Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MEDO DA VOLTA DE LULA ESTAMPA GRANDES JORNAIS



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Folha e Globo tratam o ex-presidente Lula como se ele fosse, de fato, o prefeito de São Paulo em abordagens que reduzem a autoridade de Fernando Haddad; jornal paulista destaca "diretrizes" passadas por Lula; publicação do Rio afirma que Lula colocou em prática a "teoria do poste"; Lula mostrou que está vivo e assustou
247 - Quem é o prefeito de São Paulo? Pela leitura dos grandes jornais brasileiros, seu nome não é Fernando Haddad, que foi eleito com 3.387.720 votos, mas sim Luiz Inácio Lula da Silva. A abordagem da mídia tradicional nesta quinta-feira sobre o encontro entre Lula, Haddad e seus secretários reduz a autoridade do prefeito e a transfere ao ex-presidente, que seria, segundo essa visão, o comandante, de fato, da maior cidade do Brasil.
Na manchete da Folha, informa-se que "Lula se reúne com equipe de Haddad e dá diretrizes". No Globo, na primeira página, uma ironia na legenda da foto, como se Lula estivesse colocando em prática a "teoria do poste", seguida da informação "Haddad atento às dicas do seu mentor".
Antes mesmo de ser eleito, Haddad já havia deixado claro que teria Lula como um de seus principais conselheiros. "Ele é a maior liderança política do Brasil e seu governo foi um laboratório de políticas públicas bem-sucedidas", disse Haddad, ao 247, durante a campanha. "Não há por que desprezar essa experiência".  Ontem mesmo, quando indagado sobre o encontro, Haddad disse que convidou o ex-presidente a falar a seus secretários e que ele se colocou à disposição. Na reunião, Lula recomendou que Haddad e seus assessores fiquem atentos a políticas públicas de inclusão social colocadas em prática no Rio de Janeiro, que ajudaram a diminuir a violência.
O encontro deveria ser encarado com naturalidade, mas Haddad já foi carimbado como poste com apenas uma quinzena de gestão. Talvez porque os grandes jornais tenham descoberto agora que, a despeito de tudo, Lula continua vivo e é um dos principais atores – se não, o principal – da política brasileira.

HADDAD AO 247: "O JORNAL PODE FALAR O QUE QUISER"


Heinrich Aikawa / Instituto Lula:

Prefeito de São Paulo ignora ironias registradas pelo jornal O Globo em sua primeira página desta quinta-feira; jornal diz que ex-presidente Lula esteve na sede municipal para aplicar a "teoria do poste"; ao 247, Haddad fez outra avaliação: "Me senti muito confortável em receber a equipe do presidente e apresentar a minha equipe a ele. Se eu não puder receber o presidente com quem trabalhei por cinco anos, o que posso fazer?"
Marco Damiani _247 – Um dia depois de receber, na sede da Prefeitura, ao lado de dez secretários municipais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reforçou ao 247 sua avaliação de que a visita teve um caráter de absoluta normalidade. "Os jornais podem falar o que quiserem", disse ele, a respeito do tom irônico com que o encontro foi tratado, especialmente pelo jornal O Globo, do Rio de Janeiro.
"Não vi o que o jornal escreveu, mas os jornais podem falar o que quiserem". Haddad demonstrou tranquilidade diante da repercussão que a visita de Lula encontrou na mídia tradicional. "Se eu não puder receber o presidente com quem trabalhei por cinco anos, o que posso fazer?". Fica claro que Haddad não será um prefeito de, como se diz na política, passar recibo a eventuais provocações publicadas na mídia tradicional.
"Me senti muito confortável em receber a equipe do presidente e apresentar a minha equipe a ele", acrescentou o prefeito. O secretário municipal de Governo, Antônio Donato (PT), também presente no encontro desta quarta-feira, foi mais longe. "Se Fernando Henrique quiser aparecer, nós também o receberemos. O governo Fernando Haddad é amplo", disse ele ao 247 durante evento da ONG Rede Nossa São Paulo no Sesc Consolação, onde esteve com o prefeito.
Donato, tal qual Haddad, não viu problemas na forma como a reunião com Lula foi realizada. "Havia uma mesa e todos se sentaram, não há como não ver Lula como uma referência. Ele transmitiu sim um pouco de sua experiência e passou orientações, isso foi positivo. Os jornais podem falar o que quiserem", repetiu.
Nesta quinta-feira, os jornais Folha de S.Paulo e O Globo trataram Lula como se ele fosse, de fato, o prefeito de São Paulo em abordagens que reduzem a autoridade de Fernando Haddad. O jornal paulista destacou as "diretrizes" passadas pelo ex-presidente ao novo comandante da capital paulista. Já a publicação do Rio de Janeiro afirma que Lula colocou em prática a "teoria do poste", seguida da informação "Haddad atento às dicas do seu mentor".
O evento da Nossa São Paulo, organização comandada pelo empresário Oded Grajew, apresentou os resultados da sexta edição da pesquisa encomendada ao Ibope sobre a percepção dos paulistanos em relação à cidade, que inclui a quarta edição do Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município).


