Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Weissheimer: O olhar mineiro e o pensamento gaúcho

17/08/2010

O sentido histórico de uma candidatura (e de um programa)

O primeiro programa de Dilma na TV cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação da jornada que ele apresenta e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior

O primeiro programa de TV da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República calou fundo. E a emoção que despertou não foi resultado de um truque de marketing. A excelência técnica, neste caso, foi submissa ao sentido histórico da candidatura. Entregou-se por inteiro, de joelhos – a qualidade de imagem, de edição, de som, de roteiro –, para narrar um pedaço da história recente do Brasil e para apresentar uma importante personagem dessa história. A imagem de abertura é simples e poderosa: uma estrada, um veículo e somos convidados a seguir em frente com as nossas crenças, paixões e compromissos. Essa jornada, no programa, não é uma invenção aleatória, mas sim um trajeto muito bem situado historicamente. Tem passado, presente e futuro. E estabelece nexos entre eles.

Há vários detalhes que devem ser destacados. Nos programas vitoriosos de Lula, em 2002 e 2006, a ditadura militar não foi tema no debate eleitoral. Agora, aparece já no primeiro programa de Dilma. Por duas razões. Os adversários de Dilma querem usar contra ela seu passado na luta armada contra a ditadura militar, apresentando-a como uma “terrorista”. O expediente, explicitado didaticamente na capa da revista Época, já depõe contra o candidato José Serra que, supostamente, também foi perseguido pela ditadura militar. Se não foi supostamente, ou seja, se foi de fato, não deveria jamais autorizar esse tipo de argumento autoritário e aliado do fascismo que governou o país por aproximadamente duas décadas. Mas o tiro da Época saiu pela culatra e ajudou a consolidar, na figura pública de Dilma, uma dimensão histórica que não era desejada por seus adversários (não deveria ser ao menos). A capa da revista vai, entre outras coisas, inundar o país com milhares de camisetas como a fotografia de uma mulher que entregou-se de corpo e alma na luta em defesa da democracia. Então, ela não é apenas uma “gerentona linha dura”, sombra de Lula, sem história nem passado. A candidata não só tem passado, como o resgate desse passado parece incomodar o candidato Serra, ele também, supostamente, um resistente da ditadura.

Isso não é pouca coisa. Como tantos outros brasileiros e brasileiras valorosos, Dilma participou da resistência armada contra um regime criminoso que pisoteou a Constituição brasileira e depôs um presidente legitimamente eleito. E a palavra legitimidade adquire um sentido muito especial neste caso. A transição da ditadura para a democracia, como se sabe, ocorreu com muitos panos quentes e mediações. Muita coisa foi varrida para debaixo do tapete por exigência dos militares e seus aliados civis conservadores. E agora, uma filha da geração dos que lutaram contra a ditadura apresenta-se como candidata a disputar o posto mais alto da República. Mais ainda, como candidata a dar prosseguimento ao governo do presidente com a maior aprovação da história do país. Um presidente saído das fileiras do povo pobre, sindicalista, que também participou da luta contra o regime militar e ajudou a acelerar a transição para a democracia.

Dilma representa, portanto, a linha de continuidade de uma luta interrompida pelo golpe de 1964, retomada no processo de redemocratização e que hoje materializa-se em um governo com aproximadamente 75% de aprovação popular. Ela representa também a possibilidade de outras retomadas para fazer avançar a democracia brasileira. Em outras palavras, é uma candidatura com sentido histórico bem definido, um sentido que remonta a um período anterior inclusive ao golpe militar de 1964. Quando Dilma diz que olha o mundo com um olhar mineiro e que pensa o mundo com um pensamento gaúcho, não está fazendo um gracejo regionalista, mas sim retomando uma referência histórica que remonta à primeira metade do século XX e que, ainda hoje, causa calafrios nas elites econômicas e políticas de São Paulo. Essas são algumas das razões pelas quais o programa de Dilma calou fundo. Ele fala da história do Brasil, de algumas das lutas mais caras (na dupla acepção da palavra, querida e custosa) do povo brasileiro, de vitórias e derrotas. Isso transparece em suas palavras e em seu olhar. Há verdade aí, não invenção de propaganda eleitoral. Ela viveu aquilo tudo e tem hoje a oportunidade de conduzir o Brasil nesta jornada, na estrada que nos leva todos para o futuro.

Passado, presente e futuro não são categorias isoladas e aleatórias. Um não existe sem outro. São diferentes posições que assumimos nesta estrada que aparece no programa. É um programa que cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação nesta jornada e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar alguns fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

Quando vejo Dilma...

Quando vejo Dilma enxergo a moral e retidão da minha mãe. Mulher trabalhadora, guerreira, que nunca se submeteu a nada, a não ser sua consciência.

Quando vejo Dilma enxergo em seus olhos a sensibilidade de minha avó, seu espírito fraterno e solidário.

Quando vejo Dilma enxergo nela um espírito de luta como de meu avô, sindicalista trabalhista nos anos 50 e 60, que assim como ela, teve de fugir pra não ser vítima da ditadura militar. Mas nem por isso deixou de combater o bom combate.

Quando vejo Dilma enxergo a esperança e paixão de meu pai pelas causas sociais a que ele se dedica a toda vida. Sua luta contra a ditadura, seus dias de medo e de esperança.

Quando vejo Dilma enxergo os sonhos de minhas camaradas feministas. De meus irmãos negros e negras na luta pela igualdade racial.

Quando vejo Dilma enxergo um país. Uma nação. Sonhos? Sim. Esperança? Mais que isso. Dilma é realização, é equipe, é trabalho, é comando e diálogo. É o Brasil que dá certo em sua essência de trabalho.

Quando vejo Dilma enxergo um povo, que sabe o que quer. e disso me orgulho muito!

Na TV, campanha aplica "vacinas" contra discurso anti-Dilma


Se houvesse carteirinha de vacinação para campanhas eleitorais e as vacinas fossem os programas na TV, a primeira peça de campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) no horário eleitoral gratuito poderia ser considerada uma "tríplice viral". O jornalista João Santana, responsável pela campanha da candidata, conseguiu colocar no mesmo programa de 10 minutos três doses de vacina para neutralizar argumentos que a oposição costuma esgrimir contra Dilma.



Um deles é o de que a candidata não tem experiência e não está preparada para governar o país. Outra tese da oposição é que a luta de Dilma contra a ditadura é uma mancha na sua biografia. E, por fim, espalham que a ex-ministra é uma pessoa rude e antipática. Todas estas questões foram sutilmente abordadas e "neutralizadas" no programa de TV de Dilma, exibido nesta terça-feira, na estréia dos candidatos presidenciais na propaganda eleitoral gratuita.

