Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Privataria: por que o Cerra se achava intocável?


Este ansioso blogueiro recomenda enfaticamente a leitura de “A vida quer é coragem – a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, de Ricardo Batista Amaral, editado pela Primeira Pessoa.

Breve, aqui se tratará do livro em si e da personagem.

Amaral faz uma minuciosa e objetiva reconstituição dos fatos políticos que Dilma acompanhou no primeiro plano, ou nos bastidores.

Objetiva, é bom frisar, porque, embora se trate de uma biografia autorizada – Amaral trabalhou na campanha da Dilma -, a narrativa é isenta, respeita a verdade factual, como gosta o Mino Carta.

Chamou a atenção o que está descrito a partir da página 161.

É o episódio dos que Lula chamou de aloprados, na eleição de 2006.

Os aloprados foram apanhados com dinheiro numa operação para desmascarar a compra de ambulâncias super-faturadas, enquanto Cerra e seu sucessor, Barjas Negri, eram ministros da Saúde.

Com a ajuda da Polícia Federal de São Paulo e especialmente do PiG (*), com a Folha (**) e a Globo à frente, Cerra transformou a tragédia das ambulâncias superfaturadas numa bênção dos céus.

O que deveria atingí-lo como um escândalo de bom tamanho derrotou Aloizio Mercadante para Governador (Cerra venceu no primeiro turno).

E permitiu que Ali Kamel levasse a eleição de Lula contra Alckmin para o segundo turno – clique aqui para ler “O Primeiro Golpe já houve, falta o Segundo (também do Kamel) “

A tecnologia cerrista já tinha sido testada – com retumbante sucesso – na eleição presidencial de 2002.

Quando Cerra fotografou cédulas de dinheiro no escritório da empresa Lunus do marido de Roseana Sarney – então a melhor candidata para derrotar Lula, segundo as pesquisas.

Cerra distribuiu à farta as fotos das notas pelo PiG (*) afora – e destruiu a candidatura de Roseana.

Sempre com a ajuda da Polícia Federal.

(O pai de Roseana, José Sarney, da tribuna do Senado,  acusou Fernando Henrique de receber, no Palácio do Alvorada, um fax de um agente da Polícia Federal, da máquina do escritório da Lunus, com a informação: missão cumprida.)

Na Polícia Federal, Cerra contava, sempre, com Marcelo Lunus Itagiba.

Cerra foi para a eleição de 2010 com essa convicção.

Com a ajuda do Papa, da PF e do PiG ele era intocável.

Qualquer calhordice – segundo Ciro Gomes – seria acobertada pelo PiG (*), com a ajuda da Policia Federal.

Uma dupla do barulho !

A partir da pág. 227, Amaral mostra outra peripércia de Cerra.

Que quase – quase, frise-se, deu certo.

Com rigor de cartógrafo, Amaral reconstitui o episódio da “quebra de sigilo” do presidente do PSDB, o notório Eduardo Jorge, aquele que tinha o hábito de ligar para o Juiz Lalau da sala ao lado do gabinete  do presidente Fernando Henrique.

Uma mania, digamos assim.

No bolo do sigilo vem o “suposto” dossiê que o Amaury Ribeiro Júnior prepararia contra a família tão inocente, imaculada, do Padim José Cerra.

Cerra àquela altura já sabia que o Amaury tinha feito uma reportagem não publicada pelo Estado de Minas, que descrevia tudo o que ele queria fazer para destruir a candidatura do Aécio.

Cerra também desconfiava que Amaury preparava um livro, cujo prefácio este ansioso blog publicou repetidas vezes

Cerra reproduziu a estratégia das notas da Roseana, das notas dos aloprados: transformou o limão na limonada.

Tentou botar o Amaury em cana, fez da filha e do Eduardo Jorge vítimas da sanha petista.

Jenial !

O PiG esteve incansável, na defesa dos princípios de Democracia.

A Carta Capital e Leandro Fortes mostraram que a irmã do Daniel Dantas e a filha do Cerra, elas, sim, é que violaram o sigilo fiscal de 60 milhões de brasileiros – e, por isso, a filha do Cerra está indiciada.

Mas, o PiG não dá sequência ao que a Carta Capital denuncia.

Muito menos o jornal nacional.

E o Cerra só precisa operar o jornal nacional e a Folha.

Esses bastam.

O resto vem no bolo.

Amaral mostra como Dilma cortou o mal pela raiz.

Mandou embora todos os que pudessem eventualmente produzir um dossiê.

E, de público, preservou o trabalho jornalístico do Amaury.

Cerra achou que o jogo tinha sido jogado.

Perdeu a eleição, disse um até breve, e achou que o Amaury ia se jogar numa vala comum.

E a filha ia se safar, numa boa.

Aí, a casa caiu.

Ele soube do livro do Amaury.

Tentou se aproximar do editor, o Luiz Fernando Emediato, mas Emediato não lhe deu bola.

O Privataria Tucana já começava a ser impressa.

E o Cerra deixou de ser intocável.

A mágica foi descoberta.

E o mágico saiu a correr, pela coxia, debaixo de vaia.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Como funciona a mídia

Por Georges Bourdoukan, em seu blog:

Um homem passeava tranquilamente no Central Park em Nova York quando, de repente, vê um cachorro raivoso prestes a atacar menina indefesa de sete anos de idade. Os curiosos olham, de longe, mas, atemorizados, nada fazem para defender a criança.

O homem não pensou duas vezes e lançou-se sobre o pescoço do cachorro , tomando-lhe a garganta e após muita luta, matou o raivoso animal e salvou a vida da menina.



Um policial que acompanhou tudo, maravilhado, aproximou-se e disse:

– O Senhor é um herói. Amanhã todos poderão ler na primeira página dos jornais a seguinte manchete:

“Um valente nova-iorquino salva a vida de uma menina”.

O homem respondeu:

– Obrigado pelo elogio, mas eu não sou de Nova York.

– Bom, disse o policial, então a manchete será:

“Um valente americano salva a vida de uma menina”.

– Mas é que eu tampouco sou americano, insiste o homem.

– Bom, isso é o de menos. E de onde o senhor é então?

-Sou palestino, respondeu o valente homem.

No dia seguinte, os jornais publicam a notícia com a seguinte manchete:

“Terrorista árabe massacra de maneira impiedosa um cachorro americano de raça diante de uma menina de sete anos que chorava aterrorizada”.

O Golpe do flagrante em manobrista. Cadê a Ética?

No Hoje foi o manobrista. No jn pode ser você !

Saiu no Viomundo:

O golpe do flagrante preparado contra manobristas


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Flagrantes preparados do Jornal Hoje levantam sérias questões éticas


do Roteiro de Cinema News (vá lá ver o vídeo), dica do Fernando César de Oliveira, via Dr. Rosinha (no twitter)


Na edição do dia 04/01/2012 o Jornal Hoje da Rede Globo exibiu uma “reportagem investigativa” onde sob o pretexto de revelar “os riscos que os motoristas enfrentam”, jornalistas armaram flagrantes preparados usando câmeras escondidas e exibiram as imagens dos manobristas que caíram nas armadilhas, sem ao menos proteger suas identidades, levantando sérias questões sobre a legitimidade e os limites éticos do jornalismo da maior emissora de televisão da América Latina.


A reportagem “Câmera do JH flagra manobristas vasculhando carros em São Paulo” apresentada por Evaristo Costa como “debate sobre os riscos que motoristas correm nas grandes cidades” e por Sandra Annenberg como “mostra do trabalho dos manobristas” são flagrantes preparados pelos jornalistas Walace Lara, William Santos, Robinson Cerântula, Carlos Rodrigues Junior, Juvenal Vieira e Patricia Marques, sob editoria de Teresa Garcia e Paulo Amaral. Devido aos métodos utilizados na reportagem, suponho que tenha sido aprovada pelos diretores de jornalismo da emissora Carlos Henrique Schroder e Ali Kamel.


Para preparar o flagrante os jornalistas colocaram deliberadamente no interior dos carros grandes valores em moedas e até doces como “tentação” (palavra usada na reportagem) para provocar e induzir os manobristas a um comportamento delituoso. Criaram um cenário artificial tentador que não corresponde à expectativa de um veículo comum que utiliza os serviços de estacionamento nas grande cidades, um cenário de causar tanto estranhamento que durante a reportagem os manobristas flagrados exclamam: “essa eu nunca vi não”; se espantam: “o carro aqui parece uma doceria”; e desconfiam: “tem câmera? têm ou não têm?”.


O documento com os Princípios Editoriais das Organizações Globo diz o seguinte sobre o uso de câmeras escondidas, na seção II, ítem 2/J:


“O uso de microcâmeras e gravadores escondidos, visando à publicação de reportagens, é legítimo se este for o único método capaz de registrar condutas ilícitas, criminosas ou contrárias ao interesse público. Deve ser feito com parcimônia, e em casos de gravidade.”


É flagrante que faltou “parcimônia” na escolha do método, visto que a informação sobre o risco de furto em estacionamentos poderia ter sido apresentada utilizando-se de outros métodos legítimos, porém, com certeza menos sensacionais. O delito flagrado pelas câmeras no cenário preparado pelos jornalistas – furtar moedas ou doces – não é um “caso de gravidade”, um juiz de direito aplicaria o princípio da insignificância em todos os casos retratados pela reportagem. Ademais, se o flagrante foi preparado não houve crime, houve um “delito putativo por obra de um agente provocador”. O flagrante preparado ou flagrante provocado – o estímulo de uma pessoa a outra para que esta pratique o ato típico de uma infração penal, com o intuito, porém, de surpreendê-la no momento da execução – é ilegal segundo a súmula no.145 do STF.


“não há crime quando o fato é preparado mediante provocação ou induzimento, direto ou por concurso, de autoridade, que o faz para fim de aprontar ou arranjar o flagrante (STF, RTJ, 98/136).”


O debate sobre câmeras escondidas, flagrantes preparados e ética jornalistica não é novo. Em 1997 nos EUA a rede de televisão ABC foi condenada a pagar mais de 5 milhões de dólares em danos por causa de uma reportagem do programa Primetime Live que supostamente revelava a presença de produtos estragados em uma corporação do ramo alimentício. A RTDNA (Radio Television Digital News Association) recomenda uma lista de seis critérios objetivos criados pela “Society of Professional Journalists” na análise da justificativa do uso de câmera escondida em uma reportagem. Para ser um ato justificável é preciso preencher todos os seis requisitos expressos. A reportagem do Jornal Hoje não preenche nenhum.


O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros da Federação Nacional dos Jornalistas diz o seguinte:


Art. 6. É dever do jornalista:


VIII – respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;  (…)

X – defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito;


Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações:   (…)


II – de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes;

III – obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração;


Como não há crime na conduta dos manobristas retratados nos vídeos, e os jornalistas que prepararam o flagrante não podem ser considerados vítimas de subtração de coisa móvel, então as únicas vítimas acabam sendo os próprios manobristas. Vítimas de um golpe sensacionalista em busca de audiência, vítimas do que poderia ser considerado – em tese, pois não há lei de imprensa no Brasil – uma reportagem criminosa. No mínimo é uma conduta antiética pela visão do senso comum da sociedade e da comunidade profissional do jornalismo. E a identificação dos manobristas era uma informação irrelevante para o interesse público, poderia ter sido protegida pelos editores “pixelando” ou “esfumaçando” as faces dos envolvidos, mas os editores optaram por mostrar os rostos das vítimas de sua pegadinha séria com trilha de suspense.


Proteger o anonimato dos manobristas seria o respeito mínimo ao direito de imagem dos envolvidos, frente a natureza predatória dos métodos utilizados para colocá-los como objeto dos vídeos e pela  irrelevância de sua identificação na comunicação da narrativa. Pouparia dezenas de cidadãos – não só os manobristas, mas sua família, seus colegas e amigos – de sofrimentos desnecessários para contar a história. Porém, nem a imagem e nem a honra dos manobristas foi protegida, apenas as identidades corporativas das empresas onde os supostos furtos aconteceram. Não é por acaso. Corporações poderiam arrancar milhões da Globo em processos por danos morais, manobristas pobres – e provavelmente agora desempregados e envergonhados – terão muito mais dificuldade de acionar o judiciário e numa terra sem lei de imprensa, devem se contentar com as moedas e chocolates que subtraíram na fatídica pegadinha. Torço para que os manobristas brasileiros sejam organizados o suficiente para procurar a reparação dos prejudicados pela reportagem irresponsável, que mancha toda uma categoria profissional.


E cuide-se, leitor, pois a próxima vítima pode ser você ou alguém de sua família ou círculo social. Com a reportagem dos manobristas e o anúncio da série Câmera do JH, a Globo deixa claro que não respeitará a imagem de ninguém, e não abdicará de métodos questionáveis para flagrar pequenos delitos cotidianos em vídeo. Os jornalistas, que escondem seus rostos ao som de música de suspense preparando seus flagrantes,  para expor o rosto alheio em busca de um momento sensacional delituoso, parecem anunciar em tom de ameaça na página do projeto Câmera do JH: “A câmera do JH quer chegar bem pertinho de você” e “Fique ligado no Jornal Hoje, porque em 2012, o nosso foco está em você.” Qualquer incauto pode ser o próximo vilão do Big Brother jornalístico da hora do almoço. E não estranhe se forem trabalhadores jovens e pobres  induzidos a cometer pequenos delitos à serviço do espetáculo trágico, são as mesmas vítimas de sempre. A câmera escondida continuará sendo um “aparato tecnológico usado como ‘muleta’, pequenos instrumentos com poderosos recursos, que se voltam para retratar, na maioria das vezes, delitos banais, conseqüências, quando deveriam revelar causas.”


O Código de Ética dos Jornalistas não é cumprido no Brasil. Os princípios editoriais da Globo não são cumpridos pela Globo. Não foram cumpridos nem na mesma edição do Jornal Nacional em que foram anunciados com pompa, no caso da merendeira acusada de colocar veneno em comida de escola, quando a repercussão de um vídeo viral do Blog do Mello inspirado num artigo do Roteiro de Cinema obrigou William Bonner a admitir o erro e culpar uma “falha de edição” pelo deslize.  É sintomático que as vítimas dos deslizes éticos mais flagrantes da Globo sejam merendeiras e manobristas pobres. São a face mais desprotegida da sociedade.


Não há uma auto-regulamentação efetiva, nenhum ordenamento jurídico para proteger o indivíduo contra o abuso do imenso poder social dos veículos de comunicação. No legislativo está parado um projeto de lei do Senador Roberto Requião que regulamenta o direito de resposta e na gaveta do Ministro Paulo Bernardo adormece o projeto de marco regulatório das comunicações. É preciso urgentemente reabrir o debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação de massa, sabotado pelas empresas de comunicação que gritam censura e sem nem cumprir suas próprias regras privadas tentam inibir qualquer discussão sobre regras públicas e balanceadas que visem preencher o vácuo jurídico deixado pela queda da velha e inconstitucional – segundo o STF – lei de imprensa. Uma legislação baseada na Constituição de 88, algo que proteja a liberdade de imprensa dos grandes conglomerados de mídia, as corporações privadas, mas que também nos proteja, meros cidadãos, dos abusos cometidos por elas. Alguém tem que vigiar o grande irmão que nos vigia. E vice-versa.


Fernando Marés de Souza

Na mesma edição, o assim chamado jornal Hoje – que tem uma âncora que chora – reproduziu a acusação de que o Ministro da Integração tomou a verba das enchentes e ignorou solenemente todos as explicações do Ministro.
Ética ?
Só se for na Fundação Roberto Marinho.

Paulo Henrique Amorim

 

 

SOLUÇÃO TUCANA PARA O CRACK: TROCAR O ENDEREÇO DO INFERNO

*Inflação brasileira fica dentro da meta em 2011 e desautoriza jogral midiático-rentista que via 'precipitação' no corte dos juros** Vagas: EUA criam 200 mil; Europa atinge recorde de desempregados --16,4 milhões** Grécia, um balanço do ajuste neoliberal: queda do PIB de 6% em 2011 ** desemprego de 17,5%** déficit público de 9%; vencimento de 14 bilhões de euros em dívidas até março (sem fundos)** preparação de um novo arrocho salarial exigido pelos credores** salto de 40% na taxa de suicídios desde o início do 'saneamento'


 
"Você prefere tratar um câncer localizado? Ou com ele espalhado por todo o corpo? É isso o que estamos fazendo: espalhando o câncer". (frase de um policial mobilizado pela dupla Kassab/Alckmin em mais uma 'operação definitiva' contra a Cracolândia, em SP; repressão a usuários da droga concentrados na região da Luz gera fuga para outros bairros e ruas adjacentes da capital. Folha de SP;05-01. Em 2009, Carta Maior publicou um ensaio fotográfico sobre o desafio da Cracolândia, abordando os dois lados do problema --o dos moradores e o dos usuários; a dupla Serra & Kassab então, prometia resolver 'de vez' o assunto.Veja: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16012)

A maquiagem da Cracolândia

Dois fatores fizeram os governos Alckmin e Kassab desencadearem uma operação policial na Cracolândia paulistana que não passa de vigarice político-eleitoral: as eleições municipais e – segundo informações da Folha de São Paulo – o medo de que programa do governo federal previsto para começar em breve rotule prefeito e governador como “inoperantes”.
Segundo a surpreendente reportagem do diário chapa-branca paulista que há anos acoberta o descalabro administrativo na capital e no Estado de São Paulo, “O alvo de preocupação da prefeitura e do governo estadual é o lançamento do programa federal Consultório de Rua”, que terá “Transporte de equipes de saúde em vans, com a marca do governo Dilma”.
É assustador o nível de delinqüência intelectual do governador e do prefeito. É inacreditável como essa operação fajuta não gerou nenhuma reação à altura, seja da Justiça, seja do Ministério Público, seja da imprensa. Mesmo a reportagem da Folha que denuncia as razões de essa operação ter sido desencadeada de afogadilho é discreta e suave, quando deveria ser dura e largamente difundida.
O que Alckmin e Kassab estão fazendo é apenas maquiar o problema. Mandaram a truculenta Polícia Militar expulsar os zumbis da Cracolândia sem se importarem com o destino deles, o que já faz com que se dirijam aos bairros no entorno dos Campos Elíseos.
A irresponsabilidade do prefeito e do governador de São Paulo é assustadora porque grande parte desses viciados está em crise de abstinência de crack, o que, como se sabe, torna o indivíduo violento e desesperado, podendo levá-lo a cometer qualquer ato criminoso para conseguir dinheiro para comprar a droga.
A maioria dos infelizes paulistanos – uma massaroca social incapaz de votar com o cérebro por estar acostumada a usar os pés  – está achando o máximo essa farsa que esses dois políticos caras-de-pau montaram. E continuará iludida, porque até que as urnas sejam fechadas, neste ano, a polícia tratará de impedir que se formem cracolândias pela cidade.
Devido à diáspora dos viciados e traficantes da Cracolândia original, a capital paulista, a esta altura, está infestada por centenas e centenas de pessoas desesperadas pela crise de abstinência, prontas a cometer qualquer atrocidade para conseguir meio$ de comprar a droga mortal.
Como bem estão dizendo os viciados que estão sendo expulsos, eles não têm para onde ir. E as autoridades estaduais e municipais reconhecem isso ao atribuírem “fases” ao processo que desencadearam, sendo que a primeira delas teria o objetivo de “sufocar” consumidores e desarticular o tráfico e só a segunda fase é que teria atendimento de saúde e social aos viciados.
Farsa, vigarice. É fácil expulsar os viciados. Difícil seria recolhê-los a centros de saúde e reabilitação que nem sequer existem. O importante, agora – para esses políticos sem-vergonhas –, é tirar a Cracolândia das vistas do eleitor e tratar de impedir que os viciados se reagrupem – pelo menos até as eleições. Depois volta tudo ao que era.
E se alguém pensa que o eleitor paulistano tem discernimento para perceber que só agora o governo do Estado – responsável primeiro pela Segurança Pública – e a prefeitura – segunda maior responsável – agiram, e ainda de forma inadequada, engana-se. Com ajuda da imprensa chapa-branca local, enganar esta cidade é o que há de mais fácil.

O gato por lebre do Professor Pires





Preste atenção: quando o assunto é petróleo – e energia – existe uma figura que é “arroz de festa” na mídia em geral: o senhor Adriano Pires, ex-diretor da ANP no Governo Fernando Henrique Cardoso, quando colocaram em leilão a área do poço de Tupi, o maior do pré-sal, pelo preço de um apartamento de quarto e sala na Zona Sul do Rio.
Hoje, o Sr. Pires volta à carga, e em dose dupla. É o homem da “eficiência privada”.
O problema é que o gato que nos vende como lebre tem o rabo de fora.
Vejam o que ele diz no Estadão:
“No petróleo, passou-se mais um ano sem que fosse realizado o leilão de áreas de exploração. Desta vez o argumento seria o impasse criado entre os entes da Federação em torno da distribuição dos royalties. O fato é que a ausência de leilões diminui a área de exploração, comprometendo o crescimento da produção futura de petróleo, diminui investimentos e geração de empregos e pode levar as empresas a procurarem outros países.”
Mas vejam só como o sr. Pires queima a língua: o site Upstream, especializado em petróleo, publica que o Brasil é o líder mundial em descobertas de petróleo nos nove primeiros meses de 2011 e não é preciso fazer muito esforço para saber que quem está descobrindo petróleo novo é, essencialmente, a Petrobras.
Pires apenas faz coro ao desejo das multinacionais de que entreguemos rápido novas áreas de concessão. O gargalo na produção de combustíveis não está em nossa capacidade de produção de petróleo, mas na capacidade de refiná-lo e é notório que o mercado financeiro pressiona a Petrobras para dirigir quase que exclusivamente seus investimentos para a extração, que dá mais lucro – e mais rápido – que o refino.
Ele fala que o etanol estagnou por “falta de políticas públicas”, mas não diz uma palavra sobre o fato de que o setor sucroalcooleiro – privado- reduziu a produção de etanol, mas deixou intocada a de açúcar, que está com altíssimos preços no mercado internacional.
Mas é quando analisa o setor elétrico que o professor Pires “entrega a rapadura”. Vejam o que ele diz:
“O leilão de energia elétrica A-5 – na verdade um leilão A-4 – realizado em dezembro retrata o atual equívoco do governo em não aproveitar o fato de o País possuir uma diversidade de fontes energéticas e estimulá-las. Se não, vejamos, a pouca presença das hidrelétricas no leilão se deve à não obtenção das licenças ambientais; as usinas termoelétricas se ausentam porque a Petrobrás alega não ter gás para comprometer seu fornecimento; e nas demais fontes, como as PCHs e a biomassa, o motivo da baixa presença são os preços pouco atraentes do leilão. Enquanto o carvão está sendo penalizado pelo preconceito de ser uma fonte altamente poluente. Às eólicas será imputada a responsabilidade de suprir a demanda mesmo sem linhas de transmissão para transportar a energia gerada no Nordeste para o centro de carga na Região Sudeste.”
Das novas hidrelétricas e termoelétricas, nem é preciso falar, para qualquer um que analise o impacto de Belo Monte, mesmo com o projeto tendo sido adequado (e encarecido) para minimizar os impactos ambientais. Carvão? Que coisa, professor Pires….
E as eólicas não dispõem de redes para “transportar a energia gerada no Nordeste para o centro de carga na Região Sudeste”? O senhor não passou nesta questão, professor Pires. É que o Nordeste é importador de energia elétrica e não “exportador para os centros de carga do Sudeste”. O sr. Pires? não deve ter lido  o Anuário Estatístico de Energia Elétrica –está aqui, em PDF – e desconhece – será? –  que o Nordeste tem é déficit de energia, uma vez que seu consumo é de 17,1% da energia do país e sua geração é de apenas 11,9%?

Ah, mas o rabo do gato que era vendido como lebre fica evidente quando se vai ler o que está escrito pelo mesmo professor Pires na edição de hoje do “Brasil Econômico”, em outro de seus magníficos artigos, este defendendo o aumento das tarifas de energia:
“As novas medidas deixam clara primazia pela modicidade tarifária em detrimento do equilíbrio financeiro das distribuidoras. Tal fato poderá reduzir a rentabilidade e comprometer o investimento que, por sua vez, acarretará punições que serão maiores caso a qualidade dos serviços fique abaixo do padrão estipulado.”.
Quer dizer assim: as elétricas tiveram lucros gigantescos, com os aumentos de tarifa sempre superiores à inflação e prestaram serviços abaixo do padrão estipulado. Agora, que o governo quer que repassem seus ganhos de produtividade ao consumidor residencial e industrial, isso vai comprometer os investimentos.
Certo, então devolvam as concessões.

Por: Fernando Brito

O porquê apoiamos a imprensa livre e democrática na luta contra o comunismo de Lula e Dilma


São as mesmas vozes que sempre cerraram fileiras na luta contra o bolchevismo ateu, aqueles que há muito lutam pelo bem da Pátria com isenção e imparcialidade contra o comunismo e a sublevação das classes populares.
Rede Globo
Gen. Figueiredo e Dr. Roberto Marinho

6ª Economia do Mundo. E não se defende da Globo

A pseudo-crise da distribuição das verbas do Ministerio da Integração foi obra exclusiva da Globo.

Clique aqui para ler “Enchente: a Globo manda na Dilma ?”; aqui para ler “Ministro afoga o PiG – III e a Globo acusa a Dilma”; e aqui para ler “Eduardo Campos, a Globo te espera na esquina”.

Não houve “desvio”, foi tudo autorizado pela Presidenta e não faltou verba para Estado nenhum.

Verba que tivesse projeto aprovado pelos técnicos.

São Paulo não recebeu o que deveria receber, porque não teve competência – a do Eduardo Campos – para realizar os projetos necessários.

A Globo criou a crise para derrubar um Ministro – para governar a Dilma, como diz o Oráculo.

O Governo administrou mal a crise.

Se faltou dinheiro no Rio, é porque, em parte, o Governo do Estado deu o dinheiro da prevenção à Fundação Roberto Marinho.

(E o Zé Cardozo vai investigar a Fundação Roberto Marinho ?)

Apanhado no contra-pé das férias, o Governo Federal custou a dizer que o Ministro não desviou nada – tudo feito pela mão da Presidenta e do Governador, porque Pernambuco – eficiente – tratou de se defender de uma circunstância trágica: três enchentes em dez meses.

O Governo deixou “molhar” para o PiG (*) a sensação de que levava as acusações a sério.

E passou mel na Globo.

Tudo isso se dá num ambiente de crise verdadeira – a chuva que cai sistematicamente num país tropical, no verão.

A questão estratégica é a prevenção.

A previsão da intensidade da chuva.

O Governo de Pernambuco gastou R$ 2 bilhões para consertar o estrago das três enchentes.

E vai usar R$ 500 milhões em obras de prevenção.

Essa é a questão central: gastar mais em prevenção e menos em conserto.

A Globo está interessada em discutir isso ?

Não, porque a Globo não tem compromisso com o Brasil (quando governado por um Presidente trabalhista).

A Globo quer que o Brasil se afunde (num Governo trabalhista).

Ética jornalistica ?

Nem com manobristas, como demonstrou o assim chamado jornal Hoje.

O mais grave, porém, é que a Sexta Economia do Mundo não tem como se defender de uma rede de televisão.

A rede de televisão dissemina o pânico e a insegurança, no meio da temporada de chuva.

Milhões de brasileiros atemorizados, a olhar para céu, com medo da tempestade.

Ligam na Globo em busca de informação, serviço público de urgência e têm a sensação de que o Governo é inepto, mantém um ministro pernambucano que toma a grana de Minas, do Rio e do resto do país, para aplicar em seu reduto eleitoral.

E não se vê informação sobre serviço público, assistência de emergência – nada disso.

Onde me abrigo ?

Vai chover ?

Como pego o Bolsa Aluguel ?

Nada !

O Governo não tem veículo, instrumento para informar, para prestar serviço.

O verão mal começou e a insegurança na região serrana do Rio, em Angra dos Reis, no Morro do Bumba em Niterói, em Santa Catarina só faz aumentar: “que Governo é esse, que não pensa em mim, e deixa esse pernambucano – logo um Nordestino, com esse sotaque ! – desviar o dinheiro que ia salvar o meu puxadinho “.

E os efeitos da Globo sobre a máquina da administração ?

Com que entusiasmo o burocrata do segundo escalão dos Ministérios das Cidades, da Integração, da Ciência e da Tecnologia vai se mobilizar para prevenir e consertar, se o Governo é essa desgraça que aparece na Globo ?

Se não existe um centro de informação de emergência que alcance o país inteiro.

Uma rede nacional.

Por que  não ir para o horário nobre e informar a população ?

Entrar imediatamente depois do jornal nacional.

Sete minutos por dia.

Vai dessarumar a grade da Globo ?

Quem ousaria ?

Se a CBF não mexe na grade da Globo, por que a Presidência da República ousaria ?

Viva o Brasil !

A Presidenta Dilma e seu (ainda ?) Ministro Bernardo, assim como o Presidente Nunca Dantes, se imobilizaram diante da Globo.

O Governo trabalhista do Brasil (exceção a Brizola) é refém da Globo.

Tem medo do Ali Kamel, dos lábios apertados da Patrícia Poeta, dos gráficos da Urubóloga e da respiração adjetivada da Zileida Silva.

Teme que a classe média se sensibilize com a lorota da “liberdade de imprensa” para os filhos do Roberto Marinho.

Experimente exercer a “liberdade de imprensa” num veículo da família Marinho, amigo navegante.

O que está em jogo é a Segurança Nacional.

O funcionamento das Instituições.

A eficiência do aparelho do Estado.

Nenhuma televisão do mundo Civilizado se invocaria o poder de interromper as férias do Presidente da República para enfrentar uma crise que ela, a televisão, engendrou e ampliou.

E no dia em que houver uma crise internacional ?

Vamos supor que Quinta Frota do Tio Sam vá para as milhas 201, ponha o canudinho lá embaixo e comece a  chupar o pré sal da Petrobrás para dar à Chevron do Cerra.

O que fará a Globo ?

Vai dar apoio à Quinta Frota, como o Roberto Marinho deu em 1964.

(E o historialismo oficial diz que o Golpe militar foi para evitar o Golpe do Jango que, gostava mesmo era de coristas…)

A TV Globo vai empunhar a bandeira americana e fazer com a Petrobrás tudo o que o colonista (**) Adriano Pires e o Davizinho pregam no PiG (*).

(E o Cerra prometeu à Chevron.)

O que vai fazer o Estado brasileiro ?

Ficará imobilizado, inerte, ligado na Globo.

Não vai fazer nada porque não tem como fazer.

Não sabe.

E se soubesse não teria como se defender da Globo.

É melhor a crítica desonesta, aética, ininterrupta – do Bom ? Dia Brasil ao jornal da Globo – do que o silêncio das armas.

Tudo bem.

E a Segurança do Estado ?

E a defesa dos cidadãos ?

Como cuidar disso ?

Acorda, Bernardo !

O Brasil é maior do que a Globo.

Não parece.


Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*)  que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

Redação Conversa AfiadaA Globo existiria na Rússia, na Índia ou na China ?

 
Não se faz omelete sem quebrar os ovos

O Conversa Afiada reproduz alguns tuiters do ansioso blogueiro a propósito da crise da chuva que a Globo impõe ao Brasil.

O Conversa Afiada não esquece do “caosaéreo”, também uma imposição da Globo ao Brasil, quando se dizia que o Lula não ligou o transponder do Legacy nem puxou o freio do avião da TAM em Congonhas.

Segundo Lula, foi a maior crise que ele viveu no Governo.

Uma crise criada e ampliada pela Globo.

Agora tem a chuva: uma questão de Segurança Nacional:

6a. economia do mundo não tem instrumento para enfrentar a Globo


se marte invadir o Brasil, Governo não tem como avisar em rede nacional


se a 5a. Frota chupar o pré-sal, a Globo fica a favor e o Governo não tem como enfrentar


a globo é uma questão de Segurança Nacional – não é, Celso Amorim ?


se houver uma catastrofe nacional, como o Governo chega ao cidadão – sem a Globo ?


o conselho de segurança nacional já pensou – e se os EUA invadirem e a Globo for a favor ?


churchill só ganhou a guerra porque tinha a BBC para dar os discursos dele


com a globo, 6a. Economia não chega a 5a.


se a globo decidir não dar mais noticia sobre o brasil ?


e se o slim comprar a globo ? como o Governo vai falar ao cidadão ?


o Chefe do Estado Maior gosta de ser refém da Globo ?


sem a bomba e com a Globo, o Brasil não chega lá


o pré-sal é nosso ! tem certeza ? a Globo concorda ?


existiria uma Globo na Russia, na India ou na China, Bernardo ?



Paulo Henrique Amorim

A Globo manda na Dilma ?

Depois de assistir à tentativa do Ali Kamel de governar o Governo Dilma, através do jornal nacional, o ansioso blogueiro ligou, aflito, para o Oráculo de Delfos.

Ele se preparava para assistir à novela e não gostou da intempestiva ligação.

- Oráculo, me acuda, o que a Globo quer ?

- Governar o Governo Dilma, me parece óbvio. Você sabe que horas são ?

- Sim, caro Oráculo, mas estou ansioso.

- Você É ansioso. Calma. Por que tanta ansiedade?

- A Globo simplesmente ignora as explicações. Não quer saber. Só faz repetir o que o Estadão disse há dois dias e já foi desmentido mil vezes.

- Meu filho, se a coisa ficasse só no Estadão não passaria de Resende, como você costuma dizer.

- É, mas a Globo entrou no barco.

- E só por isso a coisa se tornou importante. O Governo é refém da Globo.

- Calma, Oráculo, você ai já foi longe demais.

- Você sabe por que o Fenando Bezerra mandou dinheiro para Petrolina, a terra dele ?

- O Ali Kamel diz que é politicagem.

-O dinheiro foi para um Quartel do Exército. E você sabe por que ?

- Não faço a menor ideia.

- Porque daquele quartel do Exercito saem carros-pipa para abastecer de água pequenas cidades de Pernambuco, Bahia e Ceará.

- Mas, por que a Globo não diz isso ?

- Ora, faça-me um favor. Quero ver a minha novela.

- Mas, Oráculo, um minutinho.

- O dinheiro do Ministério da Integração que foi para Pernambuco foi aprovado pela Dilma, pessoalmente, não foi por politicagem do Fernando Bezerra Coelho. E Você sabe por que ?

- Porque Pernambuco teve três enchentes em dez meses, eu li no Conversa Afiada.

Mas, não foi só por isso. É porque o Eduardo Campos, esse governador de Pernambuco, que é mais competente que todos os governadores da Oposição juntos, preparou os projetos, chamou os técnicos e conseguiu aprovar tudo.

- É … e São Paulo ficou sem receber dinheiro porque não tinha os projetos. Você tem razão. Eu li no Conversa Afiada.

- A Globo quer governar o Governo Dilma. Posso desligar, perguntou o Oráculo, com uma certa rispidez.

- Pera aí: governar, como ?

- Demitir um Ministro. Ela não derrubou o Pimentel. Não tinha notícia, veio a chuva, ela resolveu derrubar o Fernando.

- Por que ele é nordestino ?

- Em parte. Esse negócio aí que você chama de PiG (*) tem a reportagem pronta na gaveta: Ministério da Integração, Ministro nordestino, roubalheira na certa. É só mudar o nome do Ministro e os valores. Eles já têm tudo pronto.

- E a Dilma agiu certo ? Ela mandou a Gleisi correr para administrar a crise …

- Que crise, rapaz ? A crise do carro-pipa ? Me poupe !

- E a Dilma ?

- Foi ponta firme. A Presidenta tem que saber de tudo. Ela é a responsável. Ela é que foi eleita pelo povo. Não foi nenhum ministro.

- E essa história de que o Eduardo Campos ficou chateado porque ela se meteu no Ministério do Fernando ?

- Me poupe. O Eduardo é cobra criada. A Presidenta manda em tudo. Ela intervém onde quer. Pergunte a um Secretário do Eduardo como ele funciona. Ele se mete em tudo !

- Mas quem manda no Governo Dilma é a Globo … disse o ansioso blogueiro.

- Deixa eu ver a minha novela. Passar bem !

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Tucano, amigo do Aécio, propõe lei para prender quem denunciar roubalheira de candidatos corruptos


Dep. Bonifácio Andrada (PSDB/MG), Aécio Neves e Anastasia em campanha.
Projeto de lei quer prender quer denunciar alguma roubalheira de candidatos corruptos.
Serrá o efeito da Privataria Tucana?

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), da bancada do tucano Aécio Neves, apresentou um projeto de lei (PL 2.301/11) que proíbe o eleitor de conhecer folha corrida de determinados crimes dos candidatos durante o período eleitoral.

O projeto determina a proibição de divulgação ou publicação de qualquer "sindicância, procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal" relativos a ilícitos cometidos por candidatos durante o período da campanha.

Cadê o PIG (Partido da Imprensa Golpista) para vociferar pela liberdade de imprensa? Cadê o Instituto Millenium?

Cadê os indignados marchadeiros? E os demo-tucanos que falavam em ficha limpa?

A proposta de "mordaça eleitoral" foi divulgada pelo próprio PSDB, no informe que destaca as iniciativas de parlamentares da bancada Congresso.

De acordo com o projeto, quem noticiar a roubalheira de um candidato corrupto, é quem irá preso (por três a oito anos), além do pagamento de multa de R$ 2 mil a R$ 15 mil. Isso por ter importunado a eleição do candidato ladrão.

Caso a divulgação seja feita por funcionário público, o texto prevê que ele fique suspenso de 30 a 60 dias ou ainda suspensão de 90 dias. Em caso de reincidência, pode ser punido com demissão.

Quando banqueiros se tornam gângsteres