Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 2 de março de 2011

A Paz Que Se Phoda-Colonos israelenses destroem casas em vilarejos palestinos



Colonos israelenses danificaram casas e carros em dois vilarejos palestinos nesta terça-feira, disseram testemunhas, aparentemente para mostrar sua irritação com a demolição, efetuada por parte do governo de Israel, de residências em obras para um assentamento que não tem autorização para ser construído. 
Moradores do vilarejo palestino de Hiwwara, no território ocupado da Cisjordânia, disseram que colonos atiraram bombas caseiras dentro de uma casa, quebraram os vidros de outra, e atearam fogo a diversos carros durante a noite, seguindo depois para Burin, um vilarejo próximo, onde soldados israelenses impediram que eles atacassem uma mesquita. 
Não houve registro de vítimas. Um porta-voz da polícia israelense disse que o incidente estava sendo investigado. 
Abed Omar Qusini/Reuters
palestina segura um colchão incendiado em meio a destruição causada por colonos israelenses em Hiwwara
palestina segura um colchão incendiado em meio a destruição causada por colonos israelenses em Hiwwara
"Tentamos apagar o fogo mas não conseguimos, porque era enorme. O quarto da frente inteiro ficou queimado e parte da sala de estar também", disse o palestino Rami Edmeidi, dono da casa que foi alvo de ataque em Hiwwara. 
A violência ocorreu depois que autoridades israelenses destruíram na segunda-feira duas casas em Havat Gilad, um povoado localizado no topo de um monte na Cisjordânia ocupada, construído sem a permissão do governo israelense. 
Israel vem prometendo há tempos aos Estados Unidos desmantelar os postos avançados erguidos pelos colonos em território ocupado por Israel, sem autorização das autoridades israelenses. 
Mas os líderes israelenses relutam em agir por temer a oposição dos colonos e dos grupos que os apoiam, que têm influência no Parlamento e no governo. 
No último dia 18, os EUA votaram contra uma resolução apreciada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas que poderia condenar a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Dos 15 votos, 14 foram a favor, incluindo o do Brasil, que no momento detém a presidência rotativa do órgão. 
Para ter validade, a medida precisava de todos os votos dos países que integram o Conselho, e caso tivesse sido aprovada, reforçaria o caráter ilegal da expansão dos assentamentos nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, determinando ao governo israelense a interrupção imediata das obras. 
Analistas estimam que a decisão do governo do presidente Barack Obama deve irritar países árabes, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e defensores da causa palestina ao redor do mundo. 
O veto à medida deve também acentuar as dificuldades das negociações do processo de paz entre israelenses e palestinos, atualmente paralisado. 
Para os palestinos, a interrupção da expansão dos assentamentos é uma condição para que as negociações de paz sejam retomadas.

Da Fôia

Lula recebe cachê 2x o do FHC. Agora que o FHC corta os pulsos


Saiu na Folha, página A8:

“Lula estreia em palestras com maior cachê do país”.

Ex-presidente receberá R$ 200 mil por participação em eventos.

O Nunca Dantes foi contratado pela coreana LG.

O cachê atribuído ao Farol de Alexandria é, segundo a cotação corrente no “mercado”, é de R$ 80 mil, correspondente a US$ 50 mil.
Até nisso o Nunca Dantes dá nele de 10 x 0.
Agora, aqui pra nós, amigo navegante, quem paga US$ 50 mil para ouvir que quanto pior, é melhor ?
E quem, e por quanto, contratará o Padim Pade Cerra ?



Paulo Henrique Amorim

Especuladores da fome fazem preço dos alimentos aumentar


Não são apenas más colheitas e mudanças no clima; especuladores também estão por trás dos preços recordes nos alimentos. E são os pobres que pagam por isso. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão fazendo bilhões em lucro da especulação sobre a comida e causando miséria ao redor do mundo. O artigo é de John Vidal.

Há pouco menos de três anos, as pessoas da vila de Gumbi, no oestede Malawi, passaram por uma fome inesperada. Não como a de europeus,que pulam uma ou duas refeições, mas aquela profunda e persistente fome que impede o sono e embaralha os sentidos e que acontece quando não se tem comida por semanas. Estranhamente, não houve seca, a causa tradicional da mal nutrição e fome no sul da África, e havia bastante comida nos mercados. Por uma razão não óbvia o preço de alimentos básicos como milho e arroz havia quase dobrado em poucos meses. Não havia também evidências de que os donos de mercados estivessem estocando comida. A mesma história se repetiu em mais de 100 países em desenvolvimento. 

Houve revolta por causa de comida em mais de 20 países e governos tiveram que banir a exportação e subsidiar fortemente os alimentos básicos. A explicação apresentada por especialistas da ONU em alimentos era de que uma “perfeita” conjunção de fatores naturais e humanos tinha se combinado para inflar os preços. Produtores dos EUA, diziam as agências da ONU, tinham disponibilizado milhões de acres de terra para a produção de biocombustíveis; preços de petróleo e fertilizantes tinham subido intensamente; os chineses estavam mudando de uma dieta vegetariana para uma baseada em carne; secas criadas por mudanças no clima estavam afetando grandes áreas de produção. 

A ONU disse que 75 milhões de pessoas se tornaram mal nutridas em função do aumento de preços. Mas uma nova teoria está surgindo entre economistas e mercadores. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão fazendo bilhões em lucro da especulação sobre a comida e causando miséria ao redor do mundo. 

Conforme os preços sobem além dos níveis de 2008, fica claro que todos estão agora sendo afetados. Os preços da comida está subindo até 10%por ano no Reino Unido e na Europa. Mais ainda, diz a ONU, os preços deverão subir pelo menos 40% na próxima década. Sempre houve uma modesta, mesmo bem-vinda, especulação nos preços dos alimentos e tradicionalmente funcionava assim. O produtor X se protegia contra o clima e outros riscos vendendo sua produção antes da colheita para o investidor Y. Isso lhe garantia um preço e o permitia planejar o futuro e investir mais, e dava ao investidor Y um lucro também. Num ano ruim, o fazendeiro X tinha um bom retorno. Mas num ano bom, o investidor Y se saía melhor. 

Quando esse processo era controlado e regulado, funcionava bem. O preço da comida que chegava ao prato e do mercado de alimentos mundial ainda era definido por reais forças de oferta e demanda. Mas tudo mudou no meio dos anos 1990. Na época, após um pesado lobby de bancos, fundos de investimento de risco e defensores do "mercado livre" nos EUA e no Reino Unido, as regulamentações no mercado de commodities foram abolidas. Contratos para comprar e vender alimentos foram transformados em “derivativos” que poderiam ser comprados e vendidos por negociantes que não tinham relação alguma com a agricultura. Como resultado, nascia um novo e irreal mercado de “especulação de alimentos”. 

Cacau, sucos de fruta, açúcar, alimentos básicos e café agora são commodities globais, assim como petróleo, ouro e metais. Então, em 2006, veio o desastre das hipotecas podres e bancos e especuladores correram para jogar os seus bilhões de dólares em negócios seguros, alimentos em especial. “Nós notamos isso [especulação de alimentos] pela primeira vez em 2006. Não parecia algo importante então. Mas em 2007, 2008 aumentou rapidamente”, disse Mike Masters, gerente de um fundo no Masters Capital Management, que confirmou em testemunho ao Senado dos EUA em 2008 que a especulação estava inflando o preço mundial dos alimentos. “Quando você olha para os fluxos, se tem uma evidência forte. Eu conheço muitos especuladores e eles confirmaram o que está acontecendo. A maior parte do negócio agora é especulação – eu diria 70 a 80%.” Masters diz que o mercado agora está muito distorcido pelos bancos de investimentos. “Digamos que apareçam notícias sobre colheitas ruins e chuvas em algum lugar. Normalmente os preços vão subir algo em torno de 1 dólar (por bushel). Quando se tem 70-80% de mercado especulativo, sobe 2 a 3 dólares para levar em conta os custos extras. Cria volatilidade. Vai acabar mal como todas as bolhas de Wall Street. Vai estourar.” 