Apelando para o tom emocional ---estratégia preferida por dez entre dez marqueteiros--, Santana conseguiu passar a mensagem de que Dilma está preparada sim para governar, de que se orgulha do seu passado de lutas e que por trás de sua "fama de má" há uma mulher doce, conciliadora, uma "mãezona" que vai cuidar do povo brasileiro. Foram estes os eixos do primeiro programa de Dilma na TV. A presença de Lula, já esperada, acabou nem sendo o apelo mais importante do programa, que focou na biografia e no perfil de Dilma.


Receita tradicional: emoção


Os primeiros programas do horário eleitoral são tradicionalmente usados para apresentar os candidatos e destacar suas biografias. Foi isso que o programa de Dilma e de seu adversário do PSDB, José Serra, fizeram no primeiro. Quem destoou foi a candidata do PV, Marina Silva, que optou por um vídeo-mensagem-alerta sobre os perigos ao meio ambiente.

Tanto o programa de Dilma quanto o de Serra elegeram a emoção como mote de estreia no horário eleitoral na televisão. Enquanto uma das primeiras falas de Dilma menciona a "paixão pra fazer" o que a mobiliza, Serra fala em governar com o coração. As propostas de governo ficaram para os programas seguintes.

Dilma demonstrou sua "afetividade" com o povo brasileiro e exalta sua "relação afetiva com o povo". Para ela, o governante não pode se guiar apenas racionalmente, tem que se "incomodar afetivamente com a pobreza". E conclui: "a mim sempre me tocou muito afetivamente a humildade do povo".

A equipe de Serra transformou em jingle a música "Bate coração", interpretada por Elba Ramalho, que também canta o jingle, numa alusão à tentativa do candidato e ex-governador de São Paulo se aproximar do eleitorado da região nordeste. Logo na abertura do programa, ouve-se na voz de Elba: "Tum, tum, eu vou de coração". Na sequência, Serra declara: "quero governar o País com os brasileiros no coração".

Essa também foi a opção do comando da equipe de Dilma, que, no programa de rádio de hoje, trouxe uma balada, com toques de viola, que transborda melancolia. O tema não entrou no programa de tevê, mas será explorado adiante, com um videoclipe sentimental, protagonizado por Lula e Dilma.

A canção remete a uma conversa em que Lula pede a Dilma que cuide dos brasileiros e introduz a sua despedida: "deixo em tuas mãos o meu povo e tudo o que mais amei (...) agora as mãos de uma mulher vão nos conduzir, eu sigo com saudade; meu povo ganhou uma mãe que tem um coração que vai do Oiapoque ao Chuí".

O discurso da emoção ajudou o "Lulinha paz e amor", moldado pelo publicitário Duda Mendonça, a vencer a eleição presidencial em 2002.

Menos Lula, mais Dilma


Ao contrário do que chegou a ser divulgado, Lula não foi o âncora do primeiro programa de Dilma. Ele aparece em várias imagens ao lado dela, mas só fala uma vez, no depoimento em que relata como, após um único encontro, impressionou-se com ela e decidiu que ela seria sua ministra de Minas e Energia.

Foi uma estratégia para não deixar que o presidente com 78% de aprovação popular ofusque a candidata. "A estrela do programa tem que ser a Dilma", frisou o presidente do PT e um dos coordenadores da campanha, José Eduardo Dutra.

Além de enfocar o lado humano de Dilma, a equipe de João Santana procurou explorar a linguagem feminina. Afinal, sua principal bandeira é a de representar as mulheres no poder. Por isso, o programa trouxe uma versão delicada e feminina de Dilma. Ela aparece com uma camisa branca e colar de pérolas, e em imagens suaves, ora admirando uma paisagem, ora brincando com o cachorro. Ela também aparece como filha, esposa e mãe. O eleitor é apresentado à sua filha única, Paula, e ouve um depoimento de seu ex-marido Carlos Araújo, uma novidade que responde ao questionamento de muita gente que se perguntava quem era, afinal, o ex-marido de Dilma e se ele seria um problema ou não para a campanha da candidata.

Santana destacou ainda a ligação de Dilma com Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. "Olho o Brasil com um olhar mineiro, e penso o país com um pensamento gaúcho", diz Dilma no vídeo.

Interessante notar que as falas de Dilma, com seus vícios de linguagem, o excesso de "acho" e alguma gagueira, poderiam ter sido editadas, mas foram preservadas, talvez para não artificializar a candidata e mostrá-la mais próxima do povo.

Serra: mais do mesmo

Serra com crianças em favela cenográfica: artificialidade para vincular o candidato aos pobres
Neste sentido, os programas evidenciaram a preocupação tanto de Dilma quando de Serra, que se mostraram como pessoas próximas ao eleitorado de baixa renda. Conhecido no meio político como exigente e centralizador, e preocupado em se dissociar da imagem de "partido de elite", que marca o PSDB, Serra é apresentado ao eleitor como um "homem simples, de bem com a vida", que nasceu em família humilde e estudou em escola pública. É o "Zé que batalhou, estudou, foi à luta", diz o narrador.

Mas o exagero nesta ênfase pode soar artificial. A imagem final do programa de Serra, com o candidato numa favela cenográfica é um indício desta artificialidade, que pode acabar tendo efeito contrário na campanha do candidato. Ao invés de conquistar o voto dos mais pobres, pode provocar um afastamento deste eleitorado.

Coordenado pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, o mesmo que vem trabalhando para o PSDB há quase duas décadas, o programa de Serra foi praticamente um repeteco dos programas que inauguraram o horário eleitoral gratuito de Serra nas campanhas dele para presidente em 2002, para prefeito em 2004 e para governador em 2006. Até o locutor é o mesmo. Fórmula e discurso que, para os mais atentos, começam a ficar cansativos.

O programa de Serra expõe as realizações dele na área de saúde e convida o eleitor a responder "quem foi o melhor ministro da Saúde do Brasil". Fala dos genéricos, do programa de combate à Aids, do FAT. E mostra Serra conversando com suspostos eleitores beneficiados por programas como os mutirões e saúde.

Marina: surpresa adiada?

Com pouco mais de um minuto de tempo de TV, o programa da candidata do PV, Marina Silva, explorou sua principal bandeira: a defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Marina chegou a dizer que o programa surpreenderia pela forma criativa de usar o pouco tempo disponível, mas isso não aconteceu.

No programa de Marina foi exibida uma sequência de imagens com alertas para o aquecimento do planeta Terra, a falta de água que vai afetar dois bilhões de pessoas, as ondas que podem crescer até sete metros e inundar cidades como Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis. Ficou parecendo uma propaganda de um dos programas da National Geographic e com um texto excessivamente rebuscado e técnico, ininteligível para a maioria do eleitorado.

A candidata só aparece nos segundos finais, em que se apresenta de forma objetiva: "sou Marina Silva, candidata a presidente do Brasil".

Os outros


Os demais candidatos, dos pequenos partidos, fizeram o de sempre: programas toscos, mal elaborados tecnicamente, com velhos bordões. Surpreendeu Rui Pimenta, do PCO, usando terno num cenário sofisticado, tipicamente burguês. E o candidato do PCB, Ivan Pinheiro, com um discurso abertamente anti-capitalista, mais duro que o do PCO e o do PSTU.

