Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Serra tira a fantasia: o negocio é fatiar e vender a Petrobras.

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A entrevista de José Serra ao “dono do lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.

O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.

Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.

O “fio textil” é poliéster, derivado integral de petróleo, que é produzido em Suape, como parte da cadeia de valor gerada pela refinaria, junto com a resina PET, com a que se produz garrafas.

São plásticos, enfim, um dos frutos de maior valor da cadeia de refino de petróleo.

Depois, diz que a Petrobras “não tem que fabricar adubo”.

Parece que está falando de esterco, mas é, simplesmente, de um dos insumos mais importantes da imensa produção agropecuária brasileira: amônia, que é produzida a partir do gás extraído junto com o petróleo.

É o “N” da famosa fórmula NPK dos fertilizantes, que o Brasil, incrivelmente, importa às toneladas.

Depois, fala em vender as usinas termelétricas de eletricidade, que já foram das multis e que a Petrobras teve de assumir porque elas só queriam o negócio com os subsídios que lhes deu FHC na época do apagão de 2001, subsídios que, além disso, eram suportados por nossa petroleira.

A seguir, fala em vender a distribuição, os postos Petrobras.

Aqueles onde o dim-dim entra, sonante, chova ou faça sol.

E aí, finalmente, diz que a empresa deve se conservar na extração de petróleo, mas que este deve ser “aberto ao mercado”.

Como já é, deve-se ler isso como a entrega da parcela exclusiva, de 30%, das imensas jazidas do pré-sal.

Claro que, nos negócios da cadeia do refino de petróleo, a Petrobras pode comprar, vender, dividir, agir como age um empresa que busca concentrar recursos em suas prioridades.

Isso inclui, senador Serra, o tal “fio têxtil”.

É tão bom negócio que seus amigos da Chevron o produzem em larga escala através da Chevron-Phillips, em oito países.

Assim como a Chevron produz adubo e está cheia de passivos ambientais pela forma terrível que o faz, antes como Texaco e agora usando o “codinome” de Ortho.

E, claro, a Chevron não vai abrir mão de seus mais de 8 mil postos de abastecimento só nos Estados Unidos…

Quer dizer, as receitas de Serra para a Petrobras são exatamente o contrário do que fazem seus amigos da Chevron…

Senador, mas o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil?

Petrobras: 3 bancos dão uma banana à Moody’s A Petrobras não quis: tem o que precisa para 2015.

 


Saiu no PiG cheiroso (ver no ABC do  C Af):

O Bradesco (R$ 3 bilhões), o Banco do Brasil (R$ 3,7 bilhões) e a Caixa ofereceram créditos à Petrobras DEPOIS que a Moody’s enganou os trouxas, como diz o Santayana.

Portanto, a nota da Moody’s não afeta os critérios de risco do Bradesco, do BB e da Caixa.

(Se a Moody’s cortasse a Globo para junk, o Bradesco, o BB e a Caixa fariam isso, amigo navegante ?)

A Petrobras agradeceu muito, mas disse que tem dinheiro em caixa – R$ 20 bilhões  – para todas as despesas de 2015.


Vai ser difícil o Moro quebrar a Petrobras.

Nem com o apoio do Ataulfo e do Ivar.

E olha que se depender de o Sargento Garcia prender o Zorro …

Paulo Henrique Amorim




Leia também:

Dias e os alienígenas que querem vender a Petrobras


Haroldo Lima enfrenta as ameaças à Petrobras


Dilma e a Moody’s: é ignorância!


Moody’s: Moro fez a tempestade perfeita !



Maioria rejeita impeachment de Dilma Rousseff


dilma


A recente pesquisa Datafolha, divulgada no início do mês, atiçou delírios golpistas da mídia e da oposição ao mostrar queda pronunciada da aprovação a Dilma Rousseff. Apesar dos números negativos para a presidente, porém, essa pesquisa vem levando os derrotados (assumidos e enrustidos) na eleição presidencial do ano passado a cometerem vários erros de avaliação.

Para entender a questão, há que lembrar que o assunto impeachment de Dilma Rousseff começou a ser discutido na mídia enquanto as urnas ainda estavam sendo apuradas no dia 26 de outubro do ano passado; na Globo News, por exemplo, o colunista de O Globo Merval Pereira já cogitava depor uma presidente que as projeções já davam como reeleita. A jornalista Renata Lo Prete teve que lembrá-lo de que a vitória dela era indiscutível.






Pode-se dizer que praticamente não houve semana, desde a reeleição da presidente da República, em que não se tenha falado ou escrito na grande mídia sobre seu impeachment. Com a divulgação da pesquisa Datafolha sobre sua queda estrondosa de popularidade em janeiro (de 42% de bom e ótimo em dezembro para 23% no início deste mês), o golpismo passou a considerar que isso significaria sinal verde da população para o impeachment.

O historiador tucano Marco Antonio Villa chegou a dizer, na rádio Jovem Pan, que a pesquisa mostraria que a população quer a derrubada da presidente.







Parece ou não um camelô vendendo alguma bugiganga? Contudo, essa história de que a população apoia o impeachment saiu da cabeça dele. Não há elementos para tal afirmação.

Senão, vejamos: com tanta discussão sobre impeachment iniciada imediatamente após a presidente se reeleger, em nenhum momento foi feita uma pesquisa de opinião sobre o que os brasileiros pensam de ser retirado o mandato que deram pela segunda vez a ela.

Mídia e oposição também se enganam quanto à rejeição a Dilma detectada pela pesquisa Datafolha no início deste mês. Se em dezembro ela tinha 42% de bom e ótimo, no início de fevereiro teve 23%. Ok, porém esses 19 pontos percentuais que ela perdeu em sua popularidade por certo saíram de um setor da sociedade que votou nela.

