Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Religiosidade e intolerância


Esperei que passasse a indignação para registrar episódios que corroboraram minha percepção de que a intensidade da religiosidade de um indivíduo pode ser proporcional ao seu grau de intolerância não só ao que contraria dogmas religiosos, mas até aos valores primordiais que tais dogmas impõem, tais como solidariedade, tolerância e compaixão.
A religião deveria tornar o indivíduo melhor, mais humano, mais solidário, mais generoso, mais piedoso, mas, na prática, nem sempre é o que acontece. Quanto maior o nível de religiosidade, maior parece ser a incapacidade de amar ao próximo como a si mesmo.
O que feriu profundamente a mim e à minha família foram novas demonstrações de intolerância de moradores do edifício em que resido, que fica em um bairro no qual, ao menos em tese, as pessoas deveriam ser mais esclarecidas e civilizadas. Esses moradores vêm implicando com a minha filha Victoria, de 13 anos, portadora de severa paralisia cerebral.
Detalhe: são moradores que frequentam intensamente paróquia da igreja católica próxima de minha residência, paróquia na qual exercem atividades voluntárias.
Victoria, por sua condição de saúde, usa serviço de home care. Por conta disso, minha residência parece um hospital. Sete dias por semana, já no alvorecer, começa uma romaria de profissionais de saúde em casa, tais como enfermeira, terapeutas e médicos.
A enfermeira que cuida de minha filha enquanto eu e minha mulher trabalhamos relata broncas que levou de moradores do prédio. Uma dessas broncas se deveu à fisioterapia que a menina faz às nove da manhã e às quatro da tarde, e a outra ao passeio matinal que a enfermeira faz com ela.
Minha filha não anda, por isso tanto a fisioterapeuta da manhã quanto o fisioterapeuta da tarde colocam um equipamento em suas pernas que as mantém retas, pois a tendência causada pela enfermidade neurológica é a de que fiquem sempre dobradas. Com o extensor colocado, os profissionais fazem a menina “andar”.
Por causa da mobília do apartamento, que interfere no percurso da caminhada que minha filha tem que fazer amparada pelos fisioterapeutas, é preciso usar o corredor do andar. Victoria, porém, costuma emitir sons característicos de bebês antes de aprenderem a falar e, como os profissionais “conversam” com ela, a terapia provoca algum barulho na área comum do prédio.
O vizinho do andar do meu apartamento, um juiz aposentado e solitário que perdeu a esposa faz poucos anos, adora esses horários em que a minha filha sai ao corredor. Ele também sai e se delicia com a menina fazendo terapia. Brinca com ela, conversa com os terapeutas.  Diz que Victoria é a sua “alegria”.
Acredite quem quiser, mas a vizinha de outro andar, conhecida no prédio como “beata”, foi ao meu andar, quando a menina saiu ao corredor para fazer terapia, e reclamou do “barulho” que ela, a enfermeira e a fisioterapeuta da manhã faziam não havia mais do que vinte minutos.
Já durante o passeio matinal, a enfermeira tem que driblar a escada do saguão do prédio para ter acesso à rua com a cadeira de rodas. Outro vizinho, também freqüentador assíduo da mesma paróquia que a “beata”, reclamou da demora que a falta de uma rampa gera e que obriga quem está entrando ou saindo do prédio a esperar. Esse vizinho, então, exigiu que a enfermeira saísse com a minha filha pela garagem, o que eu a proibi de fazer novamente.
Essa situação é recorrente. Vira e mexe essas pessoas reclamam do que expus. São pessoas que vivem enfiadas na igreja, exalando cânticos e orações, fazendo profissões de fé, pregando justamente o que lhes falta.
As religiões também são os piores entraves a direitos civis para homossexuais, a direitos da mulher, a métodos contraceptivos, enfim, são verdadeiras usinas de intolerância contra minorias, mas não só. Pessoas exageradamente religiosas frequentemente têm menos paciência, até quando se trata de uma criança que padece tanto quanto a minha filha.
Não, não há, aqui, uma generalização. É claro que ter religião não torna ninguém intolerante com a diferença e insensível com seus semelhantes. O que espanta é que a religiosidade exacerbada, aquela que beira o fanatismo, também leva o indivíduo a ter comportamentos como o que descrevi. Ratos de igreja, salvo exceções, são pessoas mal-humoradas, pouco solidárias e preconceituosas.
Não deveria ser o contrário? Quem se dedica mais a religiões que pregam tolerância, amor ao próximo, piedade e solidariedade não deveria ser alguém que tem mais desses atributos em vez de menos? E se muitos dos que se expõem exageradamente a dogmas religiosos agem assim, as religiões não acabam sendo responsáveis por suas carências espirituais e morais?
Sou de família católica. Estudei em escolas católicas. Casei-me no religioso e batizei meus filhos. Contudo, constatar fatos como esses durante a vida me afastou da igreja. Apesar de ter fé em Deus, ver o que religiões causam à alma me fez rejeitar intermediários com o Criador. Errar sozinho eu sei. Redimir os erros, também.

