Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP




Viomundo do Azenha:Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP

PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.


Viomundo do Azenha:Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP

PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.

Viomundo do Azenha:
PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.

Como se disse no post “Pig não é PiG porque denuncie a corrupção”, para o PiG(*), membros da comunidade “massa cheirosa” não roubam.
Clique aqui para ler “No Brasil, crime de lavar dinheiro compensa”
E quem tem maquina de lavar dinheiro, amigo navegante ?
A massa cheirosa ou a massa que fede ?
Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Queda do ministro serve de alerta

 

O lamentável episódio da queda do ministro Orlando Silva deveria servir de alerta às forças democráticas da sociedade brasileira – que lutaram contra as torturas e assassinatos na ditadura militar e que, hoje, precisam encarar como estratégica a luta contra a ditadura midiática, em defesa da verdadeira liberdade de expressão e da efetiva ampliação da democracia no Brasil.
A mídia hegemônica hoje tem um poder tão descomunal que ela “investiga”, sempre de forma seletiva (blindando seus capachos); tortura (seviciando, inclusive, as famílias das vítimas); usa testemunhas “bandidas” (como um policial preso por corrupção, enriquecimento ilícito e suspeito de assassinato); julga (sem dar espaço aos “acusados”); condena (como nos tribunais nazistas); e fuzila!
Um pragmatismo covarde e suicida
Ninguém está imune ao poder ditatorial da mídia, controlada por sete famílias – Marinho (Globo), Macedo (Record), Saad (Band), Abravanel (SBT), Civita (Abril), Frias (Folha) e Mesquita (Estadão). Como o império Murdoch, hoje investigado por seus subornos e escutas ilegais, a mídia nativa é criminosa, mafiosa, sádica e abjeta. Ela manipula informações e deforma comportamentos.
Não dá mais para aceitar passivamente seu poder altamente concentrado, que, como disse o governador Tarso Genro – pena que não tenha agido com esta visão quando ministro da Justiça –, ruma para um “fascismo pós-moderno”. Essa ditadura amedronta e acovarda políticos sem vértebra, pauta a agenda política, difunde os dogmas do “deus-mercado” e criminaliza as lutas sociais.
Três desafios diante da ditadura midiática
Esta ditadura é cruel, sem qualquer escrúpulo ou compaixão. Ela utiliza seus jagunços bem pagos, sob o invólucro de “colunista” e “comentaristas”, para fazer o trabalho sujo. Muitos são agentes do “deus-mercado”, lucram com seus negócios rentistas; outros são adeptos da “massa cheirosa”, das elites arrogantes e burras. Eles fingem ser “neutros”, mas são adoradores da direita fascistóide.
Enquanto não se enfrentar esta ditadura midiática, não haverá avanços na democracia brasileira, na luta dos trabalhadores ou na superação das barbáries capitalistas. Neste enfrentamento, três desafios estão colocados:
1- Não ter qualquer ilusão com a mídia hegemônica; chega de babaquice e servilismo diante da chamada “grande imprensa”;
2- Investir em instrumentos próprios de comunicação. A luta de idéias não é “gasto”, é investimento estratégico;
3- Lutar pela regulação da mídia e por políticas públicas na comunicação, que coíbam o poder fascista do império midiático.
Chega de covardia diante dos fascistas midiáticos
O criminoso episódio da tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília parece que serviu de sinal de alerta ao PT. Em seu encontro nacional, o partido aprovou a urgência de um novo marco regulatório da comunicação. Um seminário está previsto para final de novembro. Já no caso da queda Orlando Silva, o clima é de total indignação e revolta.
Que estes trágicos casos sirvam para mostrar que, de fato, a luta pela democratização da comunicação é uma questão estratégica. Não dá mais para se acovardar diante da ditadura da mídia. O governo Dilma precisa ficar esperto. Hoje são ministros depostos; amanhã será o sangramento e a derrota da própria presidenta e do seu projeto, moderado, de mudanças no Brasil.
Superar a choradeira e a defensiva
A esquerda política e social precisa rapidamente definir um plano de ação unitário de enfrentamento à ditadura midiática. As centrais sindicais e os movimentos populares, tão criminalizados em suas lutas, precisam sair da defensiva e da choradeira. Os partidos progressistas também precisam superar seu pragmatismo acovardado. A conjuntura exige respostas altivas e corajosas!
É urgente pressionar o governo Dilma Rousseff, pautado e refém da mídia, a mudar de atitude. Do contrário, não sobrará quem defenda a continuidade deste projeto, moderado, de mudanças no Brasil. A direita retornará ao poder, alavancada pela mídia! Aécio Neves, o chefe de censura em Minas Gerais, será presidente! E ACM Neto, o herói da degola de Orlando Silva, será o chefe da Casa Civil!

OCDE: Brasil tem avanço extraordinário e redução da pobreza inédita

 

Em relatório, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) elogia políticas econômicas e sociais adotadas em dez anos. Brasil tem boas condições para enfrentar crise global, ao contrário da maioria do planeta, e reduz desigualdade, enquanto ela sobe no mundo. Documento também prega reformas que governo rechaça: avanços foram sem reformas.

BRASÍLIA – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 34 países com o objetivo de ajudar a debater políticas que melhorem a economia e o bem estar social, divulgou relatório que aponta que, em dez anos, o Brasil obteve “avanços extraordinários” na economia e uma redução da pobreza e da desigualdade “nunca vista”. A entidade também acha que o país é um dos mais preparados para enfrentar a crise global e um dos que têm se saído melhor em meio às turbulências.

Mas, apesar de enxergar um país sólido e com melhorias, a OCDE defende que o Brasil deveria promover reformas ortodoxas, como a da Previdência Social. Algo que não foi feito no período do “avanço extraordinário” e que o ministério da Fazenda invoca para rejeitar a “recomendação”.

O relatório foi apresentado nesta quarta-feira (26) por representates da OCDE e do ministério da Fazenda em entrevista no órgão brasileiro. É um tipo de análise que o organismo faz de tempos em tempos sobre uma série de países, sejam eles membros ou não – o Brasil não é. A intenção é ajudar na construção de políticas internas, dando contribuições a partir de uma perspectiva internacional.

As autoridades econômicas do país analisado participam da elaboração do documento, e isso foi feito com o governo brasileiro pela quinta vez desde 2001. “A economia do Brasil teve avanços extraordinários nos últimos dez anos”, disse Marcos Bonturi, chefe de gabinete da Secretaria Geral da OCDE. “Jamais se viu a pobreza e a desigualdade caírem tão depressa.”

Segundo Bonturi, o progresso social do Brasil “é uma exceção rara em duas décadas” e ficará ainda mais evidenciado na semana que vem, quando a OCDE divulgar estudo de abrangência mundial sobre desigualdades.

Os avanços estariam sendo motivados sobretudo pela retomada do crescimento e por programas como o Bolsa Família, “um exemplo de política social copiado no mundo inteiro, inclusive em países mais desenvolvidos”.

Ao enfatizar a importância do Bolsa Família, a OCDE minimiza, por exemplo, o papel do salário mínimo como motor do consumo e, portanto, do desenvolvimento brasileiro. Por isso, a entidade prega que o Brasil faça uma reforma da Previdência para acabar com a ligação entre os reajustes do piso e do pagamento de aposentadorias e para elevar a idade mínima.

A política de valorização permanente do salário mínimo, com regras fixadas em lei para valer nos próximos anos, deixa a entidade ainda mais convicta quanto à necessidade de uma reforma. Com mudanças, diz Bonturi, o país economizaria dinheiro e poderia ampliar investimentos em infraestrutura, por exemplo, melhorando as possibilidades de crescimento futuro.

Mas se o Brasil colhe “avanços extraordinários” sem reformas, por que apelar para elas agora, quando as perspectivas futuras são mais promissoras do que há dez anos? O secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda, Márcio Holland, partilha a dúvida. Para ele, o Brasil não precisa de reformas urgentes para se desenvolver, como comprova a evolução do país na década.

