Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fernanda Lima “só porque eu sou branquinha” resgata os filhos e deixa a babá negra no temporal

   Dica do leitor Rudi Provocador:

Agora o site da Ego flagra uma situação tipo ‘só porque eu sou branquinha’ e minhas babás são negras, tá!

   





Pelo impeachment de bancos, empreiteiras, telefônicas, planos de saúde etc.

Eduguim
Chega ao Supremo Tribunal Federal um debate que pode mudar o país para muito melhor, ainda que, para tanto, seja preciso contar com a boa vontade de setores da sociedade que querem tudo menos que esse mesmo debate prospere, porque o financiamento de campanhas eleitorais, na forma como está estabelecido hoje, favorece a tais setores.
A rigor, parece literalmente impossível o país adotar uma forma de financiar a disputa democrática pelo poder que seja menos delinquente do que a atual. Os setores que têm poder de veto desse debate são os mesmos que têm a primazia de estabelecê-lo e, por razões óbvias, nunca estiveram interessados em desencadeá-lo. Por isso conseguiram postergá-lo por muito tempo.
Mídia, classe política e empresariado sempre estiveram unidos em torno do financiamento privado. E, a partir de 1994/1995, conseguiram criar uma legislação sobre o tema que torna o grande capital praticamente dono da política no país enquanto deixa os trabalhadores à margem do processo.
A a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096, de 1995) , entre outras, foi edificada em cima de uma farsa. Demonstra preocupação com as contribuições de entidades e governos estrangeiros ou que venham, direta ou indiretamente, do setor público. E libera a farra das empresas privadas.
Omissa – ou conivente – quanto ao liberou geral para financiamento partidário por empresas privadas com finalidade lucrativa, a legislação barrou que entidades de classe ou sindicais possam doar recursos a campanhas políticas.
No Brasil, portanto, enquanto bancos, empreiteiras, telefônicas e planos de saúde, entre outros, montam, descaradamente, bancadas no Congresso para defender seus interesses acima dos interesses dos consumidores, entidades sindicais ou de classe – muito mais representativas do que as empresas privadas – não podem doar recursos a campanhas eleitorais.
Ou seja: a atual legislação dá uma vantagem arrasadora para o capital e amarra e amordaça o trabalho.
E, com a colaboração da mídia, enorme parte da sociedade que é prejudicada por essa legislação a apoia ferozmente. Não é raro encontrar quem não é empresário e que sofre nas mãos das empresas privadas apoiando que elas continuem elegendo políticos para defender seus interesses.
O plano de saúde, a companhia aérea, a empresa de telefonia ou o banco o prejudicaram, leitor?
Você não entende por que a lei permite que um plano de saúde fique brincando com a sua vida ao negar o que você deveria ter direito?
O banco abusa das taxas, obriga o público a enfrentar filas quilométricas para não pagar salários para mais caixas?
A empresa de telefonia o está enlouquecendo com a musiquinha naquela longa espera para atendê-lo?
Tudo isso você deve agradecer ao financiamento privado de campanhas eleitorais. Com ele, as corporações elegem os políticos que se comprometem com defendê-las nos legislativos e até nos executivos. Por isso você sofre tanto nas mãos das grandes empresas.
Que políticos vão fazer leis contra quem lhes financiou a eleição? Nesse aspecto, não há diferença entre partido nenhum. Mesmo o PT, que, após o mensalão, tornou-se um defensor ferrenho do financiamento público e exclusivo de campanhas não pode brincar com as empresas que o financiam. Ou não tem financiamento e, assim, não tem como disputar eleições.
Argumentam que o financiamento exclusivamente público de campanhas fará “aumentar o caixa 2”. É uma piada. Sob esse argumento, liberem a venda de drogas e o contrabando, pois o combate a tais atividades estimula que sejam empreendidas nas sombras.
Ah, você não quer gastar dinheiro público com a política? Então, meu caro, você prefere que o dinheiro público seja entregue aos políticos pelas empresas que financiam as campanhas deles.
É óbvio que a mesma lei que vier a proibir que empresas doem recursos para campanhas eleitorais deve endurecer as penas a quem a infringir. Uma fiscalização real e dura será mais do que suficiente. Até porque, com a proibição desse tipo de financiamento ficará mais claro quando uma campanha usá-lo.
Hoje, a massa de recursos direcionados para campanhas eleitorais dificulta detectar quanto é legal e quanto é ilegal. Em campanhas mais baratas, com menos circulação de recursos, quem aparecer ostentando campanhas muito maiores estará automaticamente mostrando que recebeu financiamento ilegal.
Nesse aspecto, a posição de cada um sobre esse tema revela quem é quem. O debate no STF sobre o tema vai deixando cada vez mais claro que só com muita má fé é possível defender que mega corporações financiem políticos.
Note, leitor, que é reduzidíssimo o contingente de empresas que financiam campanhas eleitorais. Uma fração do universo empresarial restrita a algumas centenas de empresas – todas de grande porte – doa recursos com o objetivo evidente de, na melhor das hipóteses, fazer os políticos pensarem duas vezes antes de incomodar seus financiadores.
Não é por outra razão que a maioria dos políticos, das grandes corporações e da grande mídia defende o financiamento privado. Note-se, em relação à mídia, que está praticamente em peso bradando contra a proibição do capital privado nas eleições. Até porque, afeta seus maiores anunciantes…
Chega a ser ridículo, pois, discutir como é suspeito o financiamento de corporações a campanhas eleitorais. Basta um pouco de bom senso para entender que um banco não doa milhões para campanhas eleitorais por amor à democracia.
Qualquer pessoa que refletir 1 minuto sobre o assunto concluirá que um Bradesco, um Itaú ou uma Natura investem em política para ter influência sobre ela.
Mas e você, então, que não tem dinheiro para doar, como é que fica? Você que se relaciona com bancos, com planos de saúde, com empresas de telefonia etc., sabe muito bem como é que fica. Você sofre com esse relacionamento sem entender como a lei permite que aquela empresa o faça de gato e sapato.
E o que é pior: quando surge a oportunidade de puxar o tapete dessas empresas que o infernizam, um colunista malandro de jornal o convence a atirar no próprio pé ficando ao lado de quem o pisoteia cotidianamente. Como a mídia o convenceu a odiar o PT, você é capaz de se autoflagelar para não dar razão ao objeto do ódio que lhe foi inoculado.
Hoje, bancos, empreiteiras, telefônicas, planos de saúde etc. é que governam o país. Será que não chegou a hora de fazer o impeachment dessas corporações? Está nas suas mãos fazê-lo. Portanto, use a cabeça desta vez. Deixe de ser trouxa.

