Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Davos, a democracia e o capitalismo de Estado


Mauro Santayana 
Nos corredores do encontro de Davos, de acordo com matéria de O Globo, empresários latino-americanos expressaram os temores de que “o capitalismo de Estado” represente um risco para democracia em nosso continente. Para entrar no assunto, convém saber o que, para esses senhores, é democracia,  capitalismo e Estado. 
Poucos têm sido, no mundo moderno, os regimes sociais que não se identificam como democráticos. Entre eles, como modelos, o nazismo e o fascismo não só dispensaram a hipocrisia de se identificarem como democráticos como consideraram a democracia um sistema apodrecido. Os novos e superiores homens que pretendiam construir - com  eugenia social e moral - seriam viris, atléticos, cultos, honrados, semideuses. As mulheres, reflexos das valquírias, belas, esposas virtuosas, mães devotadas. Quando o nazismo desmoronou, de suas ruínas vieram as provas de que as coisas não eram exatamente como proclamavam ser. Os líderes não passavam de  um bando de criminosos insanos, em que havia de tudo, menos virtuosos deuses olímpicos.
Registradas essas exceções, todos os regimes se dizem democráticos. Os governos militares em nosso continente – e não só no Brasil – surgiram sob o pretexto de que estavam defendendo a democracia. No Chile, nessa inversão da linguagem, Pinochet assassinou o regime republicano, que respeitava os partidos e realizava eleições regulares e livres. Acompanhei, em Santiago, as eleições de março de 1973, vencidas por grande maioria por Allende, apesar das dificuldades decorrentes do locaute capitalista, isso seis meses antes do golpe. Não há um só país da América Latina que não tenha sofrido governos ditatoriais, e nenhum deles, nem mesmo o dos Somoza, na Nicarágua, o de Trujillo, na República Dominicana, o dos gorillas da Argentina, e de seus vizinhos, no Uruguai, se disseram antidemocráticos.
Antidemocráticos, em seu idioma, eram os povos, que lutavam contra o desemprego, a fome, a ignorância, a doença, a humilhação e a morte. 
A democracia não é um sistema acabado de organização política da sociedade. É um processo que se desenvolve, com seus momentos de avanço e de recuo, em busca da igualdade de direitos de todos os seres humanos. De todos os direitos – do conhecimento, do trabalho criativo, da vida saudável, da expressão intelectual e artística, da alegria, do amor, da  dignidade – enfim, da vida plena. Sendo assim, a democracia é uma forma de convívio que só poderia ser construída onde houvesse liberdade de ação política. Só será completa no espaço político em que todos os homens disponham da mesma oportunidade de educação, dos mesmos serviços de saúde, da mesma possibilidade de trabalho e de formação de sua família. 
O capitalismo sempre existiu, a partir do momento – valha o truísmo conhecido – em que surgiram a propriedade privada e as sobras de produção familiar. Temos sociedades capitalistas mais primitivas e mais avançadas. Os defensores do capitalismo o associam ao direito de propriedade e de livre iniciativa. Mas poderemos considerar  perfeita uma sociedade capitalista – e democrática - em que a livre iniciativa é tolhida pelos cartéis e monopólios, montados e conduzidos pelo sistema financeiro que existe acima e além dos Estados nacionais? 
Os Estados nacionais são a organização possível das sociedades políticas. Eles se legitimam na missão essencial e em sua identidade ontológica: existem para servir aos homens e à sua sobrevivência como espécie. Sendo assim, os Estados serão tanto mais perfeitos quanto mais democráticos venham a ser, se a democracia, como a queriam os pensadores antigos, significar a plena isonomia entre os seres humanos, e sua participação igualitária nas decisões da comunidade política. 
A liberdade, portanto, está subordinada às condições objetivas para o seu exercício. Mais uma vez, valha o truísmo: quem tem fome não é livre; quem não domina os instrumentos básicos do saber não é livre; quem é obrigado a vender sua força de trabalho a outro homem tampouco é livre. Na visão de Hannah Arendt, todo assalariado é um escravo em tempo parcial. 
Ora, em uma situação como essa – e é a que nos toca viver – o capitalismo de Estado não pode ser uma maldição e o oposto da democracia. Se o socialismo real tem se frustrado no mundo, e o capitalismo financeiro é isso que estamos vendo,  a solução ideal talvez viesse a ser uma sociedade econômica em que os grandes setores estratégicos de produção e de serviços, sobretudo os que dependem de recursos naturais (que devem ser de propriedade comum, de todo o povo) fossem administrados pelo Estado, em nome da sociedade nacional – e os outros fossem deixados à iniciativa privada. 
As minas, as águas, os recursos energéticos e sua exploração, as telecomunicações, as ferrovias, os transportes aéreos,  a emissão da moeda, as operações bancárias, os seguros, além dos serviços de saúde, da educação e do absolutamente necessário monopólio da violência, a fim de assegurar a segurança dos cidadãos e da comunidade, deveriam ser do Estado. A agricultura e a pecuária (garantido o acesso familiar à terra), a indústria de transformação, os serviços de turismo e de entretenimento, o comércio em geral talvez funcionassem melhor no regime da livre concorrência. 
Enfim, capitalismo de Estado e democracia não são situações antagônicas. Mas não há democracia real – e isso estamos vendo hoje – onde um por cento da população vive no fausto, enquanto o restante mal sobrevive,  algumas poucas famílias do mundo dominam os bancos, e, mediante eles, os Estados e os recursos naturais do planeta.

