade não só para explorar esse tipo de atividade como também tinha muita tranqüilidade para exercê-la. Se um concorrente quisesse se instalar lá, não conseguia. E aquele que não pagasse o percentual combinado para a organização, tinha a sua atividade reprimida pela polícia. Todo o aparato repressivo de Goiás estava comprometido com o esquema do Cachoeira.
É uma organização com forte estrutura formal, porque o dinheiro do jogo ilegal é lavado em empresas constituídas em nome de laranjas. Essa organização tinha procuração para operar a conta dessas pessoas.
A partir da mobilização de recursos que o Cachoeira conseguia no estado de Goiás, ele alavancou empresas farmacêuticas, a sociedade com o diretor da  Delta do Centro-oeste, a sociedade com o delegado de polícia de uma empresa de segurança chamada Ideal. Alavancou uma empresa de bingo eletrônico sediada nas Ilhas Virgens, fazia negócios na área de imóveis, em Miami, EUA.  Portanto, tinha conexão internacional.
Pelo depoimento do delegado Matheus Mella ficou demonstrado também que aconteceram várias reuniões de Carlinhos Cachoeira com o governador Perillo e o senador Demóstenes.
Viomundo – Quer dizer que o governador e o senador eram íntimos do contraventor?
Paulo Teixeira Exatamente. O delegado mostrou que o governador e o Demóstenes eram muito íntimos dessa organização criminosa.
O delegado também colocou às claras duas operações financeiras de Carlinhos Cachoeira que chegam próximas ao governador. Uma delas foi a entrega a um de seus assessores de caixa com R$ 500 mil reais, na sede do governo. A outra foi a venda da casa do governador que hoje é de Carlinhos Cachoeira. Segundo o delegado, o próprio Carlinhos Cachoeira participou da compra. Inclusive há cheques de membros da organização para aquisição dessa casa.
Essas operações precisam ter a investigação aprofundada, pois demonstram que, além de dominar o Estado, elas chegam muito perto do governador.
Viomundo – O senhor se surpreendeu com o esquema do Cachoeira?
Paulo Teixeira – Essa organização criminosa – a sua existência, o seu modus operandi, as pessoas envolvidas – parece coisa de filme de Hollywood.
Ela conseguia mover o Estado para proteger os seus membros. Foi o caso, por exemplo, de uma intervenção do Carlinhos Cachoeira junto ao procurador-geral do Estado de Goiás, pedindo para ele intervir no processo que apurava alguma irregularidade do delegado geral.  Há um telefonema em que Cachoeira pede ao Demóstenes para ajudar na transferência de policiais militares presos envolvidos com grupos de extermínio.
Logo, está muito longe do argumento de que era apenas jogo. Praticaram inúmeros crimes: cárcere privado, lavagem de dinheiro, remessa ilegal de dinheiro para o exterior e de corrupção ativa.
Não é uma organização ingênua. É uma instituição que prendia e arrebentava. Tentasse alguém deixar de pagá-los ou tentasse alguém montar um negócio perto, eles usavam o aparelho do Estado para reprimir as pessoas de maneira dura. E assim ficaram durante muitos anos com a proteção desse Estado.
Essa organização criminosa envolveu altas autoridades do Estado, operava com grande capacidade no Legislativo e no Executivo. Foi uma surpresa para todo o país.  A maior surpresa foi a de que aquele senador que vivia com dedo em riste em relação ao governo federal, que era o moralizador, está envolvido até a cabeça nesta organização.
Viomundo – O delegado Matheus Mella apresentou durante o seu depoimento uma lista com os nomes de 87 pessoas citadas em conversas grampeadas do Carlinhos cachoeira. Entre as citadas, a presidenta Dilma. Uma lista como essa não acaba se prestando aos interesses da quadrilha?
Paulo Teixeira – Não sei quem vazou essa lista, mas acho que foi um erro fazê-lo. Essa lista não deveria ter sido divulgada, pois mistura pessoas que foram apenas citadas – a presidenta Dilma, por exemplo, porque um membro da quadrilha sugeria ao senador Demóstenes se aproximar dela para entrar no Palácio do Planalto – com bandidos da quadrilha.
Viomundo – Mas o senhor não acha que o delegado se equivocou ao divulgar essa lista?