POWER-POINT: ALOYSIO, CERRA E ALCKMIN ACHADOS NO TRENSALÃO PiG tenta confundir mas Conceição descomplica.

Como se sabe, a Conceição Lemes, do Viomundo, fez trabalho impecável sobre a imaculada relação entre Paulo Preto e o Padim Pade Cerra.

Agora, ela se vale da Bancada do PT na Assembleia para dar nexo à corrupa que o PiG adota  a tecnologia do Chacrinha: “eu vim pra confundir ! “

A Ministra Rosa Weber, relatora do trensalão – que o engavetador voltaria a desengavetar – poderá recorrer ao diligente trabalho da excelente profissional Lemes.

A propósito: de que vive o Cerra ?

PROPINODUTO TUCANO: CONTRATOS DO CARTEL COM O GOVERNO PAULISTA CHEGAM A R$ 40 BILHÕES



por Conceição Lemes

O site da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) disponibilizou nessa semana uma apresentação sobre o propinoduto tucano, que vale a pena ser vista para se entender melhor as teias de relações envolvidas.

Em formato power point, ela é bastante didática. Sistematiza todas as informações disponíveis sobre o esquema de corrupção que fraudou licitações para aquisição e reformas de trens, construção e extensão de linhas metroferroviárias no Estado de São Paulo: cartel de empresas, entre as quais as multinacionais  Alstom e Siemens, altos funcionários do governo paulista, lobistas, “consultores”.

A estratégia da grande mídia tem sido a de apresentar os fatos de forma fragmentada, dificultando uma visão geral da denúncia.

Daí a elaboração desse material. O objetivo é organizar as informações para que os militantes entendam o que está acontecendo, e coloquem o tema no debate do dia a dia.

As investigações sobre o caso Alstom/Siemens, vale lembrar, tiveram início em 2004 na Suiça.

Em 2008, a bancada do PT na Assembleia Legislativa paulista começou a apurá-lo.

