Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ANP suspende perfurações da Chevron

erguntas à Chevron

O senhor pode fornecer o nome ANP do poço acidentado?
Pode informar a situação atual dos dois outros poços registrados pela Chevron na ANP, em perfuração por essa mesma sonda SEDCO 706, segundo o registro de 3 de novembro?
O senhor pode fornecer as coordenadas exatas do posicionamento da plataforma? Pode dizer a distância e a direção, em relação a ela, do ponto onde houve o vazamento de petróleo cujos as imagens os senhores cederam à ANP? E também a distância em metros entre plataforma e o limite entre os campos de Frade e de Roncador?
Nessa foto da Agência France Presse, o senhor aparece ao lado de uma projeção da trajetória do poço acidentado. O senhor poderia indicar, nessa imagem, a profundidade aproximada das sapatas e das cimentações correspondentes, feitas ao longo do poço?
A imprensa divulgou que o senhor tinha dito que o último revestimento do poço seria a 567 m de profundidade. Pelo diagrama mostrado na fotografia, é possível ver que a extensão do poço seria, mais ou menos, de 4 quilômetros . Desde esse revestimento 567 m de profundidade, vocês trabalharam por 3,5 quilômetros com o que os técnicos chamam de poço aberto? Qual era ou eram os diâmetros da perfuração?
É uma prática comum na Chevron perfurar essa extensão de poço sem a colocação de revestimento, sapatas de sustentação e a cimentação de selagem? Quais foram as bases desta decisão. O senhor poderia entregar à custodia da ANP os diários de perfuração, os registros e testemunhos de perfilagem e os logs de cimentação?
O desvio da perfuração realizado, pelo diagrama, ao nível de 500 metros abaixo do solo marinho estava planejado? A grande curva também? Qual a razão desse desvio? Erro de posicionamento da sonda em relação ao alvo? Mudança de alvo? Foram formações rochosas inesperadas em um nível tão superficial? Isso não colocaria em dúvida a qualidade das sísmicas?
O senhor pode informar também a distância e
a direção, em relação à plataforma, da vertical do ponto onde ocorreu o “kick “ que provocou o acidente?
O senhor declarou que o “kick” inesperado no fundo do poço aconteceu no dia 7. No dia 8 foram avistadas as manchas de petróleo pelo pessoal da Petrobrás… Eu pergunto, não era evidente que os dois episódios estavam provavelmente relacionados? Por que só no dia 13 foi apresentado a ANP um plano de cimentação e abandono do poço?
Estou encaminhando às suas mãos a reprodução da matéria publicada em 2008 pelo Wall Street Journal onde o jornalista Russell Gold diz que seu superior, Ali Moshiri, trancou os projetos de exploração feitos pelas equipes de geólogos e engenheiros da própria empresa e mandou substituir por outro, com a perfuração de poços mais rápidos e mais baratos. O senhor pode explicar como é que se faz poços mais rápidos e mais baratos sem abrir da segurança?

A ANP acaba de suspender todas as atividades de perfuração da Chevron no Brasil. Depois da reunião convocada anteontem pela Presidenta Dilma Rousseff, a agência que estava suave e doce com a petroleira, passou a fazer o que devia.

GLOBO NOTICIA PRISÃO DE DIOGO MAINARDI

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Nassif: Cerra é o Beijoqueiro. Constrange, mas está sempre lá



O Cerra também é assim: só existe no PiG (*)

Serra, o rato que ruge da política nacional

por Luis Nassif


Em plena campanha de 2010, escrevi aqui: o maior mal que José Serra faria à política não seria sua eleição (felizmente exorcizada pelo bom senso nacional) mas os prejuízos ao surgimento da uma oposição consistente e civilizada.


No plano político-partidário, atualmente Serra é zero. Sua atividade lembra o filme “O Rato que Ruge”, do general do país insignificante que pretende entrar em guerra com os EUA para ser derrotado e, posteriormente, ajudado. Desembarca em Nova York em um momento de estado de emergência em que não se via viva alma nas ruas. E acha que venceu a guerra.


Esse cidade vazia em que só se movimenta o general bufão chama-se velha mídia. É ela que cria a percepção de que Serra existe.


Politicamente, Serra não existe. Seus seguidores se resumem a um factoide político, Andrea Matarazzo, um senador em final de carreira, Aloysio Nunes, dois ou três ex-comunistas perdidos pelo mundo, e um ou dois parlamentares órfãos. E só.


Com exceção de pouquíssimos aliados pessoais que restaram, e só ficaram porque se amarraram a Serra como os fanáticos ao pastor Jim Jones, comprometendo irremediavelmente suas carreiras, Serra é uma figura incômoda, que ninguém quer por perto mas que comparece a todos os eventos públicos, com uma desfaçatez só comparável ao do Beijoqueiro. É incômodo ao PSDB paulista, ao nacional, é incômodo ao próprio Kassab. Não tem espaço em nenhum lugar politicamente decente.


Sua única fonte de poder que restou é o espaço na mídia. E ele ocupa da maneira mais desengonçada possível, propondo e sugerindo estratégias como se tivesse alguma ascendência sobre os atores principais: Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Aécio Neves.


Ontem mencionei a questão da percepção em política, isto é, a política não é o que ocorre no mundo real, mas as percepções passadas pela mídia. Quando sai uma matéria com Serra impondo ao PSDB o apoio ao candidato de Kassab, passa a percepção de que ele articula com Kassab. Nada! Zero! Só um jornalismo sem discernimento, sem capacidade de avaliar o peso político efetivo de cada ator, é capaz de levar Serra a sério.


Aliás, basta responder à questão: quem é o candidato de Kassab? Nenhum.


O PSDB não tem candidatos fortes. A falta de renovação do partido, em São Paulo, faz com que as prévias tenham apenas um candidato de dimensão nacional (José Aníbal), um sobrenome pomposo numa cabeça vazia (Bruno Covas), um factoide que ninguém acredita, nem ele próprio (Andrea Matarazzo). Mas as prévias poderiam reerguer um pouco a militância partidária.


