Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

MP fustiga governistas e mantém inquéritos contra PSDB parados

mp
 Eduguim
Qualquer pessoa com um cérebro sadio deve estar se perguntando o que deu na cabeça do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para ameaçar retaliar o governo Dilma por estar sendo investigado pelo Ministério Público, já que a presidente da República jamais tomou uma única medida para bloquear inclusive investigações contra o próprio partido.
O que ameaça Cunha é que o empresário Júlio Camargo, da Camargo Correa, fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e denunciou o presidente da Câmara por intermediação de propinas. Já o doleiro Alberto Youssef o acusou de ser “destinatário final” de propina paga pelo aluguel de navios-sonda para a Petrobras em 2006.
Diante desses fatos, o presidente da Câmara está para ser indiciado pela Justiça a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em retaliação, Cunha promete instalar CPIs incômodas para o governo. E, se houver rejeição das contas de campanha de Dilma ou de medidas fiscais de seu governo, promete instalar processo de impeachment que chegue à Câmara.
Corte para a última terça-feira (14). Operação da Polícia Federal pedida pelo Ministério Público promoveu ações de busca e apreensão em gabinetes e residências de senadores. Todos os alvos, porém, pertencem à base aliada do governo.
A operação atingiu os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e os ex-deputados Mário Negromonte (PP), hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, e João Pizzolati (PP-SC), secretário estadual de Roraima. Todos da base aliada do governo.
Fora da base governista, foram atingidos políticos tidos como simpáticos ao governo, como Fernando Collor (PTB-AL).
Outro alvo do MP é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deve ter seu indiciamento pedido à Justiça proximamente.
Os alvos dessas ações do MP já ameaçam retaliar o governo Dilma por conta dos processos a que irão responder apesar de a presidente não ter o que fazer para ajudá-los, já que não pode intervir nem para ajudar seus aliados – e, pelo que se sabe de Dilma, ela não o faria nem se pudesse.
O que Cunha, Calheiros e outros “aliados” do governo querem da presidente da República é que ela não mantenha Janot no cargo, já que seu mandato termina em setembro. Acreditam que sem Janot à frente das investigações, seu substituto irá lhes aliviar a barra.
Ocorre que desde o governo Lula e ao longo do primeiro governo Dilma o procurador-geral da República que o Executivo nomeia vem sendo, sempre, o primeiro indicado pela listra tríplice do corpo do Ministério Público.
À diferença do que fez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que manteve um único procurador-geral (de sua “confiança”) durante seus oitos anos de governo, os presidentes petistas adotaram postura republicana de não interferir na escolha do único que pode processor um presidente da República.
O que, aliás, não combina com as acusações de que Lula e Dilma tenham, de alguma forma, favorecido ou sido lenientes com a corrupção.
Por ação única e exclusiva do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, no Brasil de hoje a corrupção não tem moleza. Grandes empresários, políticos amigos do Poder, todos são alvos preferenciais do Ministério Público e da Polícia Federal, o que é absolutamente inédito no Brasil, pois, antes dos governos do PT, tanto o MP quanto a PF jamais incomodaram o governo.
Nesse contexto, é surreal que os presidentes que mais combateram a corrupção – ao não aparelharem cargos no MP e na PF que dão poder aos ocupantes de impedirem investigações – sejam acusados de fomentá-la.
Porém, os fatos mostram que tanto Lula quanto Dilma erraram feio em relação aos cargos de delegado-geral da PF e de procurador-geral da República – sem falar no Supremo Tribunal Federal.
Dilma e Lula não erraram ao manter a impessoalidade na nomeação dos ocupantes desses cargos, mas erraram ao permitir que fossem ocupados por pessoas que enquanto fustigam o governo acobertam corruptos da oposição, sobretudo nos Estados em que ela é governo.
Tomemos como exemplo o caso escandaloso do mal chamado “mensalão mineiro”, que envolve o PSDB.
Um ano depois de o Supremo Tribunal Federal determinar que o processo contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) deveria ser julgado na primeira instância da Justiça em Minas Gerais – contrariando o que fez no mensalão petista, quando o mesmo STF manteve o processo naquela corte –, nada foi feito para concluir o caso, que se arrasta há quase uma década.
Além de o julgamento não ter acontecido, desde 7 de janeiro deste ano a 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, onde tramita a ação, está sem juiz, porque a titular se aposentou. O processo de Azeredo chegou a Minas já totalmente instruído pelo Supremo e pronto para ser julgado. Nenhuma audiência mais é necessária, basta o julgamento. Mas nada acontece.
Pior ainda é o que faz o MP em relação a um inquérito aberto em 2005 para investigar contratos do governo tucano de Aécio Neves (2003-2006) com as agências de publicidade do empresário Marcos Valério – o processo está parado nas gavetas do Ministério Público.
O pente-fino da Promotoria seria em todas as operações que as duas agências de Valério (SMPB e DNA) mantinham com o governo de Minas, na primeira gestão do senador como governador daquele Estado. Quase nove anos desde a instauração do inquérito, não há conclusão e o caso, na prática, nem sequer andou.
Entre 2004 e 2005, a gestão Aécio Neves pagou ao menos R$ 27 milhões às agências do publicitário Marcos Valério (hoje condenado e preso pelo mensalão do PT) pelos contratos vigentes até então. A Promotoria pediu ao Executivo mineiro cópias de toda a documentação desses contratos, inclusive notas fiscais, para análise.
O governo de Minas até enviou o material ao MP. No entanto, caixas e caixas de documentos enviados ficaram praticamente intactas. A procuradoria nem pôs a mão.
A promotora Elizabeth Villela assumiu recentemente a responsabilidade por esse inquérito. Em 15 de janeiro, remeteu a papelada ao Conselho Superior do Ministério Público mineiro, que solicitou o envio de todos os inquéritos instaurados até 2007 e que estavam sem andamento. Porém, o ano já vai terminando e nada acontece.
Juristas renomados como Dalmo de Abreu Dallari, entre outros, consideram que essa seletividade do Ministério Público, da Polícia Federal e da própria Justiça torna inócua a intensa atividade dessas instituições, conforme tem sido visto.
Setores da imprensa que fazem oposição ao governo federal vêm opinando que o país vive um novo momento e saúdam o furor investigativo que se viu na última terça-feira. Contudo, especialistas como o supracitado consideram pior que os órgãos de controle investiguem e que o Judiciário puna seletivamente do que se não fizessem nada, como antes de Lula e Dilma.
Outro especialista que sempre bate nessa tecla é o jurista Pedro Serrano. Segundo vem dizendo publicamente há bastante tempo, pior do que não investigar e não punir é investigar e punir seletivamente.
O Brasil estaria no rumo certo se investigações e punições atingissem a todos, independentemente de orientação político-ideológica, de classe social ou de etnia. Mas como a lei, hoje, poupa alguns e fustiga outros, o que se vê é a materialização da máxima “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei”.

O Golpe é isso aí. Dilma não governa ! O Judiciário, o MP, a PF, o Legislativo e o Executivo foram subvertidos !​



A Oposição não precisa mais impeachar a Dilma.

A Dilma caiu pra dentro.

Golpe é isso aí.

O Juiz Moro está determinado a extinguir a População Economicamente Ativa, quebrar a Petrobras, as empreiteiras, a indústria naval – e danem-se !

Não precisa mais derrubar a Dilma nem encanar o Lula.

O Golpe foi dado.

Moro é imparável !

Ele investiga e julga quem quer, como quer, quantas vezes quiser e prende quem quiser, pelo tempo que quiser, com ou sem mandado judicial.

E o Moro tem lado: cássios e aécios … não vem ao caso.

O Supremo não segura o Moro embora pudesse – e devesse.

Nem o Conselho Nacional de Justiça.

O CNJ só existiu enquanto o Gilmar o presidiu e o transformou em sua corte privativa.

Moro é inatingível.

Moro é a demonstração de que o Judiciário se tornou um Poder anômico, disfuncional.

Gilmar é o centro do Poder Judiciário.

Porque ele legisla, julga e pune – fora do tribunal.

Não precisa do Supremo – só para o gabinete, a condicionado e o carro com chofeur.

Ele controla a opinião pública.

Ele dispensa a Corte.

Gilmar é ministro acima do Supremo.

E, em última instância, quando urgente, decide nos recessos do Supremo.

O  Ministério Público é o monstro do Sepúlveda Pertence.

Não tem chefia nem controle.

São uns fanfarrões que fazem o que querem, contra quem quiserem, como e quando quiserem.

E se quiserem esquecem na gaveta por três anos qualquer providência que incrimine os tucanos.

Não respondem a ninguém.

É outra instituição disfuncional, anômica.

E os fanfarrões, uns coxinhas, tem lado: contra o PT.

Como diz o meu amigo: o Ministério Público é o DOI-CODI da Democracia.

O Legislativo é um agente permanente da subversão institucional, nas mãos de dois perseguidos pela Justiça.

Em conluio com o Judiciário, aprovou a PEC da Bengala, para alongar o Estado de Caos.

A Câmara é capaz de aprovar o que quiser, em quantas votações quiser.

Seu presidente reúne o Baixo Clero e dali sai tudo !

Instalar a Monarquia !

Ah, mas tudo pode ser revertido no Senado.

No Senado ?

O presidente do Senado sofre do mesmo tipo de insônia de seu companheiro de cela, na Câmara.

Só não vão, os dois, para a cadeia, se o Judiciário se mantiver nessa trilha subversiva, em completa anarquia.

E é nisso que os dois jogam.

Na anarquia institucional.

Melar o jogo das instituições, das regras.

Jogar tudo na fossa.

A Polícia Federal é a kalishinikov da esculhambação generalizada.

Invade as casas sem mandado judicial.

Prende a cunhada – e dane-se !

Decide que afiliado da Globo não pode ter Ferrari.

Vai entrando – e dane-se !

Grampeia preso na latrina e no fumódromo.

E usa o resultado no grampo para arrancar delação de preso condenado à prisão perpetua.

Faz prova de tiro com o rosto da Presidenta !

Admitem que são aecistas – e dane-se !

Doa a quem doer.

Vocês pensam que o Daiello manda ?

Ninguém manda na PF.

Nem ele nem esse patético do zé da Justiça.

Que não tem autoridade moral para ser vereador.

Cada delegado é um Poder.

Um Poder sem normas, regras, disciplina.

Cada delegado é um AI-5 !

O distintivo da PF vale mais que a faixa presidencial: prende e arrebenta !

Como diz o meu amigo: a PF da Democracia é a OBAN da ditadura !

E como são todos uns coxinhas, estão ali pra pegar os petistas e os amigos dos petistas.

E vai encarar ?

E o Executivo ?

O Executivo renunciou.

Renunciou ao dever de liderar.

Como diz o Delfim: a Dilma se recusa a fazer o que o Executivo faz desde Pedro I: ser o protagonista.

Ela só se mobiliza, berra, grita, diz coisas horríveis – e vai parar tudo no PiG ! – quando se vê ameaçada na pessoa física.

Se o ataque é ao Governo … não é com ela !

A PF ?

E ela com isso ?

Desde que ninguém duvide de seu caráter pessoal, de sua integridade pessoal.

E como ninguém jamais duvidou …

E desde que o ajuste siga seu curso e o Brasil não perca o investment grade …

O que significa que ela não entendeu o que significa sentar-se na Presidência da República do Brasil.

Por isso, o Executivo se tornou anômico, disfuncional – e o Golpe é isso que está aí.

Essa mixórida.

Essa esculhambação.

Uma avacalhação que engoliu a própria Oposição.

Quem leva a sério os Cássios que voam dinheiro, os Aecíns do bafômetro, os Cerras chevrônicos e o Príncipe da Privataria ?

E o Geraldinho, cuja validade não ultrapassa o Vale do Paraíba ?

Eles já perceberam sua irrelevância – se não forem cínicos.

Afogaram-se  na  roubalheira que só o Moro faz  ignorar.

Tucano ? Não vem ao caso !

(E ele acha que ninguém percebeu ainda …)

E o PiG ?

O PiG também não engana mais ninguém.

Nem a si mesmo.

Esse pseudo-jornalismo que finge dar legitimidade a 328 delações por dia …

Que põe as latrinas na porta para receber os vazamentos.

E simular “jornalismo isento”.

E prender por antecipação: fulano vai ser preso !

O beltrano não dura 48 horas na rua !

O nome dele, do sicrano apareceu numa folha de papel higiênico do delator 8.907 !

Tudo na primeira pagina.

Para amedrontar, encurralar, enfraquecer – fazer o papel de Polícia.

Esses colonistas que dizem o que o patrão quer e morrem de medo de o patrão manda-los embora, na primeiro aumento da energia elétrica …

A Casa Grande não precisa mais de Golpe.

Nem do PiG.

O Golpe é isso aí.

O que está aí é de bom tamanho.

Como não vai ter impítim, mesmo…

Porque chamar o TCU de tribunal é quase uma agressão pessoal …

E como o TSE tem uns dois ou três ministros além de seu faz-tudo, o Gilmar …

Por isso, o impítim não deve sair.

Impítim deve dar muito trabalho.

Tanto que o Ministro (sic), o Presidente da Câmara (sic) e um deputado foragido da Justiça precisam se reunir para tomar café da manhã – certamente esse não foi um almoço grátis, como diria o Milton Friedman, porque o contribuinte pagou …  – para arquitetar o impítim.

É porque é uma coisa complexa.

Exige mais tempo que um bolo de milho.

Tanto que, parece, foi uma conspiração inconclusiva.

O Trio Impicheiro ainda tem dúvidas operacionais, parece.

É mais fácil manter o que está aí.

Mais simples.

Não é um Golpe paraguaio, hondurenho nem norte-americano, à la Bush.

É uma jabuticaba brasileira.

Deixa rolar o Golpe instalado !

A Dilma governa o ajuste…

O resto quem governa é o Gilmar.


Paulo Henrique Amorim

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