Sai a lista do Bacanal do Bial



Globo divulga lista da degradação humana do Bacanal do Bial

ENTRE OS PARTICIPANTES DO BBB 12 HÁ UMA PRODUTORA DE FILMES PORNÔS, UM EX-MISTER (?) BRASIL , UM CARA QUE SE INTERESSA POR “MENINOS E MENINAS” (ALÔ SENADOR MAGNO MALTA), E UMA QUAAASE VENCEDORA DO BUMBUM MAIS BONITO DO PAÍS; GARANTIA DE SEXO AO VIVO PARA A FAMÍLIA BRASILEIRA.

QUEM DIRIA QUE UM JORNALISTA COM UMA RESPEITÁVEL BIOGRAFIA FOSSE “COROAR” SUA CARREIRA VIBRANDO COM BAIXARIAS TIPO QUEM COMEU QUEM DEBAIXO DO EDREDOM EM REDE NACIONAL.
O PROGRAMA É A MAIOR FORÇA QUE A DEGRADAÇÃO HUMANA NUNCA TEVE EM PARTE NENHUMA DA HISTÓRIA HUMANA.
Na Roma antiga havia os rituais em homenagem ao Deus Baco, os chamados bacanais, festas luxuriosas que hoje emprestam seu nome para orgias ou outras atividades semelhantes.
O termo 'Big Brother' foi inspirado no livro '1984', escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell, publicado em 1949, e se passava no "futuro" ano de 1984. Nele, havia um governante autoritário, o Big Brother, que comandava todo o ocidente e vigiava a todos por câmeras (chamadas teletelas). Com base no que via, manipulava a forma de pensar dos habitantes. É mais ou menos o que nos incutem na cabeça como a definição de Deus. Um velhinho invisível que fica no céu olhando todos os nossos passos, e com base no que vê, prescreve castigos ou recompensas, decidindo ao fim de nossas vidas se nos manda pro céu ou pro inferno. Vai entender essa diversão divina!
Em 1999, o holandês John de Moll, sócio da empresa Endemol, criou um Reality Show com pessoas comuns, onde estas conviveriam juntas numa casa e seriam vigiadas full-time. O nome do programa foi inspirado no livro de George Orwell.


PS. A quem interessar possa: O ex-repórter e e ex-jornalista Pedro Bial já foi escritor e versado na literatura de Guimarães Rosa (Grandes Sertões) a quem brindou com um documentário cinematográfico!!! Pois vá logo acreditando: é da natureza humana.


Fonte: Toda a internet, menos na Globo.

STAND DE TIRO DA PM DE SÃO PAULO

Avisem aos ingleses que o FHC saiu

As previsões do "The Sun" para o crescimento do PIB do Reino Unido.
Alguém precisa avisar ao “Financial Times” que o Fernando Henrique já não é mais o presidente do Brasil” e que não espere que continuemos a responder “sim, buana” a tudo o que eles dizem.
Hoje, além do mau-gosto de chamar a presidenta Dilma Rousseff de “Dama de Ferro dos Trópicos” – além do machismo, uma comparação improcedente com uma neoliberal que privatizou, desempregou, acabou com o salário mínimo e até o leite das escolas inglesas tirou – dá pitacos sobre  a queda do crescimento e  a alta da inflação.
A matéria foi comentada e emparte reproduzida no Estadão.
Eles duvidam que ela vá manter o crescimento econômico e se preocupam com a inflação.
Muito obrigado, mas isso me lembra a minha avó dizendo: “macaco, olha o seu rabo, deixa o rabo do vizinho”.
Deveriam dar conselhos sobre reformas ao Primeiro-Ministro David  Cameron e a seu ministro das Finanças, George Osborne. Lá, o crescimento econômico para 2011 baixará – segundo os oimistas – para 0,9%, ante o  1,7% previsto em março, enquanto a previsão para 2012 foi reduzida  de 2,5% para 0,7%.
Imaginem o que a imprensa diria aqui se o nosso PIB crescesse tão pouco?
E a inflação? A meta lá era de 2%, e a inflação bateu em 5%, para depois cair uns dois ou três décimos. Na proporção, seria o mesmo que o nosso índice  ficar na casa dos 11%.
O “FT” fala que precisamos de reformas. E cita a tributária, a trabalhista – traduzindo, cortar direitos e impostos – e a necessidade de aumentar os investimentos em educação, pesquisa e infraestrutura.
Quanto a isso, é verdade. Precisamos gastar mais com estas áreas e, para isso, a reforma de que precisamos, essencialmente, é uma só: a financeira, que tire das costas deste povo a carga de pagar mais de R$ 230 bilhões por ano aos rentistas. Nisso, sim, gostaríamos e deveríamos imitá-los: a taxa Libor, principal referência de juros do mercado inglês, anda pouco acima de 1% – 1% ao ano! E, felizmente, este vai ser o ano, ao que tudo indica, dos juros voltarem a um patamar não diríamos civilizado, mas menos selvagem.
O Financial Times, em lugar da velha cantilena de nos mandar fazer o dever de casa, deveria, sim, fazer o seu dever em casa.

Supostamente monstros, supostamente vis








A rede de televisão CNN divulgou o vídeo em que, segundo a Associated Press “supostos membros do corpo de fuzileiros navais americanos uniformizados supostamente urinam sobre cadáveres de militantes do grupo radical Taleban”.
Supostamente talibãs, devemos supor, com tanto suposto que se coloca diante do evidente.
O comando dos fuzileiros navais diz que está investigando e – pasmem – limita-se a dizer que isso não condiz com os “valores das Forças Armadas dos EUA”.
Que valores esperam de pessoas que são mandadas matar outras do outro lado do planeta, que jamais lhes fizeram coisa alguma? Nem mesmo no Afeganistão estava Osama Bin Ladem, mas no aliado Paquistão!
É essa a civilização ocidental que lá foi para tirar os “bárbaros fanáticos” da vida primitiva com aviões, mísseis, lasers, escudos, radares, quase invulneráveis?
Haverá uma indignação mundial, em poucas horas.
Porque já é criminoso que se produzam cadáveres. Profaná-los, é mais que isso, é monstruoso.
E agora não há George Bush a quem atribuir isso.
Barbárie é uma palavra por demais gentil para definir isto.
Monstruosidade é o nome, e nada suposto, disso.
E pensar que um soldado dos Estados Unidos, Bradley Manning, está sendo condenado por deixar vazar as provas dos atos criminosos do exército americano no Afeganistão e no Iraque.

Haiti: o Arizona é aqui


 

O Conselho Nacional de Imigração (Conmig), do Ministério da Justiça, decidirá nesta quinta-feira o que fazer sobre os haitianos que chegam ao Brasil pelo Acre.

Foi o Globo que deu deu o alerta xenófobo, em reportagem aqui criticada.

O título já dizia tudo: “O Haiti é aqui “!

Hoje, na Folha (*), Claudia Antunes, na pág. 2, e Janio de Freitas demonstram o temor de que o Brasil se torne um grande Arizona.