Mas o pior mesmo veio no espaço reservado aos candidatos a deputado federal. O excesso de "zé manés" e celebridades sem compromisso político, como Tiririca --que já ocupa o Top Trending do Twitter-- acabam nivelando por baixo as campanhas proporcionais. E contribuindo para aumentar o preconceito da sociedade em relação aos políticos.


Da redação,
Cláudio Gonzalez, com agências

Ibope: Dilma tem 51% dos votos válidos e venceria no 1º turno

A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, lidera a corrida presidencial com 43% das intenções de voto, contra 32% do candidato do PSDB, José Serra, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Jornal Nacional. A candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, registra 8%. A margem de erro de é dois pontos percentuais.

Dos demais candidatos, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU), nenhum alcançou 1% das intenções de voto.

Segundo o levantamento, os votos brancos e nulos somam 7%. Enquanto 9% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

De acordo com o Ibope, considerando-se apenas os votos válidos, excluindo brancos, nulos e indecisos, Dilma tem hoje 51% das intenções de voto, enquanto Serra tem 38%, Marina tem 10% e os outros candidatos somam 1%. Neste cenário, se as eleições fossem hoje, Dilma poderia ser eleita no primeiro turno.

Segundo turno

O Ibope também fez uma simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista aparece com 48% e o tucano com 37%.

Encomendada pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 16 de agosto, com 2.506 entrevistados de 174 municípios e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 11 de agosto de 2010, sob o número 23548/2010.

Na pesquisa anterior, divulgada no dia 6 de agosto, Dilma liderava com 39% das intenções de voto, contra 34% do candidato do PSDB. A candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, registrava 8%.

Na última sexta-feira (13), o Datafolha também divulgou resultados de uma pesquisa presidencial mostrando Dilma com 41%, Serra com 33% e Marina Silva com 10%. (Leia mais aqui)

Segundo o blogueiro Ricardo Noblat, pesquisa do Vox Populi, a ser divulgada amanhã pela Rede Bandeirantes de Televisão e o portal IG, conferirá a Dilma uma vantagem de 13 a 14 pontos percentuais.

O levantamento também mostrou como os eleitores avaliam o governo Lula. Para 78%, o governo é ótimo ou bom; para 18%, regular; para 4%, ruim ou péssimo.

Para consultoria Arko Advice, TV não muda favoritismo

Nesta terça-feira (17), começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Às terças-feiras, quintas e sábados serão veiculados os programas dos candidatos à Presidência e à Câmara dos Deputados e às segundas, quartas e sextas-feiras, a exibição será aos concorrentes na disputa pelos governos estaduais, do Distrito Federal, ao Senado, e às assembleias legislativas e do DF.

Para a empresa de consultoria política Arko Advice, o histórico das últimas eleições mostram que TV e rádio não mudam favoritismo de candidatos. A tendência é ser eleito quem entra em agosto na frente nas pesquisas. "Analisando as quatro eleições presidenciais anteriores (1994, 1998, 2002 e 2006), mesmo considerando as peculiaridades inerentes a cada uma, constata-se que depender apenas da campanha no rádio e na TV não é suficiente para a vitória", diz nota da empresa.

Em agosto de 1994, segundo o Ibope (17 a 22), FHC tinha 40% de intenções de voto para presidente. Lula tinha 25%. Pelo Datafolha (16 a 18), FHC tinha 41% e Lula, 24%. Ao final de setembro e início de outubro, o Ibope registrava que FHC estava com 46% e Lula com 22%. O Datafolha mostrava FHC com 48% e Lula com 22%.

Brizola, Orestes Quércia e Esperidião Amin também variaram muito pouco. Tinham, em agosto, 5%, 5% e 2%, respectivamente, de acordo com o Datafolha. Chegaram em setembro com 4%, 5% e 2%, respectivamente.

Ou seja, a propaganda eleitoral acabou favorecendo quem já estava na frente.

Em agosto de 1998, pesquisa do Ibope (14 a 18) trazia FHC com 44% das intenções de voto, contra 21% de Lula. Pelo Datafolha (12 a 14), FHC tinha 42% e Lula, 26%. No final de setembro, FHC atingiu 47% e Lula, 24%, conforme o Ibope (24 a 27). O Datafolha de 2 de outubro registrou FHC com 49% e Lula com 26%. Ciro, segundo o Ibope, começou com 5% em agosto e terminou com 9% em setembro.

Em 2002, houve uma mudança radical. Mas entre o segundo e o terceiro colocados. Lula, que segundo o Ibope (17 a 19 de agosto) contava com 35%, terminou com 43% (28 a 30 de setembro). Ciro Gomes tinha 26% e terminou com 11%, e Serra, de 11% originais, subiu para 19%.

Por fim, em agosto de 2006, Lula aparecia no Ibope (15 a 17) com 47% das intenções de voto contra 21% de Geraldo Alckmin (PSDB). No Datafolha (7 e 8 de agosto), Lula tinha 47% e Alckmin, 24%. No primeiro turno, Lula teve 48,61% dos votos válidos e Alckmin, 41,64%. No segundo turno, Lula foi reeleito com 60,83% dos votos válidos.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) conseguiu seu principal objetivo. Começar a campanha no rádio e na TV na frente de José Serra (PSDB). Pela média das pesquisas, tem hoje 40,53% das intenções de voto contra 32,86% de José Serra.

Da redação,
com agências

Brasil deve ser a 5ª economia do mundo em 2016, diz presidente da Nyse


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A trajetória de crescimento do Brasil nos últimos anos, projetada para os próximos, deve levar o país a se tornar a quinta maior economia do mundo em 2016, avaliou hoje o presidente da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), Duncan Niederauer. Ele participa de um seminário da Fundação Dom Cabral, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte).

Niderauer afirmou que o Brasil é um “bom exemplo de como fazer as coisas corretamente”, em relação ao conjunto de países emergentes que ainda desperta preocupação. “Devemos pensar com cautela em mercados que se abrem rápido demais e onde as regulações e as leis adequadas podem não estar presentes. Isso é perigoso.”

O executivo destacou que no Brasil a dívida fiscal é particularmente baixa, “muito menor que a dos Estados Unidos”, e lembrou que atualmente há 28 empresas do Brasil listadas na Nyse. É o terceiro país estrangeiro em negócios nessa bolsa, atrás apenas do Canadá e da China.

O presidente da Nyse se mostrou otimista ao fazer uma avaliação global da economia. “Os balanços da maior parte das empresas estão saudáveis, e nos EUA há muito capital para investir”, declarou. ” O calendário de IPOs (lançamentos primários de ações) é bastante extenso e, se o mercado nos EUA está andando de lado, é porque existe uma preocupação mundial com questões como geração de emprego e a dívida soberana, que nos EUA é acrescida de uma preocupação com o risco regulatório.”