Ainda que mal pergunte: alguém consultou os brasileiros que votaram ou não em Dilma sobre se aceitam que seu mandato popular seja retirado? Com toda essa discussão sobre o impeachment, por que, até aqui, nenhum instituto de pesquisa sondou a opinião pública sobre o impeachment?

Silêncio…

Mas será que nenhuma pesquisa sondou mesmo a opinião popular sobre o impedimento da presidente? Apesar de os institutos de pesquisa não registrarem a pergunta, o que impediria os pesquisadores de campo de fazê-la sem registrar no formulário oficial?

Sabe-se que só pesquisas registradas podem ser divulgadas, mas se os institutos de pesquisa detectassem informalmente apoio explícito da sociedade ao impeachment de Dilma, uma outra pesquisa seria feita em seguida incluindo esse tema no formulário oficial. E como fica difícil acreditar que ninguém tenha pesquisado essa questão que vem sendo tão discutida, o que se pode inferir é que mesmo quem passou a considerar o governo Dilma ruim ou péssimo (44%, segundo o Datafolha) nem por isso aceita que seu mandato seja retirado.

Os tucanos sabem disso, a mídia sabe disso, Merval Pereira ou Reinaldo Azevedo sabem disso, o PT sabe disso e a própria presidente da República sabe que os que votaram nela e agora mudaram de opinião, nem por isso aceitam que seja derrubada.

E não é só. A maioria de 54% dos eleitores brasileiros votou contra o PSDB. Apesar do ânimo da oposição midiática com a reprovação que parte desse eleitorado passou a fazer à presidente, quem garante que essa parte da sociedade que mudou de opinião quer trocar Dilma por Aécio ou por qualquer outro tucano, ou mesmo por Marina Silva?

Em primeiro lugar, apesar de não haver dados científicos, é lícito supor que esses 44% que (segundo o Datafolha) passaram a rejeitar Dilma sejam compostos, em boa parte, por setores de esquerda que rejeitam muito mais o PSDB e que votaram em Dilma justamente para evitar a volta dos tucanos ao poder.

Um bom indicativo disso reside em declaração recente da última candidata pelo PSOL a presidente, Luciana Genro. A filha do ex-governador petista Tarso Genro é uma das críticas mais ferozes do PT, mas, assim mesmo, há poucos dias repudiou com veemência a tese de derrubar a presidente constitucional do país via impeachment.

Ou seja, a rejeição ao impeachment pode ser maior do que a votação que Dilma teve em 26 de outubro, já que até quem não votou nela rejeita sua deposição.

Com a profunda indisposição de boa parte da sociedade com o governo Dilma e com o PT, não se pode descartar a possibilidade de, a qualquer momento, haver apoio popular ao impeachment, mas, até aqui, a omissão dos institutos de pesquisa em consultarem a sociedade sobre impeachment sugere que consultas informais foram feitas e não deram o resultado esperado.

Quanto à aparente certeza da direita de que o seu novo “golden boy”, Aécio Neves, ou qualquer outro tucano se beneficia eleitoralmente da rejeição de Dilma, é discutível. Com uma nova eleição em caso de impedimento da presidente da República, o risco que a direita corre é que os 54% que rejeitaram o PSDB corram para outra candidatura, talvez até mais à esquerda.

Como estamos no campo das inferências, dizer que a maioria rejeita o impeachment de Dilma é tão válido quanto dizer que apoia. Aliás, é mais válido, já que não há explicação para essa pergunta ainda não ter sido feita aos eleitores apesar de a mídia e a oposição não falarem de outra coisa desde 26 de outubro do ano passado.

Adams: não se mata empresa para arrancar confissão

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Advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato, por meio de ameaças econômicas: “O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”; na semana passada, o procurador Deltan Dallagnol ajuizou cinco ações de improbidade administrativa cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões, como punição “exemplar” contra a corrupção; “Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, alertou Adams; para empresários, Lava Jato é o 'elefante colocado na sala' da economia
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247 – O advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato por meio do “estrangulamento das empresas”.

“O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões”, disse em entrevista ao Valor.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou cinco ações de improbidade administrativa cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões das empreiteiras Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix e dos executivos dessas empresas. Para o coordenador da Força-Tarefa Lava Jato do MPF, procurador da República Deltan Dallagnol, a punição aplicada às empresas e aos executivos investigados pela Lava Jato deve ser “exemplar” para que a corrupção deixe de ser vista como caminho mais vantajoso.

“Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto”, rebate Adams. Ele defende os acordos de leniência: “Ao antecipar-se à investigação, ela coloca à disposição de quem investiga – MP, CGU ou TCU, todos os elementos que ela tenha à disposição para esse trabalho. Outra coisa: a necessidade do acordo está associada às condições econômicas da empresa. Vai esperar a empresa fechar para fazer o acordo de leniência?”, questionou (leia aqui).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Agente da Veja parte para o banditismo com família de Lula. E a mídia cala…

