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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Desembarcando de Serra

Enviado por luisnassif

Por Ernesto Camelo

A fila do desembarque:


Jefferson chama Serra de "autista" e diz que apoio do PTB é "anódino" 
  Em eventual 2º turno, afirmou que pode optar pela neutralidade


MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Principal fiador do apoio do PTB ao presidenciável José Serra (PSDB), o presidente do partido Roberto Jefferson ensaia romper a aliança com o tucano e não descartou ontem, em entrevista à Folha, permanecer "neutro" em um eventual segundo turno.
Chamando Serra de "autista", Jefferson afirmou que o PTB fez uma aliança para o primeiro turno e que esse apoio se tornou "anódino".
"Eu vou sentar com o partido para ver se vamos apoiar o Serra ou se não vamos apoiar ninguém. De Dilma [Rousseff, PT] vou fazer força para não ir. Vamos ver se construímos uma posição independente", disse.
Jefferson disse acreditar que o segundo turno será provocado pela "onda" Marina Silva (PV), que, para ele, deve alcançar 20% dos votos.
Serra se estabilizou. O que vejo é um crescimento da Marina e ela não cresce em cima do Serra, mas da Dilma. Não creio que ela [Marina] tenha fôlego para ultrapassar o Serra, mas eu penso que vai dar segundo turno", disse. Na avaliação do presidente do PTB, a campanha de Serra foi "racional e sem emoção". "Ele não surpreendeu mais, procurou bater no PT, fazer mais oposição, mas não teve emoção. Como eleição se decide pelo coração, não empolgou", disse.
A insatisfação de Jefferson com a campanha serrista não é novidade. Ele já reclamou do marqueteiro Luiz Gonzalez e lançou críticas ao isolamento do candidato tucano. Ontem, disparou novos ataques contra Serra.
"Ele se preocupa com a biografia e não com as pessoas do entorno. É um cara fechado nele mesmo."
Jefferson, que foi delator do esquema do mensalão, em 2005, e teve o mandato cassado, disse que a oposição deixa essa eleição "sem identidade, sem discurso".
Questionado se apoiaria um eventual governo Dilma Rousseff, o petebista disse que prefere criar um novo estilo de oposição.
"Se a Dilma vencer, eu gostaria que o partido não ficasse com ela. O ideal é a independência, para construir uma oposição serena, crítica, começar a construir um caminho novo", afirmou.

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