Paulo Teixeira – Era uma sessão secreta. Na minha avaliação, o erro foi de quem a divulgou. De qualquer forma, eu acho que a Polícia Federal terá de fazer uma segunda lista, corrigindo a primeira que saiu ontem na CPI, para separar o joio do trigo. Não podemos nos pautar por essa primeira lista divulgada.
O que nós temos de fazer agora é aprofundar as investigações e dar conta de que a democracia brasileira está fragilizada. O fato de essa organização ter todos esses tentáculos evidencia a fragilidade da democracia brasileira, porque o crime organizado, através de um processo de financiamento, conseguiu ir muito longe.
Viomundo – O delegado disse se há algum ministro do STF envolvido?
Paulo Teixeira – Ele não fez acusação a membros do STF nem do STJ.
Viomundo – Mas há pessoas do Judiciário citadas nessas operações?
Paulo Teixeira – Pelo que lemos e ouvimos até agora, servidores do Judiciário de Goiás foram mencionados.
Viomundo – E a presença na sessão de ontem dos advogados do senador Demóstenes e do Cachoeira, como é que o senhor explica?
Paulo Teixeira – Para nós, realmente foi uma surpresa. Nós não sabíamos da presença deles na sessão.
Agora vamos ter de analisar em que condições eles podem participar, porque o pior dos mundos, depois de todo esse trabalho até aqui, é a gente ter qualquer tipo de nulidade nesse processo.
Viomundo – Não é um paradoxo a sessão ser fechada à sociedade e aberta aos advogados do senador e do bicheiro?
Paulo Teixeira — Os advogados foram autorizados pelo presidente e pelo relator da CPI, que se escudaram numa decisão do Supremo que permite a presença do advogado de defesa nesses momentos. Apenas faltou a comunicação ao plenário.
Agora sabendo disso, nós temos de definir em que situações eles podem participar – para garantir o exercício do direito pleno de defesa – e em que situações não podem participar – porque isso enfraqueceria o processo. Mas isso é uma coisa que nós vamos tratar na próxima reunião administrativa.
Viomundo – Em relação a jornalistas e veículos, quais os delegados citou?
Paulo Teixeira – Ele mencionou um jornalista do Correio Braziliense e o Policarpo Jr., da Veja.
No caso da Veja, o delegado mostrou que o Policarpo sabia da relação do Cachoeira com o Demóstenes. Foram sete anos de relação entre o Policarpo e o esquema do Carlinhos Cachoeira. Uma coisa muito preocupante é que essa relação não era apenas de fonte, passou a ser uma relação digamos assim de cumplicidade.
A Veja, via Policarpo, conseguia as informações que lhes interessava, que eram obtidas através de espionagem política… Ao mesmo tempo, a Veja dava  à organização o que ela pedia. Por exemplo, a organização estava com dificuldades no Dnit, porque ali os interesses da Delta estavam sendo contrariados.  A revista então fez a matéria que derrubou o ministro dos Transportes e o superintendente do Dnit.
Viomundo – Uma relação de mão dupla?
Paulo Teixeira – Isso mesmo. O Policarpo obtinha informações da organização que eram fruto de espionagem política. Em contrapartida, a Veja dava notícias que interessavam à organização criminosa.
O Policarpo, é bom que se diga, sabia da natureza e da atividade desse grupo criminoso. Tanto que, em 2005, ele foi depor numa Comissão de Ética sobre o caso do deputado André Luiz. Nessa Comissão de Ética, ele disse que o deputado André Luiz tinha tentado extorquir o Cachoeira. O Policarpo apresentou inclusive gravações, o que demonstra que, de longa data, ele conhecia a atividade que o Cachoeira tinha. Foi um casamento de longa duração que só acaba agora, espero eu, com a elucidação desses fatos.
Viomundo – O delegado mencionou o número de telefonemas entre o esquema do Cachoeira e Policarpo?
Paulo Teixeira – Disse que foram 42 na Operação Monte Carlo.
Viomundo – E somando os telefonemas da Monte Carlo com os da Vegas?
Paulo Teixeira – Eu não tenho esse número.
Viomundo – O Policarpo vai ser chamado a depor na CPI?
Paulo Teixeira – Na minha opinião, ele extrapolou a sua atividade profissional. Ele ficou muito além do que é permitido. E nós temos de fazer a defesa do sistema democrático. Ele impõe limites ao político, ao empresário e ao jornalista. Liberdade de imprensa não é liberdade de prática criminosa. Liberdade de imprensa é uma luta pela liberdade e não pela prática do ilícito.
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