"A esquerda não está na televisão" Enfrentar o latifúndio midiático

 
Por Terezinha Vicente, no sítio da Ciranda:

João Pedro Stédile colocou o enfrentamento aos meios de comunicação de massa entre os principais desafios que temos na conjuntura atual. O lider do MST falou na Assembléia dos Movimentos Sociais, ao final do FST.
Solicitando um minuto de silêncio pela morte de dois líderes de esquerda no ano passado - Egídio Brunetto, do MST e Paulo Schilling, um dos fundadores do PT - João Pedro Stédile iniciou a sua intervenção na Assembléia dos Movimentos Sociais, tradicional no encerramento de todas as edições do Forum Social.

"Análise de conjuntura deve ser um exercício coletivo", disse Stédile. "Do olhar diferente de cada um é que se pode construir a síntese do que ocorre na complexidade da realidade atual". O economista propos-se então a levantar pontos de introdução para um aprofundamento da atual crise do capitalismo, lembrando que o sistema rejuvenesceu nas crises anteriores, a crise estrutural por maior que seja não conduzirá o capitalismo a sua auto-destruição. "Na última grande crise 20 milhões de imigrantes foram expulsos da Europa".

Entretanto, "a crise global pela primeira vez atinge todos os países", disse o lider do MST. Ressaltando a financeirização do capital e o fato de que 500 empresas transnacionais hoje controlam o mundo, Stédile acredita que a crise será longa e causará muitas transformações na vida dos povos. A utilização do Estado como instrumento de acumulação de capital e salvação dos bancos, enquanto há 200 milhões de operários desempregados no mundo, é outro dado apontado como fundamental para analisar o momento histórico atual.

Na época da segunda guerra, os governos decidiam, hoje existe uma "dicotomia entre o poder econômico e o poder político", continuou. "Hoje os governos se reunem e não representam o capitalismo, os bancos mudam os presidentes, os governos não tem poder político". Para Stédile, a crise é importante para o lado dos que querem superar o capitalismo. Ou iremos à bárbarie ou conseguiremos mudar as estruturas em nossos países, acredita o lider, e para isso devemos enfrentar alguns desafios principais.

Capitalismo e redes de tv

Stédile apontou cinco desafios principais na conjuntura atual. O primeiro é tirar as massas da apatia, superando o medo dos trabalhadores e inserindo parcelas da juventude que protesta, mas que estão deslocadas do mundo da produção. "Defendemos um projeto que supere o capitalismo", segundo desafio. "Como explicar para as massas e construir um caminho até o socialismo?", questionou.

Para o lider, faz parte desta resposta o enfrentamento aos meios de comunicação de massa. "A burguesia no mundo controla as massas pela televisão, a esquerda não está na televisão". Este terceiro desafio é fundamental, diz ele. "Fazer a disputa ideológica, enfrentar os meios de comunicação de massa". Indo além das lutas locais, "importantes para resolver problemas imediatos", Stédile acredita que a "a conjuntura nos exige que consigamos construir lutas comuns, de massa, contra os mesmos inimigos: capitalistas e as redes de tv!"

Devemos ser mais criativos nas formas de organização e de luta para envolver as massas, afirma. Ele destacou a data de 5 de junho como dia de ação global, onde devemos buscar realizar grandes mobilizações de massa em defesa dos recursos naturais da terra. Concluindo com um chamado à unidade dos movimentos sociais, disse esperar que refletíssemos sobre a questão: "O que podemos fazer juntos daqui para a frente?"

