Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Paulo Ventura é o Protógenes da CPI. Coitado do Cerra !




 
Protógenes e Ventura: Cerra perde na ida e na volta

Paulo Ventura é o presidente da República de “O Brado Retumbante”, a mini-série da Globo que vai ao ar depois do edredom do Big Brothel Brasil.

No primeiro momento, a semelhança física do ator principal com Aécio Never deu a impressão de que se tratava de um merchandising para que os tucanos tenham, ao menos, um projeto de candidatura em 2014.

O desenrolar da história levou amigo navegante a telefonar para fazer outra analogia.

Protógenes e Ventura são deputados federais.

Protógenes e Ventura têm filhos problemáticos.

Protógenes é quem fala em “banqueiro bandido”, para se referir a beneficiário de dois HCs do tipo “Canguru” (em 48 horas) do ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).

Paulo Ventura fala em “banqueiro bandido”.

Protógenes casou várias vezes.

Ventura também.

Protógenes sofreu um atentado.

Ventura também.

Protógenes fez a PL-21 para endurecer as penas contra “banqueiros bandidos” e criminosos do colarinho branco de maneira geral.

Ventura fez uma Lei de Responsabilidade.

A Lei da responsabilidade do Ventura copia artigos inteiros da PL-21 do Protógenes.

Logo, conclui-se que o Ventura vai mandar instalar a CPI da Privataria Tucana agora em fevereiro.

Um “banqueiro bandido” já foi devidamente retratado numa recente novela da Globo, “Insensato Coração”.

Quanto ao Padim Pade Cerra, ele perde na entrada e na saída.

Se o Paulo Ventura se parece com o Aécio, ele perde.

Se o Paulo Ventura se parece com o ínclito delegado Protógenes Queiroz, o deputado que vai instalar a CPI da Privataria Tucana, também perde.

Como diz o Amaury, sofisticada não era a engenharia financeira da Privataria Tucana.

Clique aqui para ler “Nassif desmonta um neolibelê (**)”.

Sofisticada era a blindagem do PiG (***) à Privataria !

Era !

Oh, destino ingrato !


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Nassif desmonta um neolibelê

André Lara Rezende, o demiurgo de uma nota só


Em algum momento de 1995 escrevi algumas colunas na Folha dizendo que havia algo de errado na economia. Não era possível um modelo em que uma pequena distribuidora, com R$ 14 milhões de capital, registrasse um lucro de R$ 140 milhões (a parte registrada), enquanto um atacadista com R$ 1 bilhão de faturamento tinha lucro de apenas R$ 10 mi.


André Lara (um dos sócios da distribuidora), primeiro, tentou dar uma carteirada acadêmica, em um artigo na Folha em que falava sobre “palpiteiros”. Depois, recuou e marcou um almoço.


Lá, questionei o absurdo de especialistas exclusivos em inflação inercial serem tratados como demiurgos. Sua resposta foi franca: “Eu entendo de inflação inercial. É a imprensa que cria as lendas”.


André foi um dos principais responsáveis por abortar o projeto de privatização com fundos sociais – que garantiria um capitalismo popular no país, e a distribuição equitativa dos benefícios da privatização com os chamados fundos sociais. Já era um jogo de cartas marcadas.


A fórmula de remonetização que adotou para o Real visou exclusivamente enriquecer grupos aliados no mercado futuro de câmbio. Explico detalhadamente isso em “Os Cabeças de Planilha” (*).


Agora, tem-se uma nova realidade, com o fim do ciclo financista – do qual ele foi um dos expoentes no país, à custa da perda da grande oportunidade de desenvolvimento trazida pelo Real. E o demiurgo reaparece trazendo não-soluções. (Nassif se refere a artigo que André escreveu nesta sexta-feira no Valor: http://www.valor.com.br/cultura/2491926/os-novos-limites-do-possivel – PHA)


Tal qual Pérsio, tem bons diagnósticos sobre a crise e uma incrível incapacidade de enxergar caminhos novos. Confunde sua impotência intelectual de prospectar o novo – sem nenhum demérito, porque o mundo está atrás dessa pedra filosofal – com a incapacidade do mundo de atender às demandas de seus habitantes. Sua máxima parece ser: “Se não encontro uma solução é porque a solução não existe”.


