Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Agente da Veja parte para o banditismo com família de Lula. E a mídia cala…

vejista
Um cidadão a serviço da Veja, de nome Ullisses Campbell, foi  pego com a boca na botija tentando forjar a armação que ele próprio havia feito, de envolver a família do ex-presidente  Lula numa suntuosa festa infantil.
O fato está registrado num Boletim de Ocorrência, em São Paulo.
Desmascarada a farsa que publicou na Veja, Campbell foi a São Paulo com o objetivo de forjar elementos que permitissem sustentar a sua mentira.
Na segunda-feira, ligou para o irmão de Lula, o ex-sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, passando-se por aluno da USP que pesquisava os nomes dos parentes de Lula.
No dia seguinte, para a nora dele, dizendo-se funcionário de uma casa de festas e pedindo o endereço.
Interpelado pelo filho de frei Chico, segundo o registro policial,  Ullisses disse “…que necessitava de informações, e se o declarante não as fornecesse ele poderia publicar o que quisesse, tendo Ulisses, inclusive enviado pelo celular, para o declarante, uma fotografia da esposa do declarante em companhia de seu filho, a qual usaria em publicação futura na revista Veja.”
Ontem, Campbell invadiu o condomínio onde mora a família, se passando por entregador de livros e tentando colher informações sobre o horário de chega dos integrantes da família.
Fugiu, mas foi detido pela Polícia Militar e identificado como agente da revista Veja.
Toda a mecânica do ato criminoso está descrita na nota publicada pelo Instituto Lula e que está sendo divulgada pelos blogs.
Apenas por eles.
Na grande imprensa, até agora, nem uma linha.
A Veja, que já tentou entrar à força num quarto de hotel onde se hospedava José Dirceu , desce mais um degrau no crime.
Agora fuça a intimidade dos parentes de Lula, invade seus locais de moradia e tenta forjar fatos, porque é evidente que endereços e horários serviriam para entregar “brindes” ou documentos da tal festa inventada e, com isso, “provar” que existia.
Coisa de bandido, de Código Penal, e – ainda pior – patrocinada por uma organização criminosa, porque implicou o deslocamento de um funcionário, hospedagem, deslocamentos na cidade, certamente pagos pela Abril.
Tudo acobertado por uma imprensa, em geral, cúmplice destas violações, desde que elas sejam feitas para atingir Lula.

Jornal diz que Lula critica estratégia de comunicação de Dilma. Que estratégia?

super
A repórter Vera Rosa diz hoje, no Estadão, que “o ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a estratégia de comunicação do governo Dilma sobre o ajuste fiscal”, durante jantar, ontem, com a bancada do PT no Senado.
Permito-me discordar de Lula: não há estratégia de comunicação a criticar, pelo simples fato que não há estratégia alguma.
E não apenas em relação ao ajuste fiscal, mas a coisa alguma.
O problema é mais sério e foi diagnosticado pelo próprio Lula, anteontem, no ato em defesa da Petrobras, na ABI.
“Parece que temos vergonha de ganhar a eleição”
Uma vergonha que, de alguma forma, se expressa no silêncio.
Claro que era preciso desarmar algumas situações que a crise econômica mundial – porque há uma crise, esqueceram? – ajudou a tornar graves aqui.
Alguns gastos crescendo além do que deviam, falta de resposta das empresas e da economia aos estímulos oficiais (notadamente a redução de impostos, pelas desonerações fiscais)  e até mesmo a seca, que trouxe ameaças e problemas para o abastecimento de água e energia.
Hora de chamar a família, falar dos problemas, das atitudes diante deles e dos objetivos que se tem.
E de não deixar que só os urubus façam o som da “verdade única”.
Agora mesmo, o cogumelo Globo dá duas mostras inequívocas disso:
“Vendas nos supermercados caem 20,48% em janeiro”, mancheteiam, mesmo sabendo que é uma tosca manipulação, porque comparado ao mês de festas de dezembro, e não a janeiro passado, em relação ao qual cresceram 10,81% em valores nominais e 3,42% em valores reais, descontada a inflação.
Desemprego sobe para 5,3% em janeiro, a maior taxa em 16 meses é, neste momento, a manchete de O Globo e, com variações, a dos demais “jornalões”. Nas letras miúdas você lerá que “a maior em 16 meses”  e a segunda menor em todos os 16 meses de janeiro medidos pelo IBGE desde 2002, com a atual metodologia.
O governo precisa entender – e se não entendeu isso, francamente, não sei o que é capaz de entender – que não temos uma imprensa, mas uma máquina de propaganda.
E que, diante dela, só se pode criticar a “estratégia de comunicação do Governo Dilma” como sendo a de apanhar calado.

