Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

ATAQUE DO VALOR A LULA PROVA: 2018 JÁ COMEÇOU

 É preciso rememorar o que foi feito da Caixa Econômica Federal no governo do PSDB para se ter a dimensão dos riscos embutidos no atual projeto de abrir seu capital:o país perderá um banco público estratégico, de tamanho só inferior ao do BB e Itaú.


 Alexis Tsipras, candidato do Syriza, que lidera com 29% as pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais gregas, defende um corte de 50% da dívida externa do país e propõe conferencia europeia sobre o tema; em 1953 um evento similar aliviou o débito da Alemanha, hoje algoz da Grécia.


 Dilma reitera o padrão de reajuste do salário mínimo e confirma a promessa solene na posse: 'Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás'


 O Rubicão das nossas esperanças: no quarto mandato sucessivo do PT no país, Presidenta Dilma comandará aquele que será talvez o mais difícil Rubicão das forças progressistas brasileiras, sob pressões e desafios equivalentes aos enfrentados por Vargas e Jango


 Aquilo que nos devora: R$ 288 bilhões foram gastos com juros da dívida pública em 12 meses até novembro; valor equivale a 97% do déficit fiscal total do período.





Se depender de O Globo, o Brasil só faz barquinho de papel

gatotigre
Cumprindo o seu dever de ser o mais tradicional porta-voz do Brasil Colônia, O Globo publica hoje um editorial criticando as “políticas voluntaristas sustentadas por fartos incentivos fiscais e creditícios administrados por uma burocracia estatal, tudo protegido por umsistema de reserva de mercado” que permitiram o surgimento (no Império), o ressurgimento (com JK) e o segundo ressurgimento (com Lula e Dilma) da indústria naval brasileira.
É claro que O Globo sabe que, em parte alguma do mundo, a indústria naval deixou de depender do Estado para desenvolver-se.
Não foi diferente nos Estados Unidos e no Japão (onde o financiamento dos grandes estaleiros teve suporte nos esforços de guerra dos dois países) na China (preciso comentar?)  e na Coreia do Sul, onde o general Park Chung-hee, que governou o país dos anos 60 e 70, subsidiou (diretamente e com obras públicas) a criação da que é hoje a maior produtoras de embarcações do mundo.
Chung-hee, aliás, chegava ao ponto de mandar comprar navios e desmontar, para que os engenheiros coreanos aprendessem como fazê-los. E incentivou como pôde os “chaebol” no setor (conglomerado de empresas, como a SamsungDaewoo e Hyundai).
De um estudo de pesquisadores do Ipea, retiro um parágrafo, para dar ideia de como foi o “milagre coreano”:
Cerca de 70% dos recursos que financiaram a rápida expansão (da indústria naval) do período eram provenientes do Fundo Nacional de Investimento – governamental -, e o restante era complementado peloBanco de Desenvolvimento da Coréia. Além disso, os produtores gozavam também de subsídios e incentivos fiscais. Atualmente,grande parcela do financiamento à construção naval é feita pelo KoreaEximbank, por meio de um programa denominado Export Loan.
O princípio, na Coreia era o Keihek Zoseon, criado em 1976: o  de que “a carga do comércio coreano deveria ser transportada em navio coreano, construído em estaleiro coreano”.
Já imaginaram um “nacionalismo arcaico” destes por aqui?
A alegação dos “entregadores de país”, como sempre, é uma suposta ineficiência e o “alto custo” da produção naval brasileira.
Pouco importa que isso represente bilhões de dólares mandados ao exterior e que não gerem empregos, renda e circulação de riqueza aqui.
Porque pouco lhes importam o Brasil e os brasileiros.
Para eles, que gostam tanto de falar nos “tigres asiáticos” como prova de nossa inferioridade, o destino do Brasil é apenas o de um dócil gatinho.