Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Em discurso, Protógenes pede à PGR urgência no envio de informações sobre o caso “Cachoeira”






Noticiário inventa trama para tentar implicar Agnelo

Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual
  
 A TV Globo e o jornal Folha de São Paulo, voltam sua artilharia contra o governador Agnelo Queiroz (PT-DF). E a famosa cortina de fumaça para tirar a CPMI do Cachoeira de evidência

Mas os fatos narrados em suas próprias notícias mostram o contrário do que as manchetes querem induzir o leitor a acreditar. Folha e Globo dramatizam a notícia como se o governador estivesse envolvido com o bicheiro.

Quando lemos a notícia, retiramos os adjetivos, as frases de efeito e de opinião, e separamos apenas os fatos, o que se nota é o grupo de Cachoeira e o governo de Agnelo são, na verdade, antagônicos.

A Folha descreve telefonemas em que há gente defendendo os interesses da empreiteira Delta e ameaça não pagar propinas para gente de escalões mais baixos do governo do Distrito Federal, porque o governo Agnelo não atende aos interesses da organização criminosa.

Ora, fica claro que a turma de Cachoeira queria e tinha gente infiltrada na máquina do governo do DF, mas que não conseguia ter seus interesses atendidos pelas pessoas de escalão mais alto, com poder de decisão.

O mesmo enredo aconteceu no Jornal Nacional da TV Globo. Os fatos também mostram que a organização de Cachoeira estava insatisfeita com os interesses contrariados no governo de Agnelo. Mas a trama elaborada nas redações querem fazer parecer o contrário.

Outra notícia inverossímil seria a de que Agnelo estaria usando Dadá – um dos principais assessores do bicheiro – como emissário para conseguir um encontro com Cachoeira (!).

Um pouco de compostura jornalística, gente! Depois que Cachoeira gravou Waldomiro Diniz, nenhum político (a menos que seja doido varrido), tem o menor interesse em pedir para conversar com ele diretamente. Só conversavam quem estava amarrado à organização e tinha plena confiança em Cachoeira, como Demóstenes Torres. Notem que nem o governador de Goiás, Marconi Perillo, citado em muitos telefonemas, foi pego falando diretamente com o contraventor.

Para espalhar o boato inverossímil, a Globo e a Folha aproveitam-se de uma análise da PF sobre um grampo cifrado, que ainda estava na fase do "chute" para apurar depois, pois o analista suspeita que "Magrão", citado nas conversas, poderia ser Agnello Queiroz.

Mas basta ouvir novamente o grampo no próprio Jornal Nacional que fica óbvio que o "chute" na análise está errado, e em apuração posterior seria corrigida:

- o nome Agnelo sequer é citado nos diálogos;

- o próprio Dadá não tem certeza sobre quem é o Magrão ao dar o recado, o que dá a entender que não seja alguém tão importante assim;

- no diálogo diz que o tal Magrão está ligando e Cachoeira não está atendendo (!). Ora alguém acredita que qualquer governador ficaria ligando para Cachoeira e não sendo atendido, a ponto de ter que pedir a Dadá para atendê-lo?

Que venha a CPI, que se apure de fato todos os tentáculos da organização criminosa, inclusive em departamentos do Governo do Distrito Federal, e se algum governador tiver denúncias consistentes contra si, que responda por elas, mas lugar de inventar trama na programação de TV é em novela e não em telejornais.

Canalhice Confessada

No programa mais idiota dos canais de notícias (talvez só superado nos EUA pelo FOX News) o Stúdio I (diota?); a animadora de claque disfarçada de âncora (poita) da Sessão da Tarde News, a Maria Beltrão, pergunta à Cristiana (G)Lobo se ela ficara decepcionada e surpresa com o envolvimento do ex DEM Óstenes Torres, com Carlinhos Cachoeira.

A resposta está no vídeo na página (argh) da GROBONIUS a partir do minuto 5.23 (pra vcs não terem que sofrer com os diálogos que o precedem) onde a Cristiana diz que "não ficara surpresa, por que vinha vendo o Senador bebendo vinhos caros, e usando marcas de griffe diferenciada canetas exclusivas e hábitos caros demais para um promotor público e parlamentar".

Ora, por muito menos, uma tapioca, fez-se o escândalo dos cartões corporativos, e por menos ainda já se crucificou muita gente boa, como estão tentando fazer agora com o Protógenes por ter tido contatos com o Dadá, sabidamente da "comunidade de informações" e araponga profissional, além de informante de Protógenes (todo policial tem informantes).