De lá para cá, entrou com mais de 15 representações nos ministérios públicos Estadual e Federal, denunciando direcionamento nas licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), prática de corrupção, formação de cartel, lavagem de dinheiro, pagamento de propinas a autoridades públicas e prorrogações ilegais de contratos.

A apresentação (na íntegra, abaixo) exibe, primeiro, um quadro geral do caso Alstom/Siemens:

* Diversas empresas privadas (algumas multinacionais) fornecedoras de material e serviços para o sistema de transporte metro-ferroviário de São Paulo são acusadas de formação de cartel (acordo prévio), reduzindo a concorrência e provocando a cobrança de preços mais altos nos contratos com o governo paulista.

* Para conquistar esses contratos, as empresas do cartel pagariam propinas a altos funcionários do governo. Foram criados, então, vários canais (propinodutos), conectando empresas e autoridades do governo paulista.

*Nesta intermediação, surgem “lobistas”, “consultores fictícios” e suas respectivas empresas privadas, muitos deles com passagens no governo.

* Há indicações de que o cartel teria atuado no Estado de São Paulo nas administrações de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin (PSDB), portanto nos últimos 20 anos.

Durante esse período, diversas autoridades do governo paulista assinaram inúmeros contratos com as empresas do cartel. Inclusive prorrogaram indevidamente vários contratos questionados.

Um levantamento feito pela assessoria técnica da bancada do PT na Alesp mostra que, desde 1990, os contratos das empresas do cartel com o governo paulista somam 618. Em volume financeiro, eles chegam a R$ 40 bilhões, em valores atualizados.



Nos cálculos, foi incluído o governo Fleury (1990-1994), pois o seu vice era o hoje senador Aloysio Nunes (PSDB), que acumulava o cargo de secretário dos Transportes Metropolitanos. Ambos na época eram PMDB. Aloysio fez a transição entre os governos Fleury e Covas, daí vem a sua atual força política.  O nome  do senador tucano aparece nas denúncias feitas recentemente  ao  Ministério Público do Estado de São Paulo.

Os prejuízos do propinoduto tucano ao erário público são muito altos. Saíram de R$ 425 milhões denunciados pela revista IstoÉ e já ultrapassam R$ 2 bilhões. Só a reformas dos trens sucateados custaram R$ 1 bilhão. Somam-se aí R$ 300 milhões das compras de trens em 2013, e os R$ 400 milhões do superfaturamento do consórcio Cofesbra, denunciado pelo Viomundo.

Essas perdas, tudo indica, são apenas a ponta do iceberg do rombo tucano, uma vez que, de 1990 para cá, só os contratos do cartel com o Metrô e a CPTM atingem R$ 33 bilhões.

QUEM É QUEM NO PROPINODUTO TUCANO PAULISTA

Muito elucidativo na apresentação são os gráficos que mostram os principais personagens do propinoduto. É um quem é quem do esquema, incluindo figuras do governo paulista, cartel, “consultores” e lobistas. Para visualizar melhor os dois quadros abaixo, vá ao documento no final desta matéria. É a apresentação completa.




Alstom e Siemens – para subornar as autoridades paulistas e, assim, manter o cartel, a “compra” de licitações e prorrogar licitações de forma irregular — repassaram a agentes públicos porcentagem dos contratos assinados, via offshores e empresas fictícias de consultoria. Elas adotaram três esquemas de pagamento de propinas:


Interessante notar que há grupos. Cada cacique tucano teria os seus operadores no esquema.








CPI DO PROPINODUTO E AFASTAMENTO DOS ENVOLVIDOS

No momento, a bancada do PT coleta assinaturas para apresentar pedido de CPI na Assembleia Legislativa para investigar o esquema do propinoduto.

Já pediu ao Ministério Público o afastamento dos agentes públicos envolvidos e a suspensão dos contratos.

Pediu também o afastamento de dirigentes da CPTM e do Metrô responsáveis por contratos denunciados pela Siemens e dos secretários apontados em denúncias: Edson Aparecido ( Casa Civil), José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (desenvolvimento Econômico).

Fez ainda ao MP uma representação por ato de improbidade por omissão contra Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra.

A apresentação contém muito mais dados. Recomendo a leitura da apresentação na íntegra.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A APRESENTAÇÃO !