O executivo afirmou que a Nyse pretende, proximamente, assumir uma postura pública em defesa de uma política de geração de empregos no país. “É preciso deixar claro que, nos EUA, não é o momento de se criar barreiras e medidas protecionistas.”

Niederauer vem ao Brasil pelo menos quatro vezes por ano. Ele deverá estar amanhã em São Paulo.

Fonte: Valor Econômico via Geopolítica Brasil


O ex-ministro de Assuntos Exteriores da Espanha Josep Piqué considerou nesta terça-feira que a soma dos países que formam a América Latina criaria “a quarta economia mundial”, atrás de Estados Unidos, China e Japão.

A Europa, por sua parte, é “o doente da economia mundial”, acrescentou Piqué, que participou de um seminário na Universidade Internacional Menéndez Pelayo, em Santander, no Norte da Espanha.

“Se a América Latina fosse avaliada de forma integrada, seria a quarta potência econômica mundial, na frente da Alemanha”, disse o ex-ministro.

Ele destacou a “potente vocação hegemônica do Brasil”, que ocupa a 10ª posição mundial segundo seu PIB (Produto Interno Bruto), assim como a importância de outros países como o México ou o Chile.

‘Economist’: TVs do Ocidente vêm perdendo espaço


Sugestão: Gérsio Mutti

Com novas tecnologias, emergentes investem mais em notícias
LONDRES. Os canais de notícia ocidentais, como BBC e Deutsche Welle, vêm perdendo espaço nos países emergentes, afirmou a revista britânica “The Economist”.

No ano passado, o serviço global da BBC, que inclui TV e rádio, perdeu oito milhões de telespectadores e ouvintes. Isso se deve, segundo a revista, ao advento de novas tecnologias, como antenas parabólicas e internet banda larga, que baratearam a recepção e até mesmo a produção de notícias.

As emissoras ocidentais ganharam força na Guerra Fria, quando interesses geopolíticos justificavam os elevados investimentos. A situação mudou.

“Em 2003 o serviço russo da Voz da América era difundido por 85 estações de rádio na Rússia; hoje, por apenas um. As difusoras em árabe da BBC no Norte do Sudão foram fechadas no último dia 9”.

Outro fator, diz a “Economist”, é a concorrência. Desde 2006, China, França, Irã, Japão e Qatar lançaram canais de notícias em inglês. A China investiu US$ 7 bilhões em notícias internacionais — 15 vezes o orçamento anual do serviço global da BBC, segundo a revista. Em julho, o país lançou seu segundo canal de notícias em inglês, o CNC World.

“Os recém-chegados estão conquistando territórios (e até mesmo contratando o pessoal) abandonados pelas organizações ocidentais”, afirma a “Economist”.

Um exemplo é o rádio de ondas curtas. A BBC abandonou o serviço na América Latina, do Norte e parte da Europa, para o desespero de ouvintes leais. Já a China Radio International quase dobrou o número de estações.

Al-Jazeera chega a países de difícil acesso, como Zimbábue Se as ondas curtas atendem aos ouvintes de áreas rurais e menor poder aquisitivo, a grande batalha, diz a “Economist”, é pela população urbana, que consome notícias via satélite e internet.

Neste caso, afirma, o melhor exemplo é a rede Al-Jazeera, apoiada pelo Qatar. Ela domina o Oriente Médio, batendo fácil concorrentes como a Alhurra, bancada pelos EUA. A Al-Jazeera vem crescendo inclusive em países de difícil acesso ao Ocidente, como o Zimbábue. Até os militares americanos no Afeganistão preferem a Al-Jazeera.

Tony Burman, diretor do serviço em inglês da Al-Jazeera, criado há três anos, disse à “Economist” que os planos são abrir dez escritórios no ano que vem, chegando ao total de 80. Ele ressaltou que câmeras digitais permitem a uma sucursal, mesmo pequena, fazer muita coisa.

A África também registra forte expansão. Até 1990 o Quênia tinha apenas um canal de TV, estatal. Agora são 20 canais e 80 estações de rádio para concorrer com a BBC. “Depois de muito alardear a causa da liberdade, as grandes emissoras ocidentais têm agora de aprender a viver com as consequências disso”, conclui a “Economist”.

Essa Então, Bate Todas


Carlos Vereza - Um Fofoqueiro Espiritual

Vereza - O Fofoqueiro Espiritual!

Sou espírita desde que me entendo por gente. Conheço bem a lei de causa e efeito e de responsabilidade pelos atos aqui praticados. Tudo deverá ser pago "ceitil por ceitil". Sei que muitas vezes escrevo algumas bobagens, outras vezes sou meio agressivo. Mas hoje fiquei muito triste ao visitar o Blog do nosso irmão espírita Carlos Vereza. O grande ator global está utilizando seu Blog e o nome da bela doutrina espírita para pregar o medo eleitoral com as famosas "fofocas espirituais" tanto combatidas nos meios espíritas! Vejam o excerto do seu Blog:

Segundo comunicado do Irã,Lula não enviou qualquer pedido oficial em favor de Sakineh! O Grande Timoneiro,limitou-se a mencionar o fato,para variar,em cima de um palanque! Vou passar,a quem possa interessar e acreditar,que esta é a última chance encarnatória de Lula,que em vidas pretéritas,já exerceu o poder de forma absolutista,em desfavor da população! Após seu desencarne,foi-lhe concedida uma nova oportunidade,nascendo ao norte da Itália em condições de penúria,mas cumpriu sem maiores deslizes,uma nova passagem pela vida da matéria. No plano espiritual,após passar por resgates dolorosos (causa e efeito...)pediu,e lhe foi concedido,que nascesse em condições de miserabilidade,para que pudesse aprender a exercitar a humildade,e merecer uma nova possibilidade,de governar uma nação em condições de subdesenvolvimento. Pela enorme misericórdia do PAI nasceu no Brasil,Celeiro do Mundo,Pátria do Evangelho, Luiz Inácio Lula da Silva! Deixo as conclusões com quem,por ventura ,acessar este espaço! Minhas Veredas são múltiplas,nada tenho a perder senão minha disposição ao bom e justo combate! Se por ventura,espiritas,ou curiosos por temas da espiritualidade,tiverem dúvidas por esta revelação,busquem nos devidos lugares,afeitos à estes temas,e que sejam dignos de credibilidade,a confirmação ou maiores esclarecimentos,e entrem em contato com este blog! Grato! Carlos Vereza

Este texto estupidamente contraria a Doutrina Espírita. Ninguém tem o direito de divulgar este tipo de informação (seja ela correta ou não), sobretudo com o objetivo baixo com o qual foi usada. Vereza troca as pernas pelas mãos e esquece das máximas espíritas quando usa deste expediente. Como espírita que sou, estou envergonhado! Quer discutir política acalorada? Tudo bem! Mas não utilize o espiritismo para seus objetivos escusos! Vereza, sugiro que você continue com seu belo trabalho à frente do centro em que você é presidente. É um trabalho fantástico, o seu! E deixe que a política se resolva por ela mesma, sem que seja necessário "fofoqueiros espirituais" interferindo na vontade do eleitor. Que o livre-arbítrio seja praticado e o resto é resto!

http://www.ocachete.com/2010/08/carlos-vereza-um-fofoqueiro-espiritual.html

Números do Ibope:

o Brasil, a um passo da ditadura lulo-comuno-dilmo-petista



por Rodrigo Vianna


Tão logo foram divulgados os insultuosos números do Ibope, levantando a hipótese perversa da vitória de Dilma no primeiro turno, esse blog lançou o aviso: o Brasil está a um passo da ditadura lulo-comuno-dilmo-petista!
Diante da gravidade do momento, sacrificamos as horas de aconchego junto à sagrada família, para colher as impressões de personalidades de hoje e de antanho, bem como de notáveis órgãos de imprensa, sobre a intolerável pesquisa.
A seguir, o resultado da singela colheita…

Brasil, a um passo da ditadura lulo-comuno-dilmo-petista” (“Estadão“, em editorial catatônico, corroborando a tese desse Escrevinhador)

Brasil, a um passo da ditadura lulo-comuno-dilmo-petista” (Altamiro Borges, em artigo comemorativo no Vermelho, corroborando a tese desse Escrevinhador)


Dissolvem-se as forças da nacionalidade” (“O Globo“, em editorial furibundo, corroborando a tese desse Escrevinhador)

Chamem o Silvio Frota” (“Folha“, em editorial canhestro, corroborando a tese desseEscrevinhador)

Não dá mais pra segurar, explode coração” (Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, ao atender telefonema noturno de Serra , que cobrava explicações sobre a pesquisa)

Que coisa mais sem graça, nem vai ter segundo turno” (Mané Garrincha, repetindo a frase dita em 58, logo após ganhar da Suécia na final)

Eu já sabia” (Lula, preparando-se para assumir a presidência do Corinthians em 2011)

Com a vitória no primeiro turno, já é possível baixar os juros (José Alencar, enquanto come um torresminho e se recupera da vigésima cirurgia do ano)

A união faz a forca; vide a Inconfidência Mineira” (Aécio Neves, ao atender telefonema noturno de Serra cobrando mais empenho na campanha nacional)

Serra, que Serra?” (Artur Virgílio, senador do PSDB, ao atender telefonema noturno de Serra cobrando mais empenho dos tucanos do Amazonas)

Eh, eh” (Geraldo Alckmin, ao atender telefonema nourno de …. ah, você sabem)

Serra não tem a menor importância para o Brasil” (FHC, ao explicar porque é o único tucano que tem alguma importância)

FHC e Serra não têm a menor importância para o Brasil” (Getúlio Vargas, sorrindo na tumba, em São Borja)

Tu és um cagão” (Dunga, ao receber telefonema noturno de Serra, cobrando mais empenho do DEM gaúcho na campanha nacional)


As projeções endógenas de meu ex-quase-blog indicam a prevalência vetorial de uma possível virada no segundo turno” (Cesar Maia, ao atender Serra, no meio da noite, para interpretar os números da pesquisa)

Agora, só falta extraditar o Battisti” (Mino Carta, enquanto encomenda artigo para Walter Maierovitch)

Dilma já me prometeu que… vai… implantar… o Renda Mínima” (Eduardo Suplicy, ao comentar o Ibope de duas semanas atrás, pensando que fosse o dessa semana)

É preciso investigar o Ibope e os outros institutos” (Eduardo Guimarães, no “Cidadania.com”, para quem Dilma já deve ter passado de 60%)

A Marina ainda vai passar o Serra; ou não” (Caetano Veloso, cantor e compositor; ou não?)

O imprensalão petista e o ouro amarelo de Pyongyang cooptaram o Montenegro. Mas o DataPrado vai restabelecer a verdade. Ave, São Serapião!!” (Professor Hariovaldo Almeida Prado, convocando os homens de bem para o combate final, por sugestão do leitor Érico)

Serra costeou o alambrado, e juntou-se à vaca no brejo fundo dos tucanos” (Leonel Brizola, a sorrir na tumba de São Borja, ao lado de Vargas)

Vamos ficar livres dessa raça” (Bornhausen, sobre os tucanos)

Lula patrolou o Serra , mas que barbaridade!” (Joaquim Palhares, redator-em-chefe da “CartaMaior”)

Bem feito, quem mandou ter apoio do Daniel Dantas” (Paulo Henrique Amorim, no “Conversa Afiada”, ao comentar a derrota do Zé Pedágio)

Bem feito, quem mandou ter apoio do Ali Kamel” (Luiz Carlos Azenha, no “VioMundo”, ao externar seu apreço pelo ex-chefe)

Apoiar o Serra é uma tara proibida” (Ali Kamel, o ator)

Não somos serristas” (Ali Kamel, o suposto jornalista, homônimo do ator)

Me perdoe, me perdoe” (Bonner, ao atender telefonema noturno de Serra protestando contra a divulgação da pesquisa)

Não compreendo, não compreendo” (Serra, no twitter, às 5h da manhã, depois de Soninha dizer que pode apoiar Levy Fidelix)

Eu dou uma embaixada pra você na Mooca” (Dilma, solidária com Serra)

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Para encerrar, a última impressão desse Escrevinhador, paranóico e ainda assombrado pelo trauma de 2006:
Calma, nada está ganho; eles ainda vão tentar um golpe final, duas semanas antes do primeiro turno

Do Escrevinhador, é óbvio

Comercial - 6 vezes Dilma

Programa de Serra na TV contém pelo menos 6 mentiras

O marqueteiro de José Serra (PSDB/SP) até que fez um programa de TV bem produzido para Serra, na inauguração do horário eleitoral. O que estragou foi a presença do próprio Serra no programa, e as mentiras veiculadas, e já amplamente desmentidas na internet:


Mentira nº 1

Serra disse que "estudou em escola pública, sempre". Não é verdade. Ele estudou em uma caríssima universidade privada nos Estados Unidos, na época da ditadura. Não se sabe quem pagou a conta.

Mentira nº 2

Serra disse ser o criador do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). A mentira já foi desmascarada nos próprios anais da câmara, da emenda de criação do Fundo.
O projeto que criou o FAT é de autoria do ex-deputado Jorge Uequed, e teve contribuições de Paulo Paim (PT/RS), e Serra também apresentou emendas, mas chegou atrasado.

Mentira nº 3

Serra disse que foi "o melhor ministro da saúde" da história do Brasil.
Será que o demo-tucano (que nem médico é) nunca ouviu falar do ministro da saúde Oswaldo Cruz?
Além disso, melhor ministro da saúde do que ele há pelo menos outros 4 nomes recentes, que apenas fizeram menos propaganda: o Dr. Adib Jatene, o atual ministro Temporão, Humberto Costa e Jamil Haddad.

