Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 3 de junho de 2011

MARCELO TAS PENSA QUE É ALI KAMEL .


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIBERDADE RELATIVA: MARCELO TAS QUER ME PROCESSAR

Por Lola Aronovich, do blog Escreva Lola Escreva
.
"Estou indignada, mas vou me esforçar para não parecer tão indignada. Ontem, como vocês viram, publiquei um post mandando o CQC pra PQP. Isso foi no título. No texto em si eu estava muito mais comedida, e expliquei porque é misoginia ter nojo da anatomia feminina (principalmente quando esta anatomia não está a serviço dos homens adultos e héteros, como no caso da vagina no parto e dos seios na amamentação). Por que fiquei tão revoltada? Por uma questão de princípios. Não sou mãe, nunca quis ser mãe, e agora, prestes a completar 44 anos na próxima segunda, definitivamente não serei mãe. Portanto, nunca amamentei. Também nunca fiz aborto, e no entanto sou 100% a favor da legalização do aborto. Assim como não sou lésbica, mas comemorei quando a união homoafetiva passou no Supremo. Não sou negra, mas faça uma piadinha racista perto de mim. E por aí vai. Eu não defendo apenas as causas que me beneficiam diretamente.

Já faz tempo que eu e muitas, muitas pessoas não engolimos as asneiras “politicamente incorretas” (código para “posso falar o que quiser e não aceito ser contestado”) de Rafinha Bastos, Danilo Gentili, e do CQC em geral, entre tantas outras celebridades e seus programas. Mês passado foram dois casos: Rafinha, numa revista, defendendo com todos os dentes piada de estupro (é um favor uma mulher feia ser estuprada, estuprador merece um abraço etc), e Danilo twittando que entende porque os judeus de Higienópolis são contra a construção do metrô — porque, da última vez que entraram num vagão, foram parar em Auschwitz. No segundo caso, a Band exigiu retratação do seu contratado, e Danilo rapidamente tirou o tweet do ar e pediu desculpas. No caso de Rafinha, nada. Parece que não é bacana fazer piada com judeu, mas com mulher, zuzo bem, tá liberado. Afinal, somos apenas 52% da população.
Mas eu me ofendo. Sou feminista desde os 8 anos de idade, e pra mim é ponto pacífico que a mulher tenha liberdade sobre seu corpo. Portanto, quando vem um bando de marmanjo ridicularizar mulheres por amamentarem em público, vejo isso como uma intervenção no corpo da mulher. É dizer que ela não pode amamentar na frente de outras pessoas, que existe apenas um tipo de seio que pode ser exposto. Isso num momento em que os mamaços se intensificam por todo o país, porque as mães não são bobas: elas sabem que vem crescendo no Brasil um conservadorismo que é contra a liberdade feminina (e também contra a liberdade de todas as outras minorias).
Quando Rafinha desdenhou do mamaço (e do beijaço), ele sabia o que estava fazendo. O CQC sabia. E aqui admito que errei numa informação no meu texto, como me informou uma leitora: não foi na TV que esse lamentável diálogo (veja aqui) aconteceu. Foi no CQC 3.0, que passa na internet após o programa televisivo. Mas faz muita diferença? Os participantes são os mesmos. Os temas, pelo que me contam, são os mesmos. O nível de estupidez é o mesmo. Se a gente considerar que integrantes do CQC estão ligados ao programa até quando falam numa revista ou no twitter, imagino que o que eles digam num troço pra internet chamado CQC 3.0 conte como parte do CQC, ou não?
De todo modo, ontem mais ou menos no almoço recebi um email do Marcelo Tas, curto e grosso, querendo saber onde e quando ele se posicionou contra a amamentação. Eu respondi, com a mesma educação que me foi dispensada, que nem ele nem o CQC se opuseram à amamentação, e sim à amamentação em público, como está claro no meu texto. E que eu só citei o Tas uma vez, num parênteses sem referência à amamentação em si, em que eu dizia que é claro que a sociedade gosta de seios (desde que direcionados a sua função única, a de fazer babar os homens) porque a TV não sobreviveria só de Rafinhas ou Marcelos Tas. Mas ele me mandou um outro email, subindo o tom, pedindo retificação imediata, porque ele não se disse contra a amamentação em público, ele não disse nada daquilo, e ele não é misógino. Comentei no Twitter que eu tinha recebido email do Tas e, mais tarde, publiquei nos comentários do meu post esses dois emails curtinhos como resposta dele, como um “outro lado”. Recebi outro email em seguida, em que ele diz: “
Você vai aprender através de um processo por calúnia e difamação a ser mais responsável com o que publica, esta troca de e-mails documenta a minha tentativa de dialogo com voce antes de tomar o caminho da Justiça”. Quer dizer, o que foi isso? Ameaça de processo, certo?
E isso me deixa indignada. O CQC tem o direito sagrado da liberdade de expressão para caluniar todas as mulheres, mas eu não tenho a liberdade para criticá-los? Então me parece que essa tal liberdade é meio relativa. Eu, por exemplo, dona deste humilde bloguinho com suas 90 mil visitas e 150 mil pageviews por mês, jamais ameacei ninguém com um processo. Sou contra a censura. Em todas as minhas críticas aos machistas, misóginos, homofóbicos e racistas de plantão (e são muitas críticas em 3,5 anos de blog com atualizações diárias), nunca exigi que alguém se calasse ou que algo fosse tirado do ar ou da internet. No caso do Rafinha fazendo piada com estupro, não divulguei nem o que seria totalmente legítimo — que passássemos a boicotar os anunciantes do CQC, programa que o emprega.
É engraçado que o Tas queira me processar porque, como lembrou a Srta.Bia, no caso do Danilo, quando a PinkyWainer perguntou ao Tas se ele apoiava o tipo de humor danístico sobre judeus e o metrô de Higienópolis, ele respondeu: Engraçado também que o CQC e demais programas são os primeiros a gritar “Censura! Exijo liberdade de expressão!” quando recebem qualquer crítica, mas são tão rápidos no gatilho pra ameaçar com processo quem os critica.
Eu até entendo. Por coincidência, estava lendo uma matéria da Lúcia Rodrigues na Caros Amigos de maio. Chama-se “As Novas Táticas da Repressão Política” (trecho aqui) e fala justamente sobre como processos jurídicos são movidos para intimidar os ativistas. É o que está em alta atualmente. O MST incomoda? Não basta só jogar a polícia em cima, mete também um processo! Processo é usado pra calar qualquer um que se oponha ao status quo. E Tas e seus colegas de CQC, apesar de posarem de moderninhos, representam, com seus preconceitos ultrapassados, esse status quo. Seu exército de advogados, sempre prontos para defender os integrantes de qualquer processo, também serve para intimidar. Mas se alguém achar que difamei o Tas, peço para que leia o post, do qual não troquei uma só vírgula. Como disse o Bruno, “
se esse post é calúnia, o CQC é formação de quadrilha”.
Tas em nenhum momento criticou o que seus colegas disseram, ou as outras besteiras que vivem dizendo. Mas se irritou porque eu o chamei de misógino. É, fui injusta. Gostaria de acrescentar que, além de considerá-lo um misógino de marca maior, também o vejo como um tucano enrustido e um babaca arrogante. Isso é calúnia e difamação? Ou é a minha opinião?
Se não tenho direito a minha opinião, então, Tas, me processe. Pela demonstração de apoio que recebi ontem, suponho que bastante gente ficará do meu lado, a favor da liberdade de expressão. Acho que na hora muit@s de nós nos levantaremos gritando “Eu sou Spartacus”, sabe? Você deve saber a força de uma mobilização online. Fico no aguardo de você começar uma luta de Davi e Golias contra mim. Ao contrário de você, eu não tenho um dos maiores grupos de comunicação do país me dando apoio. Tenho apenas a minha consciência, e esta precisará de mais de um processo pra ser calada. Eu sou mulher, sou feminista, tenho peito, não tenho medo. Pra mim “aquilo roxo”, balls, cojones, nunca foram sinônimo de coragem. Coragem é enfrentar todo um sistema que insiste em perpetuar preconceitos".

Eleição no Peru: O temor de Washington

Peru’s Election Could Change Hemispheric Relations, and Washington is Worried
por Mark Weisbrot, no jornal britânico Guardian
Em alguns dias, no 5 de junho, vai acontecer uma eleição que terá influência significativa no Hemisfério Ocidental. Neste momento está muito equilibrado para prever. A maior parte das autoridades de Washington tem se mantida relativamente quieta, mas não há dúvida de que o governo Obama tem muito em jogo no resultado da eleição.
A eleição é no Peru, onde o populista de esquerda e ex-oficial militar Ollanta Humala vai enfrentar Keiko Fujimori, a filha do ex-governante autoritário Alberto Fujimori, que foi presidente de 1990 a 2000. Alberto Fujimori está na cadeia, servindo uma sentença de 25 anos por múltiplos assassinatos políticos, sequestros e corrupção. Keiko deixou claro que ela o representa e a seu governo, e está cercada por assessores dele e ex-autoridades do governo Fujimori.
Fujimori foi condenado por ter “responsabilidade criminal” pelos assassinatos e sequestros. Mas o governo dele foi responsável por assassinatos e abusos dos Direitos Humanos mais amplos, inclusive a esterilização forçada de dezenas de milhares de mulheres, a maioria indígenas.
Entre os dois candidatos, quem você pensa que Washington prefere? Se você escolheu Keiko Fujimori, chutou certo. Conversei na segunda-feira à noite, em Lima, com Gustavo Gorriti, um premiado jornalista investigativo peruano, cujo sequestro foi um dos casos que levaram à condenação de Fujimori. “A Embaixada dos Estados Unidos se opõe fortemente à candidatura de Humala”, ele disse. O professor de governança de Harvard Steven Levitsky, que escreve extensivamente sobre o Peru e atualmente é professor-visitante na Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP), chegou à mesma conclusão: “É claro que a Embaixada dos Estados Unidos aqui vê a Keiko como a opção menos ruim”, ele me disse desde Lima, na terça-feira.
Os oponentes de Humala argumentam que a democracia no Peru correria risco se ele fosse eleito, citando uma revolta militar que Humala liderou contra o governo autoritário de Fujimori. (Mais tarde ele foi perdoado pelo Congresso peruano). Mas é difícil comparar a história dele com os crimes provados de Alberto Fujimori.
Humala também é acusado de ser um aliado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Ele se distanciou de Chávez, diferentemente do que fez na campanha presidencial de 2006. Mas tudo isso é apenas um golpe midiático da direita. Chávez tem sido demonizado por toda a mídia do hemisfério, e assim os monopólios direitistas da mídia o usaram como espantalho em numerosas eleições, por anos, com graus variáveis de sucesso. Naturalmente que a Venezuela é irrelevante para a eleição peruana porque quase todos os governos da América do Sul são “aliados de Chávez”. Isso é especialmente verdadeiro sobre o Brasil, Argentina, Bolívia, Equador e Uruguai, por exemplo, todos com relações próximas e colaborativas com a Venezuela.
Como em muitas outras eleições na América Latina, a dominação direitista da mídia é chave para as táticas de assustar o eleitorado. “A maioria das estações de TV e jornais tem trabalhado ativamente por Fujimori nessa eleição”, disse Levitsky.
A ideia de um novo governo Fujimori é assustadora para um número de proeminentes conservadores na política do Peru, que decidiram apoiar Humala. Entre eles está o novelista ganhador do Nobel Mario Vargas Llosa, que odeia a esquerda da América Latina tanto quanto muitos. Humala também recebeu o apoio de Alejandro Toledo, o ex-presidente peruano que disputou o primeiro turno da eleição.
Então, por que Washington prefere [Keiko] Fujimori? A resposta é bem simples: é sobre a diminuição da influência de Washington em seu ex-quintal latinoamericano. Na América do Sul há governos de centro-esquerda na Argentina, Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Estes governos tem uma posição comum na maioria das questões hemisféricas (e algumas vezes em questões internacionais, como o Oriente Médio) e frequentemente essa posição difere da de Washington.
Por exemplo, quando os militares hondurenhos derrubaram o presidente eleito de centro-esquerda, em 2009, e o governo Obama buscou legitimar o governo golpista através de eleições que outros governos não reconheceriam, foram os poucos aliados direitistas de Washington que primeiro se distanciaram do resto da América do Sul.
Antes de agosto, os únicos governos da América do Sul com os quais Washington podia contar como aliados eram o Chile, o Peru e a Colômbia. Mas a Colômbia sob o presidente Manuel Santos já não é um aliado automático, já que hoje ele tem boas relações de cooperação com a Venezuela. Se Humala vencer, há poucas dúvidas de que vai se juntar à América do Sul na maioria das questões concernentes a Washington. O mesmo não pode ser dito sobre Keiko Fujimori.
E é por isso que Washington se preocupa com esta eleição.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cifamerica/2011/jun/02/peru-venezuela
Leia, aqui, sobre o “grande valor” que a palavra do Obama tem no Oriente Médio.

Sirkis narra "reunião secreta" de PV e PSDB antes de eleição. Jornais: deputado narra reunião secreta entre PV e PSDB antes da eleição


FOLHA DE S.PAULO via Congresso em Foco

Às vésperas da campanha de 2010, a presidenciável Marina Silva (PV) enviou aliados para um encontro sigiloso com o candidato José Serra (PSDB) no apartamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Higienópolis, na capital paulista. A "reunião secreta" (expressão do autor) é revelada no livro "O Efeito Marina", do deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ). A obra foi obtida em primeira mão pela Folha.

Mantida em segredo até hoje, a conversa na casa de FHC ocorreu em fevereiro de 2010, quando os tucanos ainda sonhavam com a possibilidade de Marina ocupar a vice na chapa de Serra. Procurado, o tucano não quis se manifestar sobre o episódio. Em seu relato, Sirkis diz que o encontro teve outro motivo: negociar o palanque duplo de Fernando Gabeira (PV), apoiado pelos dois presidenciáveis em sua candidatura ao governo do Rio.

O livro revela que Serra, ainda à frente do governo de São Paulo, acreditava estar grampeado em plena pré-campanha ao Planalto. "Serra chegou à reunião muito desconfiado. Deixou seu celular em outro quarto, alegando que havia grampos capazes de monitorar conversas até por aparelhos desligados", conta Sirkis. Coordenador da pré-campanha de Marina, o verde revela que também foi a Belo Horizonte para uma reunião com o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Eles negociaram o lançamento de um candidato próprio do PV, que apoiava os tucanos no Estado. Em troca, os verdes apoiaram o tucano na corrida ao Senado.

Escritores que ABL preteriu em favor de mervais

eduguim 















A Academia Brasileira de Letras (ABL) acaba de eleger Merval Pereira para a cadeira número 31 da instituição, em substituição ao escritor Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro.
Merval escreveu dois livros em sua caudalosa carreira literária. Um deles no ano passado, esculhambando Lula.
Abaixo, a lista de alguns dos literatos que a ABL, ao longo de sua história conservadora, preteriu em favor de “imortais” da estirpe de um ex-presidente José Sarney ou de um cirurgião plástico como Ivo Pitanguy ou, agora, de um Merval Pereira:
Carlos Drummond de Andrade
Cecília Meireles
Clarice Lispector
Erico Veríssimo
Lima Barreto
Mário Quintana
Monteiro Lobato
Vinicius de Moraes
Também não participaram da Academia os escritores Jorge de Lima e Gerardo Melo Mourão, indicados ao Prêmio Nobel de Literatura.
A boa relação da ABL com a ditadura militar é vista até hoje como relativa ao pedágio ideológico que vige na instituição.
Posições políticas, compadrios, high-society, interesses econômicos… Um livro explica a influência desses fatores na ABL: Academia Do Fardão e Da Confusão (Geração Editorial), do escritor Jorge Fernando.
A ABL “imortalizou” oligarcas endinheirados, playboys e, agora, os idiotas. Pensando bem, faz sentido.

Comentário Amoral:
Ainda vai chegar a vez de eminências pardas como ACM Neto e a compilação de seus discursos na Câmara, além de Aécio e o rol de roupa suja enviado à lavanderia!

Do ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, logo depois da eleição do jornalista Merval Pereira na Academia Brasileira de Letras, em seu perfil no twitter:

- Há 9 anos publiquei uma coletânea com meus discursos no Senado. Como ando meio sem ter o que fazer, acho que vou concorrer a uma vaga na ABL.

PodreOnline

“É tudo nosso. Nós move o Brasil”


Amanhã, com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, a plataforma P-56 da Petrobras será batizada. E a maneira mais legal que encontrei  de ilustrar este post foi reproduzir o vídeo, que encontrei no Youtube,  gravado, meio de brincadeira, por três dos quatro mil operários que construíram essa gigante de 54 mil toneladas, e que vai processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, no Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos.
Na brincadeira dos três, sai uma frase que comove, até por ser dita com a pureza de que sente, em lugar de fazer discurso. É tudo nosso. Nós que move o Brasil”. E é mesmo (quase) tudo nosso, porque a P-56 tem um recorde de nacionalização: além do casco ser integralmente feito em Angra dos Reis, pelo estaleiro Brasfeld e em Itaguaí, pela Nuclep, os módulos que ele suporta têm 73% de materiais e equipamentos feitos no Brasil.
Amanhã, quando a madrinha da P-56, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), batiza-la, começarão os ajustes finais para sua viagem até a Bacia de Campos, onde essa gigante vai fazer de seus 137 metros de altura o mastro de uma bandeira invisível, mas sensível: o povo brasileiro é um povo capaz, e muito capaz, de fazer o que achavam que era impossível fazer aqui em outras épocas. Sim, é tudo nosso, e que importa a concordância… É mesmo nós que move o Brasil!

PIB cresce e deixa pessoal da “roda presa” na saudade

Os dados divulgados agora de manhã pelo IBGE são uma decepção para a turma do Brasil da “Roda Presa”
O Brasil cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2011, em relação ao último trimestre de 2010, ligeiramente acima do que era esperado pelos analistas de economia.  E subiu  4,2% em relação ao primeiro trimestre daquele ano. A taxa de crescimento nos últimos 12 meses foi de 6,2 %.
O crescimento, desta vez, ocorre com mais força no investimento – que avançou 1,2%, quando no trimestre anterior havia crescido 0,4% – do que no consumo, que cresceu 0,6%, contra uma alta anterior de 2,3%. Já os gastos do Governo aumentaram em proporção bem inferior à expansão do PIB: 0,8%.
Ou seja, não foram estes gastos que puxaram a expansão da economia.
A massa salarial real, nos últimos 12 meses, cresceu  5,9%, em valores reais.
O pessoal da “Roda Presa” vai ter de esperar até agosto, quando saem os resultados do 2º trimestre para comemorar a redução do crescimento – ou talvez até uma ligeira retração – na comparação com o trimestre anterior. É o resultado esperado das medidas tomadas para segurar o corcoveio inflacionário com que o “mercado” testou o Governo Dilma na área econômica. Mas não no acumulado do ano, porque não há qualquer sinal de que não vão se confirmar as taxas de crescimento anuais entre 4 e 5%.
Coloco aí ao lado um quadro elaborado pelo IBGE com os números já divulgados sobre a expansão econômica no mundo, considerando os dados do primeiro trimestre de 2011. Só a Alemanha, que está “bombando” em meio à uma cambaleante Europa supera a taxa brasileira. Mas, repare, no gráfico não está ainda o crescimento da China, que foi de 2,3 no trimestre. Não tenho os números da Índia, com quem dividimos o núcleo dos “Brics”, mas não devem ter sido superiores aos brasileiros, já que houve uma ligeira desaceleração da economia daquele país, basicamente causada pela decisão de proteger seu setor mineral da exportação predatória.
Tomadas as rédeas de uma inflação forçada pelo crédito – mas também pelas pressões políticas – o Brasil tem tudo para ter um segundo semestre de crescimento significativo.
E que não é exagerado, se a gente pensar que o Brasil cresce mais porque, na verdade, está “tirando o atraso”  de duas décadas em que aquele pessoal, o da “Roda Presa” estagnou a economia brasileira e nos fez patinar no desenvolvimento.
Teixeira devolve a seleção ao Galvão: alô, amigos
O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Adilson Filho:

Caro PHA,


Na véspera do jogo contra a Holanda, segue um texto sobre a partida fatídica com o lance do jogo fatal para o Brasil, que a Globo não viu pois estava muito ocupada na sua luta pessoal contra Dunga e na sua empreitada pelo controle da seleção.


um grande abraço,


Adilson


Brasil x Holanda: Um fantasma que ainda não foi exorcizado.


As vésperas de completar um ano da eliminação da Copa do Mundo da África do Sul a seleção volta  a enfrentar a Holanda em clima de revanche, mas muitos ainda tentam entender melhor aquele segundo tempo..


O Brasil chegou na Copa do Mundo de 2010 como favorito e ostentando uma marca impressionante que há muito não se via:  Campeão da Copa América, campeão da Copa das Confederações e  primeiro lugar nas Eliminatórias, classificando-se antecipadamente com duas rodadas de antecedência. Durante os quatro anos de preparação, nossa seleção não tomou conhecimento  de adversários tradicionais como Itália, Inglaterra, e Portugal – aplicando neste uma goleada histórica de seis gols -  e de quebra ganhava sempre com sobras de seu maior rival, a Argentina, sendo a última vitória  acachapante e na casa dos nossos vizinhos.


A seleção brasileira, sob o comando de Dunga e Jorginho, superou o trauma e a ausência de craques pós-2006 -  talvez a maior entressafra que o futebol brasileiro já enfrentou – e se tornou uma equipe forte, regular,  segura na defesa, que atacava e defendia em bloco, valorizava a posse de bola e fazia sempre muitos gols. Ainda por cima, como mencionado, ganhou tudo que disputou e  sacudiu (como se diz na gíria do futebol) todos os rivais de peso que enfrentou.


Durante a competição, uma das mais niveladas dos últimos tempos, a seleção de Dunga encontrou dificuldades, assim como todas as outras, mas conseguiu impor seu jogo, mostrando a unidade e a consistência do trabalho  realizado durante quatro anos.


Até que vem as quartas de final, contra a Holanda. E é sobre esse jogo fatídico, principalmente sobre um pequeno detalhe acontecido aos 23 minutos do segundo tempo e ignorado pela mídia esportiva, que passo a comentar de forma mais detalhada a partir de agora.


Brasil x Holanda


Começa  a partida e a seleção, de cara já vai impondo seu jogo. O time joga exatamente no estilo que melhor sabia jogar: marcando atrás da linha da bola, implacável na ocupação dos espaços e saindo rápido no contra-ataque.  A Holanda não encontrava espaço e quase não via a cor da bola, como acontecia com a maioria dos adversários que enfrentavam a seleção brasileira.


Num passe primoroso de Felipe Melo – o maior passador da seleção na Copa – a bola sai “da chapa precisa” atravessa metade do campo e vai achar Robinho lá na grande área, que bem ao seu estilo, apenas dá um “tapa” pra empurrar pro fundo da rede.


Um a zero Brasil. O time ía pra cima, jogava bem, e na certeza de que tinha “caixa pra mais” ameaçava uma Holanda absolutamente perdida em campo. O jogo segue, Robinho faz boa jogada pela esquerda, limpa dois e deixa para Luis Fabiano, que toca de letra  para Kaká, e esse bate da entrada da área pra belíssima defesa, de mão trocada, do goleiro holandês. Linda jogada, quase um golaço!


Em seguida, Daniel Alves faz jogada pela direita e Juan toca por cima da trave. A seleção ameaça de novo, logo depois, em mais um bonito lance: Kaká inverte o jogo da esquerda, Daniel Alves amacia no meio e toca pra Maicon que vinha avançando pela lateral , solta a “bomba” de fora e obriga o goleiro deles a nova defesa por baixo..O Brasil, como era de sua característica, sufocava o adversário atacando por todos os lados, com jogadas bem tramadas.


Há ainda um pênalti em Kaká não marcado, mas tudo bem, embora acredite que o árbitro tenha errado, são coisas do jogo e o japonês apitava bem – minutos antes havia anulado corretamente um  gol de Robinho em jogada de difícil interpretação.


O juiz apita, termina o primeiro tempo e com ele a história de sucesso desse grupo vencedor, que com certeza poderia ter ido mais longe, mas que viria a se perder num momento inusitado, frustrando as expectativas daqueles que, como eu, entendiam as circunstâncias em que fora formado , e que confiavam e torciam por sua vitória.


Vinte e três minutos do segundo tempo


É importante ressaltar que a seleção brasileira que entrará em campo para disputar a etapa complementar do jogo, protagonizará lances que jamais foram vistos ou sequer imaginados que pudessem acontecer, durante os quatro anos que antecederam a competição. Lances capitais que não fizeram parte de sua trajetória e por isso difíceis de serem previstos, mesmo se tratando de uma Copa do Mundo.


Guardadas as devidas proporções e preferências estilísticas (não é isso que está sendo analisado), o que aconteceu em 2010 acabou sendo uma surpresa ainda maior do que aconteceu no Sarriá em 1982, onde os erros de posicionamento da defesa pelo lado esquerdo desde a estréia contra a URSS , a mania de Valdir Perez de se manter em cima da linha da pequena área, e a desconfiança em cima de Serginho Chulapa, ajudaram a escrever a crônica de uma possível derrota anunciada.


Voltando a 2010, a vaca começou a dar o primeiro passo na direção do brejo quando numa bola alçada na área por Sneijder, Julio César (o melhor goleiro do mundo) sai mal e, atabalhoadamente, esbarra em Felipe Melo, que limpo no lance iria tranquilamente tirar a jogada dali de cabeça. Gol da Holanda, num lance inexplicável.


O outro lance capital, que é, ao meu ver,  a maior “entrega” de um craque brasileiro numa edição de Copa do Mundo, foi protagonizado por um jogador que, assim como o colega goleiro, pertencia aquela que era considerada a melhor defesa do mundo.


Sobre esse lance, que  não se ouviu nem se escreveu uma linha na mídia esportiva -  pois infelizmente seus principais analistas na época pareciam estar muito ocupados em  demonizar pessoas e desafetos -  eu vou tentar  compartilhar em detalhes agora.


Aos vinte e três minutos do segundo tempo, a bola sobra na linha de fundo do Brasil pelo lado esquerdo, Juan se antecipa e chega absoluto na jogada, com Robben atrás dele. Juan tinha pelo menos 1, 5 metro de campo até o fundo, mas mesmo virado para lateral (!), sem nenhum marcador a frente opta, inexplicavelmente,  por ceder o escanteio para o adversário.


A jogada segue, Robben bate na cabeça de Kuyt e  o atacante dá aquela raspada mortal pra cabeçada de Sneijder na pequena área. O resto já sabemos, a Holanda passa na frente pela primeira vez na partida e o Brasil não conseguiria mais reverter.


Senhores, esse foi o lance de bola que selou o destino do Brasil na Copa da África do Sul. O péssimo segundo tempo da seleção, o descontrole de Felipe Melo com os provocadores holandeses, a reconhecida inoperância total de Robinho  na hora “h” e a saída inacreditável de Julio Cesar sem dúvida contribuíram para a derrota, mas nenhum lance foi tão direto e decisivo quanto o escanteio cedido, “generosamente” pelo nosso zagueiro a equipe adversária.


Num  jogo de futebol, e aí os que jogam sabem que pode ser uma pelada no Aterro ou uma final de Copa no Maraca, o objetivo primeiro é fazer gol, o segundo é não tomar e para isso deve-se  manter o tempo todo a bola o mais longe possível de sua meta e o mais perto possível da meta adversária -  dando passes laterais sempre mais avançados, evitando faltas na entrada da sua área, “prendendo bola” no ataque no final do jogo, e optando sempre pelo lateral no lugar do escanteio. Isso é o básico da bola. Ora, quando uma bola é disputada na linha da fundo do seu time, um dos lances que mais vemos numa partida é o jogador se esticar todo, se jogar no chão, derrapaaaaaaaar pra jogar a bola pra lateral. Escanteio, nunca!


Nesse sentido, não tenho dúvidas em afirmar que, do ponto de vista de sua fatalidade,  o escanteio cedido por Juan, é uma das jogadas mais estranhamente executadas por um jogador brasileiro numa partida de Copa do Mundo que tive notícia. A meia do Roberto Carlos em 2006, o pênalti esquisito do Sócrates em 86, a bola atravessada no meio campo por Cerezo em 82 e outros que me escapam agora, foram lances infelizes  mas de desatenção, de displicência, ou relaxamento. No caso do nosso zagueiro , confesso que fica difícil encontrar uma explicação razoável, dada a sua larga experiência em partidas decisivas  com a seleção brasileira.