Pobreza e desigualdade caem no Brasil e sobem nos EUA e Europa


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No início do ano, a mídia e os partidos de oposição ao governo Dilma pareceram tentar apelar a uma segunda estratégia no âmbito da guerra que desencadearam a partir, vá lá, do segundo ano do governo Lula (2004).
O desempenho modesto do PIB no ano passado e uma suposta “crise de abastecimento de energia elétrica” que culminaria em “racionamento” se associaram a outros factóides menores, induzindo estrangeiros que não conhecem o Brasil a imaginarem que o país está em ruínas.
Para tanto, matérias recentes de veículos da imprensa escrita britânica como The Economist e Financial Times, baseadas no noticiário da grande mídia tupiniquim sobre a nossa economia – e à revelia dos problemas sociais e econômicos ingleses, que aumentam sem parar –, colaboraram para essa visão absurdamente equivocada sobre o Brasil.
Supostos “especialistas” em economia dos quais Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja lançam mão toda vez em que tentam convencer o Brasil e o mundo de que nossa economia está sendo mal gerida parecem ter apostado em que teriam sucesso simplesmente descrevendo uma realidade que o povo brasileiro não enxerga e não sente.
O fato é que o Brasil, do ponto de vista de seu povo, vai muito bem, obrigado, como disse o insuspeito colunista de Folha e O Globo Elio Gaspari, que, recentemente, espantou-se com o fato de que o sistema bancário brasileiro absorveu “uma Argentina” em número de novos correntistas.
Esse, porém, é apenas um dos sintomas – talvez o mais tênue – do espantoso êxito de nossas políticas econômica e social. O aumento exponencial dos negócios dos bancos é uma medida oriunda de uma ótica mercantilista da qual a grande imprensa oposicionista brasileira padece.
Os melhores indicadores para o sucesso que os governos do Brasil obtiveram de 2004 para cá no sentido de melhorar as condições de vida no país está expresso justamente em dois indicadores para os quais a direita midiática não dá a menor bola: pobreza e desigualdade.
E, para terminarmos de mensurar esse sucesso, basta comparar a situação social brasileira com a dos países ricos no âmbito de uma crise econômica internacional que vem sendo considerada por dez entre dez analistas econômicos como a maior da história.
Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, a pobreza no Brasil caiu 7,9% e a desigualdade de renda continua caindo, conforme constatação da pesquisa De Volta ao País do Futuro, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada em meados do ano passado.
Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, a queda dessas chagas sociais ocorre em ritmo três vezes maior do que o sugerido pelas metas do Milênio das Nações Unidas (ONU). “O Brasil está na contramão de sua história pregressa e da de outros países emergentes e desenvolvidos”, asseverou o pesquisador.
De 2003 para cá, já são cerca de 40 milhões de pessoas (como diz Elio Gaspari, “Uma Argentina”) que subiram acima da linha da pobreza, passando a integrar o conjunto da sociedade com acesso ao sistema bancário, ao consumo e à educação.
Em 2012, o Brasil deve ter um dos seus mais baixos índices de desemprego da história, cerca de 5%, o que pode ser considerado, praticamente, como pleno emprego, se levarmos em consideração que a pesquisa do IBGE sobre emprego e renda desconsidera o trabalho informal.
Mas para mensurarmos o quanto o Brasil “Vai muito bem, obrigado”, basta olharmos para o que acontece no coração e pátria do capitalismo, os Estados Unidos, onde a pobreza não para de aumentar, ou mesmo na Europa, onde as condições de vida superam largamente a dos americanos.
A pobreza e a desigualdade de renda vêm crescendo assustadoramente nos Estados Unidos. 47 milhões de americanos, ou 15% da população do país, mergulharam abaixo da linha da pobreza.
Uma das evidências mais impressionantes desse processo é a versão americana das nossas favelas, comunidades formadas por barracas de camping que estão se espalhando como fogo pelos Estados Unidos, sendo vistas em mais de 50 cidades por todo o país.
Abaixo, matéria de um telejornal americano sobre o fenômeno.

No século XXI, o número de pobres nos Estados Unidos subiu 47%. Nos últimos quatro anos, aumentou em 60% o número de cidadãos daquele país que recorreram a programas sociais, um dos quais o tão criticado (pela mídia brasileira) Bolsa Família, que passou a ser adotado pelo governo Barack Obama, ainda que de forma meio cosmética…
Abaixo, reportagem do UOL sobre o processo de empobrecimento americano.

 

Na Europa central, o quadro não é tão melhor. A taxa de desemprego na região é de 10,4%, ou 24 milhões de cidadãos da zona do euro. Os jovens são os mais atingidos, respondendo por 22,1% do total de desempregados.
As dívidas dos governos europeus também não param de subir. Na zona do euro, chegam a 87,4% do PIB, enquanto que, no Brasil, os débitos do governo passam um pouco de 30%. E cerca de um quarto dos europeus mergulhou em risco de pobreza, que só faz crescer ano a ano na região.
Um dado impressionante: pesquisa realizada pelo pesquisador britânico Danny Dorlling, da Universidade de Sheffield, mostrou que a desigualdade de renda na Inglaterra voltou ao que era em 1918.
Enquanto isso, entre 2011 e 2012, no Brasil, a distância entre os mais ricos e os mais pobres continuou caindo. O índice de Gini, no período, caiu de 0,53 para 0,51. No início do governo Lula, era de 0,589, após ter ficado praticamente igual ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso.
Nesse contexto, os esforços da oposição formal e da informal (mídia) ao governo Dilma para tentarem convencer os brasileiros de que “o país vai muito mal, obrigado”, só podiam dar nisso: tanto o governo quanto sua titular batem seguidos recordes de popularidade.

Resposta do Presidente da Infraero ao Jornalista Artur Xexéo




Brasília-DF, 08 de janeiro de 2013
Caro Artur Xexéo,
Como milhares de brasileiros, tomei conhecimento da sua coluna publicada no Jornal O Globo, edição do dia 2 de janeiro, intitulada “O Pior Aeroporto do Mundo”, e gostaria, igualmente, de tecer algumas considerações a respeito do que foi nela abordado.
Desconheço a quantidade de vezes que o senhor esteve no Aeroporto Tom Jobim (não concordo com o “coitado do Tom Jobim”, já que vincular o nome do homenageado ao objeto da homenagem não me parece muito correto, mas isto é apenas a minha opinião) nos últimos meses, mas o que lá aconteceu recentemente parece não ser do seu conhecimento.
No período de 2011/12, das nove esteiras existentes no Terminal 1, as quatro destinadas ao tráfego internacional foram substituídas e as cinco domésticas, revitalizadas; dos 35 elevadores, a totalidade foi substituída e estão todos em funcionamento, além de mais 35 que serão implantados ainda em 2013. Existem em funcionamento 30 lojas de serviços, sendo 13 por 24 horas, e sete lanchonetes, sendo quatro delas por 24 horas, conforme atestam diversos passageiros, uma vez que cessaram as reclamações neste sentido. O sistema automatizado de transporte e triagem de bagagens foi contratado em novembro de 2012, com investimento de R$ 59 milhões e a instalação está prevista para o início de 2014.
Efetivamente, o terminal 1, por ser um terminal ainda da época da inauguração do aeroporto na década de 1970, teve mesmo a ocorrência de goteiras, mas garanto que com a reforma que já se iniciou pela ala A, e posteriormente nas alas B e C, os problemas desta natureza estarão definitivamente sanados (se o senhor tiver a oportunidade de visitar o citado terminal, poderá atestar as obras, hoje na ala A).
Quanto ao terminal 2, ainda neste mês de janeiro será inaugurada a parte nova do terminal (cerca de 40% da ampliação prevista), para onde será transferido o check-in de parte das companhias que operam voos internacionais no aeroporto.
A necessidade de prestar esses esclarecimentos reside na intenção de demonstrar que a sua afirmação “o que autoridades dizem não é para ser escrito” não é verdadeira. Além disso, demonstra que as expressões “caiu aos pedaços”, “faz mal à saúde” (ainda não descobrimos ninguém que contraiu alguma doença no aeroporto) e “deveria ser interditado” (tenho certeza de que o senhor não pensou nem um minuto nos 50 mil passageiros que lá transitam todos os dias e nas 30 mil pessoas que lá trabalham para sustentar suas famílias, mas isso não é mesmo sua obrigação) são situações que saíram de sua brilhante imaginação, não condizendo nem um pouco com a realidade do aeroporto.
Me permita também discordar das razões que o levaram a considerar o Aeroporto do Galeão como o pior aeroporto do mundo (prefiro acreditar que ele seja o pior dentre os que o senhor conhece, pois imagino que o senhor não conhece todos). Escreveu o senhor que o Galeão tornou-se o pior aeroporto do mundo porque “a Infraero não se preocupou em dar uma única explicação ou um pedido de desculpas aos usuários do aeroporto”.
As suas premissas não são verdadeiras, o que permite concluir que a sua conclusão também não o seja.
Todas as explicações sobre o ocorrido foram dadas ainda na noite de quarta-feira, bem como durante toda a quinta-feira, explicações estas reproduzidas por todos os noticiários do país, inclusive no jornal para o qual o senhor escreve. Como talvez o senhor não tenha tomado conhecimento, permita-me esclarecê-lo:
1) Às 20h55 um estabilizador de energia, ligado à linha principal de fornecimento de energia do aeroporto, localizado na subestação que o abastece, de propriedade e responsabilidade da Infraero, incendiou, desligando automaticamente a luz em todas as dependências do aeroporto;
2) As luzes de emergência do terminal 2 se acenderam imediatamente, mas infelizmente tal fato não aconteceu no terminal 1;
3) Os geradores que fornecem energia emergencialmente ao sistema de pistas e pátios funcionaram imediatamente (todas as aeronaves que se destinavam ao aeroporto pousaram normalmente), mas infelizmente os que abastecem os terminais só entraram em funcionamento às 21h05;
4) Nos sistemas de emergência de qualquer aeroporto, inclusive os melhores do mundo, só funcionam a iluminação e as entradas de energia (tomadas) – nenhum sistema alternativo comporta o funcionamento de todos os equipamentos existentes. Essa foi a razão do senhor não ter encontrado as escadas rolantes funcionando em sua trajetória até a sala vip da British Airways, que por sinal fica na ala B do Terminal 1, não no Terminal 2. Destaque-se que as lojas fechadas nessa ala serão mantidas dessa forma em virtude da reforma que ocorrerá no local, não havendo interessados em alugá-las por curto período;
5) A linha de energia auxiliar, situada na mesma subestação da linha principal, somente pôde ser ligada pela concessionária de energia elétrica às 23h, devido à interdição do local pelo Corpo de Bombeiros;
6) Tendo voltado a energia pela linha auxiliar, os equipamentos do aeroporto foram sendo reativados, com supervisão da própria concessionária de energia elétrica, de forma paulatina, de maneira que à 1h de quinta-feira estavam todos funcionando normalmente.
Com relação ao pedido de desculpas, novamente o senhor não deve ter tomado conhecimento, mas em entrevista a diversos veículos da imprensa brasileira, na manhã de quinta-feira, o superintendente do aeroporto se desculpou pelos contratempos enfrentados pelos usuários. Eu mesmo, na manhã de sexta-feira, em entrevista coletiva no próprio aeroporto, pedi desculpas aos passageiros dos 19 voos que partiram com atraso (nenhum superior a uma hora e não tivemos nenhum voo cancelado) e a todos os que estavam no aeroporto naquele momento.
Evidentemente, estamos reavaliando todo o sistema de redundância do aeroporto, para impedir que tal fato aconteça novamente, numa eventual ocorrência de falta de energia elétrica no futuro.
Lamento que o senhor não tenha recebido nenhuma explicação da Infraero naquela oportunidade, mas a sua informação de que deixamos os passageiros agirem por conta própria, não condiz com o fato de que todos embarcaram em seus voos e partiram, com pequenos atrasos, é verdade, mas partiram e chegaram em segurança aos seus destinos.
Se o senhor me permite uma discordância adicional, gostaria de abordar a sua opinião a respeito da eficiência da Infraero. Evidentemente, não conheço todas as empresas públicas brasileiras e não tenho condições de avaliar as suas eficiências. Como o senhor parece ter (a comparação pressupõe o conhecimento dos entes comparados, sob pena de ser uma comparação irresponsável, o que me parece não ser característica de sua pessoa), mas considerar a Infraero “a mais ineficiente das empresas públicas brasileiras”, pelas razões expostas na sua coluna, é, no mínimo, uma tremenda injustiça para com essa empresa que construiu e administra os aeroportos brasileiros há 40 anos.
A minha opinião, apesar de ser apenas uma opinião (como a sua também o é), se baseia no trabalho desenvolvido por todo o corpo funcional dessa empresa na administração de 63 aeroportos, 22 torres de controle (orientação de aproximação de voos), 24 gerências de navegação aérea (algumas localizadas em regiões de difícil acesso, como Iauaretê, no norte do Amazonas), 38 unidades técnicas de navegação aérea (operação de radares e equipamentos de orientação ao voo), cinco estações meteorológicas de altitude (responsáveis pelo lançamento de 10 balões meteorológicos diários e da análise dos dados coletados, para orientação das aeronaves), que trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, permitiram em 2012 o transporte de mais de 180 milhões de passageiros e de 1,3 bilhão de toneladas de carga, em 3 milhões de pousos e decolagens, com absoluta segurança.
A mim pareceria mais adequado se sua crítica se voltasse à administração da Infraero, da qual faço parte, e não à empresa como um todo, mas isto também é apenas uma opinião, que não me parece que será levada em conta pelo senhor.
Por fim, como não tenho a tribuna de O Globo para levar ao conhecimento de milhares de brasileiros minhas considerações a respeito do assunto, como o senhor a tem, informo que, por uma questão de lealdade para com os empregados da Infraero, os verdadeiramente atingidos por sua injusta (é só mais uma opinião) manifestação, esta correspondência será reproduzida nos canais internos da empresa.
Cordialmente,
Antonio Gustavo Matos do Vale
Presidente da Infraero

Contração da economia alemã é novo golpe para eurozona

*Tarso Genro: conservadorismo tenta espetar ruínas no Brasil, no PT e no governo Dilma para usar o entulho como lastro de sua volta ao poder.



A contração econômica da Alemanha no último trimestre de 2012 e a redução oficial das projeções de crescimento para este ano são um novo golpe para a zona do euro. Segundo o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha a contração foi de 0,5%. Segundo o Banco Central alemão, a economia crescerá 0,4% este ano, muito menos do que o 1,6% previstos. A crise dos países do sul da zona do euro está alcançando a Alemanha e apagando a ilusão de um desacoplamento graças à mítica eficiência produtiva germânica. O artigo é de Marcelo Justo, direto de Londres.


Londres - A contração econômica da Alemanha no último trimestre de 2012 e a redução oficial das projeções de crescimento para este ano são um novo golpe para a zona do euro. Segundo o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha a contração foi de 0,5%. Segundo o Banco Central alemão, a economia crescerá 0,4% este ano, muito menos do que o 1,6% previsto em cálculos anteriores. Na primeira metade do ano passado o crescimento alemão evitou uma recessão do conjunto da eurozona. É óbvio que as coisas estão mudando.

A crise dos países do sul da zona do euro está alcançando a Alemanha e apagando a ilusão de um desacoplamento graças à mítica eficiência produtiva germânica. Em 2009, a Alemanha sofreu uma contração de 5% como consequência da crise mundial, mas em 2010 e 2011 teve uma rápida recuperação com um crescimento de 4,2% e 3% respectivamente. A queda foi abrupta na segunda metade do ano passado e deixou o Produto Interno Bruto (PIB) alemão com um anêmico aumento de 0,7%. Em declarações ao Financial Times nesta quarta-feira o presidente do governo da Espanha, mariano Rajoy, que aceitou o plano de ajuste em seu país, pediu às nações credoras da eurozona que ponham em marcha políticas de estímulo ao crescimento. “Este é o momento de colocar em marcha essas políticas. Está claro que não se pode pedir a Espanha que adote políticas de expansão, mas sim aos países da zona do euro que estão em condições de fazê-lo”, afirmou.

Um dado deveria favorecer esta mudança. Segundo o mesmo Escritório de Estatísticas, a Alemanha obteve um superávit fiscal de 0,1%, o primeiro desde 2007. Mas o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schauble reafirmou, terça-feira à noite, a posição de austeridade de seu governo.

As duas eurozonas
Desde o estouro da crise da dívida na Grécia em 2010, a zona do euro vem apresentando uma história de realidades paralelas. Enquanto os PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) afundavam na recessão, a Alemanha, segundo exportador mundial depois da China, crescia graças suas vendas ao exterior. Segundo Marie Dirone, economista sênior da consultora internacional Ernest and Young, os novos dados provam que a Alemanha não pode se desvencilhar do destino de seus vizinhos. “Durante um certo tempo causou assombro a capacidade alemã para resistir à debilidade do sul da Europa com a diversificação de suas exportações para a China e outros mercados emergentes. Está claro que isso tem limites. A Alemanha está sentindo a queda da demanda nos outros países da zona do euro”, assinalou à Carta Maior.

Não chega a surpreender. A metade das exportações alemãs tem como destino os países da zona do euro. O dado se reflete nas estatísticas oficiais. O setor exportador, que representa mais da terça parte do PIB alemão, sofreu uma queda abrupta no último trimestre do ano passado. Esta queda arrastou a zona do euro que terminou 2012 em recessão (dois trimestres consecutivos de contração).

Os novos dados oficiais mostram também que o euro segue sofrendo do desequilíbrio estrutural entre economias muito distintas, o que vem colocando em perigo o projeto da moeda única europeia. Entre Alemanha ou França e Grécia ou Portugal sempre houve um abismo de produtividade e competitividade. Estas diferenças não eram incorrigíveis. No coração do projeto pan-europeu estava a ideia de homogeneizar economias diversas por meio do investimento público nas zonas mais atrasadas.

Mas o euro nasceu em meio à grande festa financeira. Graças à moeda única, os países da periferia, os PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), tiveram uma taxa de juro muito baixa que financiou bônus de investimento e consumo pagos com um crescente endividamento. O resultado foi que os países do norte europeu exportaram e os do sul consumiram com base em um déficit de conta corrente. O ajuste decidido pelo governo alemão socialdemocrata de Gerhard Schroeder em 2003 aprofundou o desequilíbrio: os salários alemães tiveram uma estagnação relativa aos do Sul que encareceu os produtos que vinham dos PIGS.

O ajuste unidimensional
Segundo uma escola de pensamento, sendo a zona do euro uma unidade, o desequilíbrio não deveria importar tanto: a queda de uma região seria compensada pelo crescimento de outra. Mas o especialista alemão da London School of Economic, Henning Meyer, opina que a unidade da zona do euro é uma ficção sem mecanismos concretos que compensem os desequilíbrios. “A zona do euro não tem transferências fiscais que compensem a queda de uma região. E a política que está sendo impulsionada no conjunto da região é exatamente a contrária a um mecanismo desta natureza. Há um ajuste assimétrico pelo qual os países que têm déficit estão adotando políticas recessivas enquanto que os países que apresentam superávit não estão adotando políticas expansivas”, disse Meyer à Carta Maior.

A chanceler alemã Angela Merkel é a grande papisa da austeridade na zona do euro em meio a uma contração que começa a afetar os interesses do poderoso setor exportador alemão. Estes programas de ajuste, que o jornal espanhol El País batizou como “austericídio”, são