Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

“Está começando a semana da vergonha nacional”

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No dia em que se inicia o julgamento final do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula diz que "está começando a semana da vergonha nacional"; "Os senhores senadores que vão votar para Dilma ser impeachmada, que vão falar mal dela, estão caçando o voto que vocês deram em outubro de 2014", declarou, durante ato em defesa do emprego e da democracia no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio; se dizendo "envergonhado" pelo Senado, Lula afirmou que senadores começam hoje a "rasgar a constituição do País ao tentar condenar uma mulher inocente"; ele citou dados de desemprego na indústria naval e defendeu que "o trabalhador humilde" não pague o preço do que está acontecendo no Brasil 

247 – O ex-presidente Lula fez um discurso em defesa do emprego e com duras críticas ao governo interino e ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, cujo processo final começa nesta quinta-feira 25 no Senado. "Hoje a gente pode dizer que está começando a semana da vergonha nacional com a tentativa do impeachment da Dilma", declarou Lula no ato em defesa do emprego e da democracia realizado no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro.

"Os senhores senadores que vão votar hoje para Dilma ser impeachmada, que vão falar mal dela, estão caçando o voto que vocês deram em outubro de 2014", discursou Lula. "Começa hoje o dia da vergonha nacional, dia em que os senadores começam a rasgar a Constituição do País ao tentar condenar uma mulher inocente, uma mulher honesta. Que pode ter cometido erros, mas quem não comete erros?", perguntou.

Contra o governo interino de Michel Temer, Lula voltou a dizer que se trata de um grupo que quer "chegar ao poder sem disputar as eleições". "Eu não tenho nada pessoal contra o Temer, eu só queria que ele soubesse que seria digno, ele como advogado, constitucionalista, dizer que não aceita chegar à presidência pelo golpe e que ele vai disputar as eleições em 2018 para ver se vai ser eleito pelo voto", provocou.

"Eu como brasileiro hoje estou envergonhado de perceber que o nosso Senado, que deveria estar debatendo os interesses do povo brasileiro, está discutindo a condenação de uma pessoa inocente", atacou ainda o petista, antes de começar a expor dados de desemprego no Brasil, especialmente na indústria naval, onde foram fechados 335 mil postos de trabalho entre janeiro de 2015 e abril de 2016, segundo dados da Federação Única dos Trabalhadores (FUP) citados por ele.

"Eu já chorei por causa do desemprego, já vi casais se separarem por causa do desemprego, já vi gente se matar por causa do desemprego. O Brasil não merece o que está passando", lamentou. Ele destacou feitos em sua gestão na presidência em prol da indústria naval, que "não acreditavam" que poderia ser recuperada no Brasil.

Em críticas sobre o desmonte da Petrobras, com vendas de subsidiárias da estatal, ele ressaltou: "Se vocês não brigarem para se defender, ninguém vai brigar". Lula disse que o desemprego "tem muito a ver com o que está acontecendo no Brasil", mas que "o pobre, a família mais humilde não pode pagar o preço".
Sobre o governo interinamente no poder, declarou que "está prevalecendo o complexo de vira-latas", de "ficar mendigando para países ricos". Por fim, defendeu que "quem roubou na Petrobras, tem que ir preso mesmo, agora o que a gente não pode é prejudicar inocente". Em seguida, fez uma provocação à Lava Jato: "o que não pode é gente que pegou dinheiro [no esquema], contou meia dúzia de mentiras na delação premiada e está em liberdade, fumando charuto cubano"