Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A VEZ DO BALNEÁRIO QUE SERVE DE ESTACIONAMENTO PARA A 5º FROTA


REVOLTA ÁRABE - Clique para ver a página especial
A  emergência das ruas no xadrez do Oriente Médio 

Enquanto tenta por todos os meios, inclusive mas não apenas pelo Twiter,  semear  um levante popular no Irã, em contrapeso à derrocada do ditador amigo, Hosni Mubarak, no Egito, o Departamento de Estado norte-americano vê balançar outra peça da coleção de déspotas e tiranias  amigas no Oriente Médio. As luzes da mídia conservadora estão sendo obrigadas a descascar um novo porco-espinho de direitos humanos e direitos democráticos chamado Bahrein.. O arquipélago estrategicamernte localizado no Golfo Pérsico, a leste da Arábia Saudita,  tem um  primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Salman Al Khalifa, que está no cargo há apenas 40 anos, não permite vida partidária, nem legislativa.  Na verdade, o rei  Hamad bin Isa Al Khalifa. não dá um piu no seu  reino sem consultar o comando da 5º Frota, que faz do Bahrein uma das mais importantes cabeças-de-ponte do controle norte-americano sobre o fluxo de petróleo na região. Não por acaso, em 2008, George Bush, em visita ao rei, ou à 5º Frota, tanto faz, classificou o lugar, digamos assim, como o mais importante aliado militar dos EUA fora da OTAN. Nas manifestações democráticas dos últimos dias, o  regime do ' mais importante aliado'  já matou três opositores e feriu centenas de outros. A ver

(Carta Maior, 6º feira, 18/02/2011)

PiG (*) mostra como fabrica a violência do Rio


Delegada Martha Rocha trata o PiG como o PiG merece
Elvira Lobato e Ítalo Nogueira, repórteres da Folha (**), perguntam (pág. C6):

- A corrupção policial é mais grave no Rio ?

- Onde está essa medida ?, pergunta a entrevistada Martha Mesquita da Rocha, nova chefe da Polícia Civil do Rio.

- É o que indica o noticiário, insistem Lobato e Nogueira.

Responde a delegada:

“Você sabia que o New York Times quer falar comigo ? Não porque eu sou a Martha Rocha, mas porque sou chefe da Polícia Civil do Rio, e o Rio está no foco do mundo. A metragem do noticiário não reflete a verdade.”

Navalha
O amigo navegante percebeu o que se esconde atrás das perguntas.
A medida para avaliar se a corrupção policial no Rio é mais grave do que a de São Paulo (implícito na pergunta) é o PiG (*).
O PiG (*) é que diz que o Rio é um Inferno.
A Globo é que pinta o Rio com as tintas de Ramallah.
Para o PiG (*) de São Paulo, é essencial caracterizar o Rio como uma cidade violenta e corrupta.
Faz parte da ideologia da elite paulista (que é, por definição, separatista).
O Rio trabalhista, brizolista, esquerdista tem que ser o polo oposto de referência para São Paulo.
Como foi para os militares, como George Washington (Geisel) e Thomas Jefferson (Golbery).
Eles esvaziaram o Rio e não queriam deixar o Brizola voltar.
(Por isso, tentaram promover a vitória do Wellington Moreira Franco na urna eletrônica.)
O Juscelino já tinha feito uma parte da obra, ao levar a capital para o deserto verde.
O trabalho que o delegado Beltrame faz na Polícia do Rio deveria ser um exemplo que São Paulo copiasse.
Mas, não “é o que indica o noticiário”.
Para o PiG de São Paulo, a ocupação do Alemão foi um desastre.
O PiG de São Paulo engole calado as estatísticas de criminalidade do Cerra, que transformaram “homicídio” e “latrocínio” em óbito de causa desconhecida.
Na Secretaria de Segurança do Rio se acredita nas estatísticas de violência em São Paulo como na lista de livros “mais vendidos” da Veja.
Enquanto isso, a violência no Rio, com o delegado Beltrame, cai de forma consistente.
Este ansioso blogueiro saúda a delegada Martha Rocha e lhe dá passagem (neste ansioso blog).
Saravá.



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Charge online - Bessinha - # 490


Contradições em torno do mínimo




Cláudio  Gonçalves Couto

Valor Econômico - 17/02/2011

O então candidato presidencial tucano, José Serra, propôs durante sua campanha um salário mínimo de R$ 600. Dizia ser este um valor possível para o país e incapaz de prejudicar a solidez das contas públicas. Ia ainda mais longe, afirmando que não se tratava de uma promessa de campanha, mas do anúncio de uma decisão de governo, a qual seria implementada tão logo tomasse posse. Agora, por ocasião da discussão do novo valor do salário mínimo no início do governo de sua então adversária, Dilma Rousseff, o PSDB cumpre seu papel de oposição e encampa no Congresso o compromisso da campanha, defendendo o mesmo valor de R$ 600.

O valor proposto pelo candidato de oposição era consideravelmente superior ao salário mínimo de então, de R$ 510 (representaria um aumento de 17,6%) e inclusive superava por larga margem o valor do piso estadual de R$ 560 vigente em São Paulo, até pouco antes governado pelo mesmo Serra. O novo governador tucano, Geraldo Alckmin, já no início de seu mandato e antes mesmo que o novo salário mínimo nacional fosse estipulado, seguiu o valor sugerido por Serra para o Brasil, fixando o mínimo estadual em R$ 600 na sua menor faixa (R$ 620 na maior delas). Poder-se-ia ver aí um sinal de coerência tucana, mas há uma inconsistência.

Disputa sobre o mínimo mostra oportunismo

Ela fica clara, primeiramente, quando comparamos o PIB per capita brasileiro com o do Estado de São Paulo. Utilizando dados do Ipea Data referentes a 2008 (a preços de 2000), o PIB per capita do país era de R$ 8,28 mil, enquanto o paulista era de R$ 12,66 mil; ou seja, 53% maior que o brasileiro. Se tomarmos esse valor como um indicador da riqueza relativa do país e do Estado, poderíamos esperar que numa unidade federativa que é cerca de 50% mais rica que a média do país, o salário mínimo vigente pudesse ser igualmente superior. Assim, poder-se-ia esperar que ao salário mínimo nacional de R$ 510 correspondesse um piso estadual paulista de R$ 780 - e não os R$ 560 de então. Mas se poderia objetar (com razão) que as coisas não funcionam exatamente desta maneira e que o valor do mínimo não deve ser diretamente proporcional à riqueza per capita de cada lugar.

Todavia, há uma segunda maneira de explicitar a inconsistência, pois é plausível esperar que um Estado tão mais rico que o resto do país como São Paulo ofereça a seus trabalhadores um mínimo significativamente superior ao estipulado nacionalmente - ainda que não de forma proporcional ao PIB per capita. Façamos então outra comparação. Em 2010, o salário mínimo definido pelo governo paulista de José Serra correspondia a 1,098 salário mínimo nacional. Mantendo essa proporção para a proposta de um piso nacional de R$ 600, feita pelo PSDB no Congresso, deveríamos ter agora um mínimo paulista de R$ 659 - bem maior do que o hoje concedido pelo governo do PSDB paulista. Por que então isto não foi feito?

Talvez porque a principal razão que explica a promessa de Serra durante a campanha presidencial e a proposta oposicionista do PSDB congressual hoje é a mesma que, outrora, explicava a oposição sistemática do PT( o Terror não concorda com essa afirmação, já expliquei aqui a forma de o PT se comportar quando oposição)ao governo Fernando Henrique Cardoso: oportunismo. Durante a campanha esse oportunismo derivava das dificuldades de vencer uma candidata favorita sobretudo entre os mais pobres - principais beneficiários de qualquer elevação do salário mínimo real. O irônico é que esse oportunismo não tem se mostrado frutífero no Brasil. Por um lado, o PT foi seguidamente derrotado nas eleições presidenciais, vencendo-as apenas quando moderou sua postura (lembre-se da "Carta ao Povo Brasileiro"); por outro, a proposta de José Serra não se mostrou convincente ao grosso do eleitorado de baixa renda, que permaneceu fiel a Lula e sua candidata - dotados de credenciais bem mais consistentes no que concernia à elevação do mínimo e ganho de renda das classes baixas.

Mas o oportunismo não é uma exclusividade de oposicionistas, como bem demonstrou a atuação do PDT neste episódio - capitaneado pelo deputado Paulo Pereira da Silva e com o beneplácito do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Num contexto em que a CUT, organicamente ligada ao PT, vê-se constrangida a não bater de frente com seu próprio governo, a Força Sindical - adversária histórica, aliada ocasional do petismo - percebeu uma brecha para ganhar espaço na disputa da base trabalhista. É pouco provável que os pedetistas e seus membros sindicais reiterem esta conduta na votação futura de outros temas de interesse do governo. Mesmo porque, embora alguma retaliação moderada a Lupi e correligionários seja provável, como forma de demonstrar contrariedade e autoridade, não é do interesse do governo estiolar em demasia essa relação. É um típico caso em que a nenhuma das partes interessa acirrar tensões, pois há muita coisa em jogo no futuro, principalmente porque o governo Dilma está apenas começando. As declarações de Paulinho da Força, de que é preferível perder lutando, indicam uma certa aceitação da derrota, mas sem maiores ressentimentos.

Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor da FGV-SP. A titular da coluna, Maria Inês Nassif, está em férias

PROCESSO CONTRA CHEFÃO DA RBS DESAPARECE DO SITE DA JUSTIÇA FEDERAL




















As informações sobre a Ação Penal movida pelo Ministério Público contra o capo do Grupo RBSNelson Pacheco Sirotsky, e seu sócio, Carlos Eduardo Schneider Melzer, por Crime contra o Sistema Financeiro Nacional, que estavam abertas à visitação noPortal da Justiça Federal da 4ª Região, foram misteriosamente ocultadas do conhecimento público. Curiosamente, o sumiço deu-se logo após este e outros blogs divulgarem o litígio.
Já as informações sobre a Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, em que a ex-governadora tucana Yeda Crusiusé ré, ao lado de outros elementos, continuam disponíveis no mesmo site (a propósito, o valor da “causa” é de R$ 44 milhões).