Como se sabe, o Arizona foi o Estado americano mais radical na política de combate (racista) aos imigrantes ilegais, na maioria, mexicanos.
O presidente Obama recorreu ao Congresso para reverter a Lei estadual, e as organizações de direitos civis se insurgiram.
Se um cidadão do Arizona alugar imóvel a um imigrante ilegal ou der carona a um imigrante ilegal cai ele próprio na ilegalidade.
Como se sabe, o passado recente do Brasil no capítulo dos imigrantes ilegais não é brilhante.
Recentemente, a Zara foi punida por escravizar bolivianos em São Paulo.
Agora, as Organizções Globo sairam à frente numa batalha que pode, Deus nos acuda !, Arizonear o Brasil.
Recentemente, a Alemanha foi acusada de reviver práticas sinistras, então, contra os imigrantes turcos.
Muitos foram os atentados de grupos neo-nazistas a comunidades turcas na Almanha.
Hoje, a situação se reverteu e a Alemanha volta a receber imigrantes, exatamente porque tem a oferecer – como o Brasil – uma prosperidade economica invejável.
Aqui, o perigo é a subordinação do Conmig ao Ministério da Justiça.
O Ministo da Justiça, Zé Cardozo, como se sabe, é refém político do PiG (**).
Zé – aqui se sabe porque os amigos de Daniel Dantas o chamam de “Zé” – Cardozo exerceu “consultoria” enquanto era deputado federal eleito pelos cidadãos de São Paulo.
Representante do povo e “consultor”.
(Em São Paulo é normal…).
Zé Cardozo só não entra na mira do PiG (**), só não é fernandizado provavelmente porque defendeu os interesses de Daniel Dantas e, como se sabe, Dantas é dono do Brasil, segundo a Carta Capital.
É o salvo-conduto, o green card, do Zé.
O perigo é sair dali daquele conselho uma legislação que feche as portas que se abriram e se abrem aos portugueses, espanhois, italianos, japoneses, libaneses, alemaes, palestinos …
Mas, o Haiti é aqui, não é isso, amigo navegante ?


Em tempo: quem disse que não há haitianos qualificados ? A começar pelo fato, óbvio, de que o imigrante que busca emprego num outro país tem, pelo menos, duas qualificações: juntar uma poupança para pagar o coiote; e ter a capacidade de fugir. Um desqualificado, oligrofênico, totalmente despreparado não consegue nem fugir. São as observacões deste ansioso blogueiro ao longo de reportagens sobre imigração ilegal de mexicanos e brasileiros nos Estados Unidos. Ele não conheceu em Nova Jersey um único brasileiro de Governador Valadares “desqualificado”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Chuíça (*) aprova neonazismo na Cracolândia


Saiu na colona (**) “Painel”, na Folha (***), informação sobre a ascensão de Hitler ao poder, em 1933:

“A despeito das queixas de violação dos direitos humanos e dos questionamentos (sic) do governo federal, Geraldo Alckmin se ampara (sic) em pesquisas que circulam no Bandeirantes para respaldar (sic) a intervenção policial na cracolândia. Um dos levantamentos submetidos ao governador mostra 87% de aprovação à ação da PM no centro de São Paulo …”



Será o Datafalha ou o Globope a fonte de preciosa informação?
(E a Folha (***) ainda tem ombudsman …)
Ou seja, breve, São Paulo adotará a pena de morte, invariavelmente aprovada em pesquisas de opinião pública.
Breve, mandará os nordestinos de volta, à força, porque, pelos próprios pés, muitos preferem, hoje, Pernambuco a São Paulo.
Breve, todas as favelas pegarão fogo, para a entrada triunfal da indústria que financia a eleição de Gilberto Kassab, o vice do Cerra.
Tudo muito natural.
Como se sabe, São Paulo ganhou a Guerra da Secessão de 1932.



Clique aqui para ler “Maierovitch: muralha protege FHC do crack”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

P M U S P

ONDE MORA O PERIGO.Ação em SP contra Kassab blinda PSDB; denúncia potiguar, expõe


"O  Brasil faz parte de um triângulo de troca com a Europa e a China ( a Europa é a maior importadora da China que é a maior importadora do Brasil.) Com a Europa em recessão, o que vai acontecer, de um jeito ou de outro, é que as exportações da China vão cair, o que vai levar à queda na importação de produtos brasileiros. O fluxo de capital que vem para o Brasil é direcionado aos recursos naturais (atraído pela demanda chinesa) ...Se esses mercados colapsam, esses fluxos acabam". O alerta do economista keynesiano Jan Kregel, ex-conselheiro da Unctad, publicado no Valor desta 4ª feira, merece  atenção. Os dados do xadrez que ele menciona são preocupantes. Vejamos: o saldo comercial chinês no ano passado foi da ordem de US$ 160 bi, queda de US$ 23 bi em relação a 2010. O principal motivo foi a redução dos embarques dirigidos à Europa e aos EUA. O saldo comercial brasileiro, ao contrário, chegou perto dos US$ 30 bi: salto de 47% sobre 2010. O desempenho foi baseado principalmente na exportação de matérias-primas para o mercado asiático. O principal destino das exportaçoes brasileiras antes da crise era América Latina e EUA. Desde 2008 a fatia da Ásia assumiu essa liderança, saltando de 19% para 28% no total dos embarques. Alterações abruptas nesse carrossel podem afetar duramente o crescimento do país; daí a necessidade de se proteger a indústria local da concorrência predatória e garantir a demanda interna aos produtos brasileiros, consolidando uma dinâmica de emprego e renda menos vulnerável a eventual curto circuito no plano externo.

Denúncia do MP paulista contra Kassab por fraude em inspeção veicular culpa Maluf, Pitta e prefeito, 'da mesma matiz política'. Padrinho de Kassab e 'de matiz política diversa', Serra teria tido 'prática salutar'. Mas ação contra fraude em inspeção veicular no Rio Grande do Norte vê esquema nacional e diz que tucano preso valia-se de 'notória influência política' em estados 'cujos governos são exercidos por gestores filiados ao PSDB'. STJ libera bens de Kassab.

BRASÍLIA – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou nesta quarta-feira (11) liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que bloqueara os bens do prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD), e suspendera contrato municipal com empresa que tem exclusividade para fazer – e cobrar por isso - inspeção obrigatória no carro dos paulistanos.

A liminar fora concedida em resposta a uma ação ajuizada em novembro pelo Ministério Público do estado de São Paulo contra Kassab, a empresa Controlar e mais 22 acusados, entre pessoas físicas e jurídicas. A ação aponta fraudes na contratação da Controlar em 1995 e na sua efetivação a partir de 2008 que teriam causado prejuízo bilionário ao erário.

Apesar de Kassab ter sido vice do ex-prefeito José Serra (PSDB) e eleito com apoio dele, a ação blinda politicamente o tucano. Segundo a promotoria, as irregularidades “se iniciaram” na gestão Paulo Maluf (1993-1996), “se agravaram” na de Celso Pitta (1997-2000) e “se repetiram de forma insustentável” com Kassab, secretário de Pitta. “Os três da mesma matiz política”, frisa a ação

Já Serra, diz a ação, “este sim de matiz política diversa”, tão logo assumiu a prefeitura, em janeiro de 2005, ordenou, “como lhe determina o princípio republicano” e “em prática salutar”, a revisão de todas as decisões municipais que, desde 1995, tinham levado à assinatura e manutenção do contrato com a Controlar.

No mesmo 24 de novembro em que os promotores Roberto Antonio de Almeida Costa e Marcelo Duarte Daneluzzi, cujo chefe é indicado pelo governador do estado de São Paulo, denunciavam Kassab, no Rio Grande do Norte a hipótese de também ter havido fraude na escolha de empresa que inspecionaria veículos, terminava em prisões. E, ao contrário de São Paulo, a denúncia do MP sobre os fatos que levaram às detenções espalha estilhaços no PSDB.

Segundo a ação, o esquema denunciado tinha alcance nacional e tentou atuar em estados como São Paulo, Alagoas e Minas Gerais, todos administrados por tucanos. O esquema extrapolava a divisa potiguar sobretudo pela ação do tucano João Faustino Ferreira Neto, que, como já foi noticiado, foi preso no dia 24 de novembro, quando promotores e policiais agiram contra o esquema.

De acordo com a denúncia apresentada à Justiça por seis promotores potiguares, Faustino “atuou como 'lobista' em favor do grupo, valendo-se de sua notória influência política no Rio Grande do Norte e junto a estados da federação cujos governos são exercidos por gestores filiados ao PSDB”.

