Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

BELLUZZO: ‘COM OS DOGMAS NEOLIBERAIS NÃO SE CONSTRÓI UMA NAÇÃO E O SEU DESENVOLVIMENTO





*Lula dá a receita: "as pessoas não desejam simplesmente votar a cada quatro anos; querem interação diária com os governos locais e nacionais, e participar da definição de políticas públicas.Se as instituições democráticas utilizassem as novas tecnologias de comunicação como instrumento de diálogo e não, apenas, para propaganda, elas passariam a respirar ar mais fresco" (Lula, no New York Times)

***CNT: Dilma lidera para 2014 e vence qualquer um no 2º turno. Conclusão: eles vão radicalizar  * Crise da mídia eleva a tensão no país (aqui ).

‘O domínio ideológico da escola econômica neoliberal tem o poder de impedir grandes mudanças. Essa predominância constitui um verdadeiro "bloqueio ideológico" que, somado a debilidades do Estado atual, produzem uma grande dificuldade de governos de fazer política. Você não tem mais um Estado capaz de fazer política. O Estado americano, por exemplo, não passa de um comitê de empresas. O neoliberalismo não é um produto de Reagan ou Thatcher; é produto da derrota da luta social. A primeira coisa que Reagan e Thatcher fizeram foi derrotar os sindicatos. O  Brasil precisa não apenas retomar sua industrialização, mas fazer sua reintegração produtiva no mundo. Nessa reacomodação interna e externa, deve inclusive rever questões como o protecionismo. Não é nada fora de propósito a presidente  exigir das empresas que vão explorar o Pré-Sal um alto grau de conteúdo nacional. Os planos para o futuro, todavia, não podem prescindir de uma atenção especial à educação - não propriamente a educação técnica, mas a humanista, aquela que dê elementos para o cidadão entender e julgar. A democracia não pode se resumir ao voto. A cidadania é o exercício permanente de participação. É importante a consolidação de uma cultura democrática de debate em espaços de "controvérsia e discussão", a exemplo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social"  (Luiz Gonzaga Belluzzo, por Inês Nassif, no especial '10 Anos do CDES'. Acesse o ícone nesta pág. e acompanhe o Seminário Internacional Sobre Desenvolvimento).

Pesquisa mostra o pessimismo como causa da queda de Dilma


Eduguim
114ª rodada da pesquisa CNT/MDA, que foi a campo entre 7 e 10 de julho, contrasta fortemente com a 113ª, levada a campo entre 1 e 5 de junho. Entre as datas de conclusão das duas pesquisas, passaram-se 35 dias. Nesse período, no cenário mais provável para a eleição de 2014 Dilma Rousseff perdeu 19,4 pontos percentuais, Marina Silva ganhou 8,2 pontos, Aécio Neves perdeu 1,8 pontos e Eduardo Campos ganhou 3,7 pontos.
A aprovação do desempenho pessoal de Dilma caiu 24,4 pontos, indo de 73,7% na pesquisa anterior para 49,3% nesta, e a desaprovação ao seu governo subiu de 20,4% para 47,3%, uma alta de 26,9 pontos, ou 131,8% de aumento na desaprovação à presidente da República.
Já a aprovação ao governo caiu de 54,2% para 31,3%, perda de 22,9 pontos devido, sobretudo, ao aumento dos percentuais de ruim (que foi de 5,5% para 13,9%) e péssimo (que foi de 3,5% para 15,6%).
A própria pesquisa explica a razão de piora tão acentuada no capital político de Dilma Rousseff e de seu governo. Há piora em pontos altamente sensíveis das expectativas do brasileiro em relação ao futuro, sobretudo na percepção do que ocorrerá com o mercado de trabalho, no qual a expectativa de aumento do desemprego saltou de 11,5% em junho para 20,4% em julho.
A expectativa em relação a queda do nível de renda ficou praticamente igual (8,5% em junho e 8,8% em julho). A expectativa sobre piora na saúde também (24,2% em junho e 25,7% em julho). A expectativa sobre piora na educação, idem (de 17% em junho e 18,1% em julho).
Mas é em outra área que causa alarme pelo imediatismo de suas oscilações na qualidade de vida das pessoas que ocorreu outra grande piora de expectativas: na segurança pública, os que acham que ela vai piorar passaram de 17,1% para 24,1%.
Nesse aspecto, os protestos de rua em junho aparecem como os indutores dessa sensação de piora na economia e na segurança.
Com 84% de aprovação a manifestações de rua que se concentraram com muito mais força em críticas ao governo federal e à sua titular, a queda de Dilma e de sua administração nem chega a ser tão ruim quanto poderia, o que se explica pelo entendimento de parcela minoritária da população de que o que está ruim nessa área também se deve a governos estaduais e municipais.
Eis que o medo do desemprego desponta como o principal problema para a imagem do governo federal e para a da sua titular. Os protestos de rua conferiram credibilidade aos vaticínios que a grande mídia vinha fazendo sobre piora na economia e, consequentemente, no meio de sobrevivência de todos: o emprego.
A percepção sobre segurança pública afeta menos o governo federal porque ele divide a responsabilidade com governos estaduais e municipais. Dessa maneira, o melhor caminho para Dilma e seu governo recuperarem aprovação está em conseguir impedir que os problemas na economia que os transtornos de junho ainda irão gerar se reflitam no nível de emprego. Se houver piora nesse setor, a coisa vai ficar feia.

A suprema Globo











De PauloNogueira, no Diário do Centro do Mundo, hoje:

Porque a Globo faz o que faz

Existe uma passagem no livro Dossiê Geisel – uma compilação de papeis do arquivo pessoal de Geisel – que conta muito sobre o espírito da Globo.
O governo militar – que criara a Rede Globo para receber apoio maciço na televisão – começara a ficar preocupado com o monopólio da emissora. Os militares não queriam que a emissora crescesse mais.
A Globo, por isso, não receberia novas concessões.
Roberto Marinho se insurgiu.
Numa conversa com um ministro de Geisel, registrada e depois guardada pelo ex-presidente, Roberto Marinho explicou a filosofia da Globo. Ele queria que tirassem os freios à expansão de seu negócio.
Uma empresa que não cresce declina, afirmou Marinho.
Na visão dele, a Globo teria sempre que crescer para não entrar em declínio.
Crescer a qualquer preço seria uma consequência natural do modo de ver as coisas de Roberto Marinho: ele jamais se caracterizou por escrúpulos ou magnanimidade.
Num dos episódios mais reveladores de sua vida empresarial, submeteu o concorrente quebrado Adolpho Bloch a uma espera interminável em sua antessala. Bloch precisava de dinheiro. Ao recebê-lo enfim Roberto Marinho disse: “Passar bem.”
Foi essa a maneira que ele encontrou de responder a Bloch depois de um episódio em que o direito de transmissão do Carnaval do Rio fora dado à Manchete.
Seus herdeiros – Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto – são continuações e extensões do pai.
Isso significou que, morto Roberto Marinho, as coisas continuaram essencialmente do mesmo jeito na Globo.
Ou crescemos ou estamos fritos.
Se você acredita nisso, tende a tomar grandes riscos para o avanço ininterrupto.
Se os riscos parecem protegidos por um esquema que garanta, ou quase garanta, impunidade, você num certo momento já não enxerga limites.
O espetacular caso da trapaça fiscal para não pagar os impostos relativos à compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002 se encaixa aí.
Por que não fazer algo que evitaria o pagamento de milhões de reais? A Receita poderia pegar? Difícil: quem quer encrenca com a Globo?
E se uma eventual disputa fosse parar na Justiça.
Ora, a Globo tem excelentes conexões na Justiça. O mais novo integrante do Supremo, Luiz Roberto Barroso, era advogado da organização de lobby da Globo, a Abert.
Num artigo publicado no Globo, Barroso defendeu a reserva de mercado para a mídia brasileira com argumentos engraçados.
Num deles, dizia que seria arriscado uma emissora estrangeira – chinesa, suponho – fazer propaganda, no Brasil, da ideologia de Mao Tsetung.
Em outro, classificava as novelas de patrimônio cultural brasileiro. Não poderíamos arriscar perder esse patrimônio, segundo Barroso.
As relações são sempre renovadas. Recentemente, a Globo empregou o filho de Joaquim Barbosa. Algum tempo antes, como revelou o Diário, JB pagara – quer dizer o erário pagara – as despesas de viagem de uma jornalista do Globo para cobrir uma palestra insignificante sua na Costa Rica.
Uma das vozes mais estridentes em defesa dos interesses dos Marinhos – Merval Pereira – desfilou várias vezes com Ayres Brito, recém-aposentado do Supremo.
O magistrado escreveu o prefácio de um livro de Merval sobre o Mensalão. Na luz do sol. Isso quer dizer que, com o passar dos anos e com a consolidação da impunidade, você já não enxerga coisas como a abjeção de relações promíscuas. Merval e Ayres Brito sorriram para as câmaras como se a aliança entre ambos fosse natural.
Quem acredita que o caso dos direitos da Copa de 2002 foi o único acredita em tudo, como disse Wellington.
Nos últimos anos, a Globo se esmerou em práticas destinadas a sonegar impostos.
A transformação de funcionários caros em Pessoas Jurídicas, as PJs, por exemplo.
De vez em quando, isso traz problemas, mas o benefício parece ser muito maior que a custo nas contas da Globo. Neste momento, um dos PJs, Carlos Dornelles, trava uma disputa jurídica com a Globo.
Semanas atrás, em São Paulo, eu soube que o jornalista Paulo Moreira Leite – que eu contratara para a Época pela CLT, é claro – fora transformado em PJ depois de minha saída do cargo de diretor editorial das revistas da Globo. (PML hoje está na Isto É.)
É o chamado vale tudo para crescer.
Num ambiente de acentuado declínio das mídias tradicionais por conta da internet, você pode imaginar o grau de ansiedade – e agressividade — dos Marinhos para continuar a crescer.
O fato novo, aí, é o jornalismo digital.
É mais fácil controlar tudo quando nada é noticiado, evidentemente.
O jornalismo digital acabou com isso. As coisas saem. A opinião pública é informada de coisas como a sonegação na compra da Copa.
Em outras circunstâncias, dois ou três telefonemas dos donos da Globo bastariam para que ninguém noticiasse na mídia tradicional. E você não saberia de nada.
A mídia digital liquidou esse controle subterrâneo das informações.
Quem ganha com isso é a sociedade.

Agência Brasileira de…quê? Ah, de Inteligência…











E alguém ainda duvida?
Temos aqui, além da jabuticaba, o boato sem boateiros do Bolsa-Família, o grampo sem áudio de Gilmar Mendes, o Banco Central que aumenta juros quando há sinais de recessão, a imprensa que não publica o sumiço de um processo de sonegação da Globo que já saiu até no Diário Oficial e, agora…a sala secreta da Abin aberta à visitação pública!
Sim, caros e raros leitores e leitoras, foi esta sala – a sala de controle integrado da Abin e outros órgãos do Sistema de Inteligência Brasileiro, como Exército e Polícia Federal – que o ministro José Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional,levou os jornalistas para conhecer hoje…
Parece coisa, como diria a minha avó, não de general, mas de cabo-de-esquadra.
Ninguém está defendendo, é obvio, arapongagem e espionagem. Mas daí a expor a análise e as previsões do sistema de inteligência nacional e seu nível de preocupação com cada fonte potencial de problemas em eventos vai a distância entre James Bond e o Inspetor Clouseau.
Leiam que pérolas:
“ As tendências para cada um desses pontos (monitorados pelo sistema) é exposta num painel na sala de controle (…) As ações de “grupos de pressão” são as únicas que estão em nível vermelho, a escala máxima de possibilidade de incidentes. Há diversos pontos monitorados, como “organizações terroristas”, “crime organizado”, criminalidade comum”, “incidentes de trânsito”, entre outros.(…)
“Diante das ações dessa fonte percebidas no país nos últimos meses, associadas às ações internacionais relacionadas a grandes eventos desse teor, considerou-se tendência de manifestação positiva durante o evento”, informava o painel, indicando sinal vermelho.”
Eu fico imaginando se não daria para o pessoal dos Black Blocks dar uma ligadinha para lá e perguntar:
- E aí, brou, como é que nós tá no painel?
- Amarelinho…
- Pô, aê, nós merecia pelo menos um laranjinha…
Estão confundindo transparência com exibicionismo.
Nenhum serviço de informações e inteligência do mundo faz esse tipo de “public relations” pueril.
Já imaginaram o chefe da CIA chamando a galera para tomar um café na sala de operações da Companhia? De repente, acende uma luzinha vermelha e o “secreta” deles fala:
- Pô, lá vem esse chato do Obama, quer dizer, do Osama, encher o saco e perturbar o final de semana da gente!
Eu, às vezes, não sei o que estou fazendo aqui, achando que as pessoas são sérias.
 Por: Fernando Brito

GILMAR ESTEVE NO CASAMENTO DA NETA DO REI DO ÔNIBUS

CAFEZINHO: SEM TRABALHAR, BARBOSA RECEBEU R$700 MIL

MP-DF APURA SUSPEITA DE SONEGAÇÃO DA GLOBO

SERVIDORA QUE SUMIU COM "GLOBOGATE" É CONDENADA