Segundo outro secretário da Fazenda, Carlos Cozendey, de Assuntos Internacionais, o governo divergiu da OCDE, durante a negociação do relatório, quando esteve na mesa a desvinculação entre aposentadorias e salário mínimo. “Tentamos mostrar que, no Brasil, o salário mínimo tem importância social”, afirmou.

De acordo com ele, os benefícios previdenciários atrelados aos ganhos reais do mínimo são fundamentais para atacar a pobreza rural, dos idosos e das famílias cujo único rendimento são aposentadorias. A Previdência paga hoje cerca de 27 milhões de benefícios. Estima-se que cada pagamento favorece três pessoas – o beneficiado direto e mais dois dependentes.

Não foi o único desencontro entre as equipes. Governo e OCDE também não se entenderam quanto a projeções para crescimento e inflação. O quadro pintado pelo organismo é um pouco mais pessimista – crescimento em 2011 e 2012 abaixo de 4%, e inflação quase estourando a meta nos dois anos.

Para Holland, “há inconsistência macroeconômica” nas projeções da OCDE do mesmo jeito que teria havido nas do “mercado”, com quem o governo passou o ano disputando quem tinha razão nas análises e nas previsões. A Fazenda aposta em crescimento em torno de 3,5% este ano, mas de 5% no ano que vem, com inflação dentro da meta nos dois anos – até o teto em 2011 (6,5%) e perto do centro em 2012 (4,5%).

Para a Fazenda, o mais importante do relatório é o endosso que faz de várias políticas econômicas e sociais adotadas nos últimos anos e o reconhecimento de que o Brasil está em vantagem em meio à crise internacional. “O Brasil surpreendeu na crise de 2008 e de 2009 e vai surpreender os pessimistas de novo no futuro próximo”, disse Holland.

“O Brasil vai conseguir manter uma trajetória de crescimento bem razoável nos próximos anos, com inflação em queda”, afirmou Bonturi.

Internautas criticam governo por “covardia” diante da mídia

Posted by eduguim



Desde a noite de terça-feira, blogs e redes sociais começaram a ser invadidos por onda de revolta contra desfecho da novela Orlando Silva que já se fazia previsível. Todavia, após sucessivas garantias da presidente Dilma, do PC do B e do próprio ministro de que a “presunção de inocência” deste prevaleceria sobre o bombardeio de acusações da  mídia, ontem a demissão se concretizou.
Foi a primeira vez, neste ano, que a militância governista na internet não se dividiu como ocorrera em demissões anteriores de ministros, com destaque para a primeira da série de demissões que ocorreria após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, quando a aquela militância rachou praticamente ao meio sobre a permanência dele no cargo.
O apoio a Orlando Silva foi esmagadoramente majoritário entre a militância governista na internet. Há poucos dias, milhares de tuiteiros já haviam levado esse apoio aos Trending Topics do Twitter. Na terça-feira, repúdio a declaração do deputado ACM Neto de que o ministro do Esporte afrontava o país por ter ido a audiência na Câmara ficou entre os cinco temas mais comentados naquela rede social.
Ao ir se materializando a rendição do ministro, do PC do B e do governo à mídia, uma onda de revolta de militantes governistas tomou as caixas de comentários dos grandes portais e blogs corporativos e as dos blogs e sites independentes, além dos comentários no Twitter e no Facebook. O alvo principal do mau-humor digital foi a presidente Dilma, em quem muitos prometeram “nunca mais votar”.
Além do prejuízo político previsível entre a sociedade que a rendição do governo pode gerar, o prolongamento da agonia do agora ex-ministro do Esporte soma-se à patética encenação de autoridade e de independência de um governo que, aos dez meses, parece cansado e sem autoridade, dependurado em bons resultados na economia que, em um momento de crise internacional, podem sumir rapidamente.
Para completar, internautas comentavam às dezenas, ontem, que a nova investida da mídia sobre o Enem sugere que o ministro da Educação, Fernando Hadadad, pré-candidato a prefeito de São Paulo deve ser o próximo alvo da caça midiática a ministros do governo Dilma.  O fator eleitoral confere verossimilhança à teoria. Um escândalo nesse ministério enterraria de vez a candidatura de Haddad. A conferir.