vejista
Um cidadão a serviço da Veja, de nome Ullisses Campbell, foi  pego com a boca na botija tentando forjar a armação que ele próprio havia feito, de envolver a família do ex-presidente  Lula numa suntuosa festa infantil.
O fato está registrado num Boletim de Ocorrência, em São Paulo.
Desmascarada a farsa que publicou na Veja, Campbell foi a São Paulo com o objetivo de forjar elementos que permitissem sustentar a sua mentira.
Na segunda-feira, ligou para o irmão de Lula, o ex-sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, passando-se por aluno da USP que pesquisava os nomes dos parentes de Lula.
No dia seguinte, para a nora dele, dizendo-se funcionário de uma casa de festas e pedindo o endereço.
Interpelado pelo filho de frei Chico, segundo o registro policial,  Ullisses disse “…que necessitava de informações, e se o declarante não as fornecesse ele poderia publicar o que quisesse, tendo Ulisses, inclusive enviado pelo celular, para o declarante, uma fotografia da esposa do declarante em companhia de seu filho, a qual usaria em publicação futura na revista Veja.”
Ontem, Campbell invadiu o condomínio onde mora a família, se passando por entregador de livros e tentando colher informações sobre o horário de chega dos integrantes da família.
Fugiu, mas foi detido pela Polícia Militar e identificado como agente da revista Veja.
Toda a mecânica do ato criminoso está descrita na nota publicada pelo Instituto Lula e que está sendo divulgada pelos blogs.
Apenas por eles.
Na grande imprensa, até agora, nem uma linha.
A Veja, que já tentou entrar à força num quarto de hotel onde se hospedava José Dirceu , desce mais um degrau no crime.
Agora fuça a intimidade dos parentes de Lula, invade seus locais de moradia e tenta forjar fatos, porque é evidente que endereços e horários serviriam para entregar “brindes” ou documentos da tal festa inventada e, com isso, “provar” que existia.
Coisa de bandido, de Código Penal, e – ainda pior – patrocinada por uma organização criminosa, porque implicou o deslocamento de um funcionário, hospedagem, deslocamentos na cidade, certamente pagos pela Abril.
Tudo acobertado por uma imprensa, em geral, cúmplice destas violações, desde que elas sejam feitas para atingir Lula.

Jornal diz que Lula critica estratégia de comunicação de Dilma. Que estratégia?

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A repórter Vera Rosa diz hoje, no Estadão, que “o ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a estratégia de comunicação do governo Dilma sobre o ajuste fiscal”, durante jantar, ontem, com a bancada do PT no Senado.
Permito-me discordar de Lula: não há estratégia de comunicação a criticar, pelo simples fato que não há estratégia alguma.
E não apenas em relação ao ajuste fiscal, mas a coisa alguma.
O problema é mais sério e foi diagnosticado pelo próprio Lula, anteontem, no ato em defesa da Petrobras, na ABI.
“Parece que temos vergonha de ganhar a eleição”
Uma vergonha que, de alguma forma, se expressa no silêncio.
Claro que era preciso desarmar algumas situações que a crise econômica mundial – porque há uma crise, esqueceram? – ajudou a tornar graves aqui.
Alguns gastos crescendo além do que deviam, falta de resposta das empresas e da economia aos estímulos oficiais (notadamente a redução de impostos, pelas desonerações fiscais)  e até mesmo a seca, que trouxe ameaças e problemas para o abastecimento de água e energia.
Hora de chamar a família, falar dos problemas, das atitudes diante deles e dos objetivos que se tem.
E de não deixar que só os urubus façam o som da “verdade única”.
Agora mesmo, o cogumelo Globo dá duas mostras inequívocas disso:
“Vendas nos supermercados caem 20,48% em janeiro”, mancheteiam, mesmo sabendo que é uma tosca manipulação, porque comparado ao mês de festas de dezembro, e não a janeiro passado, em relação ao qual cresceram 10,81% em valores nominais e 3,42% em valores reais, descontada a inflação.
Desemprego sobe para 5,3% em janeiro, a maior taxa em 16 meses é, neste momento, a manchete de O Globo e, com variações, a dos demais “jornalões”. Nas letras miúdas você lerá que “a maior em 16 meses”  e a segunda menor em todos os 16 meses de janeiro medidos pelo IBGE desde 2002, com a atual metodologia.
O governo precisa entender – e se não entendeu isso, francamente, não sei o que é capaz de entender – que não temos uma imprensa, mas uma máquina de propaganda.
E que, diante dela, só se pode criticar a “estratégia de comunicação do Governo Dilma” como sendo a de apanhar calado.

Delegado escondeu a Lava Jato do STF

“Alguém segura essa anta ?”
Twitter do delegado. Faltou copiar o zé

Mario Cesar Carvalho e Flavio Ferreira, da Fel-lha (ver no ABC do C Af), informam que o notório delegado Marcio Anselmo escondeu a Lava Jato do Supremo.

Com o objetivo de encarcerá-la nas mãos do Juiz de Guantánamo.

Os repórteres informam que Anselmo estava careca de saber que dois deputados federais – André Vargas (PT-PR)  e Luiz Argolo (SD) – tinham sido apanhados num grampo com o doleiro Youssef, herói da Casa Grande.

Logo, a Lava Jato teria que subir, imediatamente, para o Supremo, já que os dois detêm privilégio de foro, ou seja, só podiam ser julgados no Supremo.

O que fez o notório delegado, segundo a Fel-lha ?

“Faltou com a verdade”, disse um advogado de empreiteira.

Nunca vi nada parecido, antes, na minha vida !, diria o Ministro Marco Aurélio.

O que não surpreende quem conheça os utensílios da Lava Jato.

Primeiro, como é que o delegado notório quebrou o sigilo de comunicações via Blackberry ?

Tinha autorização judicial ?

De quem ?

Segundo, já se sabia que a melhor maneira de interromper uma delação dita premiada era nomear um tucano gordo.

A Lava Jato não que saber de tucanos nem de gordos …

Podia perder o púlpito para o STF …

E  prêmio faz a diferença !

 
O delegado Anselmo tem os ouvidos do Rei.
Ele é o interlocutor de preferência do Juiz Moro, como se vê em “a Guantánamo do Dr Moro”, vídeo depois plagiado pela mesma Fel-lha …
O Delegado Anselmo é aquele delegado aecista que se referiu ao Presidente Lula de forma Republicana: “alguém segura essa anta, por favor ?”.
De quem é a culpa ?
Do delegado aecista ?
Do procurador fanfarrão que não se conforma com a nomeação do Jaques Wagner e veta o acordo de leniência ?
O delegado geral da Polícia Federal, que tentou impedir a deflagração da Operação Satiagraha ?
Não, amigo navegante, a culpa é do .
Que dá cobertura institucional aos atos republicanos de seu subordinado, o delegado aecista.

Paulo Henrique Amorim







  

O elefante do Paraná vai destruir o Brasil?

