Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O TAMANHO DA VITÓRIA DO NUNCA DANTES l e ll


No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu. Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.



O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.

O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.

O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.

O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.

Caiu a Stalingrado tucana.

O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.

O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.

Falta cair Moscou.

O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.

Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.

O Nunca Dantes derrotou o Supremo.

Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.

O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.

O Nunca Dantes derrotou os 18′.

A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.

Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.

O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.

O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.

O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.

O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.

Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.

O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.

A derrota de Haddad seria um tiro no peito.

Por isso o PiG (*) e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.

Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o  reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo. 


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

NUNCA DANTES: 


O TAMANHO DA VITÓRIA – II

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição:
Basta ler os títulos da seção “Política” do jornal Valor:

- PT comandará a maior parcela dos orçamentos municipais: R$ 77 bilhões (para governar em benefício dos pobres – PHA);

- Violência, um tema em ascensão para 2014, em São Paulo;

- Haddad finca a bandeira do PT no centro da cidade de São Paulo;

- PT sai reforçado para a disputa do Governo de São Paulo em 2014;

- Vitória em SP amplia coesão e cacife de Lula no PT;

- “Provou-se que o sistema político suporta o desgaste do mensalão”, Renato Lessa;

Na Folha (*):

- Com a vitória em SP, PT vai governar o maior número de eleitores;

- Em relação a 2008, o total de eleitores governados por prefeitos petistas crescerá 29%;

- Os tucanos vão governar MENOS 3% de eleitores;

- Os tucanos vão governar MENOS 12% de prefeituras.

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição.
Mas, ninguém no Partido tem mais grana e PiG (*) do que ele.
Ele saiu “revigorado” da derrota para o Haddad.
E com o Supremo no coldre.

Paulo Henrique Amorim




(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Brasil ignora o mensalão e faz do PT partido mais votado em 2012


 *O PT saltou de 554 prefeituras em 2008 para 636 neste 2º turno; o PSDB caiu de 789 para 698 ** o PSB passou de 310 para 442** PT, PSD e PSB foram os partidos que ampliaram sua presença no total de prefeituras do país no pleito encerrado neste domingo.
O DIA SEGUINTE À VITÓRIA
Nem o gigantismo da cidade, nem o valor do seu orçamento, ainda que isso tenha um peso objetivo óbvio, elucidam porque o pleito em  SP se transformou  no principal  foco de atenção da mídia e do interesse do país.  O que distinguia o embate aqui como a  disputa-chave das eleições de 2012  era o confronto direto entre duas concepções de país, duas visões de democracia e duas propostas de desenvolvimento. Um julgamento de recorte nitidamente conservador desse antagonismo  está sendo levado a cabo no STF há mais de 40 dias. No das urnas, venceu a agenda personificada por Haddad, com o desassombro de Lula. No auge da crise de 2005/2006, quando a oposição ensaiou um movimento de impeachment contra o Presidente Lula, o escritor  Fernando Veríssimo lembrou  em uma crônica, o desalento do militante anônimo do PT, "....aquele  sujeito agitando a bandeira vermelha, sozinho na esquina, porque acreditava, porque confiava'. A melhor forma de SP trazer de volta esse espírito de desprendimento engajado é chamar a cidade a assumir as rédeas do  seu destino. Abrindo discussão imediatamente sobre o futuro com a cidadania.

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A eleição de 2012 entrará para a história. Esforço que envolveu toda a grande imprensa, partidos de oposição e as cúpulas do Poder Judiciário e do Ministério Público, tentou gerar “efeitos políticos” – leia-se uma monumental derrota do Partido dos Trabalhadores e, por conseguinte, do ex-presidente Lula – nas eleições municipais.
Ao fim da tarde de 28 de outubro, porém, no grupo de mídia que mais se empenhou em destruir um partido e o maior líder político da atualidade no Brasil, o jornalista Willian Bonner, com expressão de choro estampada no rosto, teve que admitir que o processo eleitoral deste ano terminou com uma vitória histórica desse partido.
Se o PT não vencesse a eleição em mais nenhuma parte, vencendo só em São Paulo já seria uma derrota sem par do consórcio demo-tucano-pepessista-midiático-judiciário. A vitória retumbante de Fernando Haddad, porém, somou-se a mais de 17 milhões de votos que fizeram o PT emergir do primeiro turno como o campeão brasileiro de votos.
O caráter histórico das eleições de 2012 também se fará acompanhar pelo fenômeno político e social que eclodiu, com o povo brasileiro simplesmente ignorando uma campanha de difamação de Lula e do PT pela mídia que, ao todo, durou 7 anos, mas que, nos últimos três meses anteriores a este 28 de outubro, atingiu as raias do inacreditável.
Centenas de milhões de dólares foram gastos pela grande imprensa brasileira na busca desesperada por fazer o povo brasileiro votar como queriam colunistas, editorialistas e articulistas de jornais, revistas, televisões e rádios. Tudo em vão. O brasileiro, mesmo bombardeado por acusações ao PT, ignorou e deu quase 20 milhões de votos ao partido.
Ao fim, mais uma vez o Brasil e o mundo se voltam a um retirante nordestino que chegou a São Paulo com a roupa do corpo, sofreu o diabo com privações e humilhações e, assim mesmo, tornou-se o pesadelo de uma elite que, desde o descobrimento, jamais teve o menor vínculo com a realidade, preferindo crer nas mentiras que ela mesma inventa.
Viva a Democracia!
Viva a Verdade!
Viva Fernando Haddad!
Viva São Paulo!
Viva o PT!
Viva Luiz Inácio Lula da Silva!

18′: IRINEU, MANDA O KAMEL EMBORA !

Todo o soft-power da Globo foi dedicado à Obra Magna do Governo Ayres Britto. E o Kamel jogou tudo no lixo !

Ataulfo Merval e Ali "Nós não somos racistas": o soft- power já teve mais poder

Quanto valem, amigo navegante, 18′ no jornal nacional ?

Uma fábula, não é isso ?

E a desmoralização ?

Fazer uma publi-reportagem de 18′ e não dar em nada ?

Desperdício e desmoralização – foi o que o Ali Kamel conseguiu com os históricos 18′ do jornal nacional sobre a Obra Magna do Governo Ayres Britto.

Deu errado.

Primeiro, que o Edu foi à PGR para obrigar a Globo a explicar como se utiliza de um bem público – o espéctro elétro- magnético-  para fazer propaganda eleitoral.

Depois, foi uma malversação de recursos intelectuais e profissionais.

Todo jornalismo da Globo passou meses a trabalhar no cronograma do trabalho no STF.

Com a precisão com com que o Master central entra e sai de breaks nacionais para regionais.

E o STF, pronto,  a tempo e hora.

Todo o soft power global  conseguiu que Peluso votasse e Zavascki não votasse.

Deu tudo certo.

Até o Senado ajudou.

Nesse ponto, então, a contribuição do Ataulfo Merval de Paiva foi decisiva.

Quantos milhões de dólares não gastou a GloboNews com a cobertura 24 horas por dia, todo dia de julgamento ?

E tudo isso para o Ali Kamel jogar no lixo.

Em 1989, o jn ajudou a eleger o Collor contra o Lula, numa “edição” do debate e um notável editorial de Alexandre Maluf Garcia.

Em 2006, o mesmo Kamel levou a eleição do Lula para o segundo turno, mesmo que tenha sido necessário ignorar o desastre do avião da Gol.

Agora, a Globo impediu que as pesquisas com Haddad na liderança chegassem ao jornal nacional.

A Globo fez tudo certo.

E o Haddad, que não é poste, ganhou com a mesma confortável diferença com que a Dilma derrotou o Cerra.

O que errado, Roberto Irineu ?

O Kamel.

Ele  “perdeu a mão”.

Ou o problema é mais em cima.

Na própria Globo.

Que usa o espectro elétro- magnético como quer.

Impune.

Por enquanto.

Porque o pobre não é bobo.

Paulo Henrique Amorim


domingo, 28 de outubro de 2012

Neste domingo, o Brasil se chama São Paulo

























A grande vitória política que está ao alcance do PT

O PT tem uma grande vitória política ao seu alcance no segundo turno das eleições municipais que ocorre neste domingo. E essa vitória não se resume à possibilidade de uma vitória de Fernando Haddad na maior cidade do país. No ano em que o conservadorismo e seus braços midiáticos sonhavam com a derrocada do partido, em meio ao julgamento do mensalão, o julgamento do voto popular subjugou o processo que pretendia colocá-lo de joelhos. O PT não só está fazendo a maior votação do país, como renovou seus quadros e está abrindo uma nova possibilidade de futuro para políticas que enfrentam grande resistência.


O Partido dos Trabalhadores (PT) tem uma grande vitória política ao seu alcance no segundo turno das eleições municipais que ocorre neste domingo (28). E essa vitória não se resume à possibilidade de uma consagradora vitória de Fernando Haddad em São Paulo. A sua dimensão maior é de natureza política. E não é nada pequena. 

Há cerca de quatro meses, lideranças da oposição ao governo federal (se é que ela tem hoje nomes que mereçam esse título) e a maioria dos colunistas políticos dos jornalões e grandes redes de comunicação apostavam que o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) destroçaria o PT nas eleições municipais. Numa curiosa coincidência, o processo no Supremo adequou-se ao calendário eleitoral, especialmente no primeiro turno. A pressão era intensa e permanente para que o julgamento fosse concluído dentro do calendário eleitoral.

A frustração dessa expectativa foi total. O PT foi o partido mais votado no país, venceu 626 prefeituras (12% a mais do que em 2008), somando mais de 17 milhões de votos. Além disso, aumentou em 24% o número de vereadores e vereadoras, que chegou a 5.164. E levou 22 candidatos para disputar o segundo turno. Mas esse êxito não se resume aos números. O saldo político é muito mais significativo. Essas foram as eleições realizadas sob o contexto do “maior julgamento da história do Brasil”, como repetiram em uníssono colunistas políticos e lideranças da oposição. Ironicamente, o julgamento das urnas talvez seja, de fato, um dos mais impactantes da história do país, fortalecendo o projeto do partido que comanda a coalizão que governa o país há cerca de dez anos e impondo uma derrota categórica ao principal projeto político adversário representado até aqui pelo PSDB, seu fiel escudeiro DEM e pequeno elenco.

E essa derrota, é importante destacar, tem um caráter programático. É a derrota de uma agenda para o Brasil e a vitória do programa que vem sendo implementado na última década com ampla aprovação popular. Não é casual, portanto, que a oposição já comece a flertar com integrantes da própria base de apoio do governo federal numa tentativa de cooptar novos aliados para seu projeto que faz água por todos os lados. 

Esse conjunto de fatores indica que o principal vitorioso nessa eleição não é nenhuma liderança individual, mas sim um partido que conseguiu sobreviver a um terremoto político, reelegeu seu projeto em nível nacional duas vezes e agora, como se não bastasse tudo isso, renova suas lideranças com quadros dirigentes que aliam capacidade intelectual com qualidade política. 

Independente do resultado das urnas neste domingo, nomes como Fernando Haddad, Márcio Pochmann e Elmano de Freitas já representam a cara de um novo PT, fortalecido pela tempestade pela qual passou, pelas experiências de governo e, principalmente, pela possibilidade de futuro.

Essa possibilidade de futuro é representada por um conjunto de políticas que enfrentam grande resistência por parte do conservadorismo brasileiro: Reforma Política, nova regulamentação para o setor de comunicação, colocar a agenda ambiental no centro do debate sobre o padrão de desenvolvimento que queremos, fazer avançar a reforma agrária, fazer a educação pública brasileira dar um salto de qualidade, recuperar a ideia do Orçamento Participativo para aprofundar a democracia e abrir mais o Estado à participação cidadã, acelerar a integração política, econômica e cultural sulamericana, entre outras questões. 

A “raça” petista não só não foi destruída, como sonhavam algumas vetustas lideranças oposicionistas que despontaram para o anonimato, como sai agora fortalecida no final do ano que era apontado como o do “fim do mundo”.

Mas as vitórias quantitativas do PT dependem de algumas condições para se confirmarem como vitórias políticas qualitativas. Uma delas diz respeito à vida orgânica cotidiana do partido que deve ser um espaço de pensamento e organização social, com a participação regular dos melhores quadros pensantes do país. 

Uma das razões dos sucessos eleitorais do PT, que a oposição político-midiática teima em não reconhecer (para seu azar) é o profundo enraizamento social que o partido atingiu no país; a famosa capilaridade que faz com que o PT seja a principal referência partidária brasileira. Esse é um capital político acumulado extraordinário que pode ser multiplicado se não for usado apenas como espaço eleitoral, mas, fundamentalmente, como um espaço de defesa da democracia e do interesse público, de discussão do Brasil e da construção de uma sociedade que supere o paradigma mercantilista que empobrece as relações humanas, destrói a natureza e privatiza a vida e o saber.

A militância petista tem todos os motivos do mundo para estar orgulhosa e esperançosa neste final de ano. Afinal de contas, o julgamento do voto popular subjugou o processo que pretendia colocar o partido e sua principal liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de joelhos. Não conseguiram. 

Este é, obviamente, um texto otimista que não está considerando os inúmeros problemas – organizativos e programáticos - que precisam ser enfrentados no PT, assim como nos demais partidos da esquerda brasileira. Mas esse otimismo, mais do que justificável, é a expressão da voz do povo brasileiro que sai das urnas mais uma vez. A nossa democracia tem muito o que avançar, os problemas sociais ainda são grandes, mas o aprendizado político desses últimos anos abre uma extraordinária possibilidade de futuro. Que o PT e seus aliados tenham a sabedoria de ouvir a voz que sai das urnas. É uma voz de apoio, de sustentação, mas é também uma voz que quer avançar mais, participar mais e viver uma vida com mais orgulho e ousadia.

São Paulo amadureceu pela dor

São Paulo está dando o primeiro passo para começar a se livrar de uma quadrilha formada por dois partidos que, há uma década, apesar de subsistirem em terras paulistas, o Brasil vem rejeitando progressivamente: o PSDB e o DEM. E por um consórcio de impérios de comunicação que atingiu o porte paquidérmico que tem hoje graças às incontáveis arcas de dinheiro público que recebeu da ditadura militar pelos favores que lhe prestou.
José Serra, o lunático que o povo de São Paulo ora manda para a aposentadoria, tem todas as características de capo: autoritário, impiedoso, preconceituoso, truculento, cínico e, segundo o livro A Privataria Tucana, desonesto – sua filha e outros parentes, enquanto o governo federal do PSDB vendia patrimônio público a preço de banana, recebiam milhões e milhões de dólares de remessas inexplicáveis do exterior.
Mas o que impôs a Serra a derrota acachapante da vez não foram os questionamentos éticos que, por um misto de cumplicidade da grande imprensa e de covardia de seus adversários políticos, (ainda) não estão sendo apurados, em que pese a CPI aprovada pela Câmara dos Deputados para esse fim, a qual, segundo se sabe, deverá ser instalada no início do próximo ano, na volta dos trabalhos do Congresso.
Como o tema é a eleição em São Paulo, o que se tem que analisar é que tudo o que está acontecendo se deve a que a cidade cometeu um erro fatal em 2004 e outro ainda maior em 2008 e tais erros lhe cobraram um alto preço.
Marta Suplicy foi eleita em 2000 com a missão de reparar a devastação praticada por Paulo Maluf e Celso Pitta na prefeitura ao longo da década de 1990, quando protagonizaram o primeiro grande erro dos paulistanos, o de negar voto a Eduardo Suplicy, indicado por Luiza Erundina, que fizera trabalho saneador da cidade após outra gestão catastrófica, a de Jânio Quadros, que, a exemplo das de Maluf, Pitta, José Serra e Gilberto Kassab, viu máfias se instalarem por toda a administração municipal.
Por omissão criminosa da grande imprensa paulista, São Paulo não sabe que a gestão Kassab está “sub judice”, com vários secretários e o próprio prefeito sendo acusados e investigados pelo Ministério Público por conta das novas máfias que se instalaram na administração municipal de forma a, por exemplo, lucrar com a liberação de construção de imóveis.
A mídia que a ditadura militar legou ao Brasil, porém, escondeu tudo isso do eleitor paulistano no âmbito de sua luta insana contra o Partido dos Trabalhadores, que já remonta a quase a um quarto de século (desde 1989).
Todavia, ainda em 2004, quando a excelente gestão Marta foi interrompida aos meros quatro anos (os grupos políticos de direita que governaram a cidade tiveram todos oito anos) assim como ocorreu com a de Erundina, já se sabia que a retomada das práticas criminosas e socialmente irresponsáveis que a direita iria impor à cidade cobrariam desta um preço, de forma que a conscientização do paulistano sobreviria, se não pelo amor (racionalidade), ao menos pela dor.
A cidade, pois, foi entregue a dois homens que utilizariam a administração municipal como trampolim para seus projetos políticos. Serra ficou no cargo pouco mais de um ano, pois se candidatou a prefeito em 2004 apenas para ganhar musculatura e recursos para disputar o governo do Estado dois anos depois, governo que também abandonaria para disputar a Presidência da República em 2010.
Kassab, assim como o padrinho político, também abandonou São Paulo na mão de assessores corruptos para montar um partido político, o PSD, que reúne, se não o que de pior havia no PSDB e no DEM, boa parte do lixo político que infecta esses partidos.
Enquanto Serra e Kassab se dedicavam aos seus projetos políticos, o caos foi se implantando na capital paulista. Violência, criminalidade, falta de mobilidade urbana, sujeira, abandono da população de rua (que explodiu), serviços públicos de quinto mundo, piores salários de servidores municipais, corrupção desbragada… Ufa! São Paulo, que quando Marta deixou o governo era uma cidade complicada, chegou ao inferno.
E a São Paulo de hoje não é ruim apenas para os pobres, apesar de, para estes, ser muito pior. É ruim também para os ricos. A cidade viu, nessa administração nefasta que caminha para o ostracismo e para a vergonha histórica, ocorrerem até o que nunca antes ocorrera: enchentes em bairros ditos “nobres”. Isso sem falar que a cidade é hoje uma praça de guerra com dezenas de assassinatos todos os dias, sobretudo à noite.
A eleição de Fernando Haddad é, portanto, o primeiro passo para tirar não só a capital paulista das mãos da quadrilha demo-tucano-midiática, mas, sobretudo, o governo do Estado, pois São Paulo está encolhendo diante de um Brasil que cresce e se desenvolve como nunca se viu, tudo graças a um grupo político que governa fechando as portas às políticas públicas do governo federal que estão fazendo outras regiões progredirem muito mais.
O povo de São Paulo precisou passar pela autoflagelação que se impôs com a eleição do atual grupo político que governa a cidade de forma a acordar. E, repito, se não foi pelo amor, foi pela dor que amadureceu, pois eleição é coisa séria, não pode ser confundida com as disputas retóricas do futebol, mas o paulistano, instigado pela mídia partidarizada e irresponsável, vinha votando com o fígado em vez de votar com o cérebro.

Se urna pode condenar, também pode absolver

Desde que, acima de qualquer outra, a vitória de Fernando Haddad ameaçou comprovar que o povo brasileiro não acredita na orgia midiática em torno do julgamento do mensalão, os mesmos pistoleiros da mídia que previram que o PT, além de ser “condenado” pelo Supremo Tribunal Federal, também seria condenado pelas urnas, mudaram o discurso.
Não há colunista, editorialista ou veículo integrante do Partido da Imprensa Golpista que, antes de se configurar a imensa vitória eleitoral que o PT teve em 2012, não tenha dito que as urnas se coadunariam com a mídia e com o tribunal de exceção de forma a condenarem o PT.
Após 7 de outubro, quando o PT se tornou, mais uma vez, o partido mais votado do Brasil ao mesmo tempo em que o conclave demo-tucano-midiático-judiciário mandava o Estado de Direito às favas e inaugurava a era dos presos políticos no país, esses pistoleiros da opinião passaram a dizer que “urnas não absolvem” o PT, como se este estivesse sendo julgado.
O PT não foi a julgamento, mas se o veredicto das urnas, segundo a pistolagem midiática, servia para condenar o partido, por que é, diabos, que não serve para absolver?
Pergunte-se, leitor, o que o PIG estaria dizendo se o PT tivesse sido arrasado eleitoralmente em todo o país. As manchetes, inequivocamente, seriam no sentido de que o povo, assim como o STF, condenou os “mensaleiros”, o PT e Lula, ainda que estes dois últimos não tenham sido sequer acusados formalmente.  Portanto, as urnas absolveram, sim, Lula e o PT.

Blogueiro viaja nesta segunda durante duas semanas

Tive que esperar passarem as eleições para fazer a última viagem de negócios do ano. Devido ao tempo que investi para ajudar a evitar que o golpe político demo-tucano-midiático-judiciário tivesse êxito, a viagem que começo a empreender a partir desta segunda-feira se estenderá por 16 dias, durante os quais visitarei vários países sul-americanos. Contudo, como sempre, isso não impedirá que continue atualizando o blog diariamente.

sábado, 27 de outubro de 2012

Concessionária pública pode sonegar informação?



Bilhete Único de 6 horas é ideia de Levy Fidelix. O resto é cópia.

Mobilidade urbana é o tema mais discutido entre Serra e Haddad. O plano de Levy Fidelix para ampliação da duração do Bilhete Único de 3 para 6 horas entrou na pauta dos debates entre ambos os candidatos.
Clique e confira o vídeo com a ideia original: “Levy Fidelix garante Bilhete Único de 6 horas”.
No PRTB


Concessionária pública pode sonegar informação?

:
Novo diretor da Central Globo de Jornalismo instala emissora no centro das dúvidas jurídicas sobre até onde vai o poder de uma empresa que depende do aval do Estado para funcionar; Ali Kamel apresentou sua mão de ferro ao público ao ordenar a não divulgação de pesquisa eleitoral que apontava larga vantagem de Fernando Haddad sobre José Serra, na eleição de São Paulo, porque resultado desgostou João Roberto Marinho; atenção ao patrão deixou William Bonner, do Jornal Nacional, e William Waack, do Jornal da Globo, com cara de Homer Simpson; sem protestar, eles aquiesceram à lei de silêncio
No 247

HADDAD TRUCIDA CERRA NA GLOBO


A Globo testemunhou o eclipse da “elite da elite” dos tucanos. E a ascensão de um novo líder petista.



É um absurdo que o debate final da campanha de prefeito de São Paulo tenha que se submeter à programação da Globo e comece às 23h03, quando o espectador dorme ou está na pizzaria.

Mas, se o Supremo Tribunal de Salém segue a programação da Globo e a FIFA também, o que dizer ?

Haddad trucidou Cerra.

Trucidou no capítulo Kassab, herdeiro de Cerra, que não fez os 150 corredores de ônibus que prometeu, não construiu os três hospitais que prometeu.

Haddad imprensou Cerra na questão da segurança, que, no coronelato tucano levou a uma epidemia de homicídios: 20 mortes em 24 horas.

Cerra começou a engolir saliva e a tremer a mão direita quando Haddad pressionou sobre a lastimável incompetência tucana na construção do metrô.

Haddad lembrou que a cada eleição os tucanos prometem obras do metrô que, depois da eleição, adiam.

É o caso da Linha 6, que foi prometida, não está licitada e passou a ser prometida para 2019.

E não adianta enrolar, porque o pessoal da Brasilândia sabe, disse Haddad.

Aí, Cerra usou o que poderia ser a bala de prata.

Pediu a Haddad para explicar por que os petistas foram condenados pelo mensalão no Supremo.

Haddad respondeu: talvez você saiba explicar melhor, porque o mensalão começou com os tucanos de Minas e será julgado.

No capítulo Educação, Haddad se permitiu dizer que Educação não é a raia do Cerra e deu uma breve aula.

Depois, quando Cerra disse que Haddad estava nervoso, Haddad explicou que estava, na verdade, indignado.

Porque Cerra diz na campanha o que a cidade não vive na vida real: “tua propaganda não reflete a vida da cidade”.

Cerra recuou.

Salivou.

Beijou a lona.

E quem disse que o Cerra é mais preparado ?

Haddad está indignado.

E Cerra não tem o que dizer.

A Globo testemunhou o eclipse da “elite da elite” dos tucanos.

E a ascensão de um novo líder petista.

O perigo agora é a edição que o jornal nacional fará no sábado desse debate em que Cerra acabou de perder a eleição.

Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Hoje, no Globo Repórter


TUCANO É SUSPEITO DE ESPALHAR BOATO SOBRE ENEM


Tucano teria retuitado matéria velha do Globo e postou no Globo para ferrar o Haddad.


     Conversa Afiada reproduz uma série de informações coligidas por Stanley Burburinho (quem sera ele ?) , que levam à suspeita de que a campanha de Cerra jogará sujo até a apuração do último voto.

Como diz o Ciro Gomes, o Cerra numa campanha é garantia de baixaria.

Não deixe de ler: “Estratégia de Haddad é uma luta contra o terrorismo do Cerra”.

PF VAI INVESTIGAR POSSÍVEL USO ELEITORAL DO ENEM



Texto antigo que anunciava cancelamento de exame de 2009 foi distribuído nas redes sociais

O GLOBO – Publicado: 25/10/12 – 23h56 – Atualizado: 25/10/12 – 23h56

BRASÍLIA — Uma mensagem falsa espalhou ontem uma onda de boatos nas redes sociais sobre o cancelamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está marcado — e confirmado — para os próximos dias 3 e 4 de novembro. O Ministério da Educação (MEC) informou que seu portal na internet chegou a sair do ar por alguns minutos, devido ao elevado número de acessos por parte de internautas que buscavam esclarecimentos. O assunto, que era de educação, acabou virando tema eleitoral.

De acordo com o MEC, a mensagem que deu origem à confusão partiu de Eden Wiedemann, identificado pelo MEC como um publicitário de Pernambuco. Em sites especializados em redes sociais, Eden é identificado como coordenador de mídias como Facebook e Twitter da campanha do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra. Procurada, a campanha de Serra disse que iria averiguar o caso e não confirmou se Eden trabalha ou não para o candidato. Ficou de responder, mas não retornou até o fechamento desta edição.

O ministro Aloizio Mercadante acionou a Polícia Federal para investigar o caso. Em sua página no Twitter, Wiedemann postou a seguinte mensagem na quarta-feira à noite: “VAI HADDAD!!! MEC confirma cancelamento das provas do Enem”. O texto escrito pelo publicitário era acompanhado de um link para matéria veiculada pelo portal Terra, em 2009, quando o Enem foi, de fato, cancelado. O título da referida matéria é: “MEC confirma cancelamento das provas do Enem”. No início da noite de ontem, ele voltou a postar a mensagem. Com ironia, comentou que os petistas estavam irados com a piada que fizera e diz que alguém começou a divulgar o cancelamento na terça-feira.

Segundo o MEC, uma busca no Twitter indicou que o primeiro usuário a enviar a mensagem teria sido Wiedemann. Os posts deram origem à hashtag “#EnemCancelado”, expressão criada para designar um assunto em debate. Logo espalhou-se pela rede uma onda de boatos. Diversos posts eram acompanhados de link para antigas matérias de sites noticiosos sobre a suspensão do Enem de 2009 ­— que ocorreu após um caderno de questões ter sido furtado na gráfica. Link antigo do site do GLOBO também foi utilizado indevidamente no Facebook, o que levou o jornal a postar em seu site alerta de que o Enem não fora cancelado.

O MEC usou as redes sociais para confirmar que o próximo Enem será aplicado em 3 e 4 de novembro. “O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 está confirmado para os dias 3 e 4 de novembro. Estudantes já começaram a receber os cartões de confirmação e também podem conferir os locais de aplicação das provas na página do exame”, dizia o texto do ministério.

Pela manhã, Mercadante declarou que está “tudo pronto” para a aplicação do exame.
— O primeiro Enem a gente nunca esquece.

Mercadante disse que houve reforço para a segurança na aplicação do exame. As provas, segundo ele, estão protegidas em 72 batalhões do Exército, PF, Polícia Rodoviária e Polícia Militar.

— Até agora esse trabalho já foi feito e não tivemos nenhuma dificuldade — afirmou. (Demétrio Weber)



Matéria do O Globo sobre o cancelamento do ENEM:

ESCLARECIMENTO: ENEM 2012 NÃO FOI CANCELADO



O GLOBO – Publicado: 1/10/09 – 0h00 – Atualizado: 1/10/09 – 0h00

RIO – Por motivo alheio à vontade do GLOBO, uma reportagem publicada no site em 2009, que noticiava o cancelamento das provas do Enem naquele ano, voltou a circular na rede via Facebook, aparecendo em listas de mais lidas da rede social, reproduzidas de forma automática em nossa homepage.

O GLOBO esclarece que o Enem 2012 não foi cancelado e que está tomando providências junto aos administradores da rede social para que a reportagem de 2009 saia das citadas listas do Facebook em nosso site.

O Eden Wiedemann também já prestou serviços para a Globo Nordeste:

1 – A pessoa que retuitou o texto com matéria falsa de 2009 sobre o cancelamento do ENEM, é o Coordenador de Social Media da campanha de Serra:

“25 DE SETEMBRO | 3a FEIRA

15h00 às 16h00 | ELEIÇÕES 2012: VOTOS, APRENDIZADOS E SOCIAL

A corrida eleitoral 2012 já vai estar quase no fim quando esse debate acontecer.

(…)

Eden Wiedemann (Coordenador de Social Media na campanha de José Serra), 

(…)”

http://raquelcamargo.com/blog/2012/09/debate-sobre-eleicoes-no-social-media-week/

2 – E me chamou de mentiroso quando eu disse que ele era o coordenador de social media da campanha de Serra. Veja:

RT @stanleyburburin: RT @RealEden: Que coisa feia, olha o stanley mentindo./Eu mentindo? Acho que não. Veja o meu próximo tweet:

2.1 – RT @stanleyburburin: RT @RealEden: Que coisa feia, olha o stanley mentindo./Eu mentindo? Acho que 

não. Veja o meu próximo tweet: – https://twitter.com/stanleyburburin/statuses/261609397237739520

2.2 – RT @stanleyburburin: @RealEden Olha vc aqui: “ELEIÇÕES 2012: Debate com Eden Wiedemann (Coordenador de Social Media na campanha de Serra)- http://is.gd/zkI0AF – 

http://twitter.com/stanleyburburin/statuses/261609561486659584

3 – E ele mora em São Paulo, mas é do Recife – PE: 

“Visão geral de Eden Wiedemann

(…)

Universidade Federal de Pernambuco”

http://br.linkedin.com/pub/eden-wiedemann/20/95b/6b8