Por que Juan, um jogador tarimbado e de altíssimo nível, deu um escanteio de “mão beijada” para o outro time quando tinha a opção de  chutar a bola pela lateral?! Eis a pergunta que não quer calar.


Ou que não quis ser perguntada?


Essa pergunta jamais foi feita para ele, e pior, o mais impressionante disso tudo é que o lance crucial não foi mencionado momento algum pela mídia esportiva na época, não foi sequer comentado como uma possível infelicidade de Juan, ou mesmo pra se colocar a culpa no Dunga como sabiam fazer muito bem. Nada. Passou batido e, pelo visto, passará em branco na história.


Quase um ano depois da eliminação brasileira e na véspera do dia onde a seleção reencontrará pela primeira vez a Holanda, esse lance traz a tona a lembrança do que foi a cobertura da mídia na Copa do Mundo da África do Sul em 2010 . Um trabalho desastroso, capitaneado pela Globo e pautado pela parcialidade extrema, com  matérias medíocres que tratavam os amantes do esporte como verdadeiros idiotas, e outras  preconceituosas contra povos e culturas . É só nos lembrarmos do  caso do Paraguai, quando, após a reportagem etnocêntrica e a manifestação de repúdio do Ministro da cultura,  o Sportv teve que emitir uma nota para dizer que o canal não tinha preconceito contra o país, ou lembrar do jornalista famoso  que ao falar da eliminação  da Itália justificou dizendo não se tratar de um  “paisinho qualquer não”.


No caso da Globo, como sabemos, foi realmente muito complicado pois a coisa conseguiu tomar proporções perigosas, chegando ao nível pessoal. O que se viu foi algo repugnante.  Lembro-me que logo após o jogo que nos eliminou , a emissora exibiu um edição trágica e de muito mal gosto, de mais ou menos cinco minutos, com os principais lances da partida, onde  o narrador falava sobre o caminho errado que Dunga traçou, e no meio eram inseridas (sem parar) imagens do treinador na famosa entrevista em que discutia no ar com o repórter Escobar. Como diria Max Weber, uma ação afetiva com sede de vingança!


Aliás a repercussão desse caso na internet foi tamanha que chegou a se criar o “Dia sem Globo” -  uma manifestação contra a farsa montada pela emissora que depois veio a tona.  A Globo precisou emitir uma nota no fantástico para dizer que torcia pra seleção. A Globo perdeu o respeito, virou a copa das notas.


Foi a  partir desse fato que ficou evidente que a política  de extinção de privilégios adotada por Dunga na seleção deixou a emissora numa situação desconfortável, um lugar onde não estava acostumada a ocupar, impondo-lhe obviamente  outros objetivos.


Fica então a pergunta: O lance capital do zagueiro Juan passou realmente desapercebido pelos jornalistas esportivos da Globo ou será que foi propositalmente deixado de lado? Foi incompetência ou a cruz que prepararam com tanto cuidado só cabia mesmo um “cristo”?


A julgar pelo programa “Bem amigos” da semana seguinte onde Ricardo Teixeira  é recebido de braços abertos e, num gesto simbólico, “devolve” a seleção para turma do Galvão , acho que resposta fica mais fácil, embora saibamos que não seria nenhum absurdo apostar nas duas hipóteses ao mesmo tempo.


Bom, a Copa do Mundo da África do Sul já virou história , Juan é um grande zagueiro, sempre correspondeu e deve ser perdoado, aliás nem é esse o caso; mas 2010 deixou claro pra quem quiser ver que alguns jornalistas do ramo deveriam se preparar melhor para a atividade que escolheram exercer  e outros, além disso, se envergonhar da campanha raivosa que – por motivos não esportivos – fizeram contra um profissional correto, ídolo nacional  e sua equipe que honrou a camisa amarelinha durante os quatro anos e meio que a vestiu.


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Chile: estudantes protestam contra privatização da educação


Cerca de 30 mil estudantes universitários participaram, quarta-feira, de uma paralisação nacional e de marchas de protesto na capital Santiago e em diversas outras cidades chilenas. Os sindicatos dos servidores públicos, dos professores e reitores das universidades somaram-se aos protestos contra o modelo privatizador do governo Piñera. Em Santiago, os carabineros reprimiram manifestação em frente ao palácio presidencial. Segundo a Unesco, o Chile é a única nação do mundo com uma educação superior quase inteiramente privatizada.

Federações universitárias chilenas realizaram quarta-feira uma paralisação nacional. Milhares de estudantes se manifestaram pelas ruas de Santiago e de outras cidades do país, apoiados por autoridades acadêmicas e professores, contra o modelo privatizador na educação, por uma mudança estrutural no setor e maior acesso ao ensino superior.

Estima-se que ao menos 30 mil universitários participaram das marchas de protesto pelo centro da capital e em cidades como Talca, Valparaíso, Concepción, Temuco, La Serena, Coquimbo, Valdivia e Puerto Montt, em mobilizações onde só se registraram alguns incidentes isolados. As autoridades policiais informaram que algumas pessoas foram detidas, sem precisar o número.

Em Santiago, a marcha foi realizada pacificamente e, somente no final, houve distúrbios em frente ao Ministério da Educação, a uma quadra do palácio presidencial de La Moneda, quando um grupo de jovens encapuzados tentou bloquear o tráfego de veículos em ruas próximas ao local. A polícia militarizada dos Carabineiros interveio com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.

O Colégio de Professores e a Associação Nacional de Funcionários Fiscais se somaram à manifestação de protesto, encabeçada pelos dirigentes da Confederação de Estudantes do Chile e pelos reitores da Universidade de Santiago, Manuel Zolezzi, e da Universidade Tecnológica Metropolitana, Luis Pinto. O reitor Zolezzi declarou que as reivindicações que os estudantes levantam agora são coerentes com o que ele vem defendendo há cinco, seis anos. Por isso, disse, “me parece legítimo acompanhá-los já que tomaram as mesmas bandeiras que sustentei por muito tempo, por uma educação pública de qualidade, justa e equitativa”.

Os dirigentes da Universidade do Chile, Camila Vallejos, e da Universidade Católica, Giorgio Jackson, expressaram sua satisfação com a convocatória que atraiu a milhares de manifestantes para exigir o regresso à educação superior ampliando o acesso a jovens de baixa renda e que se estabeleçam limitações às universidades privadas para impedir que sejam apenas um negócio.

Vallejo assinalou que “nossas demandas seguem sendo transversais, como foi o 12 de maio – dia de outra grande mobilização nacional -, a população nos apoia, acreditando que é necessário avançar no quê estamos pleiteando porque a educação é um direito e tem que ser garantida como tal, razão pela qual não vamos negociar com essa questão”.

Jackson, dirigente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, comemorou a recepção ao chamado pela reforma completa do sistema. “Viemos dizer ao ministro que nós, que viemos para essa luta, não somos os privilegiados de sempre, mas sim que estamos fazendo um movimento amplo”.

Nos últimos anos, os estudantes chilenos têm denunciado a falta de financiamento para as universidades públicas, assim como a escassa regulação nas universidades privadas. Nestas últimas, sustentam, os currículos são deficientes, existe uma alta evasão escolar e a prioridade é somente a rentabilidade econômica.

Os dirigentes universitários têm insistido com as autoridades que o problema tem origem no período da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), quando o regime militar impôs uma drástica redução dos recursos às universidades e promoveu uma ampla privatização do setor.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco), o Chile é a única nação do mundo com uma educação superior considerada quase inteiramente privatizada, pois é toda paga e os estudantes dos setores mais pobres da população só podem ter acesso a ela por causa dos altos impostos.

As universidades tradicionais que tem a melhor docência e pesquisa no Chile estão há muitos anos esperando um tratamento justo e equitativo das autoridades. Não queremos seguir esperando enquanto se frustram os sonhos e ideais de gerações inteiras de chilenos, declarou o reitor da Universidade do Chile (estatal), Víctor Pérez Vela. “É por isso que estamos exigindo que haja seriedade, transparência e que termine o lobby obscuro que utiliza recursos de todos os chilenos, sem fiscalização alguma, para melhorar o negócio de algumas novas universidades privadas”.

Por outro lado, permanece hospitalizado em coma induzido Luciano
Pitronello Schufenneger, de 22 anos, um jovem supostamente vinculado a um grupo anarquista que perdeu as mãos na explosão de uma bomba que tentava colocar em uma agência bancária, em Vicuña Mackenna, em Santiago.

Enquanto isso, o legisla uruguaio Hugo Rodríguez reconheceu que a análise que realizou das causas da morte de Salvador Allende foi especulativa, porque ele não viu as lesões que o ex-presidente chileno sofreu e só teve acesso ao informe da primeira autópsia. “A única coisa que sustento é que, se o informe da autópsia corresponde à realidade, há duas lesões de armas bem diferentes. Mas isso eu não sei porque não vi as lesões e nem sequer há fotografias”, assinalou.

Rodríguez disse ainda ao diário Las Últimas Noticias que não apontou quantos tiros Allende recebeu e em que circunstâncias. “Disse que, a ser correta a informação exposta, encontramos dois padrões de armas e lesões diferentes”. Essa análise, apresentada em um programa de televisão, provocou mal estar na família de Allende.

Tradução: Katarina Peixoto


Fotos: La Jornada