O único candidato de maior peso seria o próprio Serra. A troco de quê, então, esse jogo de cena de exigir do PSDB a adesão ao candidato que não existe, de Kassab?


O nome disso é (recorrendo ao linguajar italiano que Serra ainda não deve ter esquecido): paura, medo de entrar no jogo e enfrentar Fernando Haddad, um Ministro com folha de serviços reconhecida e com uma fluência verbal imensamente superior à de Dilma Rousseff e à do próprio Serra.


Para não ter que beber desse cálice, Serra prefere implodir o partido que garantiu toda sua carreira política.



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O papel do Brasil na economia mundial



Como fica o Brasil em meio ao desgaste econômico e político dos países de primeiro mundo? Na opinião de muitos especialistas, apesar das incertezas o quadro do Brasil é relativamente tranquilo. Entretanto, o desenrolar da crise internacional aponta para mudanças profundas da economia mundial que já estão em andamento.

 

REPRESSÃO E ARTE

De tão impressionante, a cena de um policial na Universidade da Califórnia jogando spray de pimenta diretamente contra um grupo de estudantes acabou virando paródia em sites e redes sociais nos Estados Unidos.


Os estudantes da universidade se manifestavam na sexta (18) em apoio ao movimento Occupy Wall Street de Nova York, que pede a mudança do atual sistema financeiro. As imagens do incidente provocaram indignação nos EUA por mostrar os manifestantes imóveis, sentados, tentando proteger o rosto.


Imagem mostra policial usando spray contra dezenas de manifestantes

Montagens bem humoradas feitas por internautas mostram o policial caracterizado como a Estátua da Liberdade, em cenas e quadros históricos, como "Guernica", de Pablo Picasso, e até mesmo atravessando a famosa Abbey Road com os Beatles.

Nas sátiras, o policial aparece sempre da mesma forma, com o braço estendido, em direção aos rostos da imagem parodiada, apertando o spray de pimenta.


Policial caracterizado como Estátua da Liberdade

Em quadros históricos...



...como Guernica, de Picasso, por exemplo



Atravessando a rua com os Beatles



As imagens do incidente provocaram indignação nos EUA por mostrar os manifestantes imóveis, sentados, tentando proteger o rosto enquanto recebem o jato de gás pimenta. Antes, o policial saca o tubo de gás e demonstra o que estava prestes a fazer.
Outras pessoas em volta da ação gritam para que o policial pare, mas a agressão dura alguns minutos, até que os estudantes começam a ser algemados e arrastados para viaturas. No total, dez pessoas foram presas.

Nas redes sociais, centenas de mensagens de protesto contra a ação policial foram postadas. Linda Katehi, reitora da Universidade da Califórnia, disse que se assustou com as imagens e afirmou que montará um grupo de força-tarefa para investigar o incidente. No entanto, membros da diretoria da própria universidade acusam a reitora de negligência ao permitir a entrada e a ação dos policiais.

Em uma entrevista à imprensa norte-americana domingo (20/11), Katehi afirmou que estará “engajada com os estudantes num diálogo para que o campus volte a ser seguro e calmo”.
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Devido à violenta ação do policial, 11 estudantes precisaram ser atendidos no local por paramédicos, enquanto outros dois foram levados para hospitais da região. O policial que aparece como personagem principal do vídeo, John Pike, foi afastado por 30 dias por meio de uma ordem administrativa. Neste período, uma investigação irá apurar o que aconteceu na universidade.

Fonte: Operamundi
via Vermelho

As devidas correções à fala de um ex-presidente

Gilberto Carvalho
Falou demais e fez mal o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao generalizar acusações a ONGs, ontem, em seu pronunciamento no 3º Congresso Brasileiro de Fundações e Entidades de Interesse Social, no Memorial da América Latina, na capital paulista.
O ex-presidente falou sobre o papel do 3º setor no País, quando criticou a relação governo e ONGs hoje e considerou que a visão correta de organização social "é oposta a que está tão em moda, aí, de ONGs que pegam dinheiro para corrupção". Advertiu sobre a "relação delicada" que pode surgir de ONGs ligadas a partidos, acentuando ser necessário "muito cuidado para que elas não sejam apenas uma extensão do partido".
Fez bem o ministro-secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em corrigir a generalização do ex-presidente. Até porque estas máximas externadas por FHC, se dirigidas ao seu partido, o PSDB, os tucanos ficariam muito mal.
Fala de FHC se aplica ao seu PSDB que vende emendas
O fato é que elas se encaixam como uma luva, poderiam ser aplicadas ao escândalo da venda de emendas parlamentares por deputados tucanos e dos partidos da base que apoiam o governo do PSDB em São Paulo.
O ex-presidente se esqueceu, mas nunca é demais lembrar que o Estado de São Paulo é governado há 20 anos pelos tucanos. Sempre acompanhados em suas administrações por graves denúncias de corrupção, licitações e concorrências públicas dirigidas - há um caso, ainda, agora, envolvendo o metrô paulistano - pagamento de propinas e comissões, e formação de Caixa Dois.
Muito pertinentes, portanto, os reparos do ministro Gilberto Carvalho ao deixar claro que o governo rejeita "o perigoso processo de criminalização" de todo um setor por causa de erros cometidos por uma minoria. "Entendo a fala do (ex) presidente porque, de fato, houve incidência de problemas. Mas essas incidências nós acreditamos que sejam exceções e estão recebendo o devido combate", destacou.
As soluções para o problema da relação ONGs-governo
As soluções para o problema, que realmente é sério como deixam antever os pronunciamentos do Gilberto e do ex-presidente, passam por dois caminhos. Segundo adiantou o ministro, o primeiro é a conclusão, dentro de 90 dias, do marco regulatório da área, já determinada pela presidenta Dilma Rousseff; o segundo, a necessária alteração da atual Lei de Doações ao 3º setor.
A Lei não pode continuar a ensejar absurdos como o citado pelo ministro, do escritor Raduan Nassar, que doou uma fazenda para pesquisas de uma universidade "e, na transferência, teve de pagar R$ 400 mil de imposto". Tem toda razão o Gilberto quando afirma que a remoção desse tipo de exigência pode "estimular o exercício de responsabilidade social de empresas e pessoas físicas".
Já que discutimos marco regulatório e revisão da Lei de Doações, entendo que o melhor é rever toda a sistemática de convênios e patrocínios, toda a legislação a respeito e aumentar os controles sobre as ONGs e congêneres que já são muitos, mas sempre podem melhorar.
Privatização da rede pública de saúde
Sem esquecer que a mudança deve aperfeiçoar, inclusive, e principalmente, o controle de Organizações Sociais de Saúde (OSSs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), às quais os governos tucanos de São Paulo já entregaram mais de 60 hospitais no desmonte que promovem no setor, na privatização da rede pública de saúde do Estado.
ZéDirceu

E a democracia, estúpido?

A democracia “está acabada”, diz James Galbraith, filho do economista famoso, John Kenneth Galbraith, em entrevista à Folha, hoje.
Ele prossegue: “Na Grécia temos uma pessoa que foi indicada para primeiro-ministro que nem é membro do parlamento. Na Itália, Mario Monti foi indicado senador vitalício justo antes de virar primeiro-ministro. O fato é que esses dois primeiros-ministros foram ditados por Berlim, Bruxelas, Paris. Não foram escolhidos pelas populações de seus países.”
James Galbraith recorda que boa parte dos executivos que assumiram postos de mando na Europa são ligados ao Goldman Sachs, um dos grandes bancos de investimentos do mundo. Sua tese é que esses executivos se apossaram de cargos políticos e agora encaminham as decisões que irão definir o futuro da economia mundial.
O debate sobre a democracia é importante.
Não acho que a democracia está acabada mas é claro que se encontra numa situação complicada. Como aquele paciente em estado grave que não é capaz de decidir sobre a equipe médica que vai tratá-lo nem sobre o tratamento a ser seguido. As decisões são tomadas num aposento ao lado, onde a direção do hospital (ou seriam os bancos, como sugere o economista?) resolve o que vai fazer e impõe suas idéias ao paciente, muitas vezes desacordado.
Registrei aqui a reação dos fanáticos do mercado quando o ex-primeiro ministro Georges Papandreou ameaçou convocar um referendo para aprovar (ou não) o novo plano de austeridade da União Européia. Papandreou não durou 72 horas no cargo, vocês se lembram.
O curioso é que, mesmo tendo sido substituído por um primeiro ministro considerado de confiança pelos mercados, até agora a situação não se modificou. O governo grego ainda não teve acesso a um pacote 8 bilhões de euros, que fora prometido caso se mostrasse um aluno bem comportado e aceitasse submeter a população do país a novos sacrifícios, que Papandreou achava tão amargos que queria ajuda da oposição para aprová-los.
O governo espanhol acaba de ser trocado. Sairam os socialistas e retornaram os conservadores. Os números são estrondosos e ajudam a mostrar como o eleitor reage quando se sente abandonado por um partido que prometia defender sua história e seu padrão de vida.
Olhando para a substancia, nada se modificou. Os socialistas foram expulsos do poder em função da crise. Mas os conservadores retornam para dar sequencia a mesma política de seus antecessores. Se houver mudança, será para pior.
Assim, o eleitor que votou em protesto contra a situação econômica – e não há dúvida que este foi o ponto decisivo da eleição – em breve estará cansado e desiludido. Isso é que enfraquece um regime democrático: o sujeito vai à urna, vota, e nada acontece. Ou melhor: acontece o contrário daquilo que é esperado.
O pior é que a desmoralização dos socialistas atingiu um ponto tão alto que o PP nem precisou prometer muita coisa para receber uma tempestade de votos.
É uma situação semelhante à que se viu na Italia. As ruas gritam que não querem austeridade, mas crescimento. Como o bunga-bunga Berlusconi tornou-se uma ameaça à austeridade, providencia-se uma mudança de governo que terá impacto decisivo sobre o futuro de cada cidadão sem chamar a população para dizer o que pensa.
Nos Estados Unidos, a célebre comissão de democratas e republicanos não conseguiu chegar a um acordo para fazer cortes de 1,2 trilhão de dólares no orçamento do país. É menos grave do que parece, sustentou o Premio Nobel Paul Krugman, dias atrás.
Por que? Em função do poder exagerado dos lobistas do capital financeiro, somado a vontade republicana de bloquear qualquer melhoria na economia americana em véspera de eleição presidencial, a paralisia tornou-se o menor dos males, escreveu Krugman. Ele estava convencido de que qualquer acordo possível, naquelas circunstancias, produziria resultados ainda mais prejudiciais à economia do país.
Vamos combinar: quando um Premio Nobel acha melhor que os parlamentares fiquem de braços cruzados em plena crise é porque o ambiente político atingiu um patamar de catástrofe.
Este é o perigo.
A experiencia ensina que, em situações como esta, os políticos podem se transformar nos principais coveiros das convicções democráticas da população. Sem respostas claras e necessárias para enfrentar a crise, abrem a porta para idéias autoritárias.
A maioria das pessoas gosta de recordar do lado bom da crise de 1929, que foi o New Deal construído pelo governo Roosevelt. Era uma plataforma de crescimento e distribuição de renda, que tirou os EUA da crise. Mas havia um lado ruim também.
Em países onde não se encontrou uma saída para a enfrentar o desemprego e retomar o crescimento, abriu-se o caminho para idéias autoritárias. O caso notável de estudo é a Alemanha, que deixou seu destino nas mãos dos fanáticos do mercado da época. Com o desemprego batendo recordes históricos, eles se recusavam a estimular o crescimento e a recuperar o poder de compra das famílias. Olhando para o retrovisor, estavam de olho na ameaça inflacionária — que era um problema do passado bem distante.
O resultado é conhecido. Em 1929, Hitler era considerado um maluco que discursava nas cervejarias de Munique e seu partido não passava de uma organização com 2,5% de votos. Em 1933, os nazistas se tornaram os mais votados e Hitler assumiu o poder.
Personagens de uma mesma época, Roosevelt e Hitler representaram idéias opostas para problemas muito parecidos. Era a economia, estúpido! Mas também era a política.
Paulo Moreira Leite

Balde d'água fria na Gota d'água

Juliana e Maitê contra Belo Monte !A Globo vai perder outra !

Juliana, imagina a Globo sem a energia elétrica ...

O Conversa Afiada reproduz artigo de Davis Sena Filho sobre o vídeo-show do Spielberg e da Globo contra Belo Monte.

Antes, leia o que diz Miriam Belchior – nenhum índio sairá de sua terra por causa de  Belo Monte.

Clique aqui para ver o vídeo do Spielberg que a Globo copiou.

Agora, aqui entre nós: o Cerra duas vezes e o Alckimin, uma, sabem que não adianta a Globo tentar eleger o Presidente da República.

Belo Monte será construída, com a ajuda providencial do elenco da Globo.

Belo Monte, a oposição de ONGs, de artistas da Globo, da imprensa e a mídia cúmplice da Chevron


Nunca vi tanta comédia e tanto comediante em um vídeo só…


Por Davis Sena Filho –

Blog Palavra Livre/JB


“Ministro Paulo Bernardo: cadê a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo”. (Davis Sena Filho)


Acabo de ver a propaganda, um vídeo de atores da TV Globo contra a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Percebo, porém, a total falta de senso crítico dessas pessoas urbanas e que pensam que o mundo se resume em Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Paris, Miami e Londres. Os argumentos contrários e negativos contra Belo Monte chegam a ser ridículos, se não fosse a manipulação e a desinformação, que deixam claro que por trás … existem ONGs estrangeiras a serviço dos interesses de seus países e a Globo, porta-voz contumaz e tradicional dos grandes capitalistas, sendo que ela própria é um deles.


Não posso pensar de outra forma, bem como não me eximirei de dizer que a peça publicitária desinforma a população, principalmente a parte dela mais exposta a factóides, que é a classe média de perfil conservador e que acredita em Papai Noel, porque pobres e ricos realmente não creem no homem que se veste de vermelho e usa barba branca a anunciar os presentes para aqueles que se comportaram direito o ano todo. Acontece que quem está a se comportar mal são os atores da Globo e seus patrões, que se associaram a movimentos ambientalistas do exterior que querem interferir no processo de desenvolvimento brasileiro, sem, no entanto, se preocupar com o combate às desigualdades sociais e regionais. O Brasil luta contra a miséria e quer, por intermédio dos governos trabalhistas de Lula e de Dilma retirar milhões de cidadãos da linha de pobreza.


Enganam-se aqueles desavisados que insistem em afirmar que a luta contra a pobreza é de caráter assistencialista, porque não é. Existe, sim, um programa de governo colocado em prática há quase dez anos e que é, reiteradamente, desqualificado pela imprensa privada, que insiste tomar o lugar da oposição político-partidária do grupo formado por PSDB-DEM-PPS, que não tem projeto para o Brasil e nem programa de governo e por isso perdeu as últimas três eleições e poderá perder a quarta, em 2014.


Contudo, tiveram, no primeiro turno e também no segundo turno o apoio velado da Marina Silva para o público, porém firmado e concretizado nos bastidores. Foi dessa maneira que a Marina agiu … após ser demitida por incompetência do Ministério, além de se aliar a ONGs financiadas por organismos financeiros que teimavam em boicotar e se opor aos interesses do Brasil no que concerne ao seu desenvolvimento econômico e social, bem como no que tange ao seu programa ambientalista, apresentado de forma surpreendente para o mundo na 15ª Conferência de Copenhagen, capital da Dinamarca, em dezembro de 2009. O atual secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, realizou em menos de dois anos à frente do Ministério do Meio Ambiente o que Marina Silva não conseguiu fazer em quase sete anos no poder.


O Brasil, então, apresentou propostas e metas concretas para combater o desmatamento, a poluição e a degradação dos ecossistemas, o que está a ser realizado com seriedade. Quem duvida que acesse o portal da transparência do Governo Federal (ferramenta que o governo tucano de São Paulo não oferece aos paulistas) e observe as ações e os números, no que vai se surpreender quando os compararmos com os números do governo entreguista e privatista do neoliberal FHC, um retumbante fracasso social e econômico, porque nesse tempo o Brasil foi três vezes ao FMI de joelhos e com o pires na mão.


A humilhação total somente comparável quando o ministro de Estado das Relações Exteriores desse governante tucano que vendeu o patrimônio brasileiro que ele não construiu tirou os sapatos no aeroporto de Nova Iorque a mando de um agente subalterno daquele país yankee. O nome do ex-chanceler é Celso Lafer. Nunca vi tanta subserviência e pusilanimidade. Complexo de vira-lata na veia.


Por intermédio desse lamentável e vergonhoso episódio tive a certeza, inquestionável, que quem tem complexo de vira-lata são nossas elites e não o grande povo trabalhador brasileiro. O ministro de meias no aeroporto foi o símbolo maior daquele governo capacho, do Brasil, infelizmente, de joelhos, sem norte e, conseqüentemente, sem rumo. Um absurdo que eu não quero ver nunca mais até a minha morte.


Apesar de a Conferência ter sido multilateral, o Brasil apresentou, independente de acordos, propostas reais e factíveis. O encontro no país europeu escandinavo teve também por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, que os EUA se recusaram a assinar no tempo do Governo Bush. O problema é que os países considerados ricos ou ex-ricos, a crise internacional de 2008 perdura até hoje, querem impor regras para os pobres e emergentes quanto à questão ambiental, mas se recusam a fazer seus deveres de casa, porque não querem parar de consumir e com isso fomentar seus mercados e exportar.


Outro fato que está a chamar a atenção é a questão da irresponsabilidade da Chevron-Texaco, com a cumplicidade lamentável da imprensa burguesa nativa, que não satisfeita em poluir o Golfo do México e prejudicar até mesmo os EUA (a multinacional petroleira é de lá), agora polui na Bacia de Campos porque desrespeitou as normas de segurança, além de não ter equipamentos e ferramentas adequados para perfurar poços de petróleo em solo tão profundo.


A imprensa de negócios e privada durante cerca de dez dias tergiversou, dissimulou sobre o crime ambiental e ficou a publicar releases elaborados na Assessoria de Imprensa da Chevron-Texaco, … da TV Globo no que diz respeito a ser um dos principais anunciantes da empresa televisiva que no passado apoiou a ditadura militar. A imprensa tupiniquim fez, vergonhosamente, papel de cúmplice da Chevron-Texaco, amenizou inicialmente a barberagem gananciosa e depois teve de mostrar o derramamento de petróleo porque as redes sociais, os blogs progressistas e o governo abriram a boca e furaram o bloqueio da velha imprensa.


Se fosse a Petrobras, não duvidem, as manchetes jornalísticas seriam garrafais e a “grita” seria enorme. A Globo News iria tirar seus especialistas de prateleiras e ficaria durantes horas e dias a “malhar” a Petrobras, a maldizer a empresa estatal e a agredir o governo trabalhista sem parar. Questionariam, sem sombra de dúvida, a capacidade da Petrobras em administrar o Pré-Sal, apesar de saber que a estatal brasileira é a petroleira que tem mais condições e capacidade técnica e logística no mundo para tirar petróleo em águas profundas.


Quero salientar e lembrar que essa mesma imprensa de negócios privados combateu, inadvertidamente e irresponsavelmente, a fundação da Petrobras no dia 3 de outubro de 1953 pelo governo do trabalhista e estadista Getúlio Vargas. O político trabalhista ainda criou a Vale do Rio Doce, que foi vendida pelo entreguista e neoliberal FHC, professor que não criou uma única escola técnica durante oito anos de seu governo de índices sociais baixos e até negativos.


Agora, eu pergunto: cadê a ex-petista e ex-verde Marina Silva? O gato comeu a língua dela? Não. Ela se calou porque não vai cooperar com o governo trabalhista no que é relativo à Chevron-Texaco. Ela traiu o governo e o seu partido, o PT, como o fez também o senador Cristóvão Buarque, que no episódio da ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que é do seu partido, o PDT, calou-se, e quando abriu a boca foi para apagar a fogueira com gasolina. Até o momento, nada foi comprovado contra o ministro. Como a imprensa comercial e privada não conseguiu chegar a ele para derrubá-lo e com isso tentar engessar o governo de Dilma Rousseff, a solução foi publicar uma foto em que ele pega carona em um avião. Este foi o crime para a imprensa e parte da sociedade brasileira de perfil conservador.


Acontece que, dias e dias depois, repórteres da TV Globo sobrevoam a Bacia de Campos para filmar e relatar a situação que eles estão a ver no que é referente ao desastre e ao crime ambiental que tem a assinatura e as impressões digitais da Chevron-Texaco. Até aí tudo bem, se não fosse a petroleira yankee cliente das Organizações(?) Globo, no que diz respeito a negócios e à publicidade. Os repórteres da Globo podem pegar carona, não é isso? É ético, não é? Então, tá! Lembrei desse fato só para constar. Mas, para bom entendedor, meia palavra basta.


Voltemos ao Cristóvão. Demitido no primeiro governo Lula, bandeou-se para oposição de forma dissimulada e passou a fazer o jogo da velha imprensa golpista, juntamente com o senador Álvaro Dias, tucano e replicador, nas segundas-feiras, de notícias sobre “crises” e factóides publicados no fim de semana pela imprensa corporativa e golpista, verdadeira fábrica de crises. Cristóvão prejudicou a reeleição de Lula em 2006. E Marina dificultou, e muito, a eleição de Dilma Rousseff em 2010. Tanto é verdade que José Serra, candidato da direita partidária e empresarial e da ala da Igreja Católica conservadora, conseguiu ir para o segundo turno.


Todavia, retornemos à hidrelétrica de Belo Monte. Grupos privados midiáticos notadamente a TV Globo, a Folha de S. Paulo e a Veja, associaram-se a ONGs estrangeiras para sabotar o plano estratégico e de desenvolvimento do Brasil ora em curso pelo governo trabalhista da presidenta Dilma Rousseff. É um plano de reestruturação do País que não é mostrado, de forma alguma, pela imprensa e pelas televisões comerciais, como, por exemplo, a mega obra da transposição do Rio São Francisco, que é uma pá de cal no domínio dos coronéis nordestinos como o cearense e cadidato derrotado a senador Tasso Jereissati.


A TV Globo, que é a caixa de ressonância da plutocracia nacional e internacional, tem o papel de manipular os fatos e fazer com que os interesses políticos e financeiros dos verdes em âmbito mundial sejam considerados justificáveis pela opinião pública brasileira, especialmente a classe média, compradora contumaz do pensamento do sistema midiático de direita, que assumiu de fato a oposição política ao Governo Federal porque percebeu que a oposição partidária não tem programa e muito menos condições, no momento, de derrotar a presidenta Dilma em uma eleição, além de saber que o Governo tem maioria tanto na Câmara quanto no Senado.


A minoria no Congresso é o tendão de Aquiles dos jornalistas que abraçaram os interesses de seus patrões e das famílias proprietárias da imprensa hegemônica, comercial e privada brasileira. E eles, podem acreditar, odeiam a realidade que se apresenta, cujo responsável maior pela existência dela é o presidente Lula, que derrotou nas últimas eleições dezenas de caciques estaduais ao pedir diretamente para o povo de cada estado que não votasse neles.


Por isso também o ódio a Lula, que eles não o esquecem jamais, porque temem que o estadista resolva concorrer as próximas eleições. Eles aturam, com muito rancor e desprezo, a presidenta Dilma, mas o Lula novamente na Presidência para essa elite preconceituosa e que detesta o Brasil e o seu povo seria por de mais intragável. A imprensa burguesa agiu assim também com o estadista Getúlio Vargas, político responsável pela criação do Brasil moderno, quando ele deixou o poder em 1945 e retornou por meio do voto em 1950.