Passa ao largo de um conjunto fundamental de desafios e possibilidades – como extirpar a miséria absoluta, como levar a civilização à maioria da população do planeta, quais as tecnologias disponíveis para melhorar a produtividade, a produção de alimentos, quais os caminhos para a exploração das riquezas no fundo do mar, a era da economia verde – e limita-se a decretar que, dado o esgotamento da capacidade do planeta, nada mais resta do que rezar. O correto seria: dada a incapacidade de visualizar cenários novos, nada mais a pensar.


Esse neo-malthusianismo, essa visão atrasada do Clube de Roma não é uma solução. Com a carteirada das citações bibliográficas, André não consegue ir além de UM problema. E não trazer nenhuma solução.


Sua única solução será os Bancos Centrais remonetizarem as dívidas e trazerem de volta a inflação. Aí, André terá o que dizer novamente. Por enquanto ele comete esse notável feito econômico de rebater Keynes… com Malthus.


(*) No excelente “Cabeças de Planilha”, Nassif demonstra que o lançamento do Plano Real foi montado de tal forma que a fixação do valor do Real em relação dólar beneficiou, diretamente, operadores das finanças,.  André, que estava com a boca na botija, pode ter sido um deles.. O ansioso blogueiro encaminhou essa grave denuncia do Nassif (no livro, FHC, como sempre, disse que nunca soube de nada) ao Ministério Público Federal, para esmiuçar a relação Real x Dolar e a subita fortuna de jenios brasileiros das finanças. Não deu em nada. E o brindeiro Gurgel ainda não estava lá. PHA

STF x Calmon: quem é a “turba”? Esse (Collor de) Melo …




Segundo o Houaiss, “turba” significa:

1. grande número de pessoas, esp. quando reunidas; multidão, turbamulta, turbilhão

Exs.: a t. dos poetas medíocres

a t. das grandes cidades, ávida de eventos gratuitos


2. multidão em movimento ou desordem, potencialmente violenta; turbamulta, turbilhão

Ex.: a t. das ruas durante a Queda da Bastilha


3. o conjunto dos grupos menos favorecidos de uma comunidade; o vulgo, o populacho

Ex.: é difícil fazer-se ouvir pelos doutos, quanto mais pela t.


4. Derivação: por extensão de sentido.

multidão de animais, esp. em desordem ou aparente desordem

Ex.: as t. de gnus durante as secas na África


5. coro de vozes


- nos três primeiros sentidos, esta palavra é freq. de emprego pejorativo



Amigo navegante telefona para chamar a atenção de entrevista (por telefone – só no Brasil Ministro do Supremo dá entrevista por telefone !) do Ministro Marco Aurélio (Collor de) Melo ao jonal Brasil Economico desta quinta-feira, na pág. 6.
É uma peça de antologia.
A começar pelo estilo pedante e incompreensível (até por telefone):
“A atuação da Ministra Eliana na administração do CNJ tem discrepância (sic) na potencialização (sic) do objetivo de investigar e punir, em detrimento ao (sic) prejuízo do meio jurídico para atingir tal fim (sic).”
Entendeu, amigo navegnate ?
Trata-se de um jenio !
Pobre Vieira !
Camões, onde estás ?
Mas, isso é pouco.
A seguir, o Ministro (Collor de) Melo, que tenta sepultar o CNJ com a mesma potencialização com que deu fuga ao banqueiro Cacciola, no passado, trata de uma tentativa de (de quem é a infeliz ideia ?) se criar uma “pauta positiva para o Supremo”.
Aí, diz ele, com inesperada potencialização:
“Dessa ‘pauta positiva’ não participo. O STF nunca atuou junto à turba, sob pressões”.
Até aí, a História o desmente.
Na votação do “mensalão” – que ainda está por provar-se, lembra o Mino Carta -, por exemplo, um Ministro votou com a faca no pescoço. Quem botou a faca ali ?
A “turba”.
Agora, amigo navegante, quem é a turba ?
O amigo navegante se inclui na turba ?
A opinião pública é a turba ?
O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*), uma vez se referiu ao Zé Mané do botequim.
Que ele também não estava ali para votar de acordo com a turba.
É por isso que este ansioso blogueiro morre de inveja da Argentina.
A Cristina fez a Ley de Medios.
O marido dela, o Néstor, botou os militares torturadores na cadeia.
E demitiu os ministros do Supremo nomeados pelo Menem (uma cruza de Collor com Fernando Henrique, o “inventor” do Gilmar Dantas (*)).
Ah, que inveja !




Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

Protesto anti-Globo cobra novo marco da mídia, que Dilma segura



Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já recebeu da equipe proposta de consulta pública sobre novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV, mas projeto não anda por falta de priorização da própria presidenta Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira (20), militantes da democratização da mídia vão cobrar nova lei durante protesto contra Globo pelo 'caso BBB'.

BRASÍLIA – Mesmo sem comprovação de que de fato tenha havido estupro, a polêmica levantada pelo programa Big Brother Brasil (BBB) serviu até agora para reacender, em setores da sociedade, um sentimento anti-Globo e o debate sobre a necessidade ou não de um novo marco regulatório para TVs e rádios, regidas hoje por uma legislação que, em agosto, vai completar 50 anos.

Nesta sexta-feira (20), entidades que lutam pela democratização da comunicação no país vão promover um protesto contra a Globo, em frente a sede dela em São Paulo, a partir das 12 horas. Além de criticar a conduta da emissora, a manifestação vai cobrar do ministério das Comunicações que tire da gaveta e discuta publicamente a proposta de regras mais atuais na radiodifusão.

A proposta de um novo marco regulatório começou a ser elaborada na reta final do governo Lula, depois que, em dezembro de 2009, houve a I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Conduzido na época pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o trabalho resultou em uma proposta que, no governo Dilma Rousseff, foi encaminhada ao ministério das Comunicações.

Em 2011, o ministério decidiu refazer o trabalho, com o objetivo de ampliar seu escopo – em vez de englobar apenas a radiodifusão e o Código Brasileiro de Telecomunicações, o plano foi avançar até a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que em 2012 completa 15 anos.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernando, pretende colocar o novo regulatório em consulta pública, antes de fechá-lo para envio ao Congresso. Ele recebeu uma proposta de marco e consulta pública no fim de 2011. Segundo Carta Maior apurou, o texto ainda não andou por falta de vontade política da presidenta Dilma Rousseff. Ela não cobra o projeto de Bernardo e, ao menos por ora, não o considera uma prioridade.

Na convocação do ato contra a Globo, a Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação (Frentex), o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e Rede Mulher e Mídia afirmam, porém, que há necessidade de aprovação de “um novo marco regulatório do setor com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos”.

No cenário vislumbrado pelos defensores do novo marco, o país teria uma agência de regulação de conteúdo de rádio e TV com poderes para, de forma mais ágil, julgar casos como o do BBB, em que se suspeitou de sexo não consentido – em depoimento à polícia, porém, a vítima não apresentou queixa e disse que, ao menos enquanto esteve acordada, concordou com o que acontecia.

Independentemente disso, no entanto, o grupo que vai protestar contra a Globo pois considera a emissora culpada por não contar à suposta vítima que ela poderia ter sido estuprada, por prejudicar as investigações da polícia e por, via BBB, enviar ao país uma mensagem de permissividade feminina. Além de responsabilizar a emissora, pressiona para que os patrocinadores do BBB parem de anunciar, sob pena de boicote do público.

Nesta quinta-feira (19), o grupo que organiza o protesto, formado por diversas entidades de defesa dos direitos da mulher, entrou com uma denúncua no Ministério Público Federal em São Paulo cobrando a responsabilização da Globo e um direito de resposta coletivo em nome das mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados.

Em nota, o Ministério Público informou que vai investigar o caso do ponto de vista dos direitos da mulher. “O objetivo do procedimento é que a Rede Globo, emissora de alcance nacional, não contribua para o processo de estigmatização da mulher, mas para a promoção do respeito à mulher e a desconstrução de ideias que estabelecem papéis estereotipados para o homem e a mulher”, afirma o MP.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados encaminhou ao diretor do BBB, Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, pedido de informações sobre providências tomadas. Segundo o ofício assinado pela presidente da Comissão, Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), o colegiado quer ter informações suficientes para “formar opinião qualificada sobre episódio que possa, ou não, se caracterizar como violação da dignidade humana num veículo com ampla influência na formação da população brasileira”.



