Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Chevron não explica falta de sapata e vedação no poço

Vou postar, em sequência, os vídeos de minhas perguntas, hoje, na Comissão de Minas e Energia, ao sr. Luiz Pimenta, representante da Chevron e comentar suas respostas, absolutamente descoladas da verdade. Se gonseguir converter o vídeo da TV Câmara, as reproduzirei também.
Minhas primeiras perguntas, com os dados que estão expostos e documentados no post anterior:

O senhor Pimenta respondeu-me dizendo que o esquema apresentado para outros poços (?) – os produtores e injetores e que este seria um “poço pioneiro”.
Ora, a falsidade deste argumento se desmonta com dois fatos.
O primeiro: como pode ser “pioneiro” o 12º poço de um total de 12 poços que a Chevron tem autorizados no Campo do Frade?
O segundo: um poço pioneiro, justamente por falta de conhecimento prévio das condições de perfuração, é perfurado com muito mais precauções que qualquer outro. É, inclusive, muito mais caro, por esta razão.
Depois, o Sr. Pimenta usa um argumento de “cabo de esquadra”, ao afirmar que a aposição de sapatas e de vedações de selo é feito depois do poço completado. É justamente o contrário. O poço só chega ao “alvo” depois de assentada a última sapata e sua vedação.
O sr. Rafael Moura, representante da ANP confirmou que não havia nenhum outro plano ou registro de mudanças pedido pela Chevron no Frade.
O plano de perfuração é o que foi mostrado aqui, e que não foi cumprido.
Voltei, portanto, à carga:

A segunda resposta do sr. Pimenta continuou sendo de pura tergiversação.
Portanto, entreguei, devidamente assinalado nos pontos destacados aqui no Tijolaço, o plano de perfuração da Chevron para o Dr. Valmir Lemos de Oliveira, Superintendente Regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro, para que seja entregue ao Dr. Fábio Scliar e possa contribuir para o esclarecimento do caso.
A Chevron não tem explicações que possam ser confessadas para a ausência da segunda sapata e vedação projetadas por ela mesma e não realizadas no poço que vazou.

Sr. Moshiri: o Brasil não é seu quintal


O Sr. Ali Moshiri, vicepresidente para América Latina e África da Chevron, está de volta às páginas.
Hoje, numa entrevista ao Wall Street Journal, ele reclama da severidade (?) com que a Chevron está sendo tratada. Diz que a Polícia Federal atrapalhou o combate ao vazamento chamando executivos da empresa para depor. E que nunca viu “um vazamento tão pequeno gerar tamanha reação”.
Não gerou, senhor Moshiri, a não ser muitos dias depois de começar, quando finalmente a blogosfera fez a imprensa tradicional começar a revelar que o vazamento não era de umas gotinhas.
A sua empresa é quem tratou o Brasil com desrespeito.
Descumpriu o projeto de perfuração apresentado às autoridades brasileiras.
Mentiu desavergonhadamente, três dias depois do acidente, dizendo que a saída de petróleo pelo fundo do mar era “um fenômeno natural”
Sua empresa foi condenada judicialmente por um destes “pequenos” vazamentos, no Equador, por prejuízos humanos e ambientais, no valor de  US$ 8 bilhões e luta para proibir a exibição do filme onde isso é narrado, que a gente reproduz aí em cima.
Os senhores já não podem mais controlar tudo, governos e imprensa.
Acabam de ser flagrados com depósitos de gás sulfídrico, um produto letal, em outra plataforma, com grave risco aos trabalhadores.
Os senhores não estão sendo honestos desde o princípio. Não estão cumprindo as regras a que se comprometeram.
O seu poço não vazou por “razões ideológicas”, vazou por razões técnicas, econômicas e pela arrogância que o senhor dá como exemplo ao tratar o Governo e as leis brasileiras, chamando de “exagero” o que é uma reação dentro da lei e das regras administrativas e comerciais que sua empresa aceitou e prometeu cumprir.
O senhor, além de irresponsável, arrogante e desrespeitoso é, com o devido respeito, um burro rematado. Não percebeu que seus chefes – o senhor é uma pecinha de terceira no comando da empresa – no board da Chevron entregam a sua cabeça com muito mais facilidade do que entregariam um cento de barris de óleo.
Aliás, encerrar as atividades de exploração da Chevron no Brasil pode vir a ser sua última tarefa no cargo.



 





Carta à ombudsman da Folha


Prezada Suzana Singer,
Na sua primeira coluna como ombusdsman, este blog criticou a declaração – já não me recordo de quem – que, de alguma forma, ali encampava-se: a de que blogueiros seriam “trogloditas” políticos. Com o mesmo proceder, registramos o seu diagnóstico de que a mídia tradicional tomara um “olé”  na blogosfera.
É possível que alguns sejam, como há trogloditas em qualquer atividade e em qualquer posição do espectro político. Nos blogs e  também nos jornais, rádios e televisões.
Mas há algo que está acima disso, para jornalistas, dentro ou fora de blogs: os fatos.
E houve um fato. Grave, gravíssimo.
Com toda a razão, você critica o papel da grande imprensa em apenas reproduzir, durante muito tempo, as declarações da Chevron, ANP e Ibama – feitas, em geral, por meio de nota oficial – e não haver investigação jornalística.
Dias depois de sua coluna apontar isso, tudo continua igual.
Ontem, este blog publicou um documento – oficial e público – que descrevia o plano de perfuração da Chevron. Nele, indicava-se claramente a previsão de instalação de uma sapata de sustentação e vedação a uma profundidade entre 2050 e 2600 metros de profundidade. E que esta não fora construída e, claro, testada, como previa o plano.
Na audiência realizada pela Câmara dos Deputados, o deputado Brizola Neto os reproduziu e indagou ao representante da Chevron a razão de não existir uma estrutura que estava prevista e é essencial para que, em caso de elevação da pressão do poço por tocar numa formação de petróleo ou gás, não haja derrame de fluidos.
O representante da Chevron, diante de toda a imprensa, disse duas coisas inacreditáveis. A primeira, que a cimentação de sapatas se dá depois do poço  ter atingido o seu alvo.  Qualquer engenheiro de poços dirá que isso não existe. A segunda, que o plano não havia sido seguido por tratar-se de um “poço pioneiro” e não de um poço de produção ou injeção  (feitos para injetar fluidos no reservatório e aumentar a recuperação da jazida pelos poços produtores).
Ora, o representante da ANP, logo a seguir, disse que o poço era o 12° dos doze que compõem o projeto autorizado pela Agência para a Chevron explorar o campo do Frade.
Pioneiro, o último?
Como fica evidente, não é preciso ser jornalista especializado em petróleo para que se acenda um alerta ao ouvir um dirigente de petroleira, em meio a um acidente grave, dizer que o último poço da série era o “pioneiro”. E, aliás, poços pioneiros, exatamente por desconhecer-se o terreno que ele irao cruzar, são feitos com mais cuidados, vagar  e precauções. Aliás, por isso mesmo, custam muito mais caro.
Tudo isso ocorreu diante de vários jornalistas profissionais.
Exceto na blogosfera, nada disso foi publicado.
Creio, portanto, que – diante disso e de sua crítica interna e pública- a redação da Folha deveria se sentir obrigada a, ao menos, expor esta contradição e, ouvindo especialistas em petróleo, esclarecer se é ou não procedente o que foi noticiado.
Não se trabalha, aqui, em busca de “furo”. Não há razões profissionais ou comerciais para pretender ser melhor ou mais rápido que qualquer colega ou publicação. Nada foi obtido através de fontes privilegiadas, apenas por documentos públicos e publicados na internet. Não fomos além de nossos modestos chinelos.
Numa época em que toda a imprensa se debruça, como deve fazer, sobre os “malfeitos” públicos, é decepcionante ver como um poço malfeito – e é por serem mal-feitas, no projeto ou na execução, que obras de engenharia provocam desastres -  não desperta nenhum interesse na grande mídia, que prefere derivar para temas consequentes: a poluição e o preparo do país para a exploração marinha de óleo.
Não pode, portanto, soar ofensivo ao jornalismo que se desenvolvam visões sobre a cumplicidade da mídia.
Outra vez, os fatos aparecem na blogosfera antes dos jornais, tal como aconteceu com a foto da mancha de petróleo. Um plano de perfuração pode não ser tão eloquente como uma foto de satélite, mas é ainda mais preciso e inquestionável.
Não pode ser normal que blogs – sem estrutura, sem pessoal e sem o poder de ligar para fontes e dizer que “é fulano, do jornal tal” – possam ter dado um “olé” na mídia tradicional e, mesmo depois de ela ter sido alertada, continuar a mesma situação.
E não se diga que se publicou sem responsabilidade, porque tudo o que se informou foi referenciado em informações comprovadas, que acabaram sendo citadas pela mídia: o Skytruth, o Wall St. Journal e, agora, o Estudo de Impacto Ambiental realizado a mando da Chevron.
Vou mostrar, no próximo post, como estamos sendo tratados como um bando de botocudos pela direção mundial da Chevron. E, em grande parte, o devemos isso à omissão de uma imprensa que depende de releases e de declarações espontâneas para dizer qualquer coisa.
Não investiga, não apura.
Nem mesmo quando os dados e documentos estão colocados publicamente, como o fizemos.
Se utilizarmos o mesmo critério de classificar como trogloditas aqueles que não se interessam pelos fatos e ficam aferrados a suas simpatias políticas – no caso, às petroleiras – não que tipo de adjetivo mereça o comportamento da mídia.
A menos que o sr. Ali Moshiri, boss da Chevron para a Botocúndia - como disse ao Valor e reproduzirei a seguir, tenha razão e seja um erro “fazer tanto barulho” por um vazamento “tão pequeno”.
Graças à nossa imprensa, sim, será sempre pequeno, qualquer que seja seu tamanho.
Foram 2.400 barris, ou 380 mil metros cúbicos, segundo a Chevron. Mas poderiam ser um, dois, cinco ou dez mil, de acordo com qualquer coisa que a petroleira diga, porque não temos ninguém, a não ser os blogueiros, para contraditar, exceto a blogosfera e um delegado de polícia.
A mídia dá às informações da Chevron algo que lembra a frase do contrabandista de um antigo comercial de TV:
- La garantía soy yo!
Um dos pioneiros – pioneiros de verdade – da luta pelo petróleo no Brasil, Monteiro Lobato, dizia que um país se faz com homens e livros. Não seria demais acrescentar: também com jornalistas e jornais.

Dilma questiona Comissão de Ética e mantém Lupi.

Por Hugo Bachega e Jeferson RibeiroBRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff manteve Carlos Lupi no cargo de ministro do Trabalho nesta quinta-feira, mesmo com recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República de exonerá-lo do posto em meio a denúncias de irregularidades na pasta e contra ele.
Dilma tem resistido a demitir Lupi para não perder mais margem de manobra na reforma ministerial esperada para o início de 2012. Se substituísse Lupi agora, a presidente sofreria pressão para manter um nome indicado pelo partido do ministro, o PDT, na pasta.
Lupi tem conseguido se manter no cargo apesar de diversas denúncias, mas sofreu um forte revés na quarta-feira, quando a Comissão de Ética Pública decidiu recomendar à Dilma a exoneração do ministro por ter considerado desvio de ética do ministro os casos de irregularidades de convênios e cobrança de propina no Ministério do Trabalho, divulgados pela imprensa.
Segundo o grupo, as explicações dele ao Congresso e à própria comissão foram "não satisfatórias" e "inconvenientes".
A permanência de Lupi foi acertada após reunião entre ele e Dilma pela manhã desta quinta e foi definida mesmo com a publicação de nova denúncia envolvendo o ministro.
Na reunião, Dilma afirmou que pedirá à Comissão de Ética "os elementos que embasaram a decisão e a sugestão" de exoneração de Lupi, informou a Presidência da República.
O próprio Lupi também pedirá uma explicação sobre as bases da decisão da comissão, inclusive a ata e a degravação, e pedirá uma reconsideração da sugestão.
A manobra de manter Lupi, no entanto, pode afetar a imagem de Dilma, que tem se esforçado na mensagem de ser menos tolerante com o que considera "malfeitos". Desde junho, cinco ministros deixaram o governo diante de denúncias de irregularidades.
FATO NOVO, DENÚNCIA NOVA
O presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, disse que o pedido de Dilma "é um fato novo" e que não iria se manifestar. Questionado se era possível haver uma reunião extraordinária para analisar o pedido da presidente, ele disse à Reuters que "pode ser que sim".
O próximo encontro da comissão está marcado para janeiro, mas as explicações pedidas por Dilma não exigem uma reunião formal do grupo para um posicionamento.
Nesta quinta-feira, reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou que Lupi teria acumulado por cinco anos dois cargos de assessor parlamentar em dois diferentes órgãos públicos - a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal, no Rio de Janeiro.
Sobre a nova denúncia, Lupi disse à Dilma que irá apresentar explicações, segundo a Presidência.
Antes, o Ministério do Trabalho já havia sido alvo de denúncias de um suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) conveniadas com a pasta, num esquema que serviria para abastecer o caixa do PDT.
O ministro também foi acusado de ter pegado "carona" em avião providenciado por um empresário e dirigente de ONG, que meses depois assinou convênios com o ministério. Ele também foi acusado de ter sido funcionário fantasma da Câmara por quase seis anos.
Desde junho, seis ministros deixaram o governo Dilma, cinco deles saíram em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Edição de Eduardo Simões)

Dilma peita
o Sepúlveda, o Ético

Pertence: o Palocci é um santinho e o Lupi ...
O passarinho pousou na janela lá de casa e mandou avisar.

A Presidenta mandou um ofício ao Ético Pertence – clique aqui para ler por que ele condenou o Lupi depois de ter absolvido o Palocci – para saber em que ele se baseou para condenar o Lupi.

(Lupi, espera um pouco para pedir para sair.

Deixa a Presidenta fritar o Ético.)


Paulo Henrique Amorim

TEM QUE DECIFRAR O QUE QUEREM DIZER ...... OU SEJA QUEREM DESINFORMAR

1º -  REUTERS

Superávit comercial brasileiro tomba 75% em novembro

 
SÃO PAULO (Reuters) - O superávit da balança comercial brasileira teve forte queda em novembro na comparação com outubro, em meio à desaceleração da economia e à crise internacional, registrando o menor saldo desde janeiro, informou nesta quinta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em novembro, o saldo ficou positivo em 583 milhões de dólares, um tombo de 75,24 por cento frente aos 2,355 bilhões de dólares em outubro.
O resultado do mês passado veio de 21,774 bilhões de dólares em exportações e de 21,191 bilhões de dólares nas importações.
Das cinco semanas do mês, o saldo da balança foi negativo em três. Entre segunda e quarta-feira desta semana, por exemplo, houve déficit de 298 milhões de dólares.
Mas na segunda semana do mês passado as operações comerciais brasileiras tiveram um superávit de 1,575 bilhão de dólares, o que ajudou a manter o saldo do mês no campo positivo.
No acumulado do ano até novembro, as vendas externas superaram as compras em 25,971 bilhões de dólares. As exportações somaram 233,913 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 207,942 bilhões de dólares.
A economia brasileira vem dando sinais de esfriamento, devido principalmente ao agravamento da crise de dívida na zona do euro, que também já tem afetado a China, maior parceiro individual comercial do Brasil.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a comentar em outubro que a preocupação maior com a crise decorreria de uma desaceleração mais forte da China, o que poderia impactar o comércio externo brasileiro, conforme sugeriram os números de novembro. "Essa é a preocupação, porque aí sim nos afeta", disse Mantega na ocasião.

(Reportagem de José de Castro)




2º - Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br)
Comércio Exterior

Superávit comercial atinge US$ 583 milhões no mês



No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões
No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões

Após registrar déficit de US$ 298 milhões na última semana de novembro (de 28 até 30), a balança comercial encerra o mês com superávit de US$ 583 milhões.

O saldo da balança comercial foi positivo em US$ 583 milhões em novembro, resultado de US$ 21,774 bilhões em exportações e US$ 21,191 bilhões em importações.
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (1/12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio (soma das duas operações) atingiu US$ 42,9 bilhões, o que representou, em média, movimentação de US$ 2,148 bilhões por dia útil.
No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões, correspondendo a US$ 233,9 bilhões em exportações e US$ 207,9 bilhões em importações.
O saldo é 75,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a balança comercial foi superavitária em US$ 14,8 bilhões.

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Brasil ensina ao FMI: só consumo vence a crise! Mantega anuncia cortes de R$ 1 bilhão em tributos

Brasil ensina ao FMI: só consumo vence a crise! 


 

Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Presidente Dilma dá aula de economia no dia em que Christine Lagarde, chefona do FMI, chega ao Brasil; edição extra do Diário Oficial publica pacotaço de incentivos fiscais para a compra de geladeiras, máquinas de lavar e fogões; financiamento para consumo à prazo também foi incentivado


247, com Agência Brasil - No dia exato em que a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, chega ao Brasil para reuniões com autoridades econômicas, nas quais irá pedir dinheiro brasileiro para ajudar a salvar a Europa da estagnação econômica, o governo dá uma lição de incentivo ao consumo. O Diário Oficial da União publica hoje (1º) em edição extraordinária a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada linha branca. O IPI do fogão, por exemplo, cairá de 4% para 0%. A geladeira terá o imposto reduzido de 15% para 5% e a máquina de lavar, de 20% para 10%. No caso de máquinas de lavar semiautomáticas (tanquinho), a redução será de 10% para 0%. As medidas também valem para os estoques nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012.
As medidas vão exatamente na direção oposto ao receituário do FMI, que prega, em situações de crise, aperto monetário, rigor fiscal e retração do consumo.
O governo reduzirá ainda o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre o financiamento ao consumo de 3% para 2,5%, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva para detalhar as medidas, que visam a incentivar o consumo.
Também participa da entrevista o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel. As medidas ajudarão o Brasil a enfrentar a crise mundial com estímulos à produção e ao emprego.


Brasil Econômico

Medidas incluem redução de IPI sobre produtos da linha branca e eliminação da cobrança de IOF para aplicações de estrangeiros na bolsa. As desonerações terão impacto de R$ 1 bilhão.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (1/12) que o governo vai reduzir impostos para estimular o crescimento econômico.
"Estamos nos preparando para um crescimento de 5% em 2012, esta é a nossa meta", disse Mantega a jornalistas em Brasília.
As medidas incluem cortes no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca e no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O IPI cobrado na venda de fogões cai de 4% para zero, o tributo para geladeiras vai de 15% para 10% e, para tanquinhos, de 10% para zero. A desoneração vale até 31 de março de 2012.
Está sendo reduzido, ainda, de 10% para 5% o IPI sobre esponja de lã de aço, e de 15% para zero o tributo sobre papel sintético (papel de plástico), destinado à impressão de livros e periódicos.
Além disso, o governo reduziu a alíquota do IOF de 3% para 2,5% ao ano nas transações de crédito ao consumidor.
Também foi eliminada a cobrança do IOF sobre investimentos de estrangeiros em debêntures de infraestrutura, que tinham alíquota de 6%. Adicionalmente, o governo eliminou a cobrança do IOF nas aplicações de investidores estrangeiros em ações brasileiras.
O ministro disse que as medidas de desoneração anunciadas hoje terão impacto fiscal de mais de R$ 1 bilhão em 2012.
Uma Medida Provisória, que também está sendo publicada nesta quinta-feira, estabelece a elevação dos preços de imóveis que podem ingressar no Programa Minha Casa Minha Vida.
O valor passa de R$ 75 mil para R$ 85 mil. Segundo o ministério, a iniciativa ajusta o programa às condições de mercado atuais.
Na mesma MP, o governo reduz de 9,25% para zero as alíquotas de PIS/Cofins sobre massas, com prazo até 30 de junho do ano que vem, e prorroga até 31 de dezembro de 2012 a desoneração desses tributos sobre trigo, farinha de trigo e pão comum.
Outro decreto regulamenta o Programa Reintegra, que prevê a devolução de impostos no montante equivalente a até 3% das receitas de empresas exportadoras de bens industrializados.

CAPITALISMO CAÓTICO




Faustino (Controlar) dá tapinha nas costas do Cerra


Faustino, na foto, quando ainda gozava de liberdade
O Conversa Afiada recebeu do amigo navegante Guss esse comentario, no post http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/11/24/ministerio-publico-acusa-kassab-de-fraude-bilionaria/
(se pudesse o Cerra fechava a internet):

gusss

30 de novembro de 2011 às 15:58  (Editar)

PHA, quem é esse senhor ao lado do Serra?

http://heitorgregorio.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/04/Serra-RN-008.jpg

seria ele o João Faustino?

FMI chega ao Brasil de pires na mão. FHC carrega o pires.




Saiu no Globo, pág. 28:

“FMI chega hoje ao Brasil ‘de pires na mão’ ”

“Christine Lagarde, diretora gerente do Fundo, vai discutir a crise do euro e ajuda à Europa com Dilma, Mantega e Tombini”

“A expectativa é que ela venha discutir a importância de os países se unirem para combater a crise global, que aflige, principalmente, a zona do euro. Em outras palavras, o FMI vem passar o pires.”

Breve, o Real, provavelmente, vai fazer parte da cesta de moedas do FMI.
Longe vai o tempo em que o Farol de Alexandria e seus ministros da Fazenda iam de pires na mão a Washington pedir uma grana ao FMI.
O Farol quebrou o Brasil três vezes.
E foi ao FMI de pires na mão três vezes.
Madame Lagarde deveria pedir ajuda ao Farol para carregar o pires.
Ele fala frances …
Enquanto isso, amigo navegante, veja que horror !
Os BRICs serão capazes de melhorar a qualidade de vida de todo o mundo.
Eles que serão o principal motor da economia mundial.
Aqui, ainda muitos neolibelês (*) consideram que o Braasil não deveria fazer parte dos BRICs.
Deveria fazer parte time dos vira-latas.
Outros, colonistas (**) da Folha (***), acham que os BRICs são uma quimera.
Uma operação de marketing de Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management e o economista que, num estudo de 2001, criou o acrônimo BRIC.

Veja o que ele diz no Valor desta quinta-feira:

Dez anos de novos Bric para o mundo

Ao olharmos para o futuro, nos próximos dez anos, os quatro países provavelmente verão desaceleração em seus índices de crescimento, mas sua participação no PIB mundial quase certamente aumentará. A China parece encaminhada a crescer de 7% a 8%, já que terá de enfrentar vários desafios, mas a Índia pode ter aceleração e por fim atingir taxas de crescimento no estilo chinês, especialmente se persistir em seu recém-descoberto zelo por reformas, como a importante decisão de dar boas vindas ao controle majoritário estrangeiro em empresas do setor de varejo. Em poucos anos, o PIB nominal combinado dos quatro países superará tanto o dos Estados Unidos como o da Europa. …
Com base em seu provável crescimento, a segunda parte de meu relatório de 2001 argumentava que os Bric precisavam assumir papel mais central na formulação mundial de políticas econômicas. Eles continuaram excluídos por muitos anos, o que os levou a promover seus encontros políticos conjuntos anuais. Na verdade, foi necessária uma crise total como a de 2008, para os países avançados finalmente perceberem a importância central dos Bric para a economia mundial moderna, sendo que a decisão de colocar o G-20 no centro da formulação política global foi basicamente uma iniciativa para incluir os Bric. Em 2001, argumentei que cada um dos Bric deveria juntar-se aos EUA, Japão, região do euro e talvez Canadá e Reino Unido para formar algum novo “G”, talvez um G-9 ou um novo G-7, se Reino Unido e Canadá ficassem excluídos. …
Enquanto isso, à medida que os países do Bric continuem a ver sua sorte melhorar, proporcionarão mais e mais oportunidades para que o resto de nós aprimore seus padrões de vida e prosperidade. De fato, para que o mundo continue crescendo frente aos desafios que se apresentam a muitas economias desenvolvidas, precisamos da argamassa econômica dos Bric, algo que, por sorte, eles têm de sobra.
Que horror !




Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.
(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

EURO: DANÇANDO, COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ

*greve geral paralisa a Grécia contra o arrocho nesta 5ª feira** a de ontem, na Inglaterra, foi a maior greve do setor público em 30 anos** a de 5ª feira passada, em Portugal, idem.
Pela 2ª vez em menos de uma semana, a Europa é sacudida por tremores que abrem fendas e trincas cada vez mais fundas no edifício financeiro do euro. Os estalos desta 4ª feira exigiram uma ação coordenada dos maiores bancos centrais do mundo que implantaram uma ponte de safena global para injetar liquidez direto na veia do sistema bancário europeu. Arqueados sob bilionárias carteiras de títulos públicos insolventes, os bancos tornaram-se enormes entrepostos de contágio falimentar nos quais ninguém quer deixar o dinheiro. Enfrentam assim um acelerado processo de desidratação de ativos,    sobretudo dólares, com a fuga em massa de fundos norte-americanos. Emergências bancárias desse tipo desdobram-se em rápida retração do crédito, o que do ponto de vista do capitalismo equivale a uma trombose, a partir da qual todo o sistema entra em coma, por falta de irrigação financeira. As bolsas, como se não houvesse amanhã, não economizaram rojões na chegada da extrema-unção ao leito morimbundo do euro. Não deixa de ser pedagógico. Um dos radares mais festejados  da dita 'eficiência dos mercados', a a festa das ações revela a mais absoluta ignorância em relação ao colapso sistêmico que esfarela o seu chão. A ponto de confundir uma operação de socorro explosiva e datada com as trombetas da redenção. Um dado ilustra a gravidade dos dias que correm: investidores em massa buscam títulos alemães -- ainda sinônimo de segurança-- em troca de rentabilidade negativa. Ou seja, ao final da aplicação, receberão de volta uma quantia inferior à investida. O ganho é a redução da incerteza: terão perdas conhecidas numa catarse volátil. A intervenção dos BCs, embora encorajadora no curto prazo, está longe de resolver os alicerces do impasse. Todas as opções ortodoxas para salvar o euro  fracassaram,inclusive o festejado fundo de estabilização. A crise exige recursos e decisões que a ortodoxia que tomou de assalto o projeto da UE não previu e rejeita: sobretudo, soberania estatal à moeda única, com um BCE que domine a manada especulativa, colocando dívidas públicas sob sua fiança.

Belo Monte: O Protesto de Rafinha Bastos


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Dilma tem motivos para ignorar a Comissão de Ética da Presidência

Os membros daquela Comissão decidiram, por unanimidade, não só pela recomendação de demissão de Lupi, mas, também, por adverti-lo publicamente por ter considerado que usou avião de ONG que recebeu dinheiro da pasta que administra, conforme denúncia da revista Veja.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), reagiu à decisão da Comissão acusando-a de “perseguir” Lupi e lembrando que em 2007, quando ele assumiu a pasta do Trabalho, ainda no governo Lula, o mesmo órgão o censurou publicamente por acumular a presidência do PDT e o cargo no governo, o que o obrigou a deixar o cargo partidário.
É de se discutir se um ministro de Estado deve deixar de ser político ou de exercer atividades partidárias conquanto não o faça durante o expediente, mas aí pode estar evidenciada uma severidade com Lupi que inexistiu com os cinco outros ministros do governo Dilma que perderam o cargo neste ano sem que a mesma Comissão de Ética tivesse feito recomendação semelhante.
Dilma demitiu cinco ministros que a Comissão não condenou, apesar de que a versão oficial é a de que foram eles que pediram demissão. Terá havido leniência da Comissão com aqueles ministros ou só o atual é que tem indícios consistentes contra si?
Se a Comissão de Ética tem razão agora ao recomendar a demissão de Lupi certamente também estava certa ao não condenar os cinco outros ministros que perderam o cargo neste ano. E se não os condenou, só pode ter sido por tê-los julgado inocentes.
Quando a Comissão de Ética errou? E se errou antes ao não pedir a demissão dos que se demitiram ou foram demitidos, não pode estar errada também agora?
Há, portanto, uma boa dose de controvérsia na decisão unânime da Comissão de Ética de recomendar à presidente Dilma que demita um auxiliar que até então ela vinha se recusando a demitir em meio a um tiroteio político.
Pode até ser que a presidente acate a decisão da Comissão e que, pela primeira vez, demita um ministro em vez de lhe “aceitar” a demissão, como ocorreu com os outros ministros que deixaram seu governo.
Como o PDT reagirá a demissão como essa? A declaração de Paulinho indica que poderá não aceitar nada bem. E como a recomendação do órgão de controle pode estar contaminada pela política, que não se estranhe se a presidente não demitir o ministro. Até porque, estaria reconhecendo que falhou.