Delegado escondeu a Lava Jato do STF

“Alguém segura essa anta ?”
Twitter do delegado. Faltou copiar o zé

Mario Cesar Carvalho e Flavio Ferreira, da Fel-lha (ver no ABC do C Af), informam que o notório delegado Marcio Anselmo escondeu a Lava Jato do Supremo.

Com o objetivo de encarcerá-la nas mãos do Juiz de Guantánamo.

Os repórteres informam que Anselmo estava careca de saber que dois deputados federais – André Vargas (PT-PR)  e Luiz Argolo (SD) – tinham sido apanhados num grampo com o doleiro Youssef, herói da Casa Grande.

Logo, a Lava Jato teria que subir, imediatamente, para o Supremo, já que os dois detêm privilégio de foro, ou seja, só podiam ser julgados no Supremo.

O que fez o notório delegado, segundo a Fel-lha ?

“Faltou com a verdade”, disse um advogado de empreiteira.

Nunca vi nada parecido, antes, na minha vida !, diria o Ministro Marco Aurélio.

O que não surpreende quem conheça os utensílios da Lava Jato.

Primeiro, como é que o delegado notório quebrou o sigilo de comunicações via Blackberry ?

Tinha autorização judicial ?

De quem ?

Segundo, já se sabia que a melhor maneira de interromper uma delação dita premiada era nomear um tucano gordo.

A Lava Jato não que saber de tucanos nem de gordos …

Podia perder o púlpito para o STF …

E  prêmio faz a diferença !

 
O delegado Anselmo tem os ouvidos do Rei.
Ele é o interlocutor de preferência do Juiz Moro, como se vê em “a Guantánamo do Dr Moro”, vídeo depois plagiado pela mesma Fel-lha …
O Delegado Anselmo é aquele delegado aecista que se referiu ao Presidente Lula de forma Republicana: “alguém segura essa anta, por favor ?”.
De quem é a culpa ?
Do delegado aecista ?
Do procurador fanfarrão que não se conforma com a nomeação do Jaques Wagner e veta o acordo de leniência ?
O delegado geral da Polícia Federal, que tentou impedir a deflagração da Operação Satiagraha ?
Não, amigo navegante, a culpa é do .
Que dá cobertura institucional aos atos republicanos de seu subordinado, o delegado aecista.

Paulo Henrique Amorim







  

O elefante do Paraná vai destruir o Brasil?

:


A melhor metáfora sobre a Lava Jato, conduzida pela dupla Sergio Moro e Deltan Dallagnol, foi criada pela empresa Sete Brasil: é um elefante na sala; mas não apenas da empresa; o elefante já pisoteia toda a economia brasileira; enquanto a Alumini, dos operários acima, está à beira da falência, a Engevix fecha seu estaleiro no Rio Grande do Sul, a Camargo Corrêa demite metade de sua administração, a Mendes Júnior paralisa a transposição do São Francisco, a UTC corta na carne, a Odebrecht ameaça parar obras da Rio 2016 e bancos já se preparam para a onda de calotes que se avizinha; marcha da insensatez avança diante do acovardamento do Judiciário e do governo e do oportunismo da oposição; para a Globo, que nunca quis indústria naval no País, ok; para golpistas, como Alberto Goldman, que vêem as demissões como pré-requisito para o impeachment, tudo bem; mas a responsabilidade por conter a irracionalidade não é apenas da presidente Dilma Rousseff; é também do senador Aécio Neves que critica as demissões no País, como se a guerra política não explicasse a crise; haverá um entendimento em prol do País?

247 - “Estamos com um elefante na sala chamado Lava Jato”. A frase é do executivo Luiz Orlando Carneiro, que preside a empresa Sete Brasil, criada para desenvolver a indústria naval no Brasil.

É uma metáfora perfeita. Como foi citada por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, em sua delação premiada, a Sete Brasil não vem tendo acesso a mecanismos de crédito. E como é a Sete quem subcontrata os estaleiros, todos estão parando suas atividades.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com o Atlântico Sul, em Pernambuco, que rompeu seu contrato com a Sete, com o Enseada, na Bahia, e com a Ecovix, no Rio Grande do Sul. Em comum, todas essas empresas têm como acionistas empresas atingidas pela Lava Jato, como Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC e Engevix.

A paralisia da indústria naval, provocada pela Lava Jato, ameaça uma indústria que estava morta, antes do governo Lula, e que foi a mais de 200 mil empregos. Caso nada seja feito, ela simplesmente desaparecerá.

Para as Organizações Globo, que fazem campanha sistemática contra a indústria naval e contra a política de conteúdo nacional da Petrobras, é uma grande notícia. Para o ex-governador paulista Alberto Goldman, que publicou um artigo afirmando que a deterioração da economia é pré-requisito para o impeachment que ele próprio deseja (leia aqui), maravilha. Mas e para o País? Será que o remédio contra a corrupção é mesmo a quebradeira geral, com demissões de milhares de trabalhadores?

Efeito em cadeia na economia

O impacto da Lava Jato, no entanto, vai muito além da indústria naval. Atinge também outros setores do setor de engenharia. A Mendes Júnior, por exemplo, paralisou obras da transposição do São Francisco. A Camargo Corrêa demitiu metade de sua administração e a Odebrecht já ameaça paralisar as obras da Rio de 2016, uma ótima notícia para quem se frustrou com o fiasco do movimento #naovaitercopa e agora aposta no #naovaiterolimpiada.

Bom, sempre será possível argumentar que isso é um problema de empreiteiras que corrompem servidores públicos e merecem ser punidas. Será mesmo? Hoje, o Valor Econômico noticia que o BTG Pactual, de André Esteves, elevou suas proviões para créditos duvidosos em 307% (leia mais aqui). Ou seja: bancos já se preparam para uma onda de calotes e a quebradeira generalizada na economia. O resultado será o crédito mais caro para todos. Não por acaso, o medo do desemprego voltou a assombrar a classe trabalhadora e a disposição para consumir é a menor em dez anos.

Fúria ensandecida

Nesse cenário de terror econômico, o elefante que pisoteia a economia brasileira vem sendo conduzido sem freios pelo Ministério Público Federal. Na semana passada, o procurador Deltan Dellagnol ajuizou uma ação que prevê multa de R$ 4,5 bilhões contra as empreiteiras Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Sanko Sider, Engevix e OAS – a UTC Constran ficou de fora porque o MP ainda tem esperança de que seu controlador, o empresário Ricardo Pessoa, adira a uma delação premiada.

A consequência dessa ação, que inova juridicamente, com o conceito de danos morais coletivos, é a quebra de todas as empreiteiras envolvidas na Lava Jato. E, pior ainda, a cartelização do setor de engenharia, pois sobrariam apenas, entre as grandes, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez que, embora tenham sido citadas inúmeras vezes, vêm sendo poupadas.

Mais do que simplesmente propor sua ação, Dellagnol quer impedir novas iniciativas de qualquer outro órgão público em defesa da economia brasileira. Ontem, o procurador foi a Brasília protestar contra os acordos de leniência que vêm sendo costurados pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria Geral da União (leia mais aqui). Seu argumento é que, se forem feitos acordos, as empresas não terão incentivos para colaborar com as investigações.

Judiciário e governo acovardados, oposição oportunista

Diante de uma imprensa que torce para o pior, com o destaque para as Organizações Globo, que defendem até a substituição de empresas nacionais por firmas internacionais (como se Halliburton que comprou a invasão do Iraque fosse um exemplo de honestidade), o Poder Judiciário se mostra acovardado e nada faz para conter a marcha da irracionalidade.

No governo, ainda que prevaleça o discurso de que as empresas devem ser preservadas, há poucas iniciativas concretas para tirar as empresas do atoleiro em que se encontram. Volta-se, aqui, ao caso da Sete Brasil, que não obtém créditos, em razão da Lava Jato. Enquanto isso, algumas empresas, como a Constran, já protestam publicamente contra atrasos em seus pagamentos.

Ontem, ao comentar a crise que atinge a cadeia produtiva do setor de óleo e gás, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que as empresas já estão demitindo e disse que "os primeiros a serem punidos pela alta da inflação e pela perda do emprego são os mais pobres”.

Só não disse que a responsabilidade pelo País é também da oposição. Afinal, a quem interessa um país em ruínas e que destrua toda a sua indústria naval, suas empresas de engenharia e também os bancos que lhes deram crédito?

Cabe, aqui, um registro à sensatez do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), um dos mais experientes do Congresso Nacional. “Não podemos aceitar passivamente a quebradeira das empresas e os danos incalculáveis que isso trará ao país. Uma empresa de construção pesada leva pelo menos 25 anos para alcançar a maturidade. Em algumas décadas, as maiores empreiteiras brasileiras acumularam expertise em grandes obras e uma reputação internacional que não podem ser destruídas”, disse à jornalista Tereza Cruvinel.

Das empresas atingidas pela Lava Jato, a que vive a situação mais dramática é a Alumini, já em recuperação judicial. Recentemente, seus funcionários fecharam a Ponte Rio-Niterói e foram criticados pelo Globo porque estavam atrapalhando o trânsito. Vale a pena assistir o depoimento de um de seus funcionários, que foi ao Congresso e emocionou os parlamentares ao falar do cenário de miséria que vê pela frente (assista aqui).