BRASILEIRO É IGUAL A MULHER DE MALADRO....

Esse Barack Obama é tão bonzinho…

Notícias / Consumo – 21/12/2011
Brasileiros lideram gastos em Nova York e Flórida
Este ano, os brasileiros vão gastar 60% mais do que no ano passado
Por Época NEGÓCIOS Online, sugerido pelo Igor Felippe [para explicar a decisão de Barack Obama de facilitar a concessão de vistos a brasileiros]
Os turistas brasileiros ultrapassaram britânicos, alemães e franceses como os que mais gastam em viagem aos Estados Unidos. Na Flórida, os brasileiros jogaram os britânicos para segundo lugar, gastando mais do que o dobro em compras. E em Nova York, mesmo em número muito inferior a canadenses e italianos, por exemplo, os brasileiros se destacam pela voracidade de consumo, ficando acima de todos os outros em gastos de viagem. Com isso, as secretarias de turismo estão pedindo ao Congresso para diminuir a burocracia e até abolir a obrigatoriedade de vistos para o Brasil.
No ranking geral, os 1,2 milhão brasileiros que foram para os EUA em 2010 chegaram a terceira posição na lista de turistas que mais gastaram por lá, atrás de britânicos e japoneses, de acordo com o Departamento de Comércio americano. Porém, com o agravamento da crise na Europa e a catástrofe do terremoto e do tsunami no Japão, o ano pode fechar com os brasileiros em primeiro lugar. Considerando somente as compras feitas em Nova York e Flórida, já somos o número 1 da lista.
Segundo dados da secretaria de turismo de Nova York, 700 mil brasileiros devem visitar a cidade até o final deste ano. No ano passado, esses turistas gastaram um total de US$ 1,63 bilhão em Nova York, acima dos US$ 1,42 bilhão gastos por visitantes do Reino Unido ou US$ 1,27 bilhão dos canadenses e US$ 1,1 bilhão dos italianos.
Na Flórida, o movimento é similar. Os brasileiros deixaram US$ 1 bilhão no primeiro semestre do ano, um aumento de 61% sobre o mesmo período do ano passado e mais do que o dobro dos britânicos, que aparecem em segundo lugar no ranking. Entre 2003 e 2010, o brasileiro passou de 7º turista que mais gasta no país para 3º colocado, ultrapassando alemães, franceses, sul-coreanos e australianos. Foi um crescimento de 250%.
“Os turistas brasileiros agora estão no topo da lista dos varejistas. E se não estão, eles são o sonho de consumo deles”, disse Fred Dixon, vice-presidente do departamento de Turismo de Nova York, ao jornal “Wall Street Journal”. A organização está fazendo pressão junto ao Congresso para tornar mais simples e mais rápido o processo de visto para brasileiros, talvez até mesmo abolir os vistos, na expectativa que mais brasileiros decidam ir aos Estados Unidos – e deixar por lá muitos reais.
Mesmo com o aumento do câmbio, os brasileiros devem gastar 60% mais em compras no exterior do que no ano passado, estabelecendo um novo recorde. Cada brasileiro que vai aos Estados Unidos gasta, em média, US$ 5.918 – bem acima dos US$ 4.925 que eram gastos em 2010. Esse movimento se traduz também nas embaixadas que concedem visto para os Estados Unidos. O consulado de São Paulo é o que concentra o maior volume de pedidos em todo o mundo.
O Brasil não é o único país emergente que vem ajudando a movimentar a economia americana. O número de visitantes chineses quadruplicou desde 2003 para mais de 800 mil. E estudos já apontam que os chineses estão gastando mais do que muitos europeus. Resta saber quanto tempo vai demorar para que ultrapassem o entusiasmo dos brasileiros.
Leia também:
Gabriel Palma: Na superfície, situação econômica do Brasil é fantástica

Paulo Kliass: Brasil, importador de café moído

Baixaria na TV há em toda parte, mas no Brasil fica impune

Do último domingo (16/01) para cá, vêm crescendo as reações à baixaria deste ano no Big Brother. Desta vez é uma suspeita de “estupro de vulnerável”, uma hipótese que, segundo a mãe do “brother” acusado, foi lançada na internet pela mãe da “sister” supostamente abusada ao ver sua filha naquelas condições em rede nacional.
A reação começou no mesmo domingo com providência da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, que, “a pedido de cidadãs”, oficiou ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para que investigasse o caso. Em seguida, foi a vez do Ministério Público Federal de São Paulo abrir procedimento para apurar “violação aos direitos da mulher”.
Na segunda-feira, a “sister” supostamente abusada diz, em depoimento à polícia civil, que não foi bem assim e que a bolinação entre o casal rolou consensualmente sob o edredon midiático, descartando a hipótese levantada por sua mãe, a qual fora prontamente acolhida pela sociedade devido ao que encerraria de hediondo caso fosse verdadeira.
Só a partir dali é que as providências tomaram o rumo correto. O MPF-SP anunciou que também irá investigar se a safadeza “subedredônica” constituiu violação dos princípios constitucionais da comunicação social, agressão à criança e ao adolescente – até porque, a classificação indicativa do programa é para 14 anos em vez de 18 – e, por fim, afronta à imagem da mulher, a verdadeira estuprada nesse caso.
Essas providências quase me fizeram ter que engolir o fecho de crônica que escrevi no mesmo domingo em que os fatos vieram à tona, no qual lamentei a impotência da sociedade diante da agressão que a emissora carioca praticara contra si. Disse eu: “Como não há regulamentação da mídia no Brasil, não há a quem reclamar”.
Então, ó crédulo leitor, você dirá que todas essas providências de autoridades me desmentem, certo? Penso que não. Providências têm que gerar efeitos. Do contrário, estimulam a reincidência.
Os efeitos cabíveis que os reiterados abusos da Globo e de outras emissoras – que levam ao ar esse e outros programas que afrontam a cidadania – deveriam gerar seriam multa, suspensão da programação e até cassação da concessão da emissora. Do contrário, não adianta nada o Ministério Público e instâncias do Poder Executivo abrirem procedimentos investigativos.
Eis, aí, o problema. As estripulias da Globo e congêneres não geram nada disso. Os procedimentos abertos em anos anteriores jamais produziram nada.
Em 2011, o Ministério Público Federal recomendou à Globo medidas para “evitar a veiculação de práticas de violação aos direitos humanos, como homofobia, preconceito e racismo”. O órgão tomou aquela decisão após receber mais de 400 reclamações de telespectadores que citavam o baixo nível do apelo sexual do programa.
De nada adiantou. Em uma das festas dos “brothers” que a emissora levou ao ar no ano passado, um rapaz e duas moças protagonizaram uma cena que beirou o sexo grupal, o que fez o MP se manifestar pedindo comedimento quando deveria ter tomado providências mais efetivas já que nos anos anteriores já avisara a emissora sobre tais excessos.
Em 2010, entre as 400 denúncias de abusos do BBB que não produziram qualquer efeito, um caso bizarro. O Ministério Público de São Paulo teve que pedir à Justiça que a Rede Globo orientasse seu público sobre as formas de contágio do vírus HIV após comentário de um dos “brothers” de que “Heterossexuais não contraem Aids”.
Além de as centenas de denúncias de telespectadores naquele ano não terem acarretado conseqüência nenhuma para a Globo, mesmo essa absurda desinformação tendo sido retificada (mas só após pedido do MP à Justiça) não houve penalização da reincidente infratora.
