Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 8 de agosto de 2010

“Israel pode encurralar os EUA e nos obrigar a atacar o Irã.”

“Obama confia em Netanyahu. E Netanyahu não é confiável.”5/8/2010, Lahav Harkov, The Jerusalem Post, Telavive
Carta de um grupo de funcionários aposentados de serviços de inteligência dos EUA pede que o presidente Obama impeça uma guerra contra o Irã e critica duramente as políticas do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu o qual, para os autores da carta, não é confiável.
Os autores da carta são membros da organização Profissionais Veteranos da Inteligência, pela Sanidade [ing. Veteran Intelligence Professionals for Sanity (VIPS)].
Em carta enviada na 4ª-feira[1], dizem que “comentários feitos por altos funcionários dos EUA, o presidente inclusive, refletem confiança não-razoável no primeiro-ministro de Israel [Binyamin] Netanyahu”, e que o tom amistoso de Obama, nos encontros com Netanyahu “está evidentemente deslocado, se se consideram décadas de história com políticos israelenses”.
Na carta, os VIPSs citam Obama, que teria dito sobre Netanyahu que “entre nós dois, nenhum tenta surpreender o outro” e dizem que o presidente “talvez deva pedir ao vice-presidente que o relembre sobre o tipo de surpresa que encontrou em Israel”.
A organização VIPS, que reúne um grupo de profissionais veteranos (vários ainda na ativa) dos serviços de inteligência dos EUA, foi fundada em 2003 para protestar contra o uso de informações de inteligência que foram distorcidas para justificar a invasão do Iraque. Reúne altos funcionários da CIA, do Departamento de Estado, do Departamento de Defesa, militares e funcionários de outras agências do serviço de inteligência dos EUA.
A organização acusou Israel de, em várias ocasiões, ter enganado os EUA: “A dissimulação é, há muito tempo, flecha que Israel sempre tem à mão. No início da crise do Oriente Médio, na primavera de 1967, alguns de nós testemunharam verdadeira avalanche de surpresas e fingimentos dos israelenses, por exemplo quando os antecessores de Netanyahu fingiram temer ataque dos árabes, que disseram que estaria próximo, para justificar um ataque, que iniciou uma guerra, para ocupar territórios árabes (...). Todos sabemos, desde aquela época, que Israel sempre exagera a ‘ameaça’ árabe.”
Os VIPS citam frase do colunista israelense Gideon Levy, do jornal Ha'aretz, que descreve Netanyahu como “rematado farsante (...) que acha que tem Washington no bolso do colete e pode guiá-la como se fosse cega.”
A carta também denuncia o “lobby do [partido israelense] Likud”, que “exerce influência inadmissível sobre a política nos EUA” e cita, como prova, visita recente a Israel, dos senadores John McCain, Lindsey Graham e Joseph Lieberman. A carta cita o senador Lieberman, para quem o Congresso pode “adotar medidas militares, se for preciso”, para impedir que o Irã converta-se em potência nuclear; e o senador Graham, para quem “o Congresso [dos EUA] tem apoio irrestrito de Israel”.
Na carta, os VIPS lembram que 47 deputados do Partido Republicano assinaram declaração “de apoio ao direito de Israel de usar todos os meios necessários para eliminar a ‘ameaça nuclear iraniana’ (...) inclusive o emprego de força militar.”
“Israel pode encurralar os EUA e nos obrigar a atacar o Irã.”
Na avaliação dos VIPS, Israel planeja atacar o Irã em setembro, sem esperar apoio formal dos EUA.
“Os estrategistas israelenses trabalham com o dado segundo o qual, iniciada a guerra, o presidente dos EUA estará politicamente encurralado e nada mais poderá fazer além de apoiar Israel, não importa como comece a guerra. E que, então, haverá fluxo regular de soldados e armas norte-americanas, e a guerra poderá continuar. Mas o resultado da guerra estendida que se seguirá será a destruição do Estado de Israel” – diz a carta.
“O almirante Michael Mullen [Presidente do conselho do estado-maior do Exército dos EUA] voltou muito nervoso de uma visita a Israel em fevereiro de 2010”, escrevem os VIPS. “Desde então, já disse várias vezes que Israel pode encurralar os EUA e nos arrastar para uma guerra contra o Irã. Também tem dito que é indispensável que o Pentágono tenha plano pronto para atacar o Irã, se for necessário.”
Os VIPSs fazem a seguinte recomendação, para abortar o ataque de Israel ao Irã: “É absolutamente necessário que o presidente Obama, em declaração pública e bem clara, declare que não é recomendável que Israel ataque o Irã. Imediatamente depois da declaração, é indispensável que o presidente Obama despache o almirante Mullen outra vez para Telavive, com instruções bem explícitas, dos militares para os militares: Nem pensem em atacar o Irã.”
Os VIPSs comparam o que chamam de “falsa inteligência” dos israelenses, aos relatórios que precederam a invasão dos EUA ao Iraque, e que, segundo eles, seriam “jamais comprovados, contraditórios, desmentidos e inexistentes”.
A carta conclui com o seguinte conselho ao presidente Obama: “É provável que muitos, à sua volta, estejam dizendo ao senhor que, uma vez que o senhor já aconselhou o primeiro-ministro Netanyahu a não atacar o Irã, ele não atacará. O mais provável é que se trate, na Casa Branca, da conhecida síndrome de só dizer ao presidente o que outros suponham que o presidente quer ouvir.”
“Surpreenda-os. Diga que há quem insista em que eles estão terrivelmente errados quanto a Netanyahu. A única coisa positiva em tudo isso é que só o presidente – o senhor e só o senhor – pode ainda impedir que Israel ataque o Irã.”

Dilma ultrapassa Serra no Rio Grande do Sul..Tchau Serra

Parabéns ao bravo povo do Rio Grande do Sul , pela virada e pelo Brasil.

Tido como o último reduto tucano no País, ao menos onde José Serra (PSDB) ainda estava à frente de Dilma Rousseff (PT) na preferência para o cargo de Presidente da República, o Rio Grande do Sul mostra que o gaúcho está disposto a mudar seu voto.

Na mais recente pesquisa Ibope, encomendada pelo Grupo RBS, Dilma está dois pontos à frente do tucano. Dilma foi citada por 42% dos entrevistados ante os 40% que preferiram Serra. No último levantamento, no início de julho, o tucano tinha 46% e a petista, 37%. Na pesquisa espontânea, Dilma também ultrapassa Serra. São 33% dos votos contra 31%.

Marina Silva (PV), que no levantamento de julho aparecia com 6%, perdeu um ponto, e está com 5%. Brancos e nulos se mantiveram em 3%, enquanto os indecisos subiram de 6% para 9%. Questionados sobre a escolha em um eventual segundo turno, 45% dos entrevistados disseram preferir Dilma, enquanto 44% apostariam em Serra.

Já para o governo do Estado, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro permanece na liderança, com 37% dos votos, seguido pelo ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça, com 31% e da governadora gaúcha, Yeda Crusius, com 11%.

Comparando os atuais resultados com o do último levantamento, em julho, Tarso perdeu dois pontos, passando de 39% para 37%, enquanto Fogaça ganhou duas posições, saindo dos 29% e chegando aos 31%. Yeda é a candidata que perdeu mais em um mês: quatro pontos, de 15% para 11%.

O Ibope ouviu 812 eleitores entre 3 e 5 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (35.561/2010) e no TSE (21.914/2010).Agência estado
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Folha, de rabo preso com o PSDB



O jornal Folha de São Paulo, edição deste domingo, está imperdivel para o PSDB. São páginas e mais páginas de pura campanha Serra presidente, Alckmin governador.

As notícias que passaram o dia de ontem estampando a capa da Folha online, hoje estão no jornal impresso, e na internet também. Todas elas negativas ao governo Lula.No Brasil, as notícias a serem destaques e a produzir escândalos referem-se quase exclusivamente ao PT. Mesmo com o atual escândalo envolvendo o "ex"-partido de Arruda, o PFL (vulgo DEM), a mídia restringiu o escândalo ao "DEM de Brasília". O resto do partido "não sabia de nada" e o fato de ele ser preterido na chapa com José Serra nunca é lembrado pela imprensa. O que não ocorreria se ele fosse possível vice de Dilma Rousseff (PT), por exemplo. Vejam exemplos;

-Previ é fábrica de dossiê do PT, diz ex-diretor
-Lula e Dilma ampliarão visitas a SP para impulsionar Mercadante
-Doze grupos ficam com 57% de repasses do BNDES
-Lista de operações divulgada pelo banco é de difícil consulta
-BNDES investiu em fusões e aquisições
-Análise Exame nacional do ensino médio: Desafio do MEC, agora, é superar suspeitas

O artigo escrito por João Humberto Venturini e publicado no Observatório da Imprensa, resume muito bem as notícias publicadas hoje no jornal Folha de São Paulo.Há algum tempo, a presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e executiva do jornal Folha de S.Paulo, Maria Judith Brito, deu a seguinte declaração ao jornal O Globo:

"E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada."

Essa frase representa o que muitos já sabiam, ou seja, que a grande imprensa no Brasil se tornou um verdadeiro partido político. Os principais membros desse partido são controlados por famiglias poderosas, como Abril (Civita), Estado (Mesquita), Folha (Frias) e Globo (Marinho). Esse partido da imprensa, que é chamado também de PIG (Partido da Imprensa Golpista) na internet, atua geralmente como porta-voz da oposição e, ás vezes, como um partido apêndice destes. Ora a imprensa reverbera e apóia incondicionalmente todas as acusações da oposição ao governo Lula (atuando como porta-voz desta), ora escandaliza qualquer coisa e produz factóides para a oposição explorar, fazendo assim uma "dobradinha" oposicionista (atuando como partido apêndice).

Escândalos são exclusividade do PT

Antes de Lula ser eleito, a imprensa apoiou o governo tucano durante os oito anos do "reinado FHC" e já era partidária, mas ainda não agia como um partido. Depois da eleição e reeleição do presidente Lula começou a radicalização e transformação do partido da imprensa. Ficaram decepcionados por a oposição PSDB/PFL (atual DEM) não ter dado o golpe e tirado Lula do poder em 2005.

Fazer papel de oposição não é função da imprensa em um regime democrático, pois investigar as ações de um governo não significa manipular informações e mentir para beneficiar um grupo político. Infelizmente, é isso que a imprensa faz, pois usa pesos e medidas diferentes no campo político. Para ler o artigo completo, aqui o link

Dilma na Cidade de Deus

Cadê o Sul, Datafolha?



Do blog Brizola Neto

Vamos ver qual é a ginástica que vão arranjar para explicar a enorme vantagem que o Datafolha aponta para Serra no Sul do país, depois que a pesquisa Ibope encomendada pela RBS no Rio Grande do Sul apontou liderança de Dilma sobre Serra, com 42 a 40%. Na pesquisa anterior do Ibope medindo as intenções de voto dos gaúchos para a presidência, realizada no início de julho, Dilma tinha 37% e Serra 46%.
É portanto, uma mudança de 13 pontos em um mês, se alguém quiser acreditar que houve uma “virada”. O noticiário dos jornais prefere tratar como “empate técnico” uma mudança de posição que, segundo os dados que eles prórpios divulgam, é das maiores registradas em pesquisas eleitorais: 13 pontos em um mês, repito.
Como a região Sul era a única onde Serra liderava e o Rio Grrande representa 40% do eleitorado sulista, fica difícil explicar de onde vão tirar salvação para o Serra.
Tentei achar a notícia da pesquisa no telejornal local, o RBS Notícias, mas este só divulgou a pesquisa para governador. O Jornal Nacional, cabeça da rede, também não disponibiliza registro da pesquisa, mas traz a uma pequena matéria da ida de Dilma ontem à Central Única de Favelas e do ato com a juventude, no vídeo que posto aí em cima.

David Gilmour - 06 - On An Island (With David Crosby and Graham Nash)

Coimbra: Quem acha que Dilma não passa de 40% pode ter surpresa

7 de agosto de 2010 às 13:20
Lula e Dilma
por Marcos Coimbra, na Carta Capital
6 de agosto de 2010 às 10:29h

Uma das coisas engraçadas destas eleições é observar a mudança nos cálculos da oposição sobre o “poder de transferência” de Lula. Já faz mais de um ano que eles são feitos e refeitos, sempre corrigindo para cima a estimativa anterior. Agora, às vésperas do começo da última etapa, com as campanhas chegando à televisão, eles voltaram a mudar, outra vez em sentido ascendente.

Ainda em 2009, não havia quem, nos partidos de oposição, achasse que a aposta de Lula ao indicar Dilma Rousseff daria certo. Além do que entendiam ser suas dificuldades próprias – inexperiência eleitoral, falta de carisma, pouca visibilidade de seu papel no governo (para ficar apenas com as mais citadas) – haveria um limite à transferência de votos de Lula para ela.

Ninguém jamais discutiu que Dilma Rousseff precisaria desses votos. Uma candidata nova, que nunca disputara um cargo importante, sem qualquer notoriedade fora da área técnica do governo, só por milagre alcançaria votação sequer perceptível em uma eleição nacional. Veja-se, para ilustrar, o que aconteceu com Aécio Neves na pré-campanha. Apesar de ser o governador reeleito (e bem avaliado) do segundo maior colégio eleitoral do País, mal alcançava 20% quando teve de desistir, exatamente por lhe faltar maior volume de intenções de voto.

Mesmo sendo Dilma a candidata do PT, de longe o partido com o maior número de filiados e simpatizantes, suas perspectivas continuavam baixas. O PT, sozinho, seria insuficiente para elegê-la.

Ou seja, para se tornar competitiva diante de José Serra e poder derrotá-lo, Dilma precisava de Lula. Ela sabia disso, ele também, assim como a torcida do Flamengo (e a de todos os seus adversários).

Mas quantos seriam os votos que ele conseguiria repassar? Apesar de sua popularidade e simpatia, não haveria um limite a essa transferência?

Durante o ano passado, quem torcia por Serra, seja no meio político, seja na sociedade civil, escolheu a taxa de 20% como o teto onde a transferência de Lula poderia ir. Até a alcançar, Dilma cresceria sem problemas. Em lá chegando, empacaria. Lula a poria no patamar de 20%, mas, para ultrapassá-lo, a bola estaria com ela. Sozinha, sem bagagem política, seria presa fácil do candidato do PSDB.

Essa proporção não foi inventada, pois se baseava nas respostas de entrevistados nas pesquisas a perguntas sobre sua propensão a votar em “quem quer que fosse o candidato indicado por Lula”. Embora variasse um pouco, conforme o momento e a pesquisa era mesmo isso que diziam as pessoas.

O equívoco foi, no entanto, confundir piso com teto. Os 20% não eram o máximo, mas o mínimo que Lula, sem fazer mais nada, daria a ela.

Ela os superou ainda em outubro de 2009, jogando fora os prognósticos peremptórios que ouvíamos até de especialistas conhecidos. Fixaram, então, uma nova barreira em 30%, e garantiram que, deles, ela não passaria. Coisa que fez em março e continuou subindo. A essa altura, indo cada vez mais além do segmento do eleitorado que votaria de olhos fechados em quem Lula indicasse.

Na última semana de julho, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reviu as contas e fixou um novo limite. Para ele, depois de “Lula ter transferido para sua candidata 35% a 40% dos votos”, alcançou “um teto”. Agora, finalmente, segundo o ex-presidente, Dilma Rousseff pararia de crescer.

Quem garante isso? De onde vem a convicção, considerando que ela, nos 40% atuais, já está a um passo de ganhar no primeiro turno?

Quem acha que ela não cresce mais deve imaginar que a presença diária de Lula na televisão, depois do dia 17 próximo, não terá qualquer efeito. Que os 85% que o aprovam, os 75% que acham ótimo ou bom seu governo, os muitos que gostam dele e o admiram ficarão indiferentes à sua presença. Que se decepcionarão todos aqueles que só esperam conhecer um pouco a candidata que ele apoia.

Quem acha que ela não passa de 40% esquece que Lula a pôs nesse patamar quase que somente falando nela, sem olhar nos olhos do eleitor e pedir seu voto, salvo a meia dúzia de vezes em que usou o tempo de propaganda de seu partido.

Quem acha que ela não passa de 40% pode se preparar. Vai, provavelmente, ter uma surpresa.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.