Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Teoria conspiratória: falso atentado impediria vitória de Dilma no 1º turno


Após o estrondo político causado pela pesquisa Datafolha da última sexta-feira, na qual Dilma disparou no primeiro e no segundo turnos, Marina caiu e Aécio permaneceu estagnado abaixo de 20 pontos percentuais, durante o fim de semana começaram a vazar trackings das campanhas dos três principais candidatos a presidente.
Como o bem informado leitor já deve saber, no primeiro dia útil desta semana pesquisa CNT/MDA mostrou forte vantagem de Dilma sobre Marina e Aécio no primeiro e no segundo turnos. No primeiro, a presidente subiu a 40,4%, Marina caiu para 25,2% e Aécio cresceu apenas dentro da margem de erro (de 17,6% para 19,8%).
E o mais importante: no segundo turno, a vantagem de Dilma sobre Marina já soma 9 pontos percentuais (47,7% a 38,7%).
Nesta segunda-feira (29), por volta das onze horas, o Ibovespa registrava queda de mais de 4%, o dólar disparou e as ações da Petrobrás caíram cerca de 9%. A pesquisa CNT/MDA explica parte da volatilidade do mercado, mas não toda.
Mais uma vez, boatos sobre pesquisas ainda mais recentes dando conta de vitória de Dilma no primeiro turno espalharam-se por sites, blogs e redes sociais, gerando esses solavancos no mercado financeiro.
Paralelamente aos fenômenos supracitados, a boataria vem se somando a teorias conspiratórias das mais diversas, com o costumeiro protagonismo da CIA ou de Cuba em versões sobre golpes de última hora que estariam sendo preparados por candidatos contra candidatos – Marina contra Aécio, Dilma contra Marina, Aécio contra Dilma etc. – para impedir ou garantir que a eleição vá para 2º turno.
Algumas dessas teorias, aliás, são muito bem elaboradas. Contêm fotos, reproduções de documentos, nomes e mais nomes estrangeiros (de pessoas e organizações) envolvidos em planos para interferir no resultado da eleição presidencial brasileira.
Em uma eleição tão polarizada e repleta de ocorrências dramáticas, como no caso da morte surpreendente de Eduardo Campos em um acidente aéreo cujas explicações ainda não convencem a muitos, teorias conspiratórias não soam tão absurdas como soariam em pleitos anteriores, nos quais os golpes se restringiram às conhecidas denúncias de corrupção de última hora contra o PT.
Nesse mar de teorias conspiratórias, uma certeza: dificilmente a mídia partidarizada (Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estadão) deixará de lançar uma “bomba” para impedir que Dilma se reeleja daqui a seis míseros dias.
A Veja bem que tentou, no último fim de semana; acusou Dilma de envolvimento em corrupção. Não é pouco. Ainda mais sem uma mísera prova, o que reforça toda sorte de teoria conspiratória. Se a revista foi capaz de tal ousadia, o que mais pode chegar a fazer?
Ao mesmo tempo, ao longo dos últimos dez dias notícias importantíssimas – e acima de suspeitas de manipulação – contribuíram para que a maioria do eleitorado tenha se inclinado por Dilma nas pesquisas de opinião.
A ONU, por exemplo, elogiou fartamente o Brasil por seus programas de combate à fome e de redução da pobreza. E, além de o país ter saído do mapa da fome no mundo, notícia sobre suas políticas sociais favoreceu a presidente: segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento Social, houve aumento da altura média das crianças atendidas pelo Bolsa Família. Entre 2008 e 2012, as meninas de 5 anos ficaram 0,7 centímetro mais altas e os meninos, 0,8 centímetro.
Se no social as notícias foram boas para o governo, na economia tampouco foram más. Apesar da cantilena sobre baixo crescimento e inflação, esta vem caindo. E o que realmente importa ao povo em economia não é crescimento, mas o binômio emprego-salário.
Segundo o IBGE, ambos vão muito bem, obrigado. Em agosto, o desemprego de cerca de 5% foi o menor da série histórica de 12 anos mensurada mês a mês pela instituição. Além disso, a renda média do trabalhador brasileiro do setor privado subiu 2,5% acima da inflação. E a do setor público, 7%.
Inflação controlada, salários subindo, desemprego e pobreza caindo, tudo isso vem fazendo o eleitor pensar se tem mesmo tanto sentido a cantilena midiática sobre baixo crescimento. Apesar de a mídia dizer que desemprego e inflação vão aumentar e os salários vão cair, o que se vê é o contrário.
Ora, é aí, então, que vemos a oposição midiático-banqueira numa sinuca de bico. Denúncias de corrupção vêm falhando miseravelmente contra o petista da vez, eleição presidencial após eleição presidencial; o terrorismo econômico, iniciado exageradamente antes das eleições, perdeu a força.
E agora?
É nesse momento que as teorias conspiratórias vêm à mente. O conclave político-midiático-financeiro vai aceitar que Dilma vença a eleição em primeiro turno após todo o trabalho que teve? Sério que alguém acredita nisso?
Dentre as muitas teorias conspiratórias que vêm pingando tanto “in box” nas redes sociais quanto na caixa de correio eletrônico ou nos telefones do blogueiro, uma lhe é particularmente cara: se denúncias de “corrupção petista” e terrorismo econômico não estão funcionando, e se a vitimização de Marina não deu frutos, que tal algo mais parecido com a queda do avião de Eduardo Campos, a fim de gerar novo clima de comoção?
Uau! Não é pouco. Seria arriscado e, talvez, inútil. Mas…
Pense comigo, leitor: é óbvio que a simulação de um atentado violento contra Marina ou Aécio seria um “fato gerador” de comoção. E a culpa recairia sobre Dilma, claro. Ou sobre algum “aloprado” que simbolizaria como é “bandida” essa “gente do PT”.
Mas tal construção padece de um problema incontornável: por que Dilma ou algum aliado “aloprado” cometeria uma sandice dessas se a presidente disparou nas pesquisas tanto em primeiro quanto em segundo turnos, com possibilidade de vencer no primeiro?
Ora, ainda se fosse no segundo turno poderiam tentar vender que a violência contra um adversário decorreria de uma última cartada do PT por “desespero” diante do tudo ou nada. Mas não é o que está acontecendo. Se Dilma não vencer no primeiro turno, tudo indica que vencerá no segundo.
Contudo, a lógica não tem valido muito, ultimamente. Vejam, por exemplo, que as últimas pesquisas de opinião têm mostrado que, apesar de o desemprego continuar caindo de forma pronunciada no país, quase metade dos brasileiros acredita que irá aumentar. Qual é a lógica desse contingente tão expressivo de pessoas?
Não há lógica. Essas pessoas se guiam pela mentirada que os adversários assumidos e enrustidos de Dilma, sobretudo na mídia, têm espalhado. Desse modo, confiar em sensatez total do eleitorado pode ser uma aposta furada. Nesse aspecto, um “fato gerador” de comoção talvez seja a última esperança de essa gente tirar o PT do poder.
Teoria conspiratória? Claro que sim. Eu acho…