Em 2009, além das cenas de sexo e outras que agridem igualmente a sociedade – ainda que boa parte dela não saiba disso –, o mesmo Ministério Público recebeu denúncias pedindo investigação sobre tortura após três participantes terem sido confinados por longo período em um cômodo sem janelas, com paredes acolchoadas e a luz sempre acesa.
Os casos de tortura consentida pelo torturado são muitos. Esse, em particular, foi no sentido de que, após 18 horas de confinamento, um dos confinados pediu para sair durante um surto psicótico que sofreu. Também daquela vez, cópias das imagens foram requisitadas pelo MP.
Se fosse retrocedendo até edições ainda mais antigas, o material reunido daria um livro.
O que esses casos todos têm em comum? A impunidade dos infratores, claro. Ou seja: não deram em nada. Nem multa, nem suspensão da programação. Nada. Um grande estímulo a que a cada edição do programa os abusos só façam piorar, como de fato aconteceu neste ano.
E nem podemos culpar o Ministério Público, a Secretaria de Políticas para Mulheres ou o Judiciário, onde todas as iniciativas sempre fracassam. Sabe por que, leitor? Porque não há um marco regulatório da mídia e os artigos da Constituição que tratam da comunicação social jamais foram regulamentados.
As pessoas confundem a inevitabilidade de a guerra pela audiência gerar baixaria em qualquer país, mesmo nos mais desenvolvidos, com a ausência de instrumentos para que as autoridades e a Justiça possam punir, de forma até educativa, emissoras que ultrapassarem a linha da legalidade.
Toda vez que digo que o que acontece na televisão brasileira não aconteceria em países desenvolvidos aparece alguém para refutar a afirmação dizendo que esses países também têm reality shows, por exemplo, nos quais também acontecem baixarias como as que temos visto. No post que escrevi no último domingo, aliás, um leitor relatou as baixarias no BBB britânico.
É um erro de avaliação que providencial matéria da BBC Brasil publicada hoje ajuda a reparar. Trata-se de entrevista com o jornalista Torin Douglas, “especialista em mídia da BBC”, na qual ele explica a quilométrica diferença que há entre um país sem regulação da mídia, como o Brasil, e um país como a Inglaterra, onde o rigoroso Ofcom não deixa passar nada.
A entrevista é importante para reflexão da própria Globo, já que a baixaria do BBB fez a audiência do programa disparar também neste ano assim como vem fazendo a cada uma de suas edições. Dos 20 pontos no Ibope registrados no domingo, conforme foi crescendo a dimensão do escândalo a audiência subiu a 36 pontos –80% de acréscimo.
O “especialista em mídia” inglês explica que, no curto prazo, quem apela para a baixaria aumenta a própria audiência, mas, no longo prazo, a reputação da emissora acaba prejudicada.
Segundo o especialista, isso aconteceu com o Channel 4 no caso de Shilpa Shetty, “sister” que teria sido alvo de racismo de outra participante do programa Celebrity Big Brother, em 2007. Depois do incidente, o programa acabou sendo descontinuado.
Além disso, o órgão regulador das telecomunicações na Inglaterra, o Ofcom, considerou válidas as queixas contra a emissora. Depois das reclamações contra o Big Brother, o Channel 4 teve que mudar procedimentos, melhorar processos e criar regras mais rígidas. E vale lembrar, ainda, que a Inglaterra é o país europeu mais liberal nessas questões.
Essas providências (bem) tomadas pelo Ministério Público e pelo governo do Brasil, portanto, só fazem confirmar o que providências idênticas tomadas em edições anteriores do BBB mostraram, que sem um marco regulatório real para as comunicações os procuradores e a ministra continuarão enxugando gelo ano após ano.