Dilma em Cuba denuncia Guantánamo


Na primeira visita oficial a Cuba, presidenta DIlma Rousseff se reúne com o presidente Raúl Castro. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Saiu no Blog do Planalto:

Presidenta Dilma defende parceria estratégica e duradoura entre Brasil e Cuba

Na primeira visita oficial a Cuba, a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (31) uma parceria “estratégica e duradoura” para acelerar o desenvolvimento cubano. Em entrevista coletiva após visita ao Memorial de José Martí, na Praça da Revolução, a presidenta citou os investimentos brasileiros no Porto de Mariel e o financiamento da produção por meio do programa Mais Alimentos.

“A grande ajuda que o Brasil vai dar a Cuba é contribuir para que esse processo, que é um processo que eu não considero que leve a grande coisa, leva mais à pobreza e a problemas sério para as populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, a questão do impedimento do comércio. Eu acredito que o grande compromisso, a grande contribuição que nós podemos dar aqui em Cuba é ajudar a desenvolver todo o processo econômico”, disse a presidenta.


Além da cooperação econômica, a presidenta Dilma falou ainda sobre direitos humanos, tema que, segundo ela, deve ser discutido dentro de uma “perspectiva multilateral”.

“Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo tem de se responsabilizar, inclusive o nosso. Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nossos. Então, eu concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral. Acho que esse é um compromisso de todos os povos civilizados. Há, necessariamente, muitos aspectos a serem considerados. De fato, é algo que nós temos de melhorar no mundo, de uma maneira geral. Nós não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também.”



É claro que o Ali Kamel e seus fieis seguidores pretendem colocar a faca no pescoço de Fidel.
Cuba não respeita os Direitos Humanos.
Geraldo Alckmin também não.
A Justiça de Pinheirinho também não.
E muito menos em Guantánamo, onde os Direitos Humanos são tão respeitados quanto nas cadeias de São Paulo.
É como a bomba atômica.
O Irã não pode ter.
Mas os Estados Unidos e Israel podem.
Paulo Henrique Amorim

Ophir do movimento “Cansei” é acusado de uso indevido de cartão corporativo

 
O juiz Bruno César Bandeira Apolinário, da 3ª Vara da Justiça Federal, decidiu que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre acusações de uso indevido de cartão corporativo e despesas sem comprovação nos valores de até R$ 230 mil do presidente da entidade, Ophir Cavalcante.Ophir é também daquelas fontes que a  imprensa usa quando quer derrubar ministros ou  quando  quer aparecer na mídia  tentando se mostrar  indignado  contra a corrupção

Em 2011, Uma reportagem  da Folha de São Paulo, revelou que o presidente da OAB, vem recebendo um salário de R$ 20 mil mensais sem trabalhar. É sua licença remunerada, como procurador do Pará. Leia mais aqui no nosso blog

CUBA, MÍDIA E HIPOCRISIA

Quem paga a conta? Desde a eclosão da crise, em 2008, o endividamento privado nas 10 maiores economias do mundo recuou 2%; a dívida pública, em contrapartida, cresceu 26% --basicamente para salvar bancos e corporações que originaram a crise (McKinsey Global Institute (MGI); citado por J.P.Kupfer, Estadão,31-01) 
A  Folha desta 3ªfeira dedica meia página da Ilustrada a entrevista com ilustre escritora cubana desconhecida. Sem piscar, nem engasgar, lá pelas tantas, Zoé Valdés, que vive em Paris, afirma que o regime de Fulgência Batista era mil anos luz melhor que o de Fidel Castro. Passemos. Na 'totalitária' Cuba uma Comissão de Direitos Humanos convocou ontem uma coletiva de imprensa internacional, livremente realizada (será que na sempre poupada Arábia Saudita isso seria possível?). Colocou à disposição dos jornalistas a viúva de um suposto dissidente morto após greve de fome. O  motivo original da prisão, reconhecido pela viúva, não foi político, mas uma briga de casal, que levou  sua mãe a pedir socorro aos vizinhos e estes à polícia. Nota da União Patriótica Cubana, de oposição, admite que o  'estreitamento de laços' do suposto dissidente com a UPC só teria ocorrido após a prisão. No mínimo nebuloso, este é o caso em torno do qual a mídia demotucana tentou transformar a visita oficial da Presidenta Dilma a Havana num constrangimento diplomático. O jornal O Globo, como se sabe um veículo de impecável tradição democrática, reclama, também na edição desta 3ª feira, que a entrevista coletiva da viúva teve a  participação da imprensa oficial cubana, cujas perguntas provocaram, digamos assim, ruídos na narrativa conservadora do caso. Carta Maior defende a democracia em todas as latitudes e considera incompatível o socialismo sem soberania popular, mas não compactua com a hipocrisia midiática que subestima a inteligência do leitor e menospreza a História.

Paulo Maldos: “Você volta e manda sua presidenta falar comigo”



Depoimento parcial de Paulo Maldos, secretário nacional de Articulação Social, durante audiência pública na Câmara Municipal de São José dos Campos sobre a desocupação violenta do Pinheirinho
Transcrição publicada no blog Partido da Imprensa Golpista, sugerido pelo professor3f
Boa noite. Eu queria esclarecer que a minha presença naquela manhã se deu devido a um acordo da Presidência da República porque entendemos que haveria um tempo de 15 dias de estudar uma solução.
Como havia este tempo, a partir daquele final de semana iríamos trabalhar já a partir daquele momento. Trabalhavamos junto ao prefeito, ao governador. Eu fiquei incumbido de falar com a comunidade. Procurar as alternativas. Construir casas. Procurar terrenos. Solucionar. Eu vim numa missão de escuta. Tinha marcado nove da manhã, ainda por celular soube que havia um cerco na comunidade.
Não quis acreditar por conta do pacto. Eu não entendi como poderia estar cercado militarmente aquela comunidade. Eu cheguei e me deparei com uma situação bastante crítica. Um cerco militar com escudos escrito choque.
Eu quis acessar o comando. Me dirigi até o grupo de soldados, quando cheguei até uns oito metros. E fui advertido que parasse e vi armas em minha direção.
Dei a volta e fiquei a uns vinte metros de distância. E conversando com a população, de repente sem mais nem menos, eu senti um ferimento, eu recebi uma bala na perna esquerda. Procurei me esconder. Esta tropa veio atacando a população.
Eu fiquei por nove horas no bairro. Sofremos ondas de ataque. Haviam cercado o Pinheirinho. Pude perceber ataques cada vez mais prolongados. Jogando bombas. Notícias de senhoras sendo espancadas. Por volta de onze da manhã, tentei acessar o comando da operação.
Voltei fiquei falando com os jornalistas. Fomos chamados por um grupo de oficiais. Eu tentei ir junto, mas fui barrado. Apresentei meu cartão da Presidência da República. Com brasão. Secretaria Nacional. Ele leu e falou que eu não entrava. Ele falou você : você volta e manda sua presidenta falar comigo (murmuros).
Leia também:
“Parecendo um porco para abater amanhã”

Governador tucano com medo do povo cria 'gabinete antiprotesto'

Protestar é um direito legitimo do cidadão? Para o PSDB não!. É comum a A Polícia Militar de São Paulo reprimir manifestaçãoes com o uso de gás pimenta, cassetetes, bala de borracha, bomba de efeito moral....

O governador paulista, que na frente das cameras de TVs, gosta de passar imagem de bom moço,não quer a polícia distribuindo cassetada quando ele estiver presente em eventos, arrumou um jeito de não ver e não saber de nada....

Na Folha: Palácio dos Bandeirantes monitora manifestações organizadas nas redes sociais e muda agenda do governador

Em seis dias, tucano deixou de ir a dois eventos; assessoria nega que protestos pautem atos do governo

O Palácio dos Bandeirantes passou a monitorar manifestações organizadas nas redes sociais para evitar que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) seja alvo de protestos em agendas públicas.

Nos últimos seis dias, Alckmin não foi a dois eventos em que sua participação estava prevista. Ambos foram marcados por atos contra o governo, detectados antes pelas cúpulas da Casa Civil e da Comunicação do Palácio.

O primeiro furo na agenda oficial foi na última quarta-feira, quando o governador deixou de participar de missa na catedral da Sé pelo aniversário de São Paulo.

A decisão foi tomada na noite que antecedeu o evento, após reunião com os secretários da Casa Civil e da Comunicação.

A missa ficou marcada pelas imagens do prefeito Gilberto Kassab sendo atingido por ovos atirados por pessoas que protestavam contra a desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Ciente da manifestação, Alckmin perguntou ao vice, Guilherme Afif Domingos, se poderia representá-lo.

O mesmo aconteceu no último sábado, quando o governador faltou à inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Também houve protesto na saída do evento, mas dessa vez, além de ovos, os manifestantes levaram sacos com chuchus para arremessar contra as autoridades.Os vegetais eram referência a apelido dado ao governador

As manifestações, organizadas com auxílio de militantes de partidos que fazem oposição ao governador, são monitoradas pela subsecretaria de Comunicação e por um assessor de Alckmin.Como contraponto, os aliados organizam duas grandes agendas externas, esta semana, fora da capital.

PSDB precisa não gosta de povo....

Ptotestar não vandalismo, nem terrorismo, como classificou o governador tucano Geraldo Alckmin. É uma ação legitimamente lícita em qualquer Estado Democrático, doa a quem doer.Quanto aos ovos e tomates, fazem parte do circo que a administração publica montou nesses últimos anos em São Paulo.Interessante notar que quando acontece protestos em outros países a gente ouve do pessoal da direita: "tá vendo, lá sim, são mobilizados". Mas quando acontece aqui... realmente é a herança maldita deixada pela ditadura, afinal somos "pacíficos" e quem vai contra a "ordem" é subversivo....

OS PORCOS ESTÃO À DENTADAS.FHC detona Cerra. Nem ele aguenta mais !


Saiu no Blog do Nassif:

FHC perde a paciência: “Minha cota de Serra já deu”

“A minha cota de Serra deu. Ele foi duas vezes meu ministro, duas vezes candidato a presidente, candidato a governador e a prefeito. Chega, não tenho mais paciência com ele”. O desabafo do ex-presidene Fernando Henrique, segundo o jornal Correio Braziliense de ontem, foi feito a pelo menos dois interlocutores, semanas antes da famosa entrevista à revista The Economist, na qual aponta Aécio Neves como candidato natural do PSDB à campanha presidencial de 2014. Serra é pressionado pelos tucanos para ser candidato do partido à prefeitura da São Paulo, mas recusa terminantemente, com a obsessão de enfrentar Dilma novamente em 2014. Fora Serra, o PSDB não tem um nome ‘decisivo’ para disputar e vencer em S.Paulo.

Visão estreita – O que impacienta o PSDB não é apenas o fato de o comando do partido em São Paulo estar concentrado apenas em duas mãos. Irrita profundamente os filiados a constatação de que nem Alckmin nem Serra podem ser considerados lideranças empolgantes. O primeiro é visto como um governador provinciano e caipira. Faz questão de ligar pessoalmente para prefeitos e discutir convênios firmados pelo governo estadual. “Ele não saiu de Pindamonhangaba ainda (terra onde começou a carreira política). Quando foi deputado federal, parecia um vereador”, provocou um aliado de José Serra.

Clique aqui para ler “Cerra chama FHC de gagá !”

Como sempre disse este ansioso blogueiro, não fosse o PiG (*), os tucanos de São Paulo não passavam de Pinheirinho.
O que dirá a Catanhêde, que considerava o Cerra “o mais consistente” ?
Mas, ela não põe o FHC no céu ?
Só que esse bate-boca, amigo navegante, tem outra origem: a Privataria Tucana.
O Cerra, para matar o Aécio, expôs a roubalheira presidida pelo Fernando Henrique.
FHC não perdoa o Cerra por macular sua biografia (já de si, cinzenta com o Apagão).
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O pré-sal é nosso ! A maior obra de Gabrielli




No programa Entrevista Record que vai ao ar nesta segunda feira, na RecordNews, às 22h15, depois do programa do Heródoto Barbeiro, o ansioso blogueiro procurou fazer uma espécie de balanço da gestão de Sergio Gabrielli, o mais longevo presidente da Petrobrás.

Dia 13 de fevereiro, ele passa o cargo a Graça Foster e vai ser Secretário do Governo Jacques Wagner, na Bahia.

O mote da entrevista foi uma frase de Gabrielli na Carta Capital desta semana, na pág. 18 – “A senhora do pré-sal”, sobre Graça Foster.

Disse Gabrielli:

A Petrobrás “era uma empresa fragmentada, pulverizada, que estava sendo preparada para ser vendida aos pedaços e fizemos um grande esforço no sentido contrário, de fortalecer a empresa.”

Clique aqui para ler o Mino Carta, quando diz que “O PiG (*) até hoje não consegue engolir a Petrobrás”

A primeira tarefa, diz Gabrielli, foi produzir mais petroleo, aumentar o patrimonio da empresa.

A descoberta do pré-sal se encaixa nessa estratégia.

Depois, combater a fragmentação pré-liquidação e integrar o refino, a produção, a logística.

Fazer com que as partes que os tucanos iam vender, aos pedaços, se comportassem como uma empresa só.

E abrir novos espaços de atuação: no gás e no bio-combstível.

Dar músculo à empresa para evitar que, frágil, pudesse ser passada nos cobres (como a Vale – PHA. Clique aqui para ver o video em que FHC diz que foi Cerra que mandou torrar a Vale).

(Convém lembrar que o WikiLeaks flagrou o Padim Pade Cerra a prometer à Chevron entregar o pré-sal )

Até 2015, Graça Foster vai investir US$ 224 bilhões, dos quais US$ 127 bilhões no pré-sal.

Desses US$ 224 bilhões, 95% serão produzidos no Brasil e 65% por empresas que têm sede no Brasil.

Ou seja, US$ 120 bilhões por empresas que tem sede aqui, com trabalhadores, engenheiros brasileiros.

Outra preocupação de Gabrielli foi investir na renovação do pessoal da empresa.

Hoje, mais de 52% dos funcionários da Petrobrás têm menos de 10 anos de casa.

O ansioso blogueiro observou que preservar o pré-sal para os brasileiros pode ter sido um dos principais legados do Presidente Lula, e, portanto, da gestão Gabrielli.

Como foi o processo de decisão que levou a isso ?

Gabrielli conta que, quando a Petrobrás descobriu aquele conjunto gigantesco no pré-sal, ele ponderou ao Presidente Lula que não fazia mais sentido manter o sistema de exploração que prevaleceu no governo Cerra/FHC.

Como a margem de risco da empresa exploradora do petróleo era muito alta, o Governo Cerra/FHC recebia um percentual da descoberta, e a exploradora levava a parte do leão para casa.

(Era o regime de ”concessão”, que, como se percebe, vem de “conceder”…)

Gabrileli explica que, no modelo/Lula – de “partilha”-, a União compartilha da descoberta e fica com parte dos lucros.

Além disso, a Petrobrás tem que explorar, no minimo, 30% de cada área descoberta no pré-sal.

As concorrentes disputarão os 70%.

Junto, foi criado um Fundo Social, para dirigir os lucros do pré-sal para a educação, a saúde e a inovação tecnológica.

E uma empresa já aprovada e ainda não estabelecida, a Petroleo Pré-Sal, que vai supervisionar o trabalha da Petrobrás.

Só falta o Congresso aprovar a distribuição dos royalties entre os Estados, mas isso não afeta a integridade do conceito do Governo do Nunca Dantes: o pré-sal é nosso !

Gabrielli lembrou que, para explorar o pré-sal, a Petrobrás precisou captar dinheiro no mercado financeiro internacional.

E levantou US$ 72 bilhões num dia !

Foi o maior lançamento da História do Capitalismo !

(A Urubóloga teve um troço !)

Sobre o renascimento da indústria da construção naval – uma obra da Petrobrás – ele lembou que, em 2002 (no Governo sombrio de Cerra/FHC), ela empregava dois mil brasileiros.

Hoje, emprega 60 mil !

Que horror !

Por que o PiG é sistematicamente contra a Petrobrás ?, o ansioso blogueiro perguntou.

Ah, isso é a rotina.

Depois de algum tempo, você se acostuma a uma crítica por dia.

Do que o PiG (leia-se Urubologa) não gosta ?

O PiG não gosta:

De a Petrobrás ser a principal operadora;

Do regime de partilha – prefere conceder;

Da operação de capitalização, os US$ 72 bi;

Não gosta de a União controlar a empresa;

Acha que a Petrobrás é formada por um bando de incompetentes (“bando” é deste ansioso blogueiro).

O ansioso blogueiro perguntou se devia comprar ações da Petrobrás.

Gabrielli respondeu:

A Petrobrás, com o pré-sal (ah, como a Chevron deve suspirar !) tem 30 bilhões de barris de reservas comprovadas.

Como o valor da companhia é de US$ 160 bi, isso significa que um barril de reserva comprovada sai a US$ 5.

O preço do barril de petroleo varia em torno dos US$ 100.

Uma barganha, disse ele !

(Este post e a entrevista são uma singela homanagem ao Davizinho, ao “especialista” Adriano Pires, à Urubóloga e a todos os Urubólogos, desde Roberto Campos, que queriam e querem entregar a Petrobrás às Chevron da vida.)

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.