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A melhor metáfora sobre a Lava Jato, conduzida pela dupla Sergio Moro e Deltan Dallagnol, foi criada pela empresa Sete Brasil: é um elefante na sala; mas não apenas da empresa; o elefante já pisoteia toda a economia brasileira; enquanto a Alumini, dos operários acima, está à beira da falência, a Engevix fecha seu estaleiro no Rio Grande do Sul, a Camargo Corrêa demite metade de sua administração, a Mendes Júnior paralisa a transposição do São Francisco, a UTC corta na carne, a Odebrecht ameaça parar obras da Rio 2016 e bancos já se preparam para a onda de calotes que se avizinha; marcha da insensatez avança diante do acovardamento do Judiciário e do governo e do oportunismo da oposição; para a Globo, que nunca quis indústria naval no País, ok; para golpistas, como Alberto Goldman, que vêem as demissões como pré-requisito para o impeachment, tudo bem; mas a responsabilidade por conter a irracionalidade não é apenas da presidente Dilma Rousseff; é também do senador Aécio Neves que critica as demissões no País, como se a guerra política não explicasse a crise; haverá um entendimento em prol do País?

247 - “Estamos com um elefante na sala chamado Lava Jato”. A frase é do executivo Luiz Orlando Carneiro, que preside a empresa Sete Brasil, criada para desenvolver a indústria naval no Brasil.

É uma metáfora perfeita. Como foi citada por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, em sua delação premiada, a Sete Brasil não vem tendo acesso a mecanismos de crédito. E como é a Sete quem subcontrata os estaleiros, todos estão parando suas atividades.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com o Atlântico Sul, em Pernambuco, que rompeu seu contrato com a Sete, com o Enseada, na Bahia, e com a Ecovix, no Rio Grande do Sul. Em comum, todas essas empresas têm como acionistas empresas atingidas pela Lava Jato, como Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC e Engevix.

A paralisia da indústria naval, provocada pela Lava Jato, ameaça uma indústria que estava morta, antes do governo Lula, e que foi a mais de 200 mil empregos. Caso nada seja feito, ela simplesmente desaparecerá.

Para as Organizações Globo, que fazem campanha sistemática contra a indústria naval e contra a política de conteúdo nacional da Petrobras, é uma grande notícia. Para o ex-governador paulista Alberto Goldman, que publicou um artigo afirmando que a deterioração da economia é pré-requisito para o impeachment que ele próprio deseja (leia aqui), maravilha. Mas e para o País? Será que o remédio contra a corrupção é mesmo a quebradeira geral, com demissões de milhares de trabalhadores?

Efeito em cadeia na economia

O impacto da Lava Jato, no entanto, vai muito além da indústria naval. Atinge também outros setores do setor de engenharia. A Mendes Júnior, por exemplo, paralisou obras da transposição do São Francisco. A Camargo Corrêa demitiu metade de sua administração e a Odebrecht já ameaça paralisar as obras da Rio de 2016, uma ótima notícia para quem se frustrou com o fiasco do movimento #naovaitercopa e agora aposta no #naovaiterolimpiada.

Bom, sempre será possível argumentar que isso é um problema de empreiteiras que corrompem servidores públicos e merecem ser punidas. Será mesmo? Hoje, o Valor Econômico noticia que o BTG Pactual, de André Esteves, elevou suas proviões para créditos duvidosos em 307% (leia mais aqui). Ou seja: bancos já se preparam para uma onda de calotes e a quebradeira generalizada na economia. O resultado será o crédito mais caro para todos. Não por acaso, o medo do desemprego voltou a assombrar a classe trabalhadora e a disposição para consumir é a menor em dez anos.

Fúria ensandecida

Nesse cenário de terror econômico, o elefante que pisoteia a economia brasileira vem sendo conduzido sem freios pelo Ministério Público Federal. Na semana passada, o procurador Deltan Dellagnol ajuizou uma ação que prevê multa de R$ 4,5 bilhões contra as empreiteiras Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Sanko Sider, Engevix e OAS – a UTC Constran ficou de fora porque o MP ainda tem esperança de que seu controlador, o empresário Ricardo Pessoa, adira a uma delação premiada.

A consequência dessa ação, que inova juridicamente, com o conceito de danos morais coletivos, é a quebra de todas as empreiteiras envolvidas na Lava Jato. E, pior ainda, a cartelização do setor de engenharia, pois sobrariam apenas, entre as grandes, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez que, embora tenham sido citadas inúmeras vezes, vêm sendo poupadas.

Mais do que simplesmente propor sua ação, Dellagnol quer impedir novas iniciativas de qualquer outro órgão público em defesa da economia brasileira. Ontem, o procurador foi a Brasília protestar contra os acordos de leniência que vêm sendo costurados pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria Geral da União (leia mais aqui). Seu argumento é que, se forem feitos acordos, as empresas não terão incentivos para colaborar com as investigações.

Judiciário e governo acovardados, oposição oportunista

Diante de uma imprensa que torce para o pior, com o destaque para as Organizações Globo, que defendem até a substituição de empresas nacionais por firmas internacionais (como se Halliburton que comprou a invasão do Iraque fosse um exemplo de honestidade), o Poder Judiciário se mostra acovardado e nada faz para conter a marcha da irracionalidade.

No governo, ainda que prevaleça o discurso de que as empresas devem ser preservadas, há poucas iniciativas concretas para tirar as empresas do atoleiro em que se encontram. Volta-se, aqui, ao caso da Sete Brasil, que não obtém créditos, em razão da Lava Jato. Enquanto isso, algumas empresas, como a Constran, já protestam publicamente contra atrasos em seus pagamentos.

Ontem, ao comentar a crise que atinge a cadeia produtiva do setor de óleo e gás, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que as empresas já estão demitindo e disse que "os primeiros a serem punidos pela alta da inflação e pela perda do emprego são os mais pobres”.

Só não disse que a responsabilidade pelo País é também da oposição. Afinal, a quem interessa um país em ruínas e que destrua toda a sua indústria naval, suas empresas de engenharia e também os bancos que lhes deram crédito?

Cabe, aqui, um registro à sensatez do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), um dos mais experientes do Congresso Nacional. “Não podemos aceitar passivamente a quebradeira das empresas e os danos incalculáveis que isso trará ao país. Uma empresa de construção pesada leva pelo menos 25 anos para alcançar a maturidade. Em algumas décadas, as maiores empreiteiras brasileiras acumularam expertise em grandes obras e uma reputação internacional que não podem ser destruídas”, disse à jornalista Tereza Cruvinel.

Das empresas atingidas pela Lava Jato, a que vive a situação mais dramática é a Alumini, já em recuperação judicial. Recentemente, seus funcionários fecharam a Ponte Rio-Niterói e foram criticados pelo Globo porque estavam atrapalhando o trânsito. Vale a pena assistir o depoimento de um de seus funcionários, que foi ao Congresso e emocionou os parlamentares ao falar do cenário de miséria que vê pela frente (assista aqui).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

FOTOS QUE PROVAM COMO A MÍDIA MANIPULA VOCÊ

A Rede Globo e a greve de caminhoneiros que paralisou o Chile



Em 1972 uma grande greve de caminhoneiros paralisou o Chile, provocou desabastecimento e fez parte do plano americano de derrubar o governo, o que foi comprovado posteriormente por documentos da própria CIA revelados pelo WikiLeaks.

“E o Congestionamento não é só nas estradas”, foi a frase de Alexandre Garcia hoje pela manhã (25/02)no tal Bom Dia Brasil. Na continuidade, pra não variar do script da mídia e da Globo, tome pau nos políticos e no governo e uma ampla cobertura da Greve, como nunca se vê em nenhuma outra greve. Greves e paralisações são direito de todos os trabalhadores. No geral, patrões tentam impedir a greve a qualquer custo, pois as empresas perdem dinheiro. No caso desta greve em andamento não vi nenhum empresário do transporte falando contra a greve. Por outro lado, a mesma mídia que cobre tão ciosamente esta greve, continua também criando a cada dia noticias negativas que chegam a provocar náuseas. Apesar do Governo Federal chamar caminhoneiros e donos de empresa de transporte para conversar, a greve com fechamento de estradas e consequente desabastecimento em cidades e regiões, continuava hoje pela manhã.

Não foi diferente em 1972 no Chile.

Em outubro de 1972, durante o governo socialista de Salvador Allende, os EUA financiaram uma greve de caminhoneiros que paralisou o país. Amplamente apoiada pela mídia conservadora, a greve causou prejuízos estimados em um milhão de dólares e abriu caminho para o golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende no ano seguinte. Essa é uma das velhas táticas fomentadas pela CIA para desestabilizar governos populares em todo o mundo.

O menor índice de desemprego da história, salário mínimo que subiu 75% acima da inflação nos 12 anos do governo do PT, salário médio subindo acima da inflação, milhões de pessoas que saíram da pobreza, isto é a foto do Brasil em dezembro de 2014. Mas a mídia continua anunciando supostas tragédias econômicas. Agora mesmo, quando escrevo este artigo, a TV noticia o “rebaixamento” da Petrobras feito por uma tal Agência Moodys. No mínimo estranho, quando as ações da Petrobras e o preço do Petróleo sobem no mundo inteiro.

O Golpe continua em marcha e vem eivado de mentiras que são repetidas milhares e milhares de vezes, fazendo com que virem verdade no senso comum. A Globo, a mídia tupiniquim estão pavimentando o caminho para o golpe definitivo na democracia. Se não houver respostas rápidas e a altura, o golpe virá e é só uma questão de tempo.

A resposta a altura esta na comunicação do Governo e na mobilização dos movimentos sociais verdadeiros para defender as conquistas que tivemos nestes últimos anos. Isto é defender a democracia. E foi democraticamente que o governo Dilma foi eleito.

Por isto é muito positivo que os movimentos sociais tenham compreendido o que realmente esta em jogo. Clica no link abaixo e lê sobre o ato em Defesa da Petrobras e Contra o Golpe, ocorrido ontem :
Lula põe o bloco na rua: “Quero paz e Democracia, mas se eles não querem nós sabemos brigar também”

O juiz do Porsche tem direito de defesa ou vamos metê-lo numa cela da PF?





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O juiz do Porsche tem direito de defesa ou vamos metê-lo numa cela da PF?

Autor: Fernando Brito
O Dr. Flávio Souza, colega e aluno da escolinha do Dr. Sérgio Moro, mostrado ontem cedo aqui, horas depois foi flagrado dirigindo, gostosamente, o Porsche apreendido de Eike Batista, além de guardar, com alto espírito público, uma picape do empresário na garagem do seu prédio.

Ele, o juiz vingador, que ameaçava “esmiuçar a alma” do réu, “pedaço por pedaço” parece ter começado pelo pedaço mais agradável e invejado.

Eike decorava a sala de sua casa com um Lamborghini, o Dr. Flávio parece ter preferido decorar o Fórum com o carrão.

Abriu-se contra ele uma sindicância, não um processo criminal por peculato.

Muito menos fez-se a prisão – neste caso em flagrante, porque o carro ali estava, no momento da denúncia – contra o magistrado.

Ao contrário, o Juiz Flávio ainda tem a caradura de dizer à Folha que isso é praxe.

“É absolutamente normal, pois comuniquei em ofício ao Detran que o carro estava à disposição do juízo. Vários juízes fazem isso.”

Será que os valentes integrantes do Ministério Público vão pedir a prisão provisória de Sua Excelência, numa cela coletiva com “privada em público” até que ele confesse, talvez em “delação premiada” que são os outros “vários juízes (que) fazem isso”?

Não seria o caso de um “ato exemplar” de Justiça?

Terá o Dr. Flávio o privilégio que não teria, certamente, o funcionário da garagem do Tribunal se decidisse “dar uma voltinha” com o possante?

Não, o Dr. Flávio deve responder por seus atos como qualquer pessoa e não pode ser coagido, pela prisão, a delatar os outros juízes bandalhos.

Tem o direito que não se lhe “esmiuce a alma”, mas apenas seus atos.

Pois, meu caro amigo e querida amiga, o Dr. Flávio é um ser humano e um cidadão e não deve ser submetido a ilegalidades, não importa o quão imoral tenha sido o ato praticado. O critério para a prisão é o da periculosidade e o de ter capacidade de impedir ou distorcer a investigação do crime, o que até se poderia alegar neste caso, “forçando a barra”.

Quando publiquei o post de ontem, saltava aos olhos que o Dr. Flávio havia perdido o decoro ao sair da posição de juiz isento e austero para a de “vingador da corrupção”.

E o decoro, como se sabe, é a antessala da violação.

Por isso, caro amigo, quando encontrar um moralista arrogante, que se quer mostrar “paladino da honestidade”, cuide da carteira e prepare o estômago.

E lembre que o Vinícios de Moraes, há uns 50 anos, cantou: “O homem que diz “sou”, não é!”

Dilma, FHC e a corrupção

 

Em se tratando de corrupção, os tucanos podem até ter deixado a casa uma bagunça nos anos 1990 mas, quando muito, ganharam apenas um cafuné.



Fabio de Sá e Silva (*)
 
Em evento destinado ao recebimento de credenciais de novos embaixadores, Dilma concedeu entrevista a repórteres, na qual tratou de vários temas.

Ao ser perguntada sobre a Operação Lava Jato e seus efeitos sobre a Petrobras, a Presidenta vocalizou o discurso com o qual intelectuais e sindicatos de trabalhadores têm conclamado a defesa da estatal: o de que quem se envolveu em corrupção deve ser punido, mas de que a empresa, por ser estratégica, deve ser preservada.

Para a Dilma de hoje, assim como a de meses atrás, a resposta para a corrupção verificada na Petrobras não passa por venda de patrimônio público, tampouco pela negativa geral de seus oponentes na política partidária. Passa, isso sim, pela punição dos corruptos e corruptores.

E exemplificou:

“Veja... Olhando o que vocês mesmos divulgam nos jornais. Se em 1996–1997 tivessem investigado e punido, não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase vinte anos praticando atos de corrupção”.

A afirmação, como se sabe, foi baseada no que se tornou público da delação premiada de Pedro Barusco, ex-gerente da empresa. Barusco afirmou ter visto o pagamento de propinas em contratos se tornar sistemático já naquele período.

Apoiadores do governo rapidamente comemoraram o que entenderam ser uma ofensiva da Presidenta contra o cerco que setores da imprensa e a oposição pretendem lhe impor, com base na exploração política diária e obscura dos bastidores das investigações da Lava Jato.

A euforia, porém, teve de ser rapidamente contida.

Articulistas, políticos e internautas protestaram contra o que entenderam ser tentativa de Dilma de jogar no colo de FHC a responsabilidade por corrupção em operações da Petrobras.

Aécio, sempre o mais agressivo orador, disse que Dilma estava “zombando da inteligência dos brasileiros”.

O próprio FHC se dignou a responder. Como em diversas outras ocasiões, o ex-presidente insistiu em argumento de caráter formal.

“Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?,” perguntou FHC, em tom de quem pretende ter dado resposta definitiva.

Surgiram, então, os criativos memes, nos quais cães labradores destruindo a mobília da casa ou dinossauros mirando os asteroides cuja queda lhes custaria a extinção apareciam com expressão cômica, tendo ao fundo o texto:

“Foi o FHC”.

Instaurada a confusão, apoiadores do governo poderiam ter esclarecido que não foi isso o que Dilma quis dizer. O argumento era, simplesmente, o de que são dois períodos do país que instituíram padrões distintos no trato de corrupção envolvendo figuras proeminentes do mundo da política.

Períodos que se distinguem, por exemplo, pelo respeito à autonomia da PF e do MPF, pela criação da CGU e pelo patrocínio à lei de acesso à informação, a mesma que hoje permite a crítica a Cardozo por não ter disponibilizado imediatamente na agenda pública do Ministério da Justiça seu encontro com advogados da Odebrecht.

Este argumento que, aliás, não é novo, tem fácil comprovação empírica e forte enraizamento na consciência popular – apesar dos esforços para se transformar corrupção em algo “do PT”, interrompidos, apenas episodicamente, por denúncias que jogam luz sobre os pés de barros de figuras como Azeredo, Demóstenes e Agripino.

Que o digam os entrevistados do Datafolha no último dezembro, ou seja, depois de meses nos quais capas de revistas tentavam caracterizar o período atual como o mais corrupto da história.

Destes, 46% achavam que, desde a redemocratização brasileira, o governo Dilma foi aquele no qual a corrupção foi mais investigada, à frente de Lula (16%), Collor (11%) e só então FHC (4%).

Ou que o governo Dilma foi o período no qual os corruptos mais foram punidos (40%), à frente de Collor (12%), Lula (11%) e só então FHC (3%).

A história, neste aspecto, é tão caprichosa, que chegou a criar episódios parecidos com resultados muito diversos.

Como o de dois parlamentares que deram entrevistas à Folha de São Paulo denunciando ter havido compra de votos no Congresso – em um caso, para aprovar a emenda da reeleição de FHC, em outro, para compor a base aliada de Lula.

No caso referente ao governo Lula, estrelado por Roberto Jefferson, os resultados foram a CPI dos correios e a ação penal 470. No caso referente ao governo FHC, poderia dizer Dilma, “todos soltos”.

As denúncias, acompanhadas “não de indícios, mas de provas,” como disse anos depois o jornalista responsável pela matéria, ficariam represadas nas mãos de Geraldo Brindeiro, conduzido e reconduzido ao cargo de PGR ao longo de todo o governo FHC, mesmo quando ficava em 7o lugar nas eleições internas das entidades de classe do MPF.

Partindo deste e inúmeros outros casos – como SIVAM e Pasta Rosa –, apoiadores do governo poderiam ter criticado o próprio FHC, cuja tese de que seu governo não teve corrupção porque nunca teve condenados, ela sim, “zomba da inteligência dos brasileiros”.

Poderiam até ter feito um meme, destacando que, assim como cães labradores, tucanos podem até ter deixado a casa uma bagunça nos anos 1990 mas, quando muito, ganharam apenas um cafuné.

Mas corrupção é assunto sério demais para seguir sendo tratado de maneira assim tão simplista.

Dilma e o PT ganharão se souberem acrescentar um terceiro período à história, de cuja construção hoje fazem parte.

Um período no qual o combate à corrupção não terá se prestado a inviabilizar o desenvolvimento do país, mas no qual – se não por uma reforma política estrutural, por mudanças de práticas na organização partidária e na condução dos negócios públicos – o sistema político terá se tornado mais blindado à influência do dinheiro.

Já FHC poderia desistir de sua tese. Pois além de convencer a ninguém, ela não leva a lugar nenhum.

(*) Graduado (USP) e Mestre (UnB) em Direito; PhD em Direito, política e sociedade (Northeastern University, EUA).

Intolerância política pode atirar o Brasil no abismo



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Nos três principais jornais do País, Globo, Folha e Estado de S. Paulo, a imagem de destaque é a briga entre militantes do PT e um simpatizante do impeachment; tumulto ocorreu no Rio de Janeiro, antes do ato em defesa da Petrobras e do modelo de partilha no pré-sal; no mesmo dia, foi divulgado o vídeo dos insultos ao ex-ministro Guido Mantega, que foi expulso do hospital Albert Einstein; clima de radicalização política, com a criminalização do PT estimulada por meios de comunicação, intoxica o ambiente e cria condições para novas agressões; dia 15 de março, data em que estão agendados protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, promete mais violência

247 - Nos três principais jornais do País, Folha de S. Paulo, Globo e Estado de S. Paulo, a cena de destaque é a mesma: o confronto, ocorrido na tarde de ontem, entre militantes do PT e simpatizantes do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O episódio ocorreu no Rio de Janeiro, pouco antes do ato em defesa da Petrobras e do modelo de partilha do pré-sal, em que o ex-presidente Lula afirmou: "Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também" (saiba mais aqui).

As imagens estampadas nos três jornais prometem acirrar ainda mais os ânimos.

Eis a legenda da Folha: BRUTALIDADE - Em ato da CUT e do PT em defesa da Petrobras perto da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, petista agride homem que pedia o impeachment de Dilma.

Legenda do Estado: Pancadaria no Rio - Em ato de petroleiros no Rio, que teve agressões entre manifestantes, o ex-presidente Lula disse que Dilma Rousseff 'não pode ficar dando trela' sobre as investigações na Petrobras e 'tem de levantar a cabeça'.

Legenda do Globo: Intolerância - Homens com camisa do PT partem para a briga com manifestantes que pedem a saída de Dilma em frente à ABI, no Rio, onde aliados do governo fizeram ato.

A intolerância denunciada pelo Globo tem sido estimulada pela política de criminalização do PT, estimulada pelos meios de comunicação – em especial pelos veículos da família Marinho.

Resultado disso foi a agressão sofrida pelo ministro Guido Mantega, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, de onde foi expulso aos gritos de 'vai pra Cuba' e 'filho da puta' (leia mais aqui).

Aonde isso vai parar, ninguém sabe. Mas as imagens de ontem, estampadas nos jornais de hoje, certamente elevarão a temperatura do dia 15 de março, dia em que estão previstos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"É como se vivêssemos numa sociedade completamente polarizada, na Espanha da Guerra Civil", avalia Milton Lahuerta, professor da Unesp, em declaração ao jornal Estado de S. Paulo. "Estamos vivendo um momento de acirramento do debate político, decorrente de um processo eleitoral que terminou mas parece continuar", afirmou Marco Antonio Teixeira, professor da FGV. 

DO GOLPISTA NÚMERO UM

Direto do Quem Tem Medo da Democracia,
um cordel lembrando
Fernando Henrique Tucano
sua vida, e oito terríveis anos

Nascido lá no Rio de Janeiro
Fernando Henrique, o F H C
É um notório político brasileiro
Tucano fundador do P S D B

Fundador, e principal ideólogo
Do Partido chamado anti social
F H C é um poliglota, sociólogo
Cientista político e intelectual

Este professor de Sociologia
Bem antes de inventar o real
Se apaixonou pela ideologia
De quem ama ler “O Capital”

E por caminhar lado a lado
Com os esquerdistas ideais
Preferiu viver auto exilado
Após o golpe dos generais

Enquanto muitos brasileiros
Eram torturados lá no porão
FHC aqui, ou no estrangeiro
Vivia sem sofrer um arranhão

Após o período tenebroso
Tão duro da insana repressão
Ele retorna todo orgulhoso
Com os arroubos de sabichão

Sem estar ainda contaminado
Pela ideologia dos neoliberais
Chegando aqui, ficou do lado
De quem lutava contra generais

Ainda na fase dos repressores
E a ditadura já a esmorecer
FHC vai ser um do fundadores
Do oposicionista P M D B

Contando com voto consciente
De estudante e de trabalhador
Em setenta e oito vira suplente
De Franco Montoro, senador

E com o seu jeito de idealista
Homem progressista de visão
Disputa a prefeitura paulista
Mas perde pra Janio a eleição

Mais tarde, já quase elitizado
Com perfil semi conservador
Encara novamente o eleitorado
E vai ser constituinte senador

Durante trabalho Constituinte
FHC, se não se comprometeu
Foi bem oportunista inteligente
Não cheirou, também não fedeu

Nota cinco, com outros medianos
Da então elite política nacional
Será fundador do PSDB tucano
Sem a deformidade neoliberal

No escandaloso tempo collorido
FHC quis se aproximar do poder
Mas acabou sendo impedido
Pela alta cúpula do seu P S D B

Quando Collor foi Impeachmado
Itamar, sucessor constitucional
Faz F H C ser um dia chamado
Pra assumir pasta ministerial

De Ministro do Exterior, um dia
O sociólogo sai para comandar
A Fazenda, setor da economia
Como o homem forte de Itamar

FHC, no comando da economia
Ao implantar o seu Plano Real
Começa rasgar a sua biografia
De um socialista intelectual

Se seu plano trouxe benefícios
Ao baixar a inflação nacional
Trouxe bem mais malefícios
Por provocar um arrocho total

E Fernando Henrique Cardoso
Ao fazer a conversão do Real
Faz o mínimo ficar vergonhoso
Satisfazendo a classe patronal

Com o apoio das estruturas
Mais conservadoras nacionais
F H C lança a sua candidatura
Vence as eleições presidenciais

Para ter maioria no parlamento
F H C, logo de início se uniu
A que havia de mais nojento
No cenário político do Brasil

Ele tinha tão grande maioria
Como ninguém chegou ter aqui
Que Oposição sequer conseguia
Assinaturas para criar uma CPI

Tristes anos Fernando Henrique
Lembrávamos uma embarcação
Em um naufrágio, indo a pique
Na maré da mais pura recessão

O homem outrora um idealista
Defensor da integridade nacional
Nomeia sociopatas economistas
Fiéis amantes dos ideais globais

Ao abrir o mercado brasileiro
Reduzir alíquota de exportações
Gerou empregos no estrangeiro
Favoreceu potências, nações

Economistas vilões reacionários
Provocaram calamidade total
Além do arrocho dos salários:
Menos investimento no social

A ideia do mercado globalizado
Dos economistas neoliberais
Gerou onda de desempregados
Na quebra de empresas nacionais

Homem que veio lá da comuna
Das batalhas idealistas sociais
Se revelava um QUINTA COLUNA
Com as suas idéias ultra liberais

Presidente cheio dos chamegos
À uma política econômica serviu
Causou avalanche de desemprego
Que nunca se viu antes no Brasil

Homem que traiu a ideologia
Ao impor o neoliberalismo aqui
Vergonhosamente foi um dia
Mendigar no famigerado F M I

Fundo monetário da indecência
Fingindo ser um colaborador
Fez as mais absurdas exigências
Como todo agiota financiador

Assim, o intelectual poliglota
Buscando ajuda internacional
Age como grande impatriota
Um traidor do socialista ideal

Fundo monetário famigerado
Exigiu das antas, os maiorais
A presença mínima do estado
Principalmente nas áreas sociais

Este fundo da insana velhacaria
Impôs aos tucanos irracionais
O que chamamos de privataria
A venda das empresas estatais

Tempo de malditas bandalheiras
Cúmulo das mais altas traições
Venda das empresas brasileiras
À preço de banana nos leilões

Tempo dos traiçoeiros estragos
A Vale caiu nas mãos dos imorais
Que até o Rio Doce ficou amargo
Por venderem reservas minerais

Tempos dos absolutos flagelos
Além do desemprego e recessão
Víamos o batimento do martelo
Com as estatais levadas a leilão

Tempos de malditos retrocessos
A grana arrecadada em LEILÃO
Além do FMI, ia pro congresso
Pra comprar emenda da reeleição

O Brasil lá no fundo do abismo
FHC só tinha uma preocupação
Abusando de todos os cinismos:
Comprar a emenda da reeleição

De todas as traições, o cúmulo
Foi quando o próprio “O Capital”
Viu Marx se revirando no túmulo
Com relação ao Petróleo Nacional

Representante dos oligopólios
FHC trai todos seus antigos idéias:
Quebra o Monopólio do Petróleo
Escancarando e estatal Petrobrás

Matador dos ideais de Karl Marx
Lembrava Calabar, outro traidor
Quando mencionava Petrobrax
Num ato criminoso, sabotador

E Fernando Henrique Cardoso
Pelo que fez com a sua nação
Será lembrado como criminoso
Lesa Pátria, entreguista vendilhão

Traidor da Socialista Ideologia
O professor intelectual F H C
Foi um vendedor da soberania
Brasileira ao chegar no poder

Homem professor na Sorbonne
Ao ter chances de ouro na mão
Também manchou o seu nome
Nada fazendo pela educação

O Homem que teve oportunidade
De por em prática os seus ideais
Não fez sequer uma UNIVERSIDADE
Nem Escolas Técnicas Profissionais

F H C, o mentor da privataria
Provou como traidor da nação
Não basta ser bom de Teoria
Precisa ter ação e boa intenção

O atual crítico do bolsa escola
Vai encobrir enquanto puder
Que enviava grana pra cachola
Dos bancos, com o seu PROER

Hipócrita, em todos os sentidos
Com as piores das intenções
Auxiliava banqueiros falidos
Distribuindo dezenas de bilhões

Homem das levianas atitudes
Junto com Serra, outro traidor
Levou ao fundo do poço a Saúde
Pra ajudar banqueiro sonegador

O grande mentor da privataria
Também sonegador de informação
Conseguiu criar Controladoria
Pra esconder tanta corrupção

Assim, com tantos atos de covardias
De trairão, entreguista, vendilhão
F H C fez com que a sua biografia
Fosse jogada no lixo da podridão

Jetro Fagundes
Farinheiro do Marajó e de Ananin