IBOPE: APROVAÇÃO À GESTÃO DILMA SOBE DE 37% PARA 43%

ENGAVETADOR VOLTA AO TRENSALÃO. TUCANOS ALIVIADOS ! Durante três anos de Grandis se esqueceu de investigar os tucanos. Agora vai se lembrar …



Viva o MPF !
O novo Procurador Rodrigo Janot tinha chamado de Grandis às falas.
Pelo jeito, o pedido de Janot ficou perdido numa pasta errada.
O MPF tem um problemas com pastas.
O Procurador-Geral da Republica (e, depois, advogado de Daniel Dantas) Antonio Fernando de Souza denunciou Ali Babá (Lula) e os 40 ladrões, mas, procurou, procurou e, na pasta investigada, não achou o Daniel Dantas no Valeriodantas.
Seu sucessor, que o senador Collor, da tribuna do Senado, chamou muitas vezes de “prevaricador”, também não achou na pasta o Demóstenes, o Palocci, o Cachoeira, o Caneta, o Aécio nem o Daniel Dantas.
Os tucanos estão aliviados com o triunfal retorno do de Grandis.
Ufa !
O problema agora está nas mãos da Ministra Rosa Weber, que vai relatar no Supremo o trensalão tucano.
Se valer súmula vinculante do mensalão (o do PT), o Padim Pade Cerra e o Alckmin vão em cana.
Porque, no julgamento do mensalão (o do PT), a Ministra Weber considerou que deveria condenar o Dirceu exatamente por causa da dificuldade de provar que ele era o chefe da quadrilha.
Nesse caso, será mais fácil configurar a responsabilidade de Cerra e Alckmin.
A menos que a “peça acusatória” que vier do Ministério Público se perca numa tucana pasta.






Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

As placas tectônicas se mexem!

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O ex e atual presidentes da república talvez quisessem algo mais discreto. A Globo talvez esperasse uma reação envergonhada. O que aconteceu, no entanto, surpreendeu a todos. A militância petista presente à abertura do 5º Congresso do partido, realizada ontem, em Brasília, recebeu as suas maiores lideranças com inflamados gritos de guerra.
A coragem, como se diz, contamina. E nada melhor para unir uma comunidade política do que um inimigo externo, ainda mais se há convicção de que este agiu com má fé, mau caratismo e arbitrariedade, como é o caso da grande mídia.
Tem alguma coisa se mexendo nas placas tectônicas da política nacional. Na postura corajosa da militância petista e do próprio presidente do partido, Rui Falcão, havia um pouco do calor das milhões de pessoas que saíram às ruas, nos meses de junho a julho, gritando um refrão desconcertante:
“A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura!”
Em 2014, teremos o aniversário de 50 anos do golpe de Estado. Iremos “comemorar”? Ou iremos usar a data para esmagar, de uma vez por todas, os resquícios da ditadura?
Este ano, descobrimos que os generais receberam milhões de dólares para apoiar o golpe de Estado e que Juscelino Kubischek foi assassinado.
Este ano, duas escolas, uma no Rio, outra em Salvador, decidiram, via eleições internas diretas, mudar de nome. Em Salvador, a escola Emilio Garrastazu Medice deu 406 votos para Marighella e 128 votos para Milton Santos. Nenhum voto para a ditadura. No Rio, o Colégio Estadual Presidente Costa e Silva decidiu mudar seu nome para Abdias Nascimento, um dos mais importantes representantes do movimento negro nacional, e que ocupou a Secretaria de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras durante o governo Brizola.
O Brasil está perdendo o medo daqueles que apoiaram o regime militar e com ele se tornaram poderosos. E que tentam manter as benesses conquistadas durante o tempo de exceção, através de uma tática ainda mais vil que a truculência dos milicos: manipulando as informações.
Isso não é brincadeira. Os falcões americanos deram um golpe contra a paz mundial com mentiras sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque. A informação foi manipulada e o mundo perdeu mais de um milhão de vidas, além da tunga de dois trilhões de dólares no contribuinte americano.
A irresponsabilidade da nossa mídia, repito, não é brincadeira. Não é mais uma questão de “bater” no PT. Eles agridem a democracia, de um lado, e prejudicam a nossa economia, de outro. E, assim como em 1964, por um punhado de dólares…
Ontem, por exemplo, aconteceu uma coisa muito grave. Houve um ridículo ataque especulativo à Petrobrás e aos interesses nacionais, felizmente abortado pelo Fernando Brito, do Tijolaço.  Baseado na informação de um site apócrifo, um coxinha que faz “contribuições” para o site da Forbes, provavelmente de graça, noticiou que a Petrobrás tem 31% de chance de falir. A grande mídia e o PSDB, ambos sem nenhum compromisso com a verdade, com a Petrobrás e com o Brasil, repercutiram a irresponsabilidade.
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Brito logo descobriu que o mesmo site, fonte da “previsão”, estima que a Vale, a maior empresa de minério de ferro do planeta, tem 59% de chance de falir. Ou seja, é quase um site de pornochanchada financeira, tocado por algum robozinho mal programado.
Aliás, não se trata mais apenas de irresponsabilidade e incompetência. Há interesses muito mais obscuros por trás dessa campanha sistemática contra o Brasil. A quem interessa comprar tão facilmente uma previsão, baseada em informações falsas, de que a Petrobrás, a jóia da nossa coroa, tem chance de falir? Em informações falsas, repito!
Os americanos, agora sabemos, fugiram de Libra porque planejavam um assalto político mais vantajoso no México, onde um governo conservador lhes garantiu a chance de explorarem petróleo com desenvoltura e truculência imperialistas.  Mas ainda continuam por aqui, patrocinando manipulações, para que os fluxos mundiais de investimento fiquem só com eles, não com a gente.
*
Abaixo, reproduzo chamada na capa, fác-símile da página 3, e o texto da matéria, do Globo de hoje, para registro histórico.

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NO GLOBO
Com Lula e Dilma, Congresso do PT se transforma em ato de apoio a mensaleiros condenados
Ex-presidente cita caso de helicóptero pego com cocaína e diz que imprensa dá mais atenção ao mensalão
Em discurso, Rui Falcão diz que mensalão foi ‘tsunami de manipulação’
FERNANDA KRAKOVICS E LUIZA DAMÉ
Publicado:
12/12/13 – 18h15
Atualizado:
12/12/13 – 23h01
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BRASÍLIA – Com as presenças da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o 5º Congresso do partido, aberto na noite desta quinta-feira, foi transformado em um ato de apoio aos petistas condenados no julgamento do mensalão. Com Lula e Dilma no palco, a plateia gritou em coro: “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”, “Genoino, guerreiro do povo brasileiro”, e “Delúbio guerreiro, do povo brasileiro”. Lula começou seu discurso afirmando que não falaria de mensalão, mas depois de apelos da militância se referiu ao caso como “a maior campanha de difamação”:
- Eles tinham medo do Lula, agora têm que enfrentar a Dilma e o Lula, agora têm que enfrentar um partido que na maior campanha de difamação faz um PED (Processo de Eleição Direta) e coloca mais de 400 mil militante para votar – disse Lula, citando as eleições internas do PT, que elegeu novos dirigentes no mês passado.
O ex-presidente também comparou o caso do helicóptero de um parlamentar pego com cocaína à repercussão do emprego de Dirceu.
- Nosso partido tem sido vítima das suas virtudes e não só de seus defeitos. Somos criticados pelas coisas boas que fazemos, não só pelos erros. Se for comparar o emprego do Zé Dirceu no hotel com a quantidade de cocaína no helicóptero, pelo menos houve uma desproporcionalidade na divulgação do assunto – disse Lula, em referência à cocaína encontrada no helicóptero que pertence à família do senador Zezé Perrella (PDT-MG).
Antes de falar, a plateia havia gritado, em coro:
- Lula, guerreiro, defenda os companheiros.
Dilma: ‘couro duro’
Dilma, em seu discurso, não citou o mensalão, mas relembrou a afirmação de Lula de que há momentos em que se adquire um “couro duro” com os ataques sofridos pelos oponentes.
- Adquirimos um couro duro. Esse couro duro é que nos permite que olhemos sempre para nossas origens, para o fato de que somos um partido que representa uma causa, uma ideia e que não pode nesses momentos difíceis, onde o couro fica duro, esquecer quem somos. É isso que nos mobiliza, e faz com que enfrentemos todas as dificuldades e saibamos que a vida é dura – disse Dilma.
Ela citou os protestos que acontecerem no país neste ano, e disse que o PT é um partido que ouve o que pedem as ruas e que o governo dela tem a mesma postura.
- Jamais nos esqueceremos daquilo que conquistamos, por isso sabemos que são importantes alguns momentos do país. Não somos um partido que deixa de ouvir os movimentos populares, que deixa de ouvir as manifestações. E por isso não podemos ser um governo que não escuta as ruas e as manifestações.
Dilma afirmou que nenhum outro partido fez tanto pela transparência e combate a corrupção. Ela defendeu uma reforma nas instituições políticas e afirmou que é preciso buscar mais ética.
- É algo que o PT sempre defendeu – disse.
Rui Falcão: ‘tsunami de manipulação’
O presidente do PT, Rui Falcão, abordou o julgamento em discurso. Falcão disse que os petistas foram condenados injustamente e sem provas. Ele afirmou que o julgamento foi um “tsunami de manipulação” e que o processo foi político, para manipular a população contra o PT.
- É o típico caso da manipulação realimentando a mentira e da mentira realimentando a manipulação. A história vai provar que nossos companheiros foram condenados sem provas, em um processo nitidamente político, influenciado pela mídia conservadora – disse o presidente da legenda, que reforça que não foi usado dinheiro público no mensalão.
Como foi dito ontem na Câmara pelo deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos condenados, Falcão afirmou que o julgamento é uma situação de “dois pesos e duas medidas” e que opositores seguem sem punição por outros casos. Ele cita o suposto mensalão mineiro, que teria entre os participantes políticos do PSDB.
- Surpreendentemente, o suposto sentimento de punição e justiça continua sem alcançar determinados setores e partidos, o que caracteriza uma inegável situação de dois pesos e duas medidas. Por que o silêncio de mais de uma década, no martelo dos juízes, no famoso mensalão do PSDB mineiro? – afirmou Falcão.
As denúncias de formação de cartel no metrô se São Paulo, que atingem o governo paulista e políticos do PSDB, também foram citadas pelo petista. Falcão disse, no discurso, que o governo de Lula e de Dilma foram os que mais combateram a corrupção.
- Não faremos uma campanha no estilo mar de lama como nossos adversários estão acostumados, e na qual, aliás, foram treinados por seus ancestrais. Mas se enganam os que pensam que vamos levar injustiça e desaforo para casa.
Participaram do Congresso do PT os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento), Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Versões de Lula para o mensalão
Em 2005, em meio à crise do mensalão, o ex-presidente Lula fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV dizendo que se sentia traído pelos acontecimentos divulgados, e pediu desculpas ao povo brasileiro.
Mais tarde, Lula passou a divulgar diversas versões sobre o caso, desde que fora uma mera repetição de atitude comum aos políticos brasileiros, o uso de caixa 2 nas campanhas eleitorais, até que tudo não passara de uma tentativa golpista de tirá-lo do poder. Lula prometeu ainda provar, quando saísse da Presidência da República, que o mensalão simplesmente não existiu.
ZÉ DIRCEU E GENOINO.4

"LIVRO BOMBA" DE TUMA VIRA TÁBUA DE SALVAÇÃO TUCANA

No dia dos 45 anos do AI-5, duas escolas mudam de nome para ensinar democracia

escolavota
Hoje, dia do 45° aniversário do famigerado AI-5 –  muita gente não sabe, mas houve outros, antes, também cassando direitos políticos, como o AI-2, já em 1964 – leio em O Globo uma notícia própria para limpar os céus nesta manhã.
Duas escolas – uma no Rio outra em Salvador – mudam de nome, por decisão de professores e alunos, para ser livrar da carga que terem como patrono dois ditadores lhes traz.
A Escola Emílio Médici, em Salvador, passa a ter o nome do baiano Carlos Marighella, assassinado em seu governo.
A escola Costa e Silva, no Rio, um energúmeno rematado, passa a ter o nome do poeta, ator e militante social Abdias do Nascimento, a quem eu tive a honra de conhecer e partilhar das causas anti-racistas.
As meninas aí da foto – baianas como Marighella, negras como Abdias -,  simples pré-adolescentes, que estão votando para a escolha do nome de sua escola – coisa que os brasileiros não pudemos fazer por quase 30 anos – bem que poderiam chamar os ministros do nosso Supremo Tribunal para se sentarem uns dias por lá.
Quem sabe aí aprendessem que o resgate da verdade histórica é um dever de quem quer o progresso humano e que, afinal, o castigo que se deseja para quem fez tanto mal nem é contra suas pessoas, as físicas, que em geral já se foram.
O castigo que se quer é, sobretudo, que todo um povo saibam o que fizeram, quem fez, para que seus nomes, vivos no passado, se apaguem eternamente no futuro.

"PT UNIU DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL"