Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O STF e os Factoides fascista Uma coisa é discutir as decisões do STF, o que pode ser feito por qualquer brasileiro, outra é querer colocar em seu lugar um monstrengo autoritário.

Mauro Santayana
 
José Cruz

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinava o bloqueio dos bens da Odebrecht no valor de até R$ 2,1 bilhões em processo voltado para apurar supostos desvios na construção da refinaria Abreu e Lima.

A decisão liminar do ministro liberou a movimentação dos bens, e reforçou o entendimento - já manifestado por ele mesmo em ocasiões anteriores - de que o TCU - cujo nome já passou da hora de ser mudado - não passa de um órgão administrativo auxiliar do Poder Legislativo, que não tem autoridade para bloquear, por ato próprio, dotado de autoexecutoriedade, bens de particulares e não possui atribuições típicas do Judiciário.

Mais uma vez, se pretendia matar os bois para acabar com os carrapatos.

Se houvesse sustentação jurídica para essa decisão espatafúrdia, o bloqueio-bomba de mais de 2 bilhões de reais já seria de uma desproporcionalidade absurda, irreal, principalmente quando se lembra que esses desvios não foram sequer comprovados.


Além  de trágico, fortemente ilógico, em suas consequências econômicas, acarretando a demissão de milhares de trabalhadores de uma empresa sob a qual paira a ameaça, tão absurda quanto, de uma multa-bomba de mais de 7 bilhões de reais, que já foi obrigada a eliminar 120.000 vagas nos últimos dois anos no Brasil, também como resultado direto da falta de bom senso da Operação Lava Jato em um pseudo combate à corrupção que provocou, ainda, a quebra de dezenas, centenas de pequenas e médias empresas de sua cadeia de fornecedores.

Como não há sustentação jurídica para essa decisão, e não é possível que os técnicos e ministros do TCU que "determinaram" o bloqueio - até mesmo diante de decisões anteriores - não soubessem disso, só se pode acreditar que se tratou, mais uma vez, da criação de um irresponsável factoide, dirigido contra o STF, entre os muitos que vem se acumulando nos últimos meses e semanas.

De uma ação premeditada, deliberada, destinada a manter em movimento e em evidência, com a cumplicidade da parte mais   venal e irresponsável da imprensa, o tigre de papel de uma espetaculosa, hipócrita e contraproducente "campanha" contra a corrupção, com o mal dissimulado propósito de desafiar os poderes instituídos e de provocar e testar, mais uma vez, os limites do STF e de seus membros.

A intenção, ou, ao menos, as consequências que parecem estar sendo procuradas, é jogar contra o STF uma opinião pública mal informada, manipulada, preconceituosa e burra, que, a cada vez que isso ocorre, agride de forma maciça o Supremo Tribunal Federal e os seus ministros, acusando-os de estarem envolvidos com corrupção - quanto o Exmo levou nessa? Qual terá sido o "pixuleco" para este membro da família Collor de Mello?, perguntaram dois leitores do Estadão - e propõe medidas surreais que vão da extinção da Suprema Corte à escolha de seus membros por meio - quem estabeleceria as condições e o conteúdo das provas? - de concurso público.

Esses esforços, que nada têm de descoordenados, ocorrem a cada vez que alguma decisão do Supremo Tribunal Federal desagrada certa parcela da plutocracia emplumada que se encastelou no Judiciário e no Ministério Público, e que se auto-outorgou, com a arrogância e a empáfia próprias da juventude, em muitos casos formada em universidades particulares de duvidosa qualidade e ungida por meio de concursos idem, a missão de punir a política e os "políticos" e de salvar a Nação, "exemplando" a República.

Não é outra a razão que se esconde nos insultos dirigidos ao Ministro Celso de Mello, quando da decisão de permitir que um cidadão recorresse em liberdade mesmo depois de condenado em segunda instância; ao Ministro Dias Toffoli, quando do Habeas Corpus concedido ao ex-ministro Paulo Bernardo; e da abjeta capa de Veja dedicada ao mesmo ministro Toffolli, no criminoso vazamento, ainda não investigado, de suposta "delação" da empreiteira OAS.

Os mesmos ataques feitos agora ao Ministro Ricardo Lewandowski, que se busca descaradamente constranger e pressionar com manifestações na porta de sua casa; e ao Ministro Marco Aurélio, por sua decisão de colocar em seu devido lugar o Tribunal de Contas da União - no qual se abrigam até mesmo personagens sob investigação - que, no embalo do estupro cotidiano da Constituição Federal vivido pelo país nesta vergonhosa fase de nossa história, pretende agir como se autêntica corte fosse, quando não passa de  órgão auxiliar do Legislativo Federal - instância, esta, sim, a quem cabe julgar com o poder do voto que parlamentares têm e "ministros" do TCU não têm, questões ligadas à fiscalização das atividades do Executivo.

É preciso que a mais alta corte do país organize, em torno da defesa de sua autoridade e prerrogativas, um sistema de monitoramento permanente desse quadro de abuso na internet e  interpele judicialmente - com tolerância zero - quem está por trás dos ataques - fazendo valer sua autoridade, antes que esta seja - como já está ocorrendo - definitivamente minada junto à população.

Uma coisa é discutir as decisões dos ministros, o que pode ser feito por qualquer brasileiro, usando, preferencialmente, como referência, a Constituição.

Outra, atacar a Suprema Corte, dentro do mesmo esquema que pretende diminuir o papel da política, do voto, da Democracia, para "reformar" de forma frankensteiniana a República, e colocar no lugar dela um monstrengo autoritário, por meio de novas leis, que limitam o direito de defesa e a liberdade dos cidadãos, ou pela eleição de um líder fascista em 2018.



Créditos da foto: José Cruz

PSDB vai fazer do Temer um Cunha O Temer está aí para fazer o serviço sujo: o programa do Pinochet!

Tchau.jpg

Acabou a serventia do Cunha.
A partir dessa segunda-feira 12/set, o Cunha começa a ser crucificado.
A serventia do Cunha se esgotou quando ele aprovou o impeachment da Dilma.
Até lá, o PiG reaplicou sua virgindade.
E o Janot o manteve intocado.
Até derrubar a Dilma.
É para isso que ele servia.
Ele é tão sem caráter que não vai cuspir os feijões.
Não vai contar o que sabe.
Nem ele nem a mulher.
O Traíra e sua Távola Redonda, portanto, não correm nenhum perigo com o Cunha.
Acontece que a serventia do Tinhoso e do PMDB começa também a se esgotar.
A função do Golpisto e seus pares de França foi derrubar a Dilma e botar na rua o programa econômico dos Chicago Boys do Pinochet: o neolibelismo radical.
Mas, como disse o Requião ao ansioso blogueiro, o Carlos Magno do Planalto não tem força nem vocação para enfrentar a adversidade – e não vai entregar a rapadura: o desmanche do Estado, a entrega do Brasil à Casa Grande e aos Estados Unidos!
Além do mais, o Traíra não tem as conexões nem o mapa da mina.
O Traíra não tem a ideologia, a doutrina, o caderninho do “como” fazer.
Quem tem é o pessoal do PSDB, especialmente o Fernando Henrique, que desenhou a Dependência quando fugiu do Brasil e foi para o Chile.
(Depois, os tucanos da democracia-cristã, os Frei, fizeram como o FHC, agora: aderiram ao Pinochet…)
A “Ponte para o Futuro”, do gatinho angorá, está para a Dependência do FHC como o Temer para o Gilmar!
Uma Baía de Guanabara de distância, como a que fica entre o Rio e Niterói, não é isso, Moreira?
Logo o Moreira…
Um sociólogo de décima extração, que estava na Escola de Sociologia da PUC do Rio mais preocupado em se tornar o genro do genro do que em estudar Max Weber…
(O ansioso blogueiro foi, ali, contemporâneo dele e de Celina Vargas do Amaral Peixoto.)
Os tucanos de São Paulo têm a arrogância de certos intelectuais da USP, aqueles do “Grupo do Capital” (ler em tempo) – detém a suposta hegemonia do pensamento reacionário brasileiro, devidamente destroçado pelo Jessé de Souza em “A tolice da inteligência brasileira”.
Os tucanos da USP saem na Fel-lha e pensam que estão no Monde!
Os tucanos de São Paulo toleram, de nariz tapado, a convivência com o Agripino, o Romero "essa porra" Jucá, o Eliseu que o ACM chamava de “Quadrilha”, o Geddelzinho boca da Jacaré, a latifundiária de Goiás, o Mendoncinha e os outros que se sentam à távola.
(O Jereissati e o Cunha chove Lima são tolerados como prova de gentileza.)
Os tucanos de São Paulo sabem que essa turma está aí para fazer o serviço sujo: quebrar o Brasil e a coluna do trabalhador, e entregar o poder em 2017.
O PMDB serviu ao PSDB, serviu ao PT e agora serve ao PSDB, que espera para dar a punhalada pelas costas.
O PSDB não quer convivência com esse pessoal do Sérgio Machado, que convém recordar, por iniciativa ao amigo navegante Marco Aurélio, no Facebook do C. Af:
"Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel"
"estancar a sangria"
"O primeiro a ser comido vai ser o Aécio"
"Quem não conhece o esquema do Aécio"
"Fui do PSDB 10 anos, não sobra ninguém"
"Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições sem ela. Enquanto ela estiver lá essa porra não vai parar nunca"
"Michel é Eduardo Cunha"
"É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional. Com o Supremo, com tudo. Aí parava tudo.

Esse pessoal não tem condição: pode até não ir em cana, mas não governa.
Vai ficar trancado no banheiro do Henrique Alves.
O PSDB sabe disso.
Como também sabe que o Cerra e o Aecím, o mais chato, não correm nenhum perigo.
Eles estão blindados, tanto quanto o Sérgio Guerra: só depois de mortos!
Como diz o Oagara: suma justiça, suma injustiça.
Os tucanos de São Paulo farão do Temer um Cunha.
Usar e jogar fora.
Só precisa combinar com os 40…
Em tempo: os tucanos da USP, a certa altura de suas experiências universitárias, criaram o “Grupo do Capital”. Eles se reuniam vez por outra para ler o Capital de Marx. Dali não saiu nada. Nada que se compare ao Piketty………………………, por exemplo, que leu o Marx no Século XXI. Mas, na mitologia dos tucanos uspianos, esse grupo de intelectuais diletantes se tornou uma espécie de “Academia de Platão”, “Liceu de Aristóteles, “Escola de Frankfurt” da província paulistana. Não deu em nada. Mas, deu para tratar a “Ponte” do gatinho angorá como se fosse um romance do Diogo Mainardi. Ou de seu patrono, o Paulo Francis. Ninguém lê…
PHA