Como já se sabia, Faustino foi membro da Comissão Executiva Nacional do PSDB, subchefe de Assuntos Federativos do ex-presidente Fernando Henrique e um dos subchefes da Casa Civil de Serra durante a gestão dele como governador de São Paulo (2007-2010). Atualmente, é suplente do senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM.

Cartórios e lobistas

Segundo a denúncia, a “organização criminosa” da qual Faustino fazia parte tinha dois objetivos básicos. Um paroquial. Fraudar licitação realizada pelo governo potiguar em 2010 que escolheria a empresa que faria inspeção veicular e, assim, garantir a vitória de uma específica. A gestão estadual acusada de participar da fraude era do PSB.

O outro objetivo da organização era vender para governos pelo país um esquema pelo qual seria obrigatório o registro em cartório de certos tipos de contratos de financiamento de veículos. O motivo de o setor cartorial ser a área de atuação da organização está naquele que é apontado pelos promotores como chefe da organização.

George Olímpio da Silveira é de família qua ganha vida com cartório. Uma tia dele preside o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Rio Grande do Norte. Marluce Olímpio Freire também foi denunciada pelo MP. George é sócio da empresa que ganhou a licitação fraudada sobre inspeção veicular, chamada Inspar.

Um e-mail de fevereiro de 2008 interceptado pelo MP durante as investigações mostra George Olímpio conversando com parceiros sobre suas negociações no estado de São Paulo de que fosse obrigatório registro em cartório contratos de financiamento de carros. Segundo os promotores, este e-mail mostrou “que a fraude perpetrada” no Rio Grande do Norte “também já estava em curso no Estado de São Paulo”. Na época, o governador paulista era José Serra.

Outro parceiro do grupo é o lobista Alcides Fernandes Barbosa. Segundo a denúncia, Barbosa “recebeu o convite de George Olímpio para participar da fraude da inspeção veicular, momento em que passou a compor a organização criminosa, através de indicação de João Faustino Ferreira Neto, a quem já conhecia da época em que este era Sub-Secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo”.

Segundo o Ministério Público, Alcides Barbosa foi peça fundamental na fraude no Rio Grande do Norte porque teria negociado em São Paulo para que a empresa da inspeção veicular da gestão Kassab (Controlar) não entrasse na licitação potiguar, mesmo sendo do ramo. Assim, ficaria mais fácil de a Inspar vencer, prejudicando o interesse público por falta de concorrência.

A Controlar teria topado e, por isso, seu presidente, Harald Peter Zwetkoff, foi denunciado criminalmente pelo MP do Rio Grande do Norte, assim como em São Paulo.

Apesar de ter apontado conexões nacionais de George Olímpio e sua organização, a denúncia não diz que essas tentativas tenham dado certo.

A Justiça do Rio Grande do Norte não decidiu ainda se aceita a denúncia dos promotores.

ONDE MORA O PERIGO

**quatro soldados americanos riem e urinam em três cadáveres no Afeganistão: o filme postado no YouTube é mais um emblema da barbárie imperial auto-investida em escudo da civilização contra o suposto fanatismo islâmico** produção industrial caiu em novembro, pelo 3ºmês seguido, na zona do euro**PIB da Alemanha recuou 0,25 no 4º trimestre de 2011 reforçando a dinâmica recessiva na UE**vítima de atentado a bomba nesta 4ª feira, Mostafa Ahmadi Roshan é o 4º cientista do programa nuclear iraniano assassinado desde 2010** Teerã atribui ações a serviços secretos de Israel e EUA** em recente anúncio de cortes de gastos militares, Obama adiantou que a nova doutrina de segurança dos EUA vai privilegiar ações 'pontuais' de eficiência imediata, espionagem e guerra cibernética 


Maierovitch: muralha protege FHC do crack


Tucano lambuza Alckmin


Extraído do Blog do Wálter Maierovitch, autor também de recente artigo com um balanço do “Governo Peluso no STF” – Aqui para ler

Sobre FHC e a  política tucana de enfrentar a tragédia do crack :


Muralha policial em Higienópolis para preservar silêncio de FHC


No ano passado, o ex-presidente Fenando Henrique Cardoso, que nos dois mandatos presidenciais se submeteu à política norte-americana de guerra às drogas (war on drugs) de seu guru, o então presidente Bill Clinton, virou casaca, trocou bandeira.


FHC, em busca de um palanque internacional para concorrer com o então presidente Lula, reuniu antigos presidentes e dirigentes fracassados por adesão à guerra às drogas e submissão aos EUA para deitar sabedoria quanto às novas políticas sobre o fenômeno representado pelas drogas ilícitas no planeta.


Assim, FHC subiu ao palanque adrede preparado e vestiu panos de líder progressista, a encampar, como próprio, antigos posicionamentos antiproibicionistas. Até foi preparado um documentário, do tipo laudatório para exibição em cinemas, que não se tornou campeão de bilheteria.


Dentre a turma dos “vira-casaca”, que usam a desculpa do “nós reconhecemos que erramos e agora vamos mudar”, destacam-se:


1) César Gaviria, ex-presidente da Colômbia ao tempo dos potentes cartéis de Cali, Medellín e Vale Norte. Gaviria admitiu que Pablo Escobar construísse, com recursos da venda internacional de cocaína, o presídio onde ficaria e poderia sair para passeios e dirigir, do banco de reservas, o seu time de futebol. O povo chamava o presídio de “A Catedral”, pois era o santuário de Escobar, com obras de arte nas salas de reuniões do “capo da cocaína” e sistema de segurança para evitar bombardeamento por aviões da norte-americana DEA (Drug Enforcement Administration). Mais ainda, Gaviria fazia vista grossa para a Tranquilândia, o megacomplexo onde Pablo Escobar, chefão do Cartel de Medellín, mantinha o maior centro latino-americano de refino de cocaína: o povo deu o nome de Tranquilândia, pois a polícia jamais entrava lá.


2) Ernesto Zedillo, ex-presidente que decretou a falência do México, provocou uma crise econômica internacional até então sem precedentes e assistiu a indústria mexicana das drogas ilícitas obter lucros fabulosos.


3) Kofi Annan, ex-secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), e responsável, quando no poder, pela manutenção do proibicionismo criminalizante convencionado na sede das Nações Unidas em 1961: a convenção de Nova York continua em vigor e os estados teocráticos membros da ONU e os EUA são contrários a qualquer tipo de mudança.


Como o tempo se incumbe de revelar farsantes, aquele que se promoveu a líder das causas corretas sobre políticas nacionais e internacionais sobre drogas, FHC mantém-se, passada mais de uma semana da operação iniciada na Cracolândia, em sepulcral silêncio.


Morador do bairro de Higienópolis, popularmente dividido em Higienópolis de Cima e Higienópolis de Baixo depois da luta pela não instalação de uma estação de metrô que levaria à circulação de transeuntes indesejados, FHC foi cobrado pelos vizinhos. Afinal, a ação prevalentemente policial no bairro da Luz, onde estavam confinados os toxicodependentes de crack, resultaria na migração para Higienópolis.


FHC, o novel especialista no fenômeno das drogas proibidas pelas convenções da ONU, não se manifestou sobre o denominado Plano de Ação Integrada Centro Legal, concebido pela dupla Alckmin-Kassab, respectivamente, governador do Estado e prefeito da capital.


Pelo silêncio, nem se sabe se gostou da deferência do governador por destacar um contingente da Polícia Militar para impedir que dependentes químicos de crack, estimados em 1.664 (400 habitam na Cracolândia), ousem, ainda que assutados pela violência policial, migrar para o “aristocrático” bairro de Higienópolis.


Com tal medida protetiva, FHC, certamente, vai poder abrir as janelas de seu apartamento sem risco de assistir a cenas motivadoras de algum pronunciamento.


Pano Rápido. A meta da operação de Alckmin-Kassab é “limpar” a Cracolândia de “indesejados viciados em crack”, antes admitidos quando interessava a política de confinamento.


O “limpa” vai dispersar os dependentes para novo “pogrom” na periferia, já que uma muralha de policiais militares evitará que ingressem nos bairros vizinhos de Higienópolis e Bom Retiro.


Wálter Fanganiello Maierovitch