Mentira nº 4

No programa diz que Serra criou o programa da AIDS. Também não é verdade. Ele encontrou o programa pronto, desenvolvido por Lair Guerra e Adib Jatene.
Serra também não criou o programa de genéricos, que foi criado por Jamil Haddad.

Mentira nº 5 (Charlatanismo)

O programa apresenta Serra como "economista", porém o demo-tucano não pode ostentar este título, porque não é bacharel em ciências econômicas. Tanto é assim, que ele não tem registro profissional nos Conselhos de Economia.

Apresentar-se como "economista" sem ter o diploma de bacharel em ciências econômicas pode ser enquadrado como charlatanismo.

Mentira nº 6

O demo-tucano apresentou-se como se fosse um candidato da situação e não de oposição, como é de fato, ao presidente Lula.

Democracia ou plutocracia?


A que tipo de democracia se referem os que usam essa palavra para pressionar governos de países soberanos, como o de Cuba e o da Venezuela, que não seguem o figurino dos países capitalistas avançados? O regime dos EUA, erigido como modelo pelos promotores dessas campanhas, é herdeiro legítimo do incansável empenho do liberalismo (e do conservadorismo) para restringir o alcance da democracia nos países europeus, no período aberto pela Revolução Francesa, para que as chamadas “classes perigosas” ficassem sempre fora do poder. O artigo é de Hideyo Saito.

Consta que, questionado por um repórter da Folha de S. Paulo se considerava o regime cubano democrático, o presidente do PT, Eduardo Dutra, teria respondido negativamente. Se assim aconteceu, o dirigente petista deu como certo que a sua concepção de democracia era a mesma professada pelo repórter (ou, no caso, pelo jornal que ele representava). Ocorre que a palavra democracia, no abstrato, virou bandeira da propaganda ideológica dominante, irradiada a partir dos Estados Unidos, para combater qualquer governo que, de alguma forma, contraria interesses dessas forças sociais e políticas. É notório que os jornalões brasileiros (inclusive a Folha) e seus funcionários mais salientes assumiram integralmente essa postura. Dutra, portanto, perdeu uma oportunidade para suscitar a verdadeira questão: de que democracia estamos falando, amigo?

Ora, salta aos olhos que, na citada campanha, democracia é o que menos interessa aos seus promotores. Qualquer inimigo de Washington – o governo cubano, o iraniano ou o venezuelano – é invariavelmente fustigado por violação aos princípios democráticos, mas o mesmo não ocorre com os seus amigos. Na Arábia Saudita, por exemplo, não há sequer partido político, mas a mídia jamais foi acionada para pressionar o rei Abdallah por isso. Isso ficará ainda mais claro nos arranjos para a sucessão do presidente egípcio Hosni Mubarak, outro aliado dos Estados Unidos que nunca foi incomodado por reprimir a oposição, censurar a imprensa e fraudar eleições. Por isso, o oposicionista Mohamed El Baradei, ex-chefe da agência atômica ONU, que defende a implantação de uma democracia de tipo ocidental no Egito, dificilmente terá o apoio de Washington e de seus seguidores.

A democracia, definitivamente, tem sido mero pretexto para atacar governos que contrariam interesses dominantes no capitalismo. Assim, os modernos cruzados declaram combater o governo venezuelano porque supostamente ele está sufocando a democracia, escondendo que o fazem, de fato, porque sua política ameaça os interesses de grandes grupos econômicos, pondo em risco o próprio capitalismo. Como já disse outrora o economista John Kenneth Galbraith: “Quando a mídia dominante ataca o governo cubano, seus porta-vozes evitam cuidadosamente colocar os termos ‘socialismo’ e ‘capitalismo’. Atacam Cuba, mas sem falar que combatem o socialismo ou, pior ainda, que defendem o capitalismo” (1).

Eleição nos EUA, política ou negócio?
Em todo caso, os países afetados pela campanha costumam ser acusados de se afastar da democracia. Mas que democracia, afinal? O modelo apresentado como exemplo é o do regime vigente nos Estados Unidos, onde funcionam diversos partidos políticos e há eleições periódicas, além de liberdade de expressão. Mas será essa uma democracia tão exemplar, a ponto de justificar sua apresentação como modelo e até de ser usada para pressionar países soberanos? A eleição presidencial de 2008, que levou Barack Obama à Casa Branca, pode habilitar-nos a responder negativamente a essa questão. Está certo que esse foi um pleito com excepcional participação popular, mas com tudo isso pouco mais de 50% dos eleitores potenciais compareceu às urnas. E, pasmem, há um século não se alcançava essa marca! Em outras palavras, há mais de cem anos todos os presidentes estadunidenses vêm sendo eleitos por uma pequena minoria da população. Nem por isso, cogitou-se estimular maior participação popular: as eleições acontecem em pleno dia de trabalho e não há sequer exortação do governo para que os assalariados sejam liberados para irem votar.

Aliás, é sintomático que a cobertura da mídia a essas eleições presidenciais, como sempre, enfatizou mais a questão da arrecadação de dinheiro do que as propostas dos candidatos, parecendo indicar que isso é o mais importante. É como se houvesse um implícito reconhecimento de que quem conquistar maior apoio dos grandes grupos econômicos (que, em última análise, são os financiadores decisivos das campanhas) terá sido ungido pela classe que realmente conta. Vimos isso nas manchetes dos dias que antecederam e se seguiram à chamada “Superterça” (05/02/2008), em que foram decididas as primárias em 21 estados. A imprensa anunciou que, para continuar com chance nessa maratona, a pré-candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, havia gasto na campanha US$ 5 milhões do seu próprio bolso. Logo após as primárias, em que se saiu vitoriosa em oito daqueles estados, incluindo Califórnia e Nova York, a candidata comentou esse aporte de dinheiro: "Queríamos ser competitivos e fomos. Acho que os resultados da noite de terça provaram a sabedoria do meu investimento”. (2)

O Estado de S. Paulo explicou a importância da arrecadação de dinheiro na eleição estadunidense: “É esse dinheiro que paga os funcionários dos comitês de campanha e financia os comícios e viagens para os diversos Estados americanos. Além disso, os fundos de campanha são importantes também porque nos EUA não existe horário eleitoral gratuito. Assim, todos os candidatos devem comprar seus espaços na TV e no rádio. Quanto mais dinheiro, mais exposição. Firmas e organizações sindicais, no entanto, podem financiar os comitês de ação política, que ajudam a passar o chapéu entre os americanos.” (3)

Prosseguindo na explicação, e correndo o risco de confundir o eleitor, que poderia pensar que se trata de negócio e não de eleição, o jornal detalhou:

“O pré-candidato republicano Mitt Romney, que ontem abandonou a disputa pela indicação de seu partido, é um bom exemplo de como uma campanha de arrecadação ineficiente e a falta de um bom projeto para alocar os recursos coletados pode afundar uma candidatura. Desde o início de sua campanha, Romney, ex-governador de Massachusetts, teve de gastar do próprio bolso pelo menos US$ 35 milhões (sua fortuna pessoal é estimada em US$ 250 milhões). Para cada delegado que conseguiu eleger, Romney gastou US$ 654 mil. O também republicano Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas e agora segundo na disputa pela indicação de seu partido, foi o que teve a campanha mais bem-sucedida em termos de retorno financeiro. Cada um de seus 156 delegados lhe custou US$ 45 mil.

‘Está claro que o dinheiro de Romney não conseguiu lhe comprar apoio’, diz Sheila Krumholz, diretora-executiva do Centro de Políticas Responsáveis, entidade que analisa os dados de financiamento de campanha dos candidatos. ‘Ele gastou muito mais que Huckabee, mas seu rival fez apostas mais certeiras.’ Hillary gastou cerca de US$ 90 mil por delegado (ela tem 892 até agora). Obama, que tem 716 delegados, de acordo com o jornal New York Times, gastou US$ 119 mil.” (4)

Segundo levantamento do Instituto de Financiamento de Campanha, a receita arrecadada pelo comitê de Barack Obama nas prévias e nas eleições gerais totalizou US$ 746 milhões. Desse montante, 24% vieram de doações abaixo de 200 dólares, 28% de 201 a 999 dólares e 48% acima de mil dólares. Como se sabe, a campanha de Obama se notabilizou por ter conseguido mobilizar grande número de eleitores com o uso da internet. Daí o percentual de grandes doações ter representado menos da metade do total, contrariando a tradição. Apenas para comparação, 60% das doações feitas a Bush em 2004 foram de valores superiores a mil dólares (5). Mas é importante não esquecer que, mesmo no caso de Obama, o dinheiro grosso veio mesmo de empresas e organizações (via Comitês de Ação Política ou pessoas físicas), como Califórnia University (US$ 1,6 milhão), Goldman Sachs (US$ 995 mil), Harvard University (US$ 855 mil), Microsoft (US$ 833 mil) e Google (US$ 803 mil). Essa relação não inclui as contribuições corporativas para os comitês partidários (6).

O povo vota a cada 4 anos; o mercado, todos os dias
É evidente que campanhas eleitorais caras, como as dos EUA e dos demais países que acompanham o modelo, inclusive Brasil, aumentam o poder dos detentores de dinheiro. Afinal, como um partido sem apoio empresarial poderia bancar uma campanha tão cara e privatizada? Não é casual que, nos Estados Unidos, os candidatos presidenciais não vinculados à elite econômica sequer são mencionados pela mídia, permanecendo desconhecidos da própria população. Como considerar democráticas eleições como essas? Mas além dessa influência eleitoral, os grandes grupos econômicos exercem a sua “capacidade de persuasão” no dia-a-dia dos representantes que ajudaram a eleger, em todos os níveis de poder. O presidente Eisenhower não foi o primeiro a advertir, no final de seu governo, contra a perniciosa influência das empresas, especificamente do complexo industrial-militar, cujo poderio classificou como um risco para o processo democrático. Nos anos 90, um dos mais ativos especuladores financeiros, George Soros, proclamava alto e bom som: “Enquanto o povo vota a cada quatro anos, o mercado vota todos os dias”. Nada mais verdadeiro.

A revista mexicana Contralínea diz que a maior ameaça à democracia nos EUA não vem do terrorismo, mas da corrupção no Congresso, citando resultado de investigação realizada pelo Projeto Censurado 2010. Os gastos do lobby dos grupos empresariais para comprar (é esta a palavra correta) a aprovação de leis de seu interesse ou o engavetamento de alguns poucos projetos contra, que ainda ousam ser apresentados, ascenderam a US$ 3,2 bilhões em 2008. O Projeto Censurado, criado para denunciar a permanente censura exercida pelos oligopólios informativos do país, para impedir a divulgação de matérias sobre assuntos incômodos à classe dominante, mostrou que 28% dos membros da Câmara de Representantes enriquecem investindo em empresas que receberam contratos do Pentágono, aprovados por eles mesmos (7). O dinheiro gasto pelo lobby empresarial naquele ano, US$ 3,2 bilhões, representou um crescimento sem precedente de 13,7% em relação a 2007, conforme levantamento efetuado pelo Center for Responsive Politics (Centro para a Responsabilidade Política). Foram US$ 17,4 milhões diários (ou US$ 32.523 gastos diariamente por deputado). Os setores que mais “investem” na compra do Congresso são: farmacêutico e de saúde, elétrico, de seguro e petrolífero, além do lobby pró-Israel (8).

Mas não é apenas nos Estados Unidos que a democracia foi suplantada pela plutocracia. Pelo contrário: trata-se de um fenômeno comum (e igualmente visível a olho nu) às diferentes fórmulas da democracia liberal, atingindo também regimes parlamentaristas, como o alemão, o italiano e o japonês. Por isso são tão corriqueiros os escândalos como o que ora atormenta o presidente francês, Nicolas Sarkozy, acusado de receber doações ilegais da proprietária da L’Oreal, Liliane Bittencourt, a mulher mais rica do país. Em troca, indícios de sonegação tributária do grupo eram relevados.

Decapitação das classes populares
Ampliando o foco, o cientista político italiano Domenico Losurdo mostrou que esse tipo de regime resultou de um longo processo de incansável empenho do liberalismo (e do conservadorismo) para restringir o alcance da democracia nos países europeus, no período aberto pela Revolução Francesa, para que as chamadas “classes perigosas” ficassem fora do poder. O projeto se valeu, em primeiro lugar, do voto censitário, no qual apenas proprietários podiam votar e só os maiores dentre eles eram elegíveis. Sucederam-se-lhe outras fórmulas igualmente engenhosas, como o voto plural, em que cidadãos “qualificados” tinham direito a mais de um voto (sendo que quanto mais rica a pessoa, mais qualificada era considerada). Houve, em seguida, as eleições múltiplas, em que os setores populares só votavam nos pleitos locais e os eleitos eram sucessivamente depurados por colégios eleitorais cada vez mais seletos.

Em distintos momentos, vários países garantiram a exclusão dos pobres pela instituição de um imposto cobrado de simples eleitores e também de candidatos, ou pela exigência de complicados trâmites burocráticos para a obtenção de título eleitoral. Houve ainda o sistemático afastamento de mulheres, de analfabetos, de imigrantes e de presidiários do processo eleitoral, que vigorou em quase todos os países capitalistas pelo menos até a Revolução Russa. Na Inglaterra, o voto plural sobreviveu até 1948, conferindo mais de um voto a homens de negócios e a acadêmicos. No Texas, EUA, até 1972 a homologação de uma candidatura dependia do pagamento de um tributo, proporcional à importância do cargo almejado. Ainda hoje estão em vigência, nesse e em outros países, formas camufladas de discriminação censitária contra indígenas, negros e pobres em geral (9).

Apesar de tudo, houve uma progressiva democratização do processo eleitoral, por força de pressões populares e da ameaça representada pela citada Revolução de 1917, resultando no reconhecimento do sufrágio universal ao longo do século XX na maioria dos países capitalistas. Mas, ao mesmo tempo, criaram-se novos e formidáveis obstáculos para impedir a ascensão das “classes perigosas”. Dentre esses, Losurdo destaca o crescente encarecimento das campanhas político-eleitorais e a concentração da mídia nas mãos de grupos econômicos. O monopólio da produção de conhecimento e de informação começou a ser erigido ao longo do século XIX, depois que a proliferação de panfletos e periódicos populares, nas revoluções de 1848 e na Comuna de Paris, em 1871, alertou a classe dominante sobre o poder de mobilização desses veículos. Essas publicações, produtos de uma indústria ainda incipiente, ao alcance de qualquer partido, sindicato ou movimento, passaram então a ser perseguidas por meio da censura e da repressão policial direta. Depois, instituíram-se alvarás e obrigações burocráticas, tanto mais custosos quanto maior a periodicidade pretendida e quanto mais importante o local de circulação.

No final do século XIX – ainda conforme o pensador italiano –, um jornal que circulasse mais de três vezes semanais em Paris já estava fora do alcance das organizações populares, tal o volume de capital necessário para sustentá-lo. As medidas repressivas dos primeiros tempos tornaram-se, assim, desnecessárias. A supressão dos meios de informação das classes subalternas foi acompanhada de igual empenho na eliminação ou no enquadramento das próprias organizações que os editavam. O objetivo, neste caso, era evitar que partidos políticos, sindicatos e outras entidades populares, com sua vida associativa, suas festas e suas publicações, constituíssem centros autônomos de disseminação de cultura, capazes de colocar em xeque o monopólio político, cultural e ideológico da classe dominante, exercido por intermédio do Estado, das escolas, da igreja e da mídia. Para Domenico Losurdo, foi assim que se consumou a “decapitação política das classes subalternas” (10). Quando essas medidas de exclusão mostraram-se insuficientes para impedir a eleição de governantes indesejados pelas classes dominantes, eles foram abatidos por movimentos de desestabilização, atentados ou golpes de Estado.

Analisando esse quadro de crescente fragilização da democracia, que representou uma vitória do ideário liberal que acabamos de abordar com a ajuda de Domenico Losurdo, no início dos anos 1990 o historiador britânico Perry Anderson concluiu: "O que está faltando é qualquer concepção do Estado como estrutura de autoexpressão coletiva mais profunda do que os sistemas eleitorais atuais. Com efeito, a democracia está hoje mais disseminada do que nunca. Mas também está mais superficial, menos consistente - como se quanto mais universalmente acessível se torna, menos significado ativo retém. Os próprios Estados Unidos constituem um exemplo paradigmático: uma sociedade onde menos de metade dos seus cidadãos vota, 90% dos congressistas são reeleitos e o preço do cargo público é avaliado em milhões. No Japão, o dinheiro fala ainda mais alto, e não existe aí sequer uma alternação nominal ente partidos. Na França, a Assembléia foi reduzida a uma cifra. À Grã-Bretanha falta, nem mais nem menos, uma constituição escrita". (11)

(*) Hideyo Saito é jornalista

Primeiro Programa de Dilma na TV

HORÁRIO ELEITORAL COERÊNCIA HISTÓRICA X SIMULACRO



Aspas para a avaliação de Ricardo Noblat, jornalista anti-Lula, sobre a estréia do horário eleitoral : '...Foi de uma precisão cirúrgica o primeiro programa de televisão de Dilma Rousseff no horário de propaganda eleitoral, esta tarde [...] soube tratar com delicadeza e de forma inteligente o que adversários poderiam vir a usar contra a candidata.Por exemplo: seu passado de participante da luta armada contra a ditadura militar de 1964. Ou o ex-marido que permanecia oculto.[...] não abusou do uso de Lula em socorro de Dilma. Pelo contrário. Valeu-se dele na medida certa. Mas o centro do programa foi a candidata. Ela ganhou luz própria.TV é emoção bem dosada. Foi o que faltou no programa de televisão de Serra - e no de Marina também. [...]O país está repleto de favelas. Mas a equipe de marketing de Serra teve a idéia infeliz de montar uma, estilizada. Esse trecho do programa lembrou as antigas chanchadas da Atlântida...'
(Carta Maior; 17-08)

Jornal diz que pesquisa “proibida” mostra Dilma com vantagem de 16 pontos


17 de agosto de 2010 às 1:08

Pesquisa aponta que Serra caiu nos Estados que mais visitou

da Folha

Pesquisa Datafolha mostra que o desempenho do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, caiu nos três Estados que ele mais visitou nas últimas três semanas, informa reportagem de Silvio Navarro e Breno Costa, publicada neste domingo pela Folha.

No intervalo entre as duas últimas pesquisas, de 23 de julho até anteontem, Serra teve pelo menos sete agendas de campanha em São Paulo, cinco em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro. Com 56 milhões de eleitores, os três Estados são os maiores colégios eleitorais do país.

Serra apareceu pela primeira vez atrás de Dilma Rousseff no Datafolha, com 33% das intenções de voto no país ante os 41% da petista.

Segundo a reportagem, no Rio, onde esteve três vezes nos últimos 20 dias, o tucano perdeu seis pontos percentuais –foi de 31% a 25%, e a petista ganhou quatro pontos, chegando a 41%.

Em Minas, onde teve cinco eventos de campanha nas últimas semanas, o tucano caiu quatro pontos percentuais (de 38% para 34%), e foi superado por Dilma (35% a 41%). Em Belo Horizonte, a queda foi de nove pontos.

Em São Paulo, base eleitoral do tucano e Estado que administrou até março, ele caiu três pontos –foi de 44% para 41%, mas ainda mantém vantagem de sete pontos sobre Dilma.

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Sobre as entrevistas no Jornal Nacional, segundo o Ibope: 18% consideraram o desempenho de Dilma bom e 5% ótimo; 3% disseram que foi ruim ou péssimo; 62% não souberam responder; Serra teve 16% de desempenho bom, 4% de ótimo e 4% de ruim ou péssimo.

Sobre o debate da Band, 10% disseram que Dilma foi melhor, 8% que Serra foi melhor e 1% que Plínio de Arruda Sampaio “venceu”.

Do Valor Econômico: O Vox Populi permanece impedido de divulgar sua pesquisa mais recente referente às eleições presidenciais. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o julgamento relativo à suspensão da pesquisa não tem data marcada. No mercado financeiro, falava-se ontem que resultados não registrados do instituto apontavam que a diferença entre Dilma e Serra já chegava a 16 pontos percentuais: 46% para a petista contra 30% do tucano.

PS do Viomundo: A proibição foi pelo fato de o instituto não ter incluído o nome do candidato Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, nos questionários.