Proteste em frente à Globo



O Conversa Afiada publica convocação para protestar contra o Big Brothel Brasil:

Entidades realizam protesto contra a Globo nesta sexta, em São Paulo

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), a Rede Mulher e Mídia e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC) realizam um ato contra a Rede Globo por causa da postura da emissora diante da suspeita de estupro no programa Big Brother Brasil 12, e contra todas as formas de violência contra a mulher. A manifestação será na sexta-feira (20), a partir das 12h, em frente à emissora, em São Paulo.

Segundo as redes que convocam o ato, a Globo deveria ser responsabilizada por quatro motivos: ocultar um fato que pode constituir crime; prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de vulnerável; atrapalhar as investigações de um suposto crime e ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava desacordada.

As entidades questionam também a naturalização da violência contra a mulher pela emissora, que transformou um possível abuso sexual em “caso de amor”. Para elas, o próprio formato do programa se alimenta da exploração dos desejos e das cizânias provocadas entre os participantes e busca explorar situações limite para conquistar mais audiência.

O protesto também co-responsabilizará os anunciantes do programa (OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica e Fiat), cobrando que eles se pronunciem, retirem seus anúncios do programa ou que os consumidores boicotem os produtos.

As entidades reforçam ainda a necessidade de o Ministério das Comunicações colocar em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.

Protesto contra a postura da Globo no caso BBB


Sexta-feira, dia 20, 12h às 14h


Av. Dr. Chucri Zaidan, esquina da Av. Roberto Marinho

Contatos:


Renata Mielli (Barão de Itararé/FNDC) – 9327-1747


João Brant (Intervozes/FNDC) – 8635-9825


Terezinha Ferreira (Rede Mulher e Mídia) – 9629-4892


Victor Zacharias (Ciranda/Frentex) – 9288-8909


O CORNER CONSERVADOR EM SP


Em 2004 quando disputou a Prefeitura da cidade, José Serra tinha um índice de rejeição de 11%. Hoje, 35% dos eleitores de São Paulo, segundo o Datafolha, querem vê-lo longe da administração municipal. Há razões para acreditar que o rechaço pode crescer. Beneficia-se o tucano atualmente do silêncio obsequioso da grande mídia em relação ao seu envolvimento em casos de corrupção fartamente documentados no livro de Amaury Ribeiro Jr, 'A Privataria Tucana'. No horário gratuito, o lacre derrete. Os dados levantados por Amaury  colocariam em saia justa não apenas o eventual candidato e a família. Outros tucanos de alto coturno tem justos motivos para preocupação, razão pela qual muitos fingem apoiar a candidatura Serra, torcendo pela desistência. Em relação a Kassab, o patrimônio eleitoral tampouco encoraja. Em dezembro, segundo o Datafolha, 49% dos eleitores advertiram: não votam em nenhum candidato apoiado pelo alcaide. Outros 40% tinham de sua gestão um veredito taxativo: péssima ou ruim. As chuvas de verão mal começaram.O contraste com o cacife de Eduardo Paes, por exemplo --o atual prefeito do Rio é aprovado por 68% dos eleitores, sendo que 46% consideram ótima ou boa sua administração-- deixa no ar a seguinte pergunta: afinal, o que Kassab foi oferecer a Lula, apoio ou encosto? O corner conservador explica o vale tudo desordenado contra o centro de drogas da Cracolândia, agora reforçado pela presença de máquinas e demolições cinematográficas, feitas a toque de caixa. A aposta do conservadorismo parece considerar que uma vitória  ali  teria visibilidade suficiente para ocultar o seu imenso déficit de nomes, de projeto e de credibilidade na administração da maior cidade do país, vitrine não propriamente confortável de sua irrelevância nacional. Parece também acreditar que o eleitor é adestrável, a ponto de aceitar a viseira de uma eleição monotemática do tipo 'nós contra o tráfico e o resto'. A fórmula foi testada antes em equações do tipo 'nós contra o mensalão' e, mais recentemente, no bordão 'nós contra a terrorista herege, a favor de matar criancinhas'. Os resultados falam por si.


 

O PORTA-VOZ DO NEOLIBERALISMO. RÉGUAS DIFERENTES PARA UMA MESMA MEDIDA.

Petrobtras. | Foto: ABr


Capitalismo de Estado brasileiro é ambíguo, diz 'Economist'

A Petrobras mantem funcionários que não precisa por imposição do Estado, diz a Economist
O Brasil é o mais ambíguo dos países a praticar o capitalismo de Estado, segundo a revista britânica The Economist.
Em uma reportagem sobre as economias conduzidas pelo governo, a reportagem comenta o modelo brasileiro, que mistura práticas liberais com práticas intervencionistas, adotadas em países como Rússia e China.
Com o líder soviético Vladimir Lênin na capa, a publicação diz que o capitalismo de Estado tem se tornado um modelo ascendente.
A revista lembra ainda que a presença do Estado na economia brasileira foi ainda mais forte no passado. No começo dos anos 1980, o país tinha mais de 500 estatais.
A guinada aconteceu na década seguinte, com a privatização de boa parte das empresas públicas. No entanto, de acordo com a revista, o Estado voltou a se fazer presente com força na economia nos últimos anos.
"O governo despejou recursos em um punhado de (empresas) campeãs, particularmente no setor de recursos naturais e telecomunicações", diz a publicação.
Segundo a Economist, "de um líder das privatizações nos anos 1990", o Brasil agora pressiona sua maior mineradora, a Vale, "para manter funcionários que não precisa, além de obrigar uma série de companhias menores a embarcar numa consolidação subsidiada", diz.
A reportagem cita o exemplo da fusão de Sadia e Perdigão e a compra da Brasil Telecom pela Oi e diz ainda que o governo força a Petrobras a usar equipamentos nacionais para aquecer a economia interna, mesmo quando há similares estrangeiros mais competitivos.

'Leviatã como acionista minoritário'

A Economist afirma que a grande inovação do capitalismo de Estado brasileiro é a prática que chama de "Leviatã como acionista minoritário", termo emprestado de um estudo conduzido pelos professores Sergio Lazzarini, do Insper, de São Paulo, e Aldo Musacchio, da Harvard Business School.
O termo faz referência ao mito que simboliza o Estado, o Leviatã, que dá título ao clássico da filosofia política, escrito por Thomas Hobbes no século 17.
A revista ressalta que o Estado brasileiro é acionista minoritário em uma série de empresas privadas e que, apesar de não ter o controle acionário, o governo tem voz suficiente para mudar o curso dos negócios de acordo com seus interesses.
Baluarte do liberalismo econômico, a revista ironicamente faz alguns elogios ao modelo brasileiro, que cita como "bom exemplo", ao lado dos investimentos do fundo soberano de Cingapura.
Ainda assim, a Economist faz um alerta sobre os perigos do modelo.
"O capitalismo de Estado frequentemente reforça a corrupção, porque aumenta o tamanho e as opções de prêmios para os vitoriosos", diz, lembrando que os principais expoentes do modelo ocupam posições nada louváveis no ranking de corrupção da Transparência Internacional: o Brasil está em 73º lugar, a China em 75º e a Rússia em 143º.


Como se não bastassem os neoliberais da casa grande, temos ainda que ler esse tipo de matéria obtusa.
Preconizam o que eles mesmo nunca seguiram. Grande exemplo nos querem dar, como se tivessem alguma moral para tanto.
Parece que não há ecassez de mão de obra, provocada justamente por uma política contrá ao apregoado pelos neoleberalistas da mão invisível do mercado.

 

Petrobras bate recorde de produção e reservas comprovadas

Em 2011, estatal brasileira aumenta produção diária de petróleo e gás em 1,6%, para 2,376 milhões de barris. Reservas comprovadas sobem 2,7% e atingem 16,4 bilhões de barris. Exploração continua concentrada no Rio de Janeiro, que responde por 68% do total. No exterior, empresa extrai 10% dos barris.

BRASÍLIA – A Petrobras, maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, terminou 2011 com novo recorde de produção e uma quantidade também inédita de reservas comprovadas.

A produção diária média de petróleo e gás natural no ano passado cresceu 1,6% na comparação com 2010, atingindo 2,376 milhões de barris, segundo informações divulgadas pela estatal nesta quinta-feira (19).

Dias antes, a companhia já havia anunciado que suas reservas provadas de petróleo haviam subido 2,7% ao longo do primeiro ano de mandato da presidenta Dilma Rousseff, totalizando 16,4 bilhões de barris.

Depois da descoberta de petróleo na camada do pré-sal pela Petrobras, o Brasil tornou-se o país que dá a maior contribuição para o aumento das reservas internacionais e o décimo quatro estoque mundial – o ranking é liderado pela Venezuela.

Da produção atual da Petrobras, a maior parte está no Rio de Janeiro, que responde por 68% dos barris diários, seguido por Espírito Santo (14%) e Amazonas (5%). O exterior – a estatal explora na África, América do Sul e América do Norte - colabora ainda com 10% da produção.