O mercado especulativo é realmente vasto, concorda Hilda Ochoa-Brillembourg, presidente do Strategic Investment Group de Nova York. Ela estima que a demanda especulativa para o mercado agrícola de futuros tenha aumentado entre 40 e 80% desde 2008. Mas a especulação não está apenas em alimentos básicos. No ano passado, o fundo Armajaro, de Londres, comprou 240 mil toneladas – mais de 7% do mercado mundial de cacau – ajudando a elevar o preço do chocolate ao seu mais alto valor em 33 anos. Enquanto isso, o preço do café pulou 20% em apenas três dias, resultado direto de aposta de especuladores na quebra do preço do café. 

Olivier de Schutter, Relator da ONU para o Direito à Alimentação, não tem dúvidas que especuladores estão por trás do aumento de preços. “Os preços do trigo, do milho e do arroz tem aumentado de modo significante, mas isso não está ligado a estoques ou colheitas ruins, mas sim a negociantes reagindo a informações e especulações do mercado”, ele diz. “As pessoas estão morrendo de fome enquanto os bancos estão se matando para investir em comida”, diz Deborah Doane, diretora do Movimento Global de Desenvolvimento de Londres. 

A FAO, órgão da ONU para agricultura, se mantém diplomaticamente evasiva, dizendo, em junho, que: “Fora mudanças reais em oferta e procura em alguns commodities, o aumento dos preços pode também ter sido amplificado pela especulação no mercado de futuros”. A [visão da] ONU tem o apoio de Ann Berg, uma das mais experientes negociantes do mercado de futuros. Ela argumenta que diferenciar commodities dos mercados de futuro e os relacionados com investimento sem agricultura é impossível. “Não existe maneira de saber exatamente [o que está acontecendo]. Tivemos a bolha das casas e o não-pagamento dos créditos. O mercado de commodities é outro campo lucrativo [onde] os mercados investem. É uma questão sensível. [Alguns] países compram direto dos mercados. Como diz um amigo meu. “O que para um homem pobre é um problema, para o rico é um investimento livre de riscos”. 

Tradução: Wilson Sobrinho

Presidenta não vai parar o Brasil. É o que o PiG mais quer



O Blog do Planalto tem post sobre o discurso que fez ao inaugurar uma unidade da Petrobras na Bahia.

Ela diz: meu Governo não vai parar de investir.

Pouco antes, ainda na Bahia, para irritar os neoliberais do PiG (*), ela aumentou o Bolsa Família.

Na véspera, ela anunciou cortes de R$ 5 bi no orçamento e,  segundo entrevista da Ministra Miriam Belchior ao C Af, o Bolsa Família e o PAC estão inteiramente preservados.

Navalha
O editorial da Folha (**) e uma entrevista que o “mercado” concedeu a primeira página da Economia do Estadão revelam o que está na alma – e no bolso – do “mercado” e de seu melhor títere, o PiG.
Eles querem mais cortes e mais juros.
Eles querem parar o Brasil.
Querem que a Dilma não invista para obedecer às metas de uma instituição hoje tão respeitável quanto o Parlamento líbio: o FMI.
O FMI não previu e não resolveu a crise de 2008, pediu dinheiro emprestado ao Brasil e não tem a menor ascendência sobre a China, o Brasil, a Índia e a Rússia.
Ou seja, é que nem a Justiça brasileira: algema só em pobre, preto e p …, não é Dr. Toron ?
O “mercado” e o PiG sáo aquele personagem do Chico Anísio: que o pobre se lixe !
Uma palavra final sobre o Cerra.
Ele também disse ao Globo que os cortes da JK de saias eram um “estelionato eleitoral”.
Mal sabia ele que o uso da expressão era, por si mesmo, uma forma de estelionato.
O Cerra dirá qualquer coisa, para se eleger prefeito de São Paulo.
Ate que o PSDB faça com ele o que fez com o Farol de Alexandria: o interdite.
Enquanto isso, a JK de saias inaugura uma obra do PAC toda terca-feira.




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.