Eis a canalhice e hipocrisia GROBAL, se fosse algum parlamentar da base, mais precisamente do PT ou da esquerda, essa observação já teria sido  feita tempos atrás, quando da constatação da situação, e não só agora, depois das denúncias escancaradas aos ventos, é o pau que dá em Chico, a serviço de Francisco.

assista abaixo, a partir do 5,23"
http://g1.globo.com/globo-news/estudio-i/videos/t/todos-os-videos/v/antonio-carlos-valadares-presidira-conselho-de-etica-do-senado/1897321/

Protógenes ao brindeiro: Estadão quer salvar o Dantas e o Cerra


O ínclito delegado Protógenes Queiroz enviou ofício ao brindeiro Procurador Geral para esclarecer de forma inequívoca sua legitimidade como membro da CPI do Demóstenes:

Protógenes Queiroz solicita à PGR informações sobre seu suposto envolvimento no caso “Cachoeira”


Em ofício enviado hoje (11/04/2012) ao Procurador-Geral da República,  Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, o Deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) solicita informações da investigação sobre o caso “Cachoeira” que possam incriminar sua atuação parlamentar, conforme matéria tendenciosa veiculada no jornal “O Estado de São Paulo”.


No documento, o Parlamentar questiona a existência  de dados, além de  áudios e vídeos envolvendo  seu nome  e se os mesmos evidenciam conduta criminosa relacionada com o esquema de contravenção do empresário goiano “Carlinhos Cachoeira”, desbaratado pela Polícia Federal através da Operação Monte Carlo.


Por fim, Protógenes   pede o encaminhamento das supostas informações com urgência, uma vez que é o autor do pedido de criação da CPI do Cachoeira, que tem como objetivo investigar o envolvimento de parlamentares nos negócios ilícitos do contraventor de Goiás.





O Estadão tomou a iniciativa de constranger Protógenes, com o apoio ilimitado da Globo.
A Globo corre atrás da Veja, do Estadão, da Folha, já que, por mérito próprio, não descobre nada …
Faz a versão hollywoodiana do PiG (*) desmoralizado.
Daí, a Globo montar uma CPI própria, para salvar tucanos.
Para que detonar o Protógenes ?
Para livrar a cara do Daniel Dantas.
Para livrar a cara do Cerra e seu clã, heróis da Privataria Tucana, que migrou da Satiagraha para o livro do Amaury.
Mas, é um esforço em vão.
Primeiro, porque dificilmente o Supremo vai tirar o Dantas da cadeia pela TERCEIRA vez.
E, segundo, porque a ficha demorou a cair, mas até a Globo já percebeu que o Demóstenes melou o mensalao, como explicou, tim-por-tim, a TV Record.
Protógenes e Dadá se aproximaram quando Luiz Fernando Correa, aquele que ainda não achou o áudio do grampo, decidiu dinamitar a Operação Satiagraha – tirou funcionários, cafezinho, xerox, papel higiênico, tudo.
Era para salvar o pescoço do Dantas no berço.
(Logo ele, escravista, desde o século XIX.)
Dadá era do Serviço de Inteligência da Aeronáutica.
E é possível que tenha prestado serviços auxiliares a Protógenes, como aconteceu com funcionários da ABIN.
As conversas gravadas e “seletivamente” – diria o Sérgio Guerra – distribuidas ao Estadão (e logo grampeadas pela Globo), se verdadeiras, se referem à tentativa do Corrêa de pegar o Protógenes – e, por tabela, o Dadá.
Agora, o mais importante do Dadá o Estadão esquece.
É que o Dadá sabe muito: por exemplo, por que a Folha (**) quase detonou a Satiagraha com a ajuda de uma reporter “investigativa”.
Clique aqui para ler “O jornalismo investigativo sem o Cachoeira e o Demóstenes acabou”.
E aqui para ler “Cuidado, colonistas (***) investigativos substituem o Cachoeira por advogados”.



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

Abafando a cachoeira

Abafando a cachoeira



Desde ontem, a grande imprensa começou a tornar evidente aquela “Operação Abafa” sobre o caso Demóstenes-Cachoeira.
Primeiro, o Estadão, com áudios  absolutamente vazios de supostas conversas entre o deputado Protógenes Queiroz e o agente “Dadá”, que -ao que parece – arapongava para meio mundo. Protógenes, um delegado de polícia, não tem nenhum diálogo comprometedor com o agente e, se teve, nada melhor que esclarecer isso numa CPI. Aliás, é estranho que seis telefonemas vazios de Protógenes a alguém que, oficialmente, pertencia à um órgâo de investigação sejam notícia e não o sejam os 200 telefonemas entre o próprio Cachoeira e o editor da revista veja, Policarpo Júnior, numa parceria “pelo bem do Brasil” que já durava oito anos.
Mas hoje O Globo deixa mais claro o jogo, servindo-se de uma declaração do presidente do PT, Rui Falcão, que liga o caso Cachoeira a possíveis montagens contra o Governo Lula feitas com a ajuda da conexão Cachoeira-Veja, que parece continua a ser um tabu para a mídia.
Logo, em nome do esclarecimento do dito “mensalão”, abafe-se a Cachoeira…
A democracia não pode conviver com a divulgação seletiva de irregularidades. É preciso que o inacreditável poder de um bicheiro sobre a mais altas figuras da política e da imprensa não fique sendo demonstrado aos pedaços, contra aqueles a que “interessa” desmoralizar, mas encobrindo as figuras que o conservadorismo e a mídia tem no seu altar.
Corrupção não é assunto que requeira “segredo de justiça” em sua apuração, salvo em ocasiões especialíssimas, no curso de investigações. E são a mídia e a Polícia Federal, apenas, quem está escolhendo o que deve ser divulgado, a conta-gotas.
O povo brasileiro e a própria credibilidade da democracia brasileira exigem que tudo venha à tona.
Se Carlos Cachoeira tem ligações com a investigação sobre o “mensalão”, que elas apareçam. Se tem ligação com as denúncias que, onda após onda, a Veja apresentava, servindo-se de escutas e filmagens providenciadas pelo bicheiro, que se apure. Existem pessoasdo esquema Cachoeira que o afirmam expressamente.
O que não se pode é fazer da divulgação parcial e seletiva de gravações, escolhendo os personagens e os contextos “que interessam”, uma “verdade” conveniente, que determina quem deve ser execrado e quem  deve ser preservado.
Do contrário, seria melhor que se desistisse de uma CPI e se deixasse o próprio STM – Supremo Tribunal da Mídia, a mais alta corte política do Brasil – decidisse – como decide há anos – quem deve ser impiedosamente decapitado e quem vai, como fez Demóstenes Torres durante muitos anos, posar de paladino da moralidade, embora enterrado até o pescoço no pântano das cumplicidades escusas.

"Eu existo, Merval"


Brasil247

Ontem à noite, quando assistia à Globonews, o empresário Ernani de Paula, ex-prefeito de Anápolis, quase caiu da cadeira quando ouviu o comentário do jornalista (?) Merval Pereira, que denunciava à editora de política Renata Lo Prete uma possível ficção criada pelo PT para melar o processo do mensalão. Segundo Merval, “inventaram” um certo Ernani de Paula para tumultuar o caso. Através do 247, Ernani mandou um recado ao comentarista da Globo. “Merval, eu existo”, disse ele. “Fui testemunha ocular da história e conheci de perto todos os personagens”.
Ernani, de fato, conhece de perto a realidade de goiana. Foi prefeito de Anápolis, cidade natal de Carlos Cachoeira, e conviveu com o contraventor. Mais: sua ex-mulher, Sandra Melon, foi suplente de Demóstenes Torres na sua primeira eleição para o Senado, em 2002. “Eu o ajudei muito e os votos de Anápolis foram cruciais para ele”, diz Ernani. Em 2004, um ano após a posse de Lula, havia um projeto de poder, que envolvia Demóstenes, o governador Marconi Perillo e o bicheiro Carlos Cachoeira. Demóstenes migraria do DEM para o PMDB e seria Secretário Nacional de Justiça. Assim, Sandra Melon, ex-mulher de Ernani se tornaria senadora. “É por isso que eu sabia de tudo que se passava na política goiana”.

Ernani era uma testemunha tão próxima do que ocorria naquelas bandas que chegou até a figurar na famosa fita em que Waldomiro Diniz, ex-secretário da Casa Civil, é filmado pedindo propina a Carlos Cachoeira. “Antes da conversa filmada com o Waldomiro, o Cachoeira atende um telefonema, meu, e tenta me convencer a trabalhar para o PT. Em seguida, ele desliga, me xinga e diz que eu era pior do que o Waldomiro. Ou seja: ali fica claro que ele tinha a intenção de filmá-lo para comprometê-lo. Isso está na fita, que inclusive a Globo tem. O Cachoeira tinha uma estratégia padrão. Ele atraía as pessoas para o seu big brother, prometia dinheiro e acabava comprometendo um monte de gente.”

A denúncia do mensalão

Com a fita de Waldomiro Diniz, Cachoeira pretendia constranger o governo a fazer do senador Demóstenes secretário Nacional de Justiça. “E a pressão quase surtiu efeito. No início do governo Lula, foi feita sim uma comissão de estudos para legalizar o jogo no Brasil e federalizar o que já era permitido em Goiás”, diz Ernani de Paula. Só que, como o plano não surtiu efeito, Cachoeira partiu para uma segunda denúncia. E foi assim, segundo Ernani de Paula, que nasceu a fita de Maurício Marinho, apadrinhado de Roberto Jefferson, recebendo uma propina de R$ 3 mil nos Correios. Ela foi filmada pelo araponga Jairo Martins, que a repassou à revista Veja. E foi assim que se desencadeou o maior escândalo política da história recente no Brasil. “Isso não quer dizer que o esquema do Marcos Valério não existiu”, diz ele. “O Marcos Valério existe, a Fernanda Karina existe, o Merval existe e eu também existo”, diz Ernani de Paula, que oferece ao articulista da Globonews seu email (ernanidepaula@uol.com.br) e seu telefone (011-89555671).

Ferro: CPMI tem que investigar relações de Cachoeira com mundo político e com a mídia


O comportamento sórdido da Chevron


A Chevron é uma grande empresa de petróleo e ninguém duvida que ela tem o know-how e profissionais plenamente capazes de operar poços de petróleo.
O que falta a esta empresa é uma camada dirigente capaz de proceder com ética e responsabilidade no comando de sua equipe técnica.
O comportamento da Chevron é – não há outra palavra -  moralmente desonesto. E, daí, para tornar-se criminoso, é um pulo.
Quando ocorreu o pico de pressão (o kick) que iniciou o processo de vazamento do poço da empresa no campo de Frade, a Chevron disse que  eram “exsudações naturais”, embora soubesse que poucas horas antes tinha ocorrido, ali, juntinho à aparição do óleo, o incidente em seu poço.
Exsudação natural era, para qualquer um que saiba o mínimo de atividade petroleira, pura mentira e este blog afirmou isso na mesma hora.
Agora surgiram novas bolhas de petróleo, a apenas 500 metros do campo de Frade, algums metros além dos limites do campo de Roncador, vizinho, operado pela Petrobras.
A Chevron, que recebeu até equipamento emprestado pela Petrobras na hora do acidente, apressou-se em mandar um e-mail à agênciade notícias Reuters para dizer que esse “novo” óleo não era seu.
Vazamento em campo operado por Petrobras foi achado pela Chevron.
Que maravilha! Os irresponsáveis procurando dar lições de responsabilidade à Petrobras, que tem milhares e milhares de vezes mais instalações petroleiras e não registra nenhum acidente de perfuração desta natureza.
A Petrobras, com todo o profissionalismo, recusou-se a fazer ilações ou afirmações sem base técnica sólida.
Aguentou as pancadas de uma mídia que jamais foi capaz de dizer que era óbvio quie o óleo que vazou 500 metros dentro dos limites do campo de Roncador, da petrobras, vinha do de Frade, da Chevron.
Agora, a Petrobras divulgou a análise do óleo recolhido.
É óleo parafinado, usado na perfuração para lubrificar a perfuratriz, formando a parte da coluna que se contrapõe à pressão ascendente do reservatório de petróleo e que, com o kick, foi pressionado contra as fraturas da rocha do poço não revestido, como deveria ser, pela Chevron.
O vazamento é, portanto, originado da perfuração que se realizou naquele trecho do solo marinho. É, portanto, do poço acidentado da Chevron.
Mais um atitude vergonha, irresponsável, desonesta, de uma empresa que só da boca para fora pediu desculpas ao povo brasileiro pelo acidente e continua fazendo da chicana,  dos subterfúgios e da mentira os métodos de tratar algo sério como um vazamento de óleo no mar.
É um comportamento inidôneo e a quem é inidôneo o país não pode conferir o direito de explorar petróleo, sobretudo no mar, pelos riscos e responsabilidades que nisso está implícito.
É sórdido e a sordidez mina qualquer confiança possível na empresa.

A praia Girón da mídia golpista

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

A mídia latino-americana sempre foi golpista. Representante das oligarquias do continente, dirigida por um punhado de famílias (todo país tem seus Frias, Mesquitas, Marinhos, Civitas), sempre esteve envolvida nos golpes militares contra a democracia no continente, do lado dos EUA.

Se a OEA foi chamada por Fidel de Ministério das Colônias dos EUA, a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) é seu Ministério de Comunicação para as Colônias. Sempre coordenou a ação da mídia nos golpes militares e nas campanhas contra os governos democráticos do continente.

Antes mesmo da campanha que levou Getúlio ao suicídio, em 1954, e derrubou Perón em 1955, a mídia já tinha sido participante fundamental no sangrento golpe na Guatemala, em 1954, que levou esse país a se tornar, nas décadas seguintes, naquele que sofreu os maiores massacres em um continente cheio de massacres.

Há exatamente 10 anos atrás a mídia venezuelana mobilizou e convocou um golpe militar contra Hugo Chávez. O movimento chegou a ter sucesso imediato, uma TV escandinava pode produzir "A revolução não será televisionada”, documentário já tornado um clássico do cinema de documentário sobre a América Latina. O presidente da Fiesp de lá foi nomeado presidente da ditadura que pretendia se instalar e era saudado, no Palácio Presidencial, pelos chefes da Igreja católica, pelos donos das empresas de comunicação, pelos dirigentes dos partidos de direita, enquanto Hugo Chavez era levado por militares para uma ilha e pressionado para assinar sua renúncia.

Assim que soube do golpe, o povo desceu maciçamente às ruas, dirigiu-se ao Palácio, derrubou as grades e entrou no prédio. Assiste-se nesse momento, no documentário, os chefes do golpe fugirem rapidamente pelas portas laterais do Palácio, enquanto o povo penetra nele.

As TVs e rádios golpistas simplesmente deixaram de dar notícias e passaram a projetar desenhos animados. O fugaz presidente golpista tentou enganar a CNN dando entrevista como se estivesse ainda no Palácio Presidencial, mas o próprio entrevistador lhe disse que sabia que ele já estava num quartel, fugindo. A nem veja, nem leia, eufórica, deu mais um “furo”: sua edição da semana saiu, no sábado cedo, com a notícia do golpe que teria derrubado Hugo Chavez como a grande matéria de capa. (Nenhum meio tradicional de comunicação brasileiro, todos com DNA de golpistas, recordou os 10 anos do golpe fracassado na Venezuela.)

Embora houvesse já ma doutrina e um acordo dos governos do continente de se oporem aos golpes militares, sentiu-se o silêcio ou a cumplicidade, e salvo Cuba, nã houve protestos contra a derrubada de um presidente legalmente eleito no continente. O povo venezuelano fez justiça com suas próprias mãos e recolocou Hugo Chávez na presidêcia do pais, para a qual tinha sido eleito por seu voto.

O golpe de 11 de abril de 2002 foi, para a mídia golpista latino-americana, o que a também fracassada invasão de Praia Giron foi para o imperialismo norteamericano: sua primeira grande derrota, que demonstrou que o povo do continente não a aceitar mais que ela pusesse e tirasse governantes no continente. Que agora é o povo quem decide seu destino na América Latina.

PT deveria processar a Globo por reportagem do JN contra Agnelo



Assistindo à reportagem, já se percebe que a PF não poderia fazer tal afirmação apenas por que Cachoeira e o araponga “Dadá” disseram que Agnelo quereria falar com o bicheiro. O que a PF diz é apenas isso, que é uma declaração do araponga que foi captada. Aliás, a PF não acusou formalmente nem o governador tucano Marconi Perillo, quanto mais Agnelo.
Ao assistir àquilo, àquela imensa manipulação e aquele desfilar de denúncias inconclusivas contra o PT veiculadas como condenações, liguei para uma fonte do partido que recomendou confiança em que o troco será dado na CPI, onde serão reveladas mais a fundo, inclusive, as relações de setores da mídia com o crime organizado.
Apesar disso, este blog acha pouco. A locução da apresentadora do Jornal Nacional foi um anátema sobre a cabeça do governador de Brasília e sobre seu partido. Aliás, vale dizer que o pouco de voz que a Globo deu a ele na reportagem criminosa em questão foi usado para dizer que tentam atingir o PT inteiro através de si.
Diante do exposto, faz-se, aqui, uma recomendação ao Partido dos Trabalhadores: processe a Globo por difamação ao ter afirmado que existe uma acusação formal da Polícia Federal ao governador  Agnelo Queiróz. É inadmissível que uma concessão pública seja usada para distorcer dessa forma uma investigação tão importante.