Nesses cinco anos de interregno, mesmo Getúlio praticamente “exilado” em seu campo, a imprensa lacerdista (até hoje o é) nunca deixou de atacá-lo porque não conseguia esquecê-lo jamais. A mesma coisa acontece com o Lula, político que sabe que a imprensa difama, calunia e injuria, como o faz no momento com o ministro Carlos Lupi e fizeram com o ministro do Esporte, Orlando Silva, sem, no entanto, nada ainda ter sido comprovado, a não ser que o acusador é, comprovadamente, bandido e testemunha da revista Veja, a revista porcaria, que faz um jornalismo de esgoto.


Contudo, os homens e as mulheres da imprensa não tem voto e também, para o desgosto deles, não tem mais a primazia do controle total da informação como tinham em outros tempos. Por isso, eles combatem a disseminação da banda larga pelas mãos do Governo Federal. Então, viva a internet e as redes sociais! Ministro Paulo Bernardo: cadê a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo.


É assim que funciona o sistema midiático associado aos interesses do capital internacional. E parte da classe média que passou 40 anos a ver a Globo e a ler publicações como a Veja compartilha dessas “ideias”. Mas o que me chama a atenção mesmo é a hipocrisia dos atores da Globo. Eles dizem que Belo Monte é o diabo encarnado em um vídeo que lembra o teatro comercial que eles há anos fazem e ainda o chamam de arte. Não é possível que por questões ideológicas, políticas ou apenas implicância que a TV Globo e alguns de seus atores participem de um vídeo que tem por objetivo travar e boicotar o desenvolvimento do povo brasileiro, principalmente o que mora na região norte.


A luta e até mesmo a guerra entre os países tem como fundo de pano o controle das diferentes energias. Vide Iraque, Líbia e Afeganistão. O Brasil que é um País abençoado com milhares de rios, riachos e igarapés tem acesso e facilidade para se beneficiar com a energia proveniente das águas, que é considerada limpa e segura, contanto que sejam respeitados os relatórios e os cálculos dos engenheiros, geólogos, geógrafos, ambientalistas e outros profissionais que participam do esforço da construção de Belo Monte, um projeto de quase 40 anos que enfim está a sair do papel.


O Governo que há anos tem enfrentado batalhas jurídicas e as vencido, agora tem de, finalmente, começar a importantíssima obra do PAC, que vai gerar 80 mil empregos e vai ofertar luz e energia para os brasileiros do norte, que poderão ter mais uma oportunidade para desenvolver suas cidades e seus estados. Enquanto nossos artistas “globais” manipulam a informação para confundir a sociedade brasileira, os moradores nortistas querem a obra, porque sabem que através do acesso à energia poder-se-á ter indústrias, modernização da lavoura, surgimento de comércio, como padarias, supermercados, frigoríficos, construção civil, hospitais, escolas e todo tipo de segmento econômico e social. Sem energia não há desenvolvimento. Esta é a verdade.


Obviamente que eu também prezo pelo controle e fiscalização para que os impactos ambientais não sejam maiores dos que os previstos. E é o que está a ser feito. O resto é conversa dissimulada de gente que não conhece esse assunto e vai participar de vídeo que beira ao ridículo. O que esses atores pensam que o cidadão brasileiro é? Um idiota? Que não sabem como a banda toca em suas vidas, suas realidades e dificuldades? Será que eles pensam que os brasileiros nortistas não querem o que os do Sudeste tem, que é o desenvolvimento, apesar das contradições e paradoxos sociais?


Quem eles pensam que são para combater uma obra que vai conduzir o Brasil para sua independência no que concerne à geração de energia? O sonho de todo país e qualquer povo ou nação. Itaipu, Tucuruí, Chesf e outras hidrelétricas são exemplos disso. Imaginem o Brasil sem a hidrelétrica de Itaipu? Imaginaram? O que eles querem? Em nome de quem eles falam? Quem está por trás dessa novela de péssimo acabamento, que é o vídeo? Será que eles pensam que estão a fazer uma novela e repetem frases de seus scripts  … ? Qual é a intenção? Eles tem de dizer pelo menos que o vídeo, para variar, é uma imitação de outro vídeo dirigido pelo diretor de cinema Spielberg para que os estadunidenses saíssem de suas casas para votar. Pelo menos informar isso. Dizer que nem para fazer o vídeo houve originalidade.


É o fim da picada! Os mauricinhos e as patricinhas noveleiros falar de um assunto que não tem conhecimento técnico. E por quê? E para quem? E por quais motivos e intenções? Já não basta o Brasil ter de enfrentar países poderosos para conquistar sua autonomia ainda tem que se deparar com gente completamente despolitizada e que pensa, soberbamente, que é formadora de opinião, coisa que nem mais os jornalistas o são, como ficou comprovado com a derrota de José Serra em 2010, candidato à Presidência evidentemente apoiado pela imprensa burguesa e privada. Esse pessoal não se enxerga.


Então, Belo Monte vai acabar com o Pará e quiçá com o País, que serão inundados e ficarão sob a destruição de uma hecatombe ambiental. Vamos lá, pois: o Brasil tem quase 200 milhões de habitantes, um PIB de R$ 3,25 trilhões, um mercado interno poderoso que impediu o País de sofrer problemas econômicos graves advindos da crise internacional de 2008, além de ser a sexta economia do mundo, a superar países como a Inglaterra, a Itália e a Espanha, bem como exerce liderança reconhecida em fóruns como os Brics, o G-20 e o Mercosul, sem esquecer de citar que o poderoso País sulamericano de língua portuguesa, basta dar tempo ao tempo e ter paciência, vai ainda assumir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.


Para finalizar, quero informar que os artistas … sugeriram que o Brasil opte pela energia eólica e solar. Os parques eólicos demandam vento e geralmente são instalados em litorais e ocupam enormes espaços. Como, por exemplo, fazer isso em nosso litoral, que é fortemente turístico, setor da economia que gera muita renda e emprego, ainda mais que o brasileiro está a viajar com muito mais freqüência do que antes, por causa do quase pleno emprego e do aumento salarial, além do aumento visível de turistas estrangeiros que aportam neste País tropical.


E a energia solar. Outra sugestão dos nossos artistas especialistas completamente urbanos que não tem a mínima ideia da área que é necessária para produzir 100 megawatts dessa modalidade de energia. A hidrelétrica de Belo Monte vai produzir inicialmente 11 mil megawatts. É energia suficiente para dar um impulso de desenvolvimento à região Norte e a um estado, o do Pará, que é demograficamente quase vazio. As terras que vão ser alagadas pelo lago comportam uma área de 516 quilômetros quadrados. O Estado do Pará possui uma área de 1.247.689,515 quilômetros quadrados. Ou seja, o lago a ser formado vai ocupar área equivalente a 1/2400 da área do estado marajoara, que tem apenas sete milhões de habitantes, sendo que dois milhões moram na capital Belém.


E aí o Brasil e o cidadão brasileiro tem de agüentar alardes infundados, oposição baseada em má-fé e especialistas que não entendem patavinas de energia via hidrelétrica, como a de Belo Monte, que vai ser a terceira maior do mundo e que vai dar fôlego, sobremaneira, ao desenvolvimento da região Norte que precisa, sim, ser ocupada pelo nosso povo e não por estrangeiros e suas ONGs. Então, para lembrar. Belo Monte vai alagar 1/2400, ou seja, quase nada por cento das terras do Pará e esses artistas, a mando de não sei quem (mas sei) consideram Belo Monte um atentado à natureza, sem sequer ter conhecimento do planejamento e do plano da obra.


Tem uma mocinha no vídeo que fala, quase escandalizada: “Vai custar R$ 24 bilhões! É muito dinheiro!”. Como se investir no Brasil e no seu povo fosse questão meramente contábil, de passivo, como se fosse débito ou prejuízo. É ter a cabeça muito pequena. É pensar pouco porque se recusa a usar o cérebro. Agora, a outra pergunta que não quer calar: “Mocinha, você sabe qual é o PIB brasileiro?” Eu já o citei neste mesmo artigo. O nosso PIB é de R$ 3,25 trilhões e a obra, segundo o Governo, custará R$ 24 bilhões. Você sabe o que é isso? Então, pare para pensar e vai estudar teatro, que por sinal requer talento, disciplina e conhecimento sobre a condição humana para representar com qualidade e excelência.


Entretanto, apesar de existir pessoas que não acreditam no Brasil e que querem, mediocremente, que este País se comporte como pequeno, não vai dar para atendê-las. Infelizmente, para elas. Portanto, faço mais uma pergunta que não quer calar: como o Brasil, que tem um mercado interno poderoso e importante vai atender suas demandas sem energia, porque a TV Globo e a imprensa comercial privada, ONGs financiadas por banqueiros e parcela conservadora da sociedade brasileira querem porque querem que a hidrelétrica não seja construída. Pense bem. Imagina um coisa insensata dessa? Afirmo e repito: a imprensa privada não tem compromisso com o Brasil, porque ela é alienígena e faz parte da estrutura do sistema de poder dos mercados nacionais e internacionais. Belo Monte tem de ser construída e depois inaugurada. É uma questão de estratégia e de sobrevivência e independência do Brasil. É isso aí.



Em tempo: o Conversa Afiada fez alguns cortes no texto original. Estavam onde aparecem as reticências. PHA

A Bláblárina ( Marina Silva) vai protestar contra a Chevron ? Não ! Sim ! Vote !

A Bláblárina vai protestar contra a Chevron ?


Não
A Bláblárina se preserva para protestar contra a Petrobrás.

Sim
A Bláblárina defende o interesse nacional (do Brasil).

Clique aqui e vote !

Droga do Nem vinha de São Paulo. SP é o atacadão da droga nacional


Por que o Cerra não fez o que o Abadia sugeriu ?

O excelente produtor Ricardo Andreoni lembra a este ansioso blogueiro que faltou ressaltar um aspecto da reportagem que o Domingo Espetacular exibiu neste ultimo domingo: “Quem comprava cocaína do Nem ? Quem o Nem comprava ?”.

Além de fazer essas duas perguntas que a romaria de repórteres, âncoras, colonistas (*) e show-men da Globo se esqueceu de fazer na Rocinha, Andreoni e este ansioso blogueiro apuraram dois fatos centrais na questão do narcotráfico no Brasil:

1) Toda a droga que o Nem vendia provinha de São Paulo.

Nem não vendia crack.

Só vendia maconha, ecstasy e cocaína.

E vinha tudo de São Paulo.

Não vinha um grama do Rio ou de qualquer outro ponto do Brasil.

Tudo de São Paulo.

Nem foi preso poucos dias antes de fugir para São Paulo e, provavelmente, se associar ao PCC que, como se sabe, segundo o governador Alckmin, não existe mais.

É possível que o delegado e dois investigadores da delegacia de Maricá que disseram ter negociado a rendição de Nem quisessem – segundo avaliação de autoridade da Polícia Federal – levar Nem para São Paulo.

2) São Paulo é o entreposto da droga do Brasil.

É o atacadão.

Essa informação aparece na reportagem como declaração do delegado João Caetano de Araújo, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal.

Toda a droga “importada” vai para São Paulo e de lá é distribuída para o país inteiro.

A associação do Rio ao narcotráfico é uma obra da Rede Globo, nos bons tempos do Dr Roberto.
Para derrubar o governo trabalhista de Leonel Brizola no Rio, a Globo, especialmente os telejornais locais do Rio, aos poucos incutiu no Rio e no Brasil o estigma do “Rio, Capital do Narcotráfico”.
Este ansioso blogueiro costuma perguntar, como quem não quer nada.
Quem compra mais tela plana – o Rio ou São Paulo ?
São Paulo.
Quem compra mais pasta de dente ?
O Rio ou São Paulo ?
São Paulo.
Quem compra mais Nespresso ?
O Rio ou São Paulo ?
Agora, cocaína … cocaína o Rio compra mais que São Paulo …
A demonização do Rio faz parte, também, de uma política nacional de esvaziamento político do Rio, que é, historicamente, mal ou bem, um centro de uma resistência muitas vezes trabalhista.
(Embora o PT de lá não apite.)
Juscelino começou o desmonte do Rio, ao levar a capital para Brasília.
Que Deus o tenha, já que Brasilia não tem mais jeito.
Os militares desmontaram o Rio.
Dividiram o Rio e tiraram dinheiro do Rio. Com medo do Brizola.
O dinheiro dos royalties – como lembrou Brizola Neto outro dia – só chegou ao Rio quando Wellington Moreira Franco (que serve a todos os governos desde os militares, como serve ao atual) sucedeu Brizola no Governo do Rio.
A estigmatização do Rio serve muito à Globo: para atender às agencias de publicidade e ao GLOBOPE, que mede a audiência do Brasil inteiro em meia dúzia de aparelhos na Grande São Paulo.
Este ansioso blogueiro prefere o Abadia, aquele colombiano, especialista na materia: a melhor maneira de acabar com o tráfico em São Paulo é fechar a delegacia que combate o tráfico, o Denarc.



Em tempo: na inesquecível campanha presidencial de 2010 – clique aqui para ler as frases do capítulo I desta indigitada campanha e aqui as frases do capitulo II – o Padim Pade Cerra ameaçou invadir a Bolívia para acabar com o tráfico em São Paulo. Ameaçou criar – por sugestão de um lobbista do Daniel Dantas – o Ministério da Segurança. Mas, não fechou o Denarc. Ele é um jenio !


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

EUA afundam na crise com impasse no orçamento

Arnaldo Comin - Com Reuters e AFP
Bank of America reviu para baixo previsão de crescimento para 2012, a 2%
Bank of America reviu para baixo previsão de crescimento para 2012, a 2%

Collapse Falta de consenso entre as duas forças políticas do país se agrava em um momento de piora dos indicadores econômicos.
Em clima amargo e cheio de incertezas econômicas, chega nesta quarta-feira (23/11) ao fim o prazo para que a "supercomissão" do Congresso americano encarregada de aprovar um profundo corte de US$ 1,2 trilhão nas despesas públicas ao longo de dez anos chegue a uma solução de consenso.
As negociações entre democratas e republicanos, que atingiram o ápice do confronto na segunda-feira (21/11), na última tentativa frustrada de acordo, deverão obrigar o presidente Barack Obama a aplicar cortes automáticos no orçamento a partir de 2013, trazendo consequências imprevisíveis na corrida eleitoral do ano que vem.
"Eu ficarei muito surpreso se houver um acordo de última hora hoje no Congresso, que está completamente radicalizado", afirmou ao Brasil Econômico o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa.
Mais devagar
A falta de consenso entre as duas forças políticas do país se agrava em um momento de piora dos indicadores econômicos dos Estados Unidos.
Na terça-feira (22/11), o governo divulgou o resultado do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, que apresentou alta de 2%, ante a previsão original de 2,5%.
Em reunião na tarde de ontem, os diretores do Fed, o banco central americano, optaram por não estabelecer objetivos formais de crescimento para os próximos meses, em função das incertezas nas variáveis políticas e macroeconômicas.
Em relatório a investidores, o Bank of America elevou sua previsão de crescimento para o quarto trimestre para a economia americana de 3% para 3,3%. Em compensação, reviu para baixo em 0,2 ponto percentual sua previsão de crescimento para 2012, a 2%.
"Tudo vai depender de como a população americana vai reagir a esse cenário de crise política, gastando mais ou menos no Natal", disse ao Brasil Econômico o professor de ciências políticas da Universidade Federal de Brasília (UNB), o americano David Fleischer.
A incerteza, segundo ele, recai no reflexo do racha político do país. "Os republicanos querem prejudicar Obama o máximo que puderem antes da corrida eleitoral, mas o presidente já deixou claro que não cederá às pressões e responderá com cortes automáticos na Defesa, o que pode ser um tiro no pé dos conservadores", diz Fleischer.
De fato, Obama enfrenta agora a difícil tarefa de equilibrar a natureza dos cortes, que superarão os US$ 100 bilhões anuais a partir de 2013.
Do ponto de vista mais imediato, outro fator que pode complicar o cenário dos Estados Unidos é o reflexo nas empresas e outros agentes econômicos em meio a uma taxa persistente de desemprego de 9% e o agravamento da crise na Europa.
"A falta de acordo pode levar a um novo rebaixamento do rating da dívida, o que complica ainda mais a recuperação do país", destaca Barbosa.
Ontem, as agências de classificação de risco não se pronunciaram sobre o fracasso das negociações. Para analistas nos Estados Unidos, a Standard & Poor's, após rebaixar sua nota de AAA para AA+ em agosto, não deve mudar a curto prazo sua posição.
Já a agência Moody's - que no início do mês mudou sua perspectiva de "estável" para "negativa" - seria a mais sensível aos solavancos no Congresso neste momento. A Fitch declarou, antes do fracasso nas negociações de anteontem, que poderia levar a uma revisão para "negativa", mas que só se pronunciaria sobre o assunto no final do mês.
Reflexos políticos
O embate entre democratas e republicanos sobre o orçamento do ano que vem, agora que só um acordo de emergência poderá evitar os cortes automáticos em 2013, torna mais nebuloso o cenário da corrida eleitoral.
Visivelmente contrariado com a recusa dos republicanos em aprovar o fim das isenções fiscais para os mais ricos, Obama tentará se esquivar da culpa pela falta de uma solução para a crise.
Por esse motivo, ainda não enfrentou a oposição direta do movimento de insatisfação popular "Occupy Wall Street", cujos enfrentamentos com a polícia de Nova York têm se agravado nos últimos dias. Mas tampouco demonstrou que é capaz de solucionar esse impasse, sob o risco de ver sua popularidade deteriorar com cortes obrigatórios na área social.
"O que conta a favor para o Obama neste momento é a ausência de um candidato republicanos forte para a Casa Branca", diz Barbosa.