Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vídeo sensacional – II Cerra é do beeem !

 
Do bem ? O FHC também

Na sua fase Globo Filmes, o Conversa Afiada divulga outra obra prima sobre os Privatas do Caribe.


Vídeo sensacional: eu não sou lixo ! Com Cerra e clã

 
A casa caiu !

Este talvez seja o melhor vídeo da safra Piratas do Caribe:


Protógenes dará entrevista coletiva sobre CPI da Privataria em São Paulo


O deputado Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), estará nesta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no auditório Teotônio Vilela, às 19 horas, para lançar a revista Protógenes Contra a Corrupção.

No evento, ele dará entrevista coletiva, onde falará sobre a instalação da CPI da Privataria, para destrinchar os esquemas de lavagem de dinheiro da "suposta" propina nas privatizações descritos no livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

O deputado fará um balanço das assinaturas para a instalação da CPI, além de explicar como será o trabalho da comissão.

De acordo com o convite do deputado, a revista em lançamento narra sua saga na Operação Satiagraha da Polícia Federal, e seus desdobramentos, incluindo tentativas de assassinato, traições e comenta como as perseguições, dentro e fora da PF, impactaram a vida pessoal dele e da sua família, além da colaboração do  professor Ricardo Wahrendorff Caldas (da Universidade de Brasília) para contar a história da corrupção no Brasil e seus mártires.

Em tempo: a entrevista coletiva será dada a tempo dos principais telejornais levarem os principais assuntos ao ar ainda hoje. Será que o telespectador da TV Globo só ficará sabendo de uma CPI sobre a maior roubalheira da história do Brasil depois que sair no Diário Oficial?

FHC e Sérgio Guerra também acabaram de malufar

O ex-presidente FHC rompeu o silêncio a la Maluf, negando até batom na cueca.

FHC quer comparar o livro "A Privataria Tucana" com o dossiê Cayman. O argumento é "tão bom" quanto o de Fernandinho Beira-Mar, ao se dizer pecuarista quando foi preso.

"A Privataria Tucana" reproduz documentos oficiais e autênticos da Junta Comercial de São Paulo, disponível para qualquer um confirmar até pela internet. Assim como documentos oficiais e públicos do Governo da Flórida, do Tribunal de Justiça, da CPI do Banestado, parecer oficial do Banco Central, etc.

Nada a ver com documentos falsificados. Aliás, se fossem falsos, então por que o PSDB não assina em peso a CPI da Privataria para provar são falsos e desmoralizar os adversários? Ora, por que sabem que são 100% autênticos e qualquer internauta pode comprovar, no caso da Junta Comercial e do governo da Flórida.

"A Privataria Tucana" é um livro editado e assinado. O dossiê Cayman era apócrifo. Por isso, nem Lula, nem o PT deram crédito ao dossiê Cayman na época que apareceu, mas todo mundo está sendo obrigado a dar crédito ao livro de Amaury, a ponto de passarem quase uma semana abafando, em vez de tentar desmentir.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, emitiu nota malufista semelhante, em seguida. É o fim do PSDB. Até quando quem não é corrupto dentro do ninho tucano vai ficar defendendo a corrupção alheia de seus correligionários?

PSDBOLSO

Amaury fez uma CPI em seis dias


A revista Carta Capital chegou às bancas com a notícia do livro do Amaury na sexta-feira da semana passada às 20 horas.

Simultaneamente, os primeiros exemplares do livro do Amaury chegavam às livrarias para que a venda começasse no sábado de manhã.

Na segunda-feira, o livro do Amaury vendeu a primeira edição.

A primeira notícia do PIG (*) saiu na Folha (**) nesta quinta-feira.

Nesta quinta-feira, o deputado Protógenes Queiroz conseguiu as assinaturas para criar a CPI da privataria.

Jamais se viu isso antes.

Paulo henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

ASSINE A PETIÇÃO PÚBLICA, PARA ABERTURA DA CPI DA "PRIVATARIA TUCANA". O MAIOR ROUBO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO DA HISTÓRIA .

Dr. Gurgel, recolha o passaporte de Serra: 172 assinaturas asseguram CPI da Privataria

O Dr. Gurgel deveria solicitar que José Serra (PSDB/SP), FHC e os demais protagonistas do livro "A Privataria Tucana" que entreguem seus passaportes, para garantir que fiquem a disposição da justiça e não fujam "a la Cacciola", pois o Deputado Protógenes Queiroz (PCdoB/SP) e Brizola Neto (PDT) conseguiram recolher 172 assinaturas, mais do que o necessário, para abrir a CPI da Privataria.

A casa caiu: Protógenes cria CPI !

A casa caiu:
Protógenes cria CPI !

Protógenes foi à forra

O deputado federal Protógenes Queiroz, em associação com o deputado Brizola Neto, completou 172 assinaturas e, assim, criou a CPI da Privataria.

Ele precisava de 171.

O 171º foi o deputado Juliano Rabelo, do PSB do Mato Grosso.

Como se diz na bandidagem, a casa caiu !

Antes o Conversa Afiada tinha publicado:


Falta uma assinatura para a CPI da Privataria


O deputado federal Protógenes Queiroz disse a esse ansioso blogueiro que tem 170 assinaturas para instalar a CPI da Privataria.


A casa começa a cair !

Por sugestão do deputado Protógenes Queiroz, a Comissão de Constituição de Justiça da Câmara, a mais importante, vai votar na terça-feira da semana que vem a convocação do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, para traçar um perfil biográfico não-autorizado do clã Cerra.


Paulo Henrique Amorim

Os privatas deixaram a Vale a ver navios

 
O Doceorion, da Docenave, agora se chama Castillo de Guadalupe, e pertence à empresa espanhola Elcano .

Agora que o lançamento do livro “Privataria Tucana” reacendeu o debate sobre as privatizações e trouxe como personagem principal da trama o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio Oliveira, é hora de juntar este assunto com outro, também do momento, que foi o anúncio, pelo atual presidente da Vale, de vender os meganavios encomendados por seu antecessor, Roger Agnelli, no exterior.
Murilo Ferreira disse que a Vale não quer ser uma grande operadora de frete e, certamente, não podia dar outros sinais depois que o primeiro meganavio recebido pela empresa, o Vale Brasil, teve atracação recusada em portos chineses e acabou fazendo meia-volta e descarregando na Itália e o segundo, o Vale Beijing, quase naufragou por rachaduras nos tanques de lastro ao ser carregado para sua primeira viagem comercial.
E falou em desfazer-se dos navios, o que vai ser uma operação complicada e, certamente, carregada de prejuízos.
O comércio de minério de ferro, pelo volume e tonelagem que ele implica, sempre foi muito dependente do transporte.
Saltando a etapa mina-porto – onde a estrada de Ferro Vitória-Minas marca a mais que centenária importância da ferrovia no setor, o transporte marítimo sempre se conformou pelos objetivos estratégicos de nossa exportação. No final dos anos 50, o Japão renascente da 2ª Guerra Mundial era o alvo e um projeto ambicioso começou a ser traçado. De lá, importamos um estaleiro – o Ishikawajima, então um dos maiores do mundo – e para lá começamos a nos preparar para mandar minério, com a criação da Docenave – a frota mercante da Vale – em 1962 e o com a construção do primeiro porto para meganavios, o de Tubarão, em Vitória, casado com uma usina de produção de pellets (pelotas de ferro, com maior quantidade de minério por volume) e uma siderúrgica, a CST.
Nossa frota cresceu rapidamente: de 1,5 milhão de toneladas de porte bruto em 1970 para 8 milhões em 1986. Neste total estavam incluídos os, então, dois dos maiores navios mineraleiros do mundo, o Docefjord e o Tijuca, de 300 mil toneladas de porte bruto, e construídos no Brasil.
A segunda metade dos asnos 80 e a década de 90 marcaram a estagnação, quando não o retrocesso, desta atividade. Durante praticamente toda a década de 90 e nos dois primeiros anos do novo século, o preço do minério também se manteve baixo – depois de chegar a US$ 15 por tonelada, só em 2004 voltou a alcançar este preço.
Ainda assim, a frota da Docenave dava lucro. Em 2001 e 2002, seus últimos anos de operação plena, antes do desmonte levado a cabo por Roger Agnelli, este andava na casa de US$ 30 milhões.
Mas o furor vendedor dos dirigentes, agora privados, da Vale não considerou um processo de reengenharia e modernização da Docenave. Passou, sim, e rapidamente, nos cobres. Por pouco mais de US$ 130 milhões, entregaram-se 14 navios e 20 anos de experiência neste ramo naval. Se houve maracutaia? Sabe-se apenas que o mercado de armadores é pródigo em negócios estranhos à honestidade e à ética.
Embora pareça – e seja – pouco dinheiro por tantos navios, é bom lembrar que, na época, isso equivalia à receita de 10 milhões de toneladas de minério de ferro. Hoje, porém, nem mesmo um décimo disso.
Só que o preço do minério subiu, dobrou de valor entre 2004 e 2006 e em janeiro de 2008 havia dobrado outra vez, chegando a US$ 60 dólares por tonelada. A sede chinesa por minério parecia não ter limites e a Vale só não vendia mais por falta de navios para embarcá-lo.
E aí o açodamento de Agnelli foi na direção oposta: correr com encomendas enormes, de navios gigantes, para carregar para a China o máximo que pudesse e o mais rápido que pudesse o minério cujo preço disparava.
A contrário de Juscelino, que trouxera o Ishikawajima do Japão para produzir navios para levarem ferro ao Japão, a visão de operador de caixa de Agnelli impediu-o de fazer o mesmo com a China e, desta vez, nós é que fomos fazer lá os navios. O argumento? O preço dos estaleiros asiáticos e a rapidez com que poderiam entregar uma frota de imensas naves.
O barato está, como se sabe, saindo caro aos acionistas da Vale, dos quais o Governo é o maior. Nem os chineses querem que a Vale domine o transporte de minério, nem os navios tiveram uma estréia auspiciosa.
Os chineses não teriam resistido a uma negociação que envolvesse a expansão para cá de seu parque de estaleiros e arregalariam os olhinhos puxados com a possibilidade de, além dos granéis secos, produzirem os petroleiros que precisam para levar para lá a parte exportável do pré-sal.
Tenham ou não existido desvios neste vende-compra de navios, houve um imenso prejuízo à empresa e ao país.
Por: Fernando Brito

Jornal Nacional desafia o PT...



O Jornal Nacional de ontem (14.12) desafiou o PT

Os editores deram longo tempo para um deputado do PSDB fazer pesadas acusações contra o governador Agnelo Queiroz.

O desafio foi tão evidente que a manifestação do deputado tukano teve como cenário uma debochada placa de propaganda tukana.
O recado foi dado. Vamos continuar escondendo a privataria tukana e vamos bombardear o PT e o Governo Federal.
Mas...
De acordo com a coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo, o Jornal Nacional vem sofrendo com a baixa audiência desde a entrada de Patrícia Poeta no lugar de Fátima Bernardes. Nesta segunda-feira (12), o noticiário registrou 28,8 pontos.
Quem está matando o JN? Patrícia Poeta ou a parceria com os tukanos?
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A mídia não sabe o que fazer com "A privataria tucana"

Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e outros. Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de “vaca amarela” entre senhores e senhoras respeitáveis. Como ficarão as listas dos mais vendidos, escancaradas por jornais e revistas? Ignorarão o fato de o livro ter esgotado 15 mil exemplares em 48 horas?

Band também larga Serra na mão

Hitler manda censurar "Privataria Tucana"

 

Band também larga Serra na mão

Johnny Depp abandona série e é substituído por brasileiro

Autor desconhecido até o momento

Kassab aluga 10 mil tablets pelo preço de compra de 53 mil

SP aluga 10 mil tablets por valor que compraria 53 mil 
Contrato de R$ 138,9 milhões foi fechado pela Prodam com empresa cujo dono é foragido da Justiça por caso de fraude no RN

DIEGO ZANCHETTA , RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

A Prefeitura de São Paulo vai gastar R$ 138,9 milhões para alugar, por três anos, 10.421 tablets para fiscais e profissionais de várias áreas do governo. Os aparelhos serão utilizados, por exemplo, pelos agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e por fiscais da Vigilância Sanitária, que agora poderão emitir recibo de auto de infração pelo aparelho. O contrato já foi homologado pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam) e os equipamentos deverão começar a ser entregues em cerca de 30 dias.

Chama, porém, a atenção o valor pago pelo aluguel de cada aparelho. O preço por unidade será mais de cinco vezes maior do que se o mesmo equipamento descrito no contrato fosse comprado pela administração, mesmo considerando preços de varejo. Se o mesmo valor fosse gasto para comprar os tablets mais caros do mercado, seria possível adquirir mais de 53 mil unidades.

Mesmo assim, a Prefeitura assinou contrato com a empresa e vai pagar quase R$ 14 mil por três anos de aluguel de cada tablet. O preço do modelo mais caro comercializado no Brasil, um iPad 2 com 64 gigabytes de memória e conexão 3G, é de R$ 2,6 mil, segundo o site da fabricante Apple - mais de cinco vezes menor do que o valor a ser pago pela Prefeitura no aluguel.

O tablet que será fornecido à administração, porém, deverá ser ainda mais barato do que o iPad, já que as especificações exigidas no edital são diferentes das do aparelho da Apple - ele deve ter entrada USB e funcionar com sistema operacional Windows, o que só é encontrado em aparelhos mais baratos.

Impressora. Quatro mil aparelhos serão utilizados pelos agentes da CET, que também terão impressoras portáteis (7 mil delas foram alugadas, por R$ 74 milhões) para imprimir multas no momento da aplicação da penalidade.

As outras unidades vão para órgãos como a Secretaria Municipal de Saúde, de Parceria, de Esportes, de Assistência Social e para a própria Prodam.

O governo argumenta que o uso dos tablets vai agilizar o serviço de fiscais que aplicam multas de posturas, como as infrações à lei do silêncio. O contrato também prevê assistência técnica 24 horas e substituição em caso de mau funcionamento ou quebra por acidente.

Inspeção. Outro problema envolve a empresa que vai fornecer os computadores à Prefeitura, a Neel Brasil. O proprietário, Carlos Alberto Zafred Marcelino, é foragido da Justiça.

Ele é acusado de envolvimento na fraude da inspeção veicular denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte. Marcelino é também sócio do consórcio que ganhou a licitação da inspeção naquele Estado. Segundo a Promotoria, há provas de que ele "participou ativamente da fraude à concorrência" direcionando o edital.

Ele também teria agido em conjunto com o lobista Alcides Fernandes Barbosa para impedir que a Controlar - cujo contrato de inspeção veicular em São Paulo também está sendo questionado na Justiça - participasse da licitação no Rio Grande do Norte.

Por causa dessas acusações, a Justiça daquele Estado expediu mandado de prisão preventiva contra Marcelino, que ainda não apareceu.




 

Assista “Entrando pelo tucano” antes que o UOL apague

O UOL veiculou a charge neste link http://charges.uol.com.br/2011/12/15/cotidiano-entrando-pelo-tucano/ . É sobre o escândalo da privataria, pelo chargista Maurício Ricardo. Minutos depois de publicado, o vídeo foi retirado. Mais tarde, voltou. De qualquer forma, o Daniel Ikenaga, amigo do Facebook, recuperou a charge, que reproduzo abaixo.

Com 80 mil cópias, 2ª edição de Privataria Tucana chega na sexta às livrarias


por Conceição Lemes
Para desespero de José Serra e desconforto da mídia corporativa, que  blinda o ex-governador paulista, o livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., é fenômeno de vendas.
A primeira edição, 15 mil exemplares, esgotou-se no dia do lançamento, 9 dezembro. Na segunda-feira, 12, a Geração Editorial decidiu reimprimir 30 mil. Na terça,  subiu para 50 mil. “Mas já aumentamos para 80 mil cópias”, contou-me há pouco Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial. “Elas chegarão às livrarias nesta sexta-feira.”
Tudo isso graças à internet e às redes sociais, já que a grande imprensa com raras exceções  tem silenciado sobre o livro.
Aliás, especulou-se muito na terça-feira que a Folha de S. Paulo finalmente publicaria nesta quarta uma matéria sobre o livro. Circulou também a informação de que, Serra, quando soube, teria ligado enfurecido para a direção do jornal, cobrando a não publicação.
O fato é que hoje, quarta, a Folha não veio com matéria sobre A Privataria Tucana. Será que Serra conseguiu  “sensibilizar” a Folha com seus argumentos? Ou será que a matéria virá na edição desta quinta-feira?
Sintomaticamente, nesta quarta, a Folha ressuscitou ao “seu estilo” o  chamado “mensalão”, para desviar o foco, tentando jogar no ventilador petista o que está abundando no poleiro tucano.
Conversei com Amaury por telefone ontem e hoje. Está bem mais calmo do que dia do lançamento de A Privataria Tucana, quando o conheci pessoalmente.
Viomundo – Só boas notícias?
Amaury Ribeiro Jr. – Por enquanto (risos), sim. Muita gente tem ligado pra dizer, que começa a ler e não parar mais. Isso me deixa muito feliz, porque lavagem de dinheiro é um assunto muito difícil, complexo.
O pessoal da área editorial está espantado com o sucesso vendas do Privataria, já que não teve divulgação na grande imprensa, exceto a CartaCapital, Record News e TV Record. É um fenômeno, um fato histórico. Tudo isso graças à internet, à blogosfera, às redes sociais, que mostraram um poder de fogo, que eu não imaginava que fosse tão grande.
Outra boa notícia é que o delegado Protógenes (PCdoB-SP) já conseguiu mais de 140 assinaturas para criar a CPI da privataria.
Viomundo – E a reação dos tucanos como tem sido?
Amaury Ribeiro Jr. — Engraçado que Álvaro Dias e outros tucanos de alto poleiro, que estão sempre na mídia cobrando ética, lisura dos outros partidos, estão mudos, dizendo que não leram…
O Serra disse ontem que o meu livro “é um lixo”.  Os  que eles, tucanos, fizeram nas privatizações é que pode ser considerado um lixo, isso sim.
Essa paulicéia desvairada, que se acha mais culta e melhor do que todo mundo, de repente, ficou nua, com as vísceras expostas.
Viomundo – Já recebeu algum telefonema ou e-mail desaforado, ameaçador ou malcriado?
Amaury Ribeiro Jr. – Ainda não. Só reações positivas. Mas não sou bobo. Devem estar preparando um troco para o próximo final de semana.
Viomundo – E, aí?
Amaury Ribeiro Jr. — Estou preparado, tranqüilo, pois tudo o que eu disse tenho como provar.
Viomundo – Grande parte do material que embasou o teu livro foi obtida em decorrência do processo movido contra você por Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi presidente da área internacional do Banco do Brasil na gestão FHC. Para provar que estava dizendo a verdade, você recorreu a um procedimento chamado exceção da verdade. Amaury, por favor, explique para os leitores do Viomundo o que é a exceção da verdade.
Amaury Ribeiro Jr. –  É o seguinte. Quando se é processado, você tem o direito de provar que o que  está dizendo é verdadeiro. A esse processo se dá o nome de exceção da verdade. Foi o que eu fiz quando o Ricardo Sérgio de Oliveira entrou com processo contra mim por danos morais em função de matérias em que o denunciei. Em função disso, tive acesso a todos os documentos da CPI do Banestado que envolviam o Ricardo Sérgio. Eu ganhei esse processo e  parte do material, ao qual eu tive acesso devido ao pedido de exceção da verdade, embasa o meu livro.
Viomundo — Você recorreria novamente a exceção da verdade, para provar que tudo o que está em A Privataria tucana é verdade?
Amaury Ribeiro Jr. – Com certeza! É só me questionarem.
PS1 do Viomundo: Atenção, DENISE INVAMOTO! Você ganhou o Privataria Tucana. Por favor, mande o seu endereço para viomundo1@gmail.com, para que possamos enviar o seu livro.
PS 2 do Viomundo: Como muitos já sabem, um leitor do Viomundo comprou dez exemplares para sortearmos entre vocês. Como ele pediu anomimato, não podemos revelar o nome . Só podemos dizer que o doador é de Minas Gerais e que não é Aécio Neves.  Quem quiser participar deste novo sorteio, basta deixar o nome  nos comentários.
Leia também:
Amaury Ribeiro Jr: O primo mais esperto de José Serra
Gilberto Maringoni: Internautas driblam a censura privata
Serra, sobre livro: “Lixo, lixo, lixo”
Amaury Ribeiro Jr: O primo mais esperto de José Serra
O livro que a mídia ignorou, vendeu 30,5 mil cópias em apenas 4 dias
Gilberto Maringoni: Sobre relações ambíguas com a mídia
E a subespécie andrea-aecius?
Fernando Brito: A conexão Citco-PHC
Luís Nassif: A reportagem investigativa da década
E já que vocês querem ler sobre lavagem de dinheiro…

Advogado de Cerra confirmou a Privataria

Saiu no Blog do Nassif o batom na cueca II:

Dinheiro de Verônica bancou compra da casa de Serra em 2001


Declaração do advogado de Serra, Arnaldo Malheiros Jr, em 2002


“A casa em que o casal reside em São Paulo é de propriedade de sua filha, Verônica Allende Serra, que a adquiriu em 2001, como declarou à Receita Federal neste ano. Ela teve rendimentos declarados à Receita Federal nos dois últimos anos-bases, em valor bem superior ao pago pelo imóvel, conforme documentos em meu poder”.


Do Portal Luís Nassif


Advogado diz que José Serra se esqueceu de empresa em declaração de bens


Postado por jose luiz ribeiro da silva


Publicado em 18/09/2002


O advogado Arnaldo Malheiros assinou uma nota, divulgada nesta terça-feira no site do candidato à Presidência, José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira, (www.joseserra.com.br), afirmando que seu cliente realmente foi sócio da empresa Análise de Conjuntura Econômica Perspectivas Ltda. (ACP), entre 1993 e 2000, mas que não mencionou o fato à Justiça Eleitoral em sua declaração de bens neste ano. (Nota: é a sociedade com Vladimir Riolli)

articipação societária de Serra na empresa, segundo a nota, ‘possivelmente tenha sido esquecida nas declarações de 1994 e 1996′.


Na nota, ainda que sem citar nomes, Malheiros acusa nitidamente o procurador federal Luiz Francisco de Souza de fazer insinuações descabidas sobre Serra.


O procurador investiga a atuação de ex-dirigentes do Banco do Brasil visando a beneficiar empresas com o perdão de dívidas, entre eles Ricardo Sérgio de Oliveira, que já trabalhou em campanhas de Serra.


O procurador levantou suspeitas pelo fato de Serra não ter declarado a sociedade na empresa.


O candidato oficial do governo de Fernando Henrique Cardoso acusou o procurador de agir com motivações eleitorais para prejudicá-lo e beneficiar o candidato do PT (Partido dos Trabalkhadores), Luiz Inácio Lula da Silva.


Serra justificou a acusação pelo fato de Luiz Francisco ter sido filiado ao PT.


Em janeiro de 1995, diz o advogado na nota, Serra afastou-se da administração da empresa. Tudo está registrado, segundo Malheiros, no 3º Registro Civil de Pessoas Jurídicas de São Paulo sob nº 417.363.


Leia na íntegra a nota do advogado de Serra:


‘Nota oficial do advogado de José Serra


Nos últimos dias, diversas informações têm sido passadas para a imprensa sobre o Senador José Serra, sua família e seus bens, por pessoas interessadas em tumultuar a campanha eleitoral e prejudicar sua imagem perante a opinião pública.


Como advogado de José Serra, tenho procurado esclarecer erros evidentes e insinuações descabidas, que não atribuo aos jornalistas, mas a seus informantes. Devidamente autorizado, cabe-me prestar as seguintes informações sobre fatos relativos a meu cliente, que peço sejam levadas na devida consideração pela imprensa.


1) A participação do Senador José Serra na ACP


O Senador José Serra foi sócio de pequena empresa denominada ACP – Análise de Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda., registrada em 18/11/93 e encerrada em 6/12/2000, sendo o distrato prenotado no 3º Registro Civil de Pessoas Jurídicas de São Paulo sob nº 417.363. Por isso não havia por que mencioná-la na declaração de bens apresentada ao TSE em 2002. Aliás, em 1.1.1995 o Senador afastara-se da administração da empresa, conforme consta de ‘alteração do contrato social’ da mesma data, arquivada no mesmo Registro.


Enquanto existiu, a ACP manteve contrato de locação de um imóvel alugado, na Rua Simão Álvares nº 1.020, Pinheiros, São Paulo. O imóvel foi alugado da Gremafer Comercial e Importadora Ltda. (Nota: empresa de Preciado), pelo valor de 800 URV mensais, em 1993, quando começou a funcionar a ACP, sendo os aluguéis reajustados em abril de 1999 para R$1.000,00 mensais. O contrato foi rescindido, com entrega do imóvel, por instrumento de 30.4.2000, conforme documentos em meu poder.


Possivelmente sua participação tenha sido esquecida nas declarações de 1994 e 1996, o que não tem maior relevância, uma vez que se tratava de cota de sociedade legalmente registrada, constante da declaração de bens para a Receita Federal, também de acordo com documentos em meu poder. Em 2002 não teria de ser mencionada, porque o contrato social foi objeto de distrato em 6.12.2000, levado ao mesmo registro para arquivamento, sendo prenotado sob nº 417.363.


Isso constou da declaração de bens de José Serra à Receita Federal entregue em 2001, ano-base 2000. A baixa definitiva, como se sabe, costuma demorar muito tempo, mas o fato de ser considerada ‘ativa’ não significa que continue funcionando. (Para exemplificar, quando algum contribuinte pessoa física morre, seu CPF continua ‘ativo’ até encerramento do respectivo inventário, o que pode levar anos.)


2) A declaração de bens da esposa do Senador


A esposa do Senador, Dra. Sylvia Mônica Allende Serra, tem mestrado em ‘Movement Therapy’ pelo Hanneman College de Filadelfia e é doutora em Psicologia Clínica pela USP. Tem rendimentos próprios, declarados em separado como lhe faculta a lei. Na declaração de bens de 1997 fez constar a aquisição de duas salas de escritório no Edifício West Tower, na Rua Jericó nº 255, Vila Madalena, São Paulo, por R$62.500,00 cada, que vêm sendo pagos a prazo com o produto exclusivo de seu trabalho. Desde então os imóveis constam da sua declaração e nunca integraram a de seu marido, que por isso mesmo não os teria de mencionar na declaração apresentada ao TSE. Evidentemente, as declarações de José Serra para a Receita Federal mencionaram, sempre, os ganhos e a variação patrimonial de sua esposa.


3) A casa em que o casal reside em São Paulo


A casa em que o casal reside em São Paulo é de propriedade de sua filha, Verônica Allende Serra, que a adquiriu em 2001, como declarou à Receita Federal neste ano. Ela teve rendimentos declarados à Receita Federal nos dois últimos anos-bases, em valor bem superior ao pago pelo imóvel, conforme documentos em meu poder.


4) Venda de um terreno no Morumbi


José Serra foi co-proprietário de um terreno no Morumbi (Nota: em sociedade com Preciado, dono da Gremafer). O imóvel foi vendido em abril de 1995, por 140 mil reais. Houve lucro imobiliário e o imposto de renda devido foi pago. Esse valor histórico, atualizado pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas equivale hoje a pouco mais de 293 mil reais.


5) A antiga casa do casal Serra na Lapa


O casal Serra foi proprietário de uma casa na Rua Atimbá nº 160, na Lapa, São Paulo, adquirido em 1981 com financiamento da Caixa Econômica Federal e vendido por contrato particular de 15/5/85 pelo valor de 80 milhões de cruzeiros além do saldo da dívida que o adquirente continuou a pagar à Caixa. Após a baixa da hipoteca, o comprador recebeu a escritura definitiva em 29/7/1997, pelo valor de R$1,00. Isso porque, entre o contrato particular e a data da escritura, a moeda mudou cinco ou seis vezes de nome e de valor, tornando o preço original praticamente sem expressão monetária na data da venda. Todavia, a operação foi declarada por José Serra à Receita Federal no exercício de 1986 e preenchido o Demonstrativo de Alienação de Imóveis exigido pela lei. Na própria escritura constou, com clareza, que estava sendo cumprido o contrato particular de 1985 no valor de 80.000.000,00 de cruzeiros, referindo este número’.


(http://www.uj.com.br)


Matéria da Veja, de 14/03/2001

Na alma e no bolso tucano


Ricardo Sérgio conseguia dinheiro

para empresários na Previ e para

políticos com os empresários


Eduardo Oinegue


Embora tivesse como missão comandar a diretoria internacional do Banco do Brasil, entre 1995 e 1998, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira dedicava-se a um assunto bastante nacional: a privatização. Mais especificamente, a participação do fundo de pensão dos funcionários do BB, a Previ, nas empresas privadas interessadas em adquirir estatais. Oficialmente, a tarefa de decidir onde a Previ aplica seu dinheiro cabe tão-somente à direção do fundo. Só que as coisas não funcionam exatamente assim em Brasília. Como a Previ tem um patrimônio de 34 bilhões de reais para investimentos, todo mundo quer dar palpite sobre onde colocar o dinheiro, mas só alguns conseguem. Ricardo Sérgio era imbatível nesse terreno. Foi ele quem ajudou a Construtora Norberto Odebrecht a levantar na Previ 260 milhões de reais para o projeto turístico Costa do Sauípe, localizado no litoral norte da Bahia. A transação deu o fôlego de que a empresa precisava para tocar o megaempreendimento com cinco hotéis e um campo de golfe. Também foi por intermédio de Ricardo Sérgio que o Consórcio Brasil, liderado pelo empresário Benjamin Steinbruch, recebeu um aporte de recursos da Previ para adquirir a Vale do Rio Doce. Steinbruch mostrou-se agradecido num primeiro momento, mas acabou rompendo com Ricardo Sérgio e relatou as razões a um amigo.


Aconteceu o mesmo no leilão da Tele Norte Leste, adquirida pelo consórcio Telemar. Sem a mão forte de Ricardo Sérgio, a venda não teria ocorrido, de forma que os empresários vencedores também ficaram agradecidos – mais ainda que Steinbruch. De acordo com a denúncia publicada em VEJA, a atuação de Ricardo Sérgio na Telemar resultara na cobrança de uma propina correspondente a 3,4% sobre o capital total da empresa – coisa de 90 milhões de reais. Na semana passada, o senador Antonio Carlos Magalhães afirmou publicamente que conhece o caso e acrescentou que dispõe até de uma “prova testemunhal”, cuja identidade não revelou. O banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, que teria descoberto opor-fora quando se associou à Telemar, recolheu-se ao silêncio. “Não confirmo nem desminto”, mandou dizer. O empresário Carlos Jereissati, de quem, segundo amigos de ACM, a propina foi cobrada, disse que estava “perplexo” com a denúncia. “Só um louco daria 10 centavos que fosse em troca da vitória naquele leilão que vencemos por um lance do acaso”, diz.


Ricardo Sérgio também foi enfático em seu desmentido. Na terça-feira, lançou uma nota em que nega tudo e garante que jamais se imiscuiu nos negócios da Previ. Por fim, mostrou-se indignado “com a suspeita de ter recebido propina do empresário Carlos Jereissati” e informou que seu patrimônio é “fruto de uma vida inteira de trabalho honrado desde os 14 anos de idade”. Só uma investigação minuciosa poderá concluir se alguma propina realmente foi paga, mas Ricardo Sérgio divulgou mentiras em sua nota. As famosas fitas do BNDES já apontavam sua movimentação nas teles por meio da Previ. Quem não se lembra da frase-símbolo do grampo, dita por ele: “Estamos no limite da nossa irresponsabilidade”? Agora, surgiu uma fita nova em que a atuação de Ricardo Sérgio na Previ fica clara. A gravação foi feita por um empresário derrotado no leilão da Telemar e traz um diálogo entre Ricardo Sérgio e o diretor de investimentos da Previ, João Bosco Madeiro da Costa, uma indicação sua, demitido logo depois da queda de Ricardo Sérgio do Banco do Brasil. A fita foi gravada às vésperas do leilão da Tele Norte Leste e contém o seguinte diálogo:


Ricardo Sérgio – Alô. Onde você está, boneca?

Bosco – Estou aqui começando a reunião com os fundos…


Ricardo Sérgio – Tá

Bosco – Então, quando sairmos daqui, não sei que horas, nós sairemos com a decisão final.


Ricardo Sérgio – Tá.

Bosco – E, se tudo correr como imagino, estamos abrindo com o Opportunity pra Telemar, viu?


Ricardo Sérgio – Escuta, Bosco, é o seguinte: a gente está ficando, a cada dia, mais experiente, né? Mas ainda continuo muito preocupado com a grana porque, senão, daqui a pouco você vai pôr uns 2 bi…

Bosco – É, na Vale eu tive de botar 360 milhões a mais. Depois, peguei eles, dez dias depois.


Ricardo Sérgio – Não sei, de fato, a montagem da grana. Outra coisa: não podemos criar um outro monstro. Não podemos criar um novo Benjamin.


Em sua nota à imprensa, Ricardo Sérgio não apenas desmente o pagamento de propina na operação, mas também contesta a possibilidade lógica da existência de uma caixinha. Afinal, “segundo a própria imprensa, foi ‘mecânica do leilão’ e ‘um golpe de sorte’ que deram a vitória ao consórcio”. Assim sendo, “não haveria sentido em pagar uma propina”. Outra mentira de Ricardo Sérgio. Mais uma vez é oportuno frisar que apenas uma investigação mais profunda pode esclarecer se houve ou não pagamento de propina. Mas fato é que havia, sim, motivos – e muito concretos, aliás – para que vultosas somas de dinheiro migrassem de um bolso para outro. O consórcio Telemar ganhou a concorrência por obra do acaso, exatamente como diz Ricardo Sérgio. Seu concorrente no leilão saiu da disputa depois de ter arrematado outra estatal, a Tele Centro Sul. De acordo com as regras do leilão, quem comprava uma empresa era desclassificado na disputa por outra. Sem concorrentes, a Tele Norte Leste, que ficou com o domínio da telefonia fixa em dezesseis Estados, do Rio de Janeiro ao Amazonas, foi vendida com 1% de ágio – 3,4 bilhões de reais. O problema é que a Telemar ganhou a disputa achando que iria perder e não tinha dinheiro para pagar o que comprou. Só conseguiu viabilizar-se em função de dinheiro público. Direta ou indiretamente, 55% da companhia está nas mãos do governo. Ricardo Sérgio e o Banco do Brasil foram peças-chave nessa operação de salvamento.


Desde que a Telemar venceu o leilão, circula a informação de que uma propina da ordem de 3% a 4% foi paga para a formação do grupo. O que chama a atenção do mercado é a distribuição das quatro empresas privadas no consórcio. Enquanto três delas tinham cada uma 10,17% do total do capital da nova empresa, o grupo de Carlos Jereissati possuía 14,59% – 4,42% a mais. Com um detalhe: esse porcentual está registrado em nome de uma empresa separada, chamada Rivoli, propriedade de Jereissati. O que se comenta abertamente no mercado é que essa parcela adicional pertenceria a Ricardo Sérgio e a duas figuras muito conhecidas dos fundos de pensão, os empresários Miguel Ethel e José Brafman. Na semana passada, VEJA ouviu outra vez essa versão de um alto cardeal do tucanato. Ricardo Sérgio, Miguel Ethel e José Brafman atuaram na formação do consórcio Telemar e, coincidência, na formação do consórcio de Benjamin Steinbruch. Ricardo Sérgio recusou-se a atender VEJA na última semana. Jereissati declara que já não agüenta mais ouvir essa história. “Se não acreditam na minha honestidade, pelo menos respeitem a minha inteligência”, afirma Jereissati. “Fazer um negócio desses seria primário.”


É de se perguntar como um simples diretor do Banco do Brasil se torna um homem tão poderoso, capaz de movimentar bilhões e bilhões, sendo um dos principais responsáveis por duas das maiores privatizações do mundo. A Vale do Rio Doce foi vendida por 3,3 bilhões de reais. E as teles foram negociadas por 22 bilhões de reais. A resposta é simples: Ricardo Sérgio não é um simples diretor do Banco do Brasil, mas um personagem ligado ao coração tucano. Um exemplo: em 1988, ano em que se formou o PSDB, um dos mais destacados políticos tucanos precisava de recursos para organizar o partido em seu Estado. Procurou a direção do partido e foi encaminhado a Ricardo Sérgio. Outro exemplo: Ricardo Sérgio arrecadou dinheiro para a campanha do atual ministro da Saúde, José Serra, ao Senado, em 1994. Um dos maiores empresários do país contou a VEJA na semana passada ter ajudado financeiramente o candidato Serra naquela ocasião. O dinheiro, equivalente a 2 milhões de reais, foi entregue a Ricardo Sérgio “em quatro ou cinco prestações, não me lembro exatamente”, diz o empresário.


Quando chegou ao Banco do Brasil, Ricardo Sérgio era o único diretor não escolhido pelo presidente da empresa, Paulo César Ximenes. Em pouco tempo, no entanto, os dois tornaram-se próximos. Quando o BNDES decidiu reduzir à metade a participação das seguradoras do Banco do Brasil no consórcio Telemar, desmontando assim uma parte da engenharia financeira montada por Ricardo Sérgio, o então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, responsável pela privatização, foi procurado para que mudasse de idéia. Quem o procurou? Ximenes. Além de sua ligação com Serra e Ximenes, Ricardo Sérgio mantinha uma boa relação com o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira. Certa vez, uma alta autoridade do governo recebeu um telefonema de Eduardo Jorge com o pedido de que recebesse o advogado carioca Jorge Serpa. O pedido foi atendido. Na conversa, relatada a VEJA na semana passada, Serpa queria da alta autoridade apoio para a indicação de Ximenes para a presidência da Petrobras e de Ricardo Sérgio para a presidência do Banco do Brasil.


Como diz o Stanley Burburinho, o Cerra tem outro problema: ele não tem mandato.
E, portanto, não tem foro privilegiado.
O foro privilegiado dele é no PiG (*).
Especialmente nas reportagens anônimas da Folha (**).
E na porta do Sírio.
Donde se conclui que Bruno Covas e Andrea Matarazzo vão morrer na praia.
Cerra precisa ser prefeito !
Ou será vereador ?


Em tempo: amigo navegante Luís no telefone: Paulo Henrique, para de bater em gato morto!


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

'Privataria' chega ao Senado, e PT e PSDB se enfrentam em plenário



Líder petista pede providências ao Ministério Público e desafia PSDB a debater 'capítulo triste'. Serrista fala em 'calúnia' para abafar denúncias contra governo e expõe atrito interno, ao negar aparte a Aécio. Na Câmara, líder do PMDB diz que 'não vai embarcar em CPI', para a qual segue coleta de assinaturas, e ilustra efeito de silêncio da mídia: 'Livro tem documentos mesmo?'

BRASÍLIA – Depois de a Câmara reagir ao livro A Privataria Tucana com pedido de CPI e discursos em plenário, nesta quarta-feira (14) foi a vez do Senado. Da tribuna, o líder do PT, Humberto Costa (PE), provocou o Ministério Público a tomar providências e desafiou o PSDB a debater o que seria “um dos mais tristes capítulos” da história brasileira. Ao responder, os tucanos apontaram “calúnia” para desviar foco de denúncias contra o governo e expuseram diferenças entre aliados de José Serra e Aécio Neves.

Segundo Costa, o livro revelaria “entrega do patrimônio público” durante privatizações no governo Fernando Henrique, com “documentos contuntendes” que mostrariam “como alguns dos mais proeminentes líderes do PSDB e pessoas próximas do ex-governador José Serra conseguiram mandar para fora do país e trazer para o Brasil dinheiro supostamente proveniente de propinas”.

Para o petista, o livro vale a leitura e deveria será objeto de providências de procuradores da República. "Até porque muitos dos crimes descritos no livro não prescreveram”, disse Costa, que lamentou ter havido “pouca atenção da mídia” até agora.

No comando da sessão, a primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (SP), que também é do PT, disse: “Tive acesso a esse livro e realmente é um espanto."

O desafio petista foi respondido pelo senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos mais próximos da principal vítima do livro, o ex-governador paulista José Serra, de quem foi chefe da Casa Civil.

A exemplo de outro serrista ilustre, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, Nunes Ferreira afirmou que o livro, que teria “calúnias”, serve apenas para proteger a gestão Dilma. “Temos uma denúncia de malfeitos no governo, e imediatamente já vem uma denúncia contra a oposição.”

Atrito no ninho

Enquanto Nunes Ferreira discursava, o também senador tucano Aécio Neves (MG) pediu um aparte, que na linguagem parlamentar quer dizer algo como “licença para um comentário no meio de pronunciamento alheio”. O pedido foi negado, algo inusual. “Lamento profundamente; eu teria prazer enorme em corroborar com o discurso de Vossa Excelência”, resignou-se.

Na véspera, o ex-governador de Minas Gerais tinha sido questionado pela Agência Estado sobre o livro, e dera uma resposta que não é das melhores para defender Serra: “Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo."

Um discurso sobre Privataria feito na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta (14) ajuda a entender o estranhamento entre Nunes Ferreira e Aécio e a declaração do mineiro.

“A idéia de mostrar como funcionava a 'arapongagem' de Serra dentro do partido [PSDB] para atacar o adversário Aécio Neves – questão que motivou o início da investigação de Amaury Ribeiro Jr. – fica quase irrelevante diante de tudo o que o jornalista descobriu, em 12 anos de trabalho, sobre como a turma de Serra se deu bem ao dilapidar o patrimônio público brasileiro nos anos 90”, disse o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional do PSOL.

Nos bastidores de Brasília, fala-se que parte das investigações do autor de Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., começou por interesse de Aécio de se proteger contra Serra na disputa que os dois travavam no PSDB como postulantes a candidato a presidente da República. Amaury foi repórter do jornal O Estado de Minas durante parte da gestão de Aécio como governador do estado.

Quando voltou à tribuna para uma tréplica contra Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Costa foi irônico. “É interessante como a oposição se posiciona nesta Casa. São os grandes arautos da moralidade, as vestais da honestidade, que tudo querem investigar. Sai uma nota num jornal, querem convocar o ministro para vir ao Congresso Nacional, pedem a abertura de uma CPI, vão para o Ministério Público. Agora, diante de um livro de 300 páginas, que tem 141 documentos sobre as coisas que estão aqui denunciadas, uma única palavra para se pedir apuração eu não ouço por parte da oposição.”

CPI na Câmara

Autor de um pedido de abertura de uma CPI da Privataria Tucana, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) continuou a coletar assinaturas nesta quarta-feira (14). Ele está atuando em dobradinha com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas os dois ainda não conseguiram atingir o número mínimo de 171 assinaturas necessário.

Em tese interessado no assunto, o PT ainda não decidiu, como partido, como irá se comportar neste caso, embora os líderes no Senado e na Câmara, Paulo Teixeira (SP), estejam dispostos a bancar algum tipo de confronto mais duro com os tucanos. O pedido de CPI tem alguns signatários do PT, mas a reportagem testemunhou quando um petista abordado por Protógenes reagiu dizendo que precisava esperar por um posicionamento do partido.

Sempre um dos fiéis da balança no Congresso, com o peso de uma das duas maiores bancadas da Casa, o PMDB avisa que não quer se meter. “Não vamos embarcar em CPI. Essa é uma briga de PT e PSDB, vamos manter distância”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN).

Ao conversar com a reportagem, Alves mostrou os efeitos da pouca divulgação do livro pelos veículos de comunicação.

“Não vi o livro ainda, ele tem documentos mesmo?”

“Tem umas 300 páginas, e um terço é de documentos.”

@leiterafaelo:PSDB lança Ave Maria Tucana

do  i-piauí Herald,   dica do @leiterafaelo



A primeira tiragem de Ave Maria Tucana esgotou-se em poucos minutos nas bancas de Higienópolis
SENHORAS DE SANTANA – Numa tentativa desesperada e carola de calar as repercussões do livro Privataria Tucana, o PSDB lançou ontem o DVD Ave Maria Tucana, composto às pressas pelo senador Álvaro Dias Botox e pelo capitão-blogueiro Reginaldo Bolsonaro. O papel principal será interpretado por Regina Duarte, a eterna Namoradinha do Brasil. Segundo recomendação da CIA e do Vaticano, o primeiro episódio será encartado gratuitamente em todas edições de jornais e revistas da grande imprensa no próximo fim de semana.
De acordo com a sinopse do DVD, “Ave Maria Tucana começa com o anúncio do Anjo Jereissati: um Messias privatizaria em breve. Uma estrela cadente desce sobre o bairro da Mooca e desova três Tucanos Magos. Eles trazem gravações clandestinas, genéricos e cannabis como oferenda. Apesar da maldição da falta de carisma, feita por arapongas e divorciados, José Serra é batizado e promete combater o alho e zelar pela lei de responsabilidade fiscal. Munido de hóstias, terços, rosários e um sortido balaio de equações transferenciais de quarto grau, inicia sua virtuosa trajetória para trazer o bem ao povo. Hoje, mineiros solertes, pegos em blitz da Lei Seca, e repórteres incompreensíveis fazem com que Serra passe por mais uma satânica Provação. Mas, com a ajuda da Santa Companhia da Notícia, ele será beatificado novamente”.
Responsável pela estratégia online de divulgação do DVD, Artur Virgílio enviou ao Congresso um projeto de lei para proibir a propagação de Privataria Tucana nas redes sociais: “Se a grande imprensa não deu bola para o livro, é porque é impuro e pode prejudicar a família brasileira, que, como todos sabemos, é o fundamento da boa sociedade. Por que as pessoas têm que ficar remoendo isso no Facebook? O tempo gasto pode ser revertido em privatizações e orações. Depois o PIB cai, aumentam os divórcios e as pessoas reclamam!”.
Para ajudar na operação de silêncio em torno de Privataria Tucana, Aécio Neves comprou 657 mil exemplares do livro e os enviou a eleitores paulistas.
Num esforço de reportagem, o i-piauí Herald localizou José Serra no Santuário de Aparecida do Norte, onde, contrito, fazia retiro espiritual, orando pelo bem da Pátria. “Vamos deixar de trololó e falar sobre o déficit fiscal primário”, disse ele, cabeceando com violência uma bolinha de papel em direção a Minas Gerais.
O repórter Amaury Jr se eximiu de toda responsabilidade pelo livro. “Meu negócio é ir a festas e entrevistar bêbados, disse.

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