DataCaf do fim de semana. Vai no primeiro turno ! Mais uma potoca da Bláblá e ela volta a 2010.


As equipes do DataCaf se atrasaram um pouco, mas conseguiram produzir, na segunda-feira de manhã, o tracking elaborado entre sábado e domingo, em especial homenagem ao Ataulfo (no ABC).

Ele andou dizendo por aí que o tracking do DataCaf não tem a consistência técnica do Globope e do Datafalha.

Taí, nisso ele tem razão.

Nossa tecnologia é outra.

Aqui a gente controla a “margem de erro”.

Não tem esse negócio de levar pra lá e pra cá, conforme a demanda …

Sendo assim, o amigo navegante pode começar a se acostumar à hipótese cada vez mais plausível de que o Ataulfo será dispensado de eleger o Aecioporto no segundo turno.

Primeiro, porque o Aecioporto do Titio não iria ao segundo turno, nem em São João del-Rei.

Segundo, porque não deve haver segundo turno.

Dilma está com 43 e a Bláblá, em decadência acelerada, sonora, tem 23.

Aecioporto chegou a gloriosos 16 pontos, o que é compatível com a audiência dos comentários do Ataulfo na GloboNews e na CBN.

É o que dá pra fazer …

Quer brincar de segundo turno, Montenegro ?

Quer dizer que a Bláblá ganha no segundo ?

Pois, segundo esse DataCaf, no segundo turno a Dilma teria 47 contra 39 da Bláblá.

Tem uma semana ainda de campanha.

Com mais um comercial como esse da CPMF, a Bláblá acaba como em 2010.

Como uma nuvem passageira.

E o PSDB fica do tamanho da UDN.

Só existe em São Paulo.

De onde comandará a resistência de 1932 !

Quem mandou levar o FHC para o palanque ?


Paulo Henrique Amorim

Dados do Senado provam: Marina mentiu sobre CPMF

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O ponto mais quente do debate de ontem, na Rede Record, foi o duelo entre a presidente Dilma Rousseff e a ex-senadora Marina Silva, que, no debate da Band, havia dito "não fazer oposição pela oposição", citando como exemplo o fato de ter votado contra o seu partido e a favor da CPMF; Dilma questionou Marina, que tentou sair pela tangente, mas os dados do Senado informam que ela votou não quatro vezes: em 18 de outubro de 1995 e 8 de novembro de 1995, no primeiro e no segundo turnos da PEC 40/1995, e também em 6 e 19 de janeiro de 1999, no primeiro e no segundo turnos da PEC 34/1998; "me estarrece que a senhora não se lembre", disse Dilma; "já valeu o debate, Marina foi pega na mentira", disse Rui Falcão, presidente do PT, da plateia 

247 - A ex-senadora Marina Silva mentiu no debate da Rede Bandeirantes e, ontem, não conseguiu sair da saia justa quando foi confrontada sobre isso pela presidente Dilma Rousseff, no ponto mais quente do enfrentamento entre os candidatos à presidência da República.
Logo na primeira pergunta, Dilma questionou Marina sobre como ela havia votado na questão da CPMF – na Band, ela havia dito não fazer "oposição pela oposição", citando o caso da CPMF, quando teria sido a favor, mesmo contrariando a vontade de seu partido.
Sem responder, Marina apenas tergiversou, dizendo ter sido a favor, quando se tratava de um fundo para combate à pobreza.
Na realidade, houve quatro votações sobre a CPMF, durante o período em que Marina Silva foi senadora. E, em todos os casos, ela votou contra.
Foi o que aconteceu em 18 de outubro em 1995 e 8 de novembro do mesmo ano, quando tramitaram em primeiro e segundo turnos a Proposta de Emenda Constitucional 40/1995. E também em 6 e 19 de janeiro de 1999, quando foi a vez da PEC 34/1998. Nas quatro oportunidades, Marina Silva votou não.
"Me estarrece que a senhora não se lembre que votou quatro vezes contra a CPMF", disse a presidente Dilma. Na saída, o presidente do PT, Rui Falcão, celebrou o que considerou uma importante vitória. "A Marina foi pega na mentira e isso já valeu o debate".
Antes mesmo do fim do encontro, uma inserção comercial da coligação "Com a força do povo", da qual faz parte o PT, já apontava a mentira de Marina sobre a CPMF.
Confira, abaixo, como foram os votos da ex-senadora nas quatro oportunidades: