Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 12 de março de 2015

No Globo, “consultora” dá curso para ensinar domésticas a “se comportarem”

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Avisa, pelo Facebook, o mestre Nílson Lage, que uma “consultora” com nome de gringa, a ilustre desconhecida Lisa Mackey, vai ministrar um curso para “secretárias do lar” no dia 25, segundo O Globo.



Ninguém sabe aonde, porque o jornal não informa e o tal curso não existe na internet.

É mais uma daquelas pérolas que de vez em quando aparecem, “ensinando a negrada” a se portar direitinho na Casa Grande.

Teriam, segundo a moça de olhar feros, “perdido os limites”.

Lisa ficou escandalizada porque uma serviçal não quis lhe por a mesa do café, prontinha, às 7:30 h.

E porque falam no celular, e porque colocam o pano de prato no ombro…

Dona Lisa, eu não sei em que mundo a senhora vive, mas o tempo do “lerê, lerê” já se foi.

Há dias, a Folha fez matéria mostrando que o número de ações trabalhistas de domésticas subiu 25%, mesmo sem a regulamentação, no Congresso, da PEC das domésticas.

(aliás, a página de comentários da matéria tem coisas do tipo: “Quando morava com meus pais sempre tivemos empregadas full time (eram duas!), trabalharam cerca de 20 anos conosco e quando chegou o momento, cada uma seguiu seu rumo. Nossas famílias de classe média não têm como pagar FGTS, horas extras e tantos outros direitos às domésticas. “

Ora, então, em nome das famílias de classe média que pode ter “duas empregadas full-time”, reduzam-se as pobres almas à escravidão.

Dona Lisa, os que dão espaço para este tipo de picaretagem escravagista (incrível que isso seja exposto assim, de forma acrítica, num grande jornal) e a turma da subnobreza, já eram.

Quem quiser, pague por isso, como qualquer trabalhador deve ser pago.

Ou façam, eles mesmos, um curso para aprender a lavar, passar e cozinhar, quem sabe já aproveitando a temporada das panelas.

Altman: dia 13 é capítulo decisivo para a história

:


A mobilização programada para esta sexta-feira em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras, em contraposição as manifestações contra o governo previstas para o domingo, visa não apenas defender a democracia, mas também lutar contra a ascenção de grupos reacionários; para o jornalista Breno Altman, "o fato é que o processo que terá início amanhã poderá abrir nova etapa na vida política do país (...) Minoritárias no parlamento e atropeladas pelos monopólios de comunicação, as correntes de esquerda têm na mobilização militante e popular ferramenta decisiva para romper o cerco a que estão submetidas"; em seu artigo ele alerta que, a partir de agora, "está se abrindo capítulo decisivo da história nacional e da luta dos trabalhadores"

12 de Março de 2015 às 12:32

Por Breno Altman

Amanhã as forças progressistas, comandadas pelo movimento sindical, darão provas se têm vontade política e capacidade de mobilização para enfrentar a ascensão dos grupos reacionários.

Não se configura uma jornada puramente a favor do governo, a bem da verdade. Afinal, um dos três eixos da convocação se confronta com a política econômica, ao reivindicar a retirada das medidas provisórias do ajuste fiscal.

Mas as outras duas bandeiras centrais – a defesa da democracia e da Petrobrás – são claras contraposições à ofensiva conservadora que busca deslegitimar e interromper o mandato da presidente Dilma Rousseff.

O fato é que o processo que terá início amanhã poderá abrir nova etapa na vida política do país.

A disputa é pela praça pública e a voz das ruas.

Minoritárias no parlamento e atropeladas pelos monopólios de comunicação, as correntes de esquerda têm na mobilização militante e popular ferramenta decisiva para romper o cerco a que estão submetidas.

Desta vez, no entanto, há uma novidade: a direita está disposta e preparada para lutar por cada palmo de asfalto. Não se vivia situação desse tipo desde o período que antecedeu o golpe de 1964, quando as marchas com Deus e a família pavimentaram o caminho dos tanques.

Deve-se reconhecer, aliás, que a reação burguesa encontra-se em melhores e mais avançadas condições de combate que a esquerda.

Doze anos de estratégia predominantemente institucional e conciliatória, com renúncia à batalha de ideias e ao protagonismo do povo organizado, provocaram bizarrice histórica: os governos encabeçados pelo PT ostentam o feito, ao menos desde certo ponto, de terem mobilizado seus opositores e desmobilizado a própria base de apoio.

Esta deficiência, que agora atinge indiscutível visibilidade, tem que ser resolvida em momento de crise aguda, quando o tempo proíbe o erro e a hesitação.

Administrações progressistas de países com problemas econômicos muitíssimo mais graves, como a Venezuela ou a Argentina, contam com padrão de mobilização sensivelmente superior ao brasileiro simplesmente porque apostaram, cada qual a sua maneira, na construção de políticas e instrumentos para a luta pela hegemonia no Estado e na sociedade.

O ato do dia 13, contudo, terá ainda outros desafios a enfrentar.

O principal deles é que o governo Dilma, ao adotar pacote fiscal que descarrega o reequilíbrio das contas públicas nos ombros dos trabalhadores e do setor produtivo, criou clima de confusão, divisão e paralisia entre as fileiras de esquerda.

A jornada convocada pelas centrais e movimentos terá de combinar a defesa democrática do mandato de Dilma Rousseff com o protesto contra medidas antipopulares que está implantando.

Fosse outro o comportamento das principais entidades envolvidas na manifestação dessa sexta-feira, estaria assentado o terreno para a oposição capitalizar para seu projeto a insatisfação que começa a grassar entre os trabalhadores. Além disso, seria impensável a unidade de ação, multipartidária, que se deseja construir.

Não é uma situação confortável, que se exemplifica no tímido envolvimento da direção do PT e do ex-presidente Lula na mobilização. Não seria fácil, para as principais lideranças petistas, é evidente, subirem em um palanque cujo discurso inclui crítica frontal à política econômica estabelecida pelo governo.

Por essas e outras, é louvável a iniciativa da CUT e seus parceiros de empreitada, ao demarcar linha de resistência contra a escalada reacionária, em um momento no qual os partidos progressistas e o Palácio do Planalto parecem atônitos.

Trata-se de esforço para reconstruir o campo de alianças do segundo turno presidencial, atropelado pela guinada ortodoxa pós-outubro e o gabinete que a representa.

Nas próximas horas será dado o primeiro passo para a articulação de uma frente ampla contra o retrocesso e o golpismo, que simultaneamente disputa os rumos do governo e exige um programa mínimo que represente as classes e grupos dispostos a defender o mandato democrático e o aprofundamento das mudanças.

Oxalá dezenas ou centenas de milhares atendam o chamado do movimento sindical e popular. Talvez venha a ser demonstração de forças inferior àquela preparada pelo reacionarismo para o dia 15, mas começará a ser trilhado o caminho para uma nova estratégia política.

Não tenhamos dúvidas: está se abrindo capítulo decisivo da história nacional e da luta dos trabalhadores.

*Breno Altman é editor do Opera Mundi e colunista parceiro do 247.

Dilma vai ter maioria. Com ou sem o PMDB O PSDB terceirizou a doutrina ao PiG e a pratica aos marmiteiros, quer dizer, paneleiros.




O ansioso blogueiro encontrou o Profeta Tirésias, protegido atrás de uma das palmeiras da praça em frente ao Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

Ela aguarda o “dossiê Aécio” que está por se concluir.

- O que achou da indicação do Aldo e do Kassab para cuidar da Política ?

- Inevitável. Não se pode botar toda a culpa das derrotas nas costas do Mercadante.

- Por que ?

- Porque aquela Casa Civil é um inferno. Ou ela some, perde a importância, ou ela tem, necessariamente, que centralizar tudo.

- Mas, já não basta uma centralizadora ?

- Não, é que, no fim das contas, a Casa Civil é a maior interessada em aprovar os projetos do Governo no Congresso.

- Mas, insigne Profeta, então não adianta mandar o Kassab e o Aldo pra lá, porque o Mercadante vai continuar mandando.

- Também não, ansioso. Calma. O Mercadante vai cuidar do Governo. Do Governo pra dentro, da cozinha …

- E do Ministério da Fazenda… Ele não se contém… Quer o lugar do Levy…

- Também não é assim. Mesmo se quiser, ele não vai tomar o lugar do Levy. O risco-Brasil ia a 5 000 !

- Então, como é que fica a dupla Aldo e Kassab com o  Mercadante na cozinha do Governo ?

- Veja bem. O problema do Governo é a Câmara.

- E o Senado ?

- Renan é um craque, meu querido. A Casa Grande – como diz o Mino, não é isso ? -, o PiG e São Paulo não tem competência para entender o Renan. O Renan é muito sofisticado para eles … Com o Renan tem jogo.

- Bom, e na Câmara ?

- Imagine o seguinte. O Aldo e o Kassab vão conseguir unir PT, PCdoB, PSD, PDT, PR, PRB, PROS e um pedaço do PSB.

- Mas, o PSB morreu naquele jatinho sem dono …

- Não se engane. O Fernando Bezerra é de boa qualidade. O Paulo Câmara, governador deles, em Pernambuco, vai precisar do Governo Federal, porque  a situação nos Estados é muito séria.

- Então, o do Ceará, do Ciro, também.

- Claro, o Camilo Santana também.

- Mas, e daí ? No que dá essa sua aritmética ?

- Se o Aldo e o Kassab conseguirem reunir em torno da Dilma esse conjunto de Partidos, soma aí, direitinho: dá ou quase dá a maioria na Câmara, SEM o PMDB.

- Mas, também pode puxar um pouquinho do PMDB.

- Claro, o PMDB não é suicida.

- Quem é suicida ?

- O PSDB.

- Por que ?

- Meu filho, o PSDB terceirizou a doutrina ao PiG, como você diz.

- É verdade. Eles não pensam. O Ataulfo (ver no ABC do C Af) e o dos chapéus (também no ABC) pensam por ele. Quer dizer, o Fernando Henrique também ainda pensa um pouco por eles. Mas, é o Velho Testamento …

- Quem é dos chapéus ? O que é isso ?

- Deixa pra lá, grande Profeta. O PSDB terceirizou a doutrina ao PiG … e o que mais ?

- E agora terceirizou a prática ao impeachment, aos paneleiros…

- O amigo Profeta sabe o que “paneleiro” significa em Portugal…

- Ouvi falar …

- Eles agora são companheiros de viagem das paneleiras de Higienópolis.

- E, mesmo assim, nem todos os tucanos. O Tasso Jereissati, que não é tucano paulista, tem lá as suas dúvidas.

- Golpe, capital Higienópolis, SP.

- Aloysio Nunes à frente !

- Aloysio 300 mil …

-  Isso, paneleiros, marmiteiros desde o PRP, a UDN …

- Bem lembrado … marmiteiros do Eduardo Gomes, que tomou duas tundas … Que nem o Cerra …

- Bem lembrado: paneleiros e marmiteiros

- E sempre no bloco da minoria…

- Só o Golpe salva eles.

- Só.

- Sem a Globo eles não passam de Resende…

- Não passam de Itararé.

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim

Na lista do HSBC, a “baruscada” do Governo FHC Acabou o monopólio da Fel-lha e do Fernando Rodrigues ? – PHA

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

Na lista do HSBC, a “baruscada” do Governo FHC



Com a entrada de O Globo na “sociedade privada” da lista de brasileiros que detinha contas do HSBC, ficamos sabendo de muitos outros nomes além dos quais Fernando Rodrigues, julgava haver “interesse público” em que se lhes divulgasse a identidade.

A nova lista, publicada hoje pelo jornal O Globo, mostra que todos eles abriram estas contas bem antes do primeiro governo Lula e, entre os que abriram depois, foram investigados durante este período por atos de corrupção (ah, sim, não institucionalizada..) praticados em governos anteriores, notadamente o de Fernando Henrique Cardoso.

O personagem citado no caso do “mensalão” é também personagem do “mensalão tucano”.

Os dirigentes do Metrô de São Paulo e suas mulheres e filhas também estão lá.

Ilustra o post a imagem que Fernando Rodrigues não quis publicar, do facebook de uma delas, Fernanda Mano, hoje com o sobrenome Almeida, de casada. Imagino que se a moça tivesse publicado uma foto de Dilma ou de Lula, Rodrigues também não a publicaria, como fez com a de Aécio.

Claro, né?

A moça, hoje, é uma ativista anticorrupção, vejam só…

Mas o nome mais interessante da lista é o do doleiro Dario Messer, velho parceiro de Alberto Yousseff  no caso Banestado, julgado lá mesmo, pelo Dr. Sérgio Moro.

Há três anos, no “Privataria Tucana”, páginas 92 e 93, Amaury Ribeiro Jr contou o que fazia o personagem:


(…)Parceiro de Dantas no processo de privatização, (diretor do Banco do Brasil  no governo FHC)Ricardo Sérgio (conhecido como Mister Big), lançou mão do mesmo estratagema para movimentar recursos no exterior. Com 1.057 páginas, o relatório dos peritos da PF mostra que Mr. Big usava dois doleiros de peso para levar seus recursos até a agencia do Banestado em Nova York: Alberto Youssef – que também prestou o mesmo serviço para o contrabandista João Arcanjo Ribeiro (conhecido como Comendador Arcanjo, o criminoso foi preso em abril de 2003. Também prestou esse serviço para Dario Messer, acusado de levar para a Suíça os R$20 milhões desviados pela “Máfia dos Fiscais” do Rio de Janeiro.

Em quatro anos, entre 1996 e 2000, Mr. Big teria remetido ao exterior uma montanha de dinheiro com altitude de US$ 20 milhões. Para os peritos federais, todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio dormia inicialmente em várias contas abertas por Messer e por Yousseff na agência novaiorquina do Banestado. Novamente, as contas eram abertas em nome de offshores, com apoio de David Spencer e ancorado no escritório de Citco nas Ilhas Virgens Britânicas. Eram incumbências de Spencer – que opera para Mr. Big desde os anos 1980 – também a abertura das contas dessas offshores na agência do Banestado e em outros bancos de Nova York. A documentação expõe, por exemplo, a participação do advogado na abertura da conta da offshore June International Corporation, operada por Yousseff no Banestado nova – iorquino. Do Banestado, a grana do ex-diretor do banco fazia uma escala em outras contas abertas no MTB Bank e outros bancos operados pelos doleiros da Beacon Hill. Era o último porto do dinheiro antes da revoada para as contas de Ricardo Sérgio, João Madeiro da Costa, o homem de Mr. Big na Previ, Ronaldo de Souza, em Miami ou nas Ilhas Virgens Britânicas.


Mas, como se sabe, àquela época a corrupção, segundo o tratadista de ética e moralidade Pedro Barusco, não era institucionalizada.

Esse pessoal abria conta na Suíça só por diversão…



Leia também:

HSBC: os crimes que a Fel-lha acoberta



É fácil saber quem tem conta no HSBC

1789: Barbosa seria um fâmulo dos plutocratas Será Barbosa o Berlusconi brasileiro ? – perguntou o Lazenha.

O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

A ignorância histórica de Joaquim Barbosa



Deu a louca no mundo.

Ou, pelo menos, deu a louca em Joaquim Barbosa.

No Twitter, ele conseguiu comparar o atual momento brasileiro às vésperas de duas revoluções, a Francesa e a Russa.

Nesta visão turvada e obtusa, é como se na França de 1789 a insatisfação revolucionária houvesse partido da aristocracia. E na Rússia de 1917 da corte czarista.

Que JB era insuficiente em direito já sabíamos. Que era incapaz de articular frases que fizessem sentido, também.

Mas que era analfabeto em história é uma novidade.

O Brasil de 2015 se aproximaria da França de 1789 e da Rússia de 1917 se os privilegiados estivessem na iminência de ser varridos.

Mas não.

Os privilegiados brasileiros – cujo porta-voz é a mídia – se batem ferozmente para derrubar um governo popular.

Na verdade, o Brasil de 2015 lembra, sinistramente, o Brasil de 1954 e o Brasil de 1964. A plutocracia, mais uma vez, se insurge contra a democracia.

Repetem-se muitas coisas.

O demagógico e seletivo discurso anticorrupção, por exemplo. Aécio chegou a empregar uma expressão de Lacerda, o Corvo, contra Getúlio: mar de lama.

Não pude notar se ele não ficou vermelho ao falar em mal de lama. Mas deveria. Aécio construiu um aeroporto privado com dinheiro público. Colocou, pelas mãos da irmã, dinheiro público nas rádios da família quando governador de Minas. Viu ser exposta a monumental roubalheira de seus eminentes colegas de PSDB no metrô de São Paulo.

Agora mesmo, escapou por um triz de entrar na lista de Janot, da qual não escapou sua cria, Anastasia.

Mesmo assim, ele posa de Catão. Ou de Catão 2, dado que o Catão 1 é FHC, o homem que comprou a emenda de reeleição. Essa compra está toda documentada, nos detalhes mais patéticos, graças ao depoimento milimétrico de um comprado.

O repórter que tratou solitariamente do assunto na era FHC disse, recentemente, que seu trabalho recolheu não evidências – mas “provas”.

Alguns personagens de 54 e 64 estão presentes em 2015, uma demonstração de quão pouco as coisas mudam no Brasil.

A Globo, por exemplo. Sabotou Getúlio, sabotou Jango, sabotou Lula e agora sabota Dilma.

Neste longo percurso de sabotagem, os donos da Globo acumularam a maior fortuna do Brasil.

Se o Brasil vivesse uma situação parecida com a França e a Rússia pré-revolucionárias, como escreveu Barbosa, os Marinhos estariam de malas prontas para recomeçar a vida em outro país.

Eles e todo o grupo que tanto tem feito, ao longo da história, para dar ao Brasil as feições classicamente definidas por Rousseau como as perfeitas para uma insurreirão popular: aquelas marcadas pelos “extremos de opulência e de miséria”.

Com diferentes nomes, figuras como Joaquim Barbosa participaram das tramas de 1954 e de 1964.

Eram os mistificadores.

Eles fingiam defender os interesses da voz rouca das ruas, mas na verdade estavam do lado dos poderosos, dos exploradores, dos predadores sociais.

Em 1789, para voltar ao início, Barbosa não derrubaria a Bastilha.

Estaria do outro lado, como um fâmulo dos plutocratas.

Tudo igual a 1964; só faltam os EUA. Ou não faltam?



golpe


Vejamos se esqueci alguma coisa.

1 – O que mais se fala hoje, no Brasil, é em depor uma presidente da República reeleita há pouco mais de quatro meses.

2 – As ruas são tomadas por grupos que, aos milhares, pedem que essa deposição do governo seja feita via golpe militar.

3 – A grande imprensa divulga diariamente, e em destaque, textos opinativos pregando a deposição da presidente, ainda que por manobra no Congresso e apesar de não haver acusação formal alguma contra ela.

4 – A imprensa divulga em grande destaque a manifestação que tem, entre os seus, milhares de pessoas que pregam golpe militar

5 – Nas ruas, militantes de dois grupos antagônicos envolvem-se em choques violentos, ainda que restritos a pequenos grupos.

6 – Campanhas milionárias pela deposição do governo são vistas e ninguém sabe exatamente como foram financiadas.

7 – Nas ruas, pessoas que usem roupas identificadas com um determinado grupo político sofrem insultos e agressões físicas.

8 – Como em tantas vezes na história brasileira, a desculpa para depor o governo é a “corrupção” – contudo, investigações só foram possíveis porque o governo que supostamente roubou, nomeou pessoas com autoridade para investigá-lo que não hesitaram em fazê-lo.

9 – A campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família.

10 – O preenchimento deste espaço é de livre provimento pelo leitor.

O décimo tópico da lista acima é o que falta para que a situação política hoje no Brasil seja praticamente idêntica à que vigia em 1964, quando o Brasil foi sequestrado e assim permaneceu por 21 anos.

De acordo com vídeo que anda circulando na internet, porém, nem isso falta.

O vídeo que você assistirá a seguir reproduz com imagens artigo atribuído a Frederick William Engdahl, economista, escritor e jornalista americano que discute temas de geopolítica econômica e de energia há mais de três décadas. Engdahl contribui regularmente para várias publicações, incluindo Nikon Keizai Shimbun, a revista Foresight, Investor.com de Grant, Banker Europeu e Negócios Banker International e da revista italiana Eurasia estudos geopolíticos. Ele já participou de muitas conferências internacionais sobre a geopolítica, economia e energia.

Esse vídeo faz um resumo do que aconteceu na política brasileira ao longo dos últimos dois anos e insere na equação o décimo tópico da lista acima. Teoria conspiratória ou fato? Em 13 minutos de atenção, você terá elementos para decidir.

EUA JÁ AGEM PARA DERRUBAR DILMA ROUSSEFF

(Por F. William Engdahl na Revista americana NEO)

Vídeo e narração: Cibele Laura

Texto: publicado no “NEO – New Eastern Outlook”. Escrito por F. William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969). Artigo transcrito no “Patria Latina” com tradução de Renato Guimarães.

Adaptação para o vídeo: Cibele Laura

Agitadora tucana cai na lista do Swissleaks

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Filha de um ex-diretor do Metrô na gestão de José Serra, que mantinha conta no HSBC, Fernanda Mano de Almeida (ela também correntista na Suíça) espalha mensagens como 'eu tenho vergonha dos políticos brasileiros' nas redes sociais; seu pai, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado por suspeita de corrupção com a Alstom; na época da assinatura de um polêmico contrato com a multinacional francesa, ele virou correntista do banco suíço e chegou a ter saldo de US$ 3,032 milhões; Fernanda é uma das beneficiárias da conta

247 – O caso que denunciou o esquema de evasões do HSBC, na Suíça, inclui entre os brasileiros envolvidos a família de Paulo Celso Mano Moreira da Silva. Ex-diretor do Metrô de São Paulo, ele é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado por suspeita de corrupção com a Alstom.

Em 1997, Moreira da Silva abriu uma conta no país helvético e acrescentou duas filhas como beneficiárias da conta: Fernanda Mano de Almeida, 41 anos, e Mariana Mano Moreira da Silva, 38 anos. No período em que o Swissleaks é investigado, ele apresentava um saldo de US$ 3,032 milhões.

A ironia do caso é que Fernanda é uma agitadora das redes sociais, militante tucana. Em fevereiro do ano passado, ela postou uma imagem em seu perfil no qual aparece a seguinte inscrição: “Campanha contra a corrupção no Brasil – Eu tenho vergonha dos políticos brasileiros”. Ela também compartilhou imagens de apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência.

Leia aqui reportagem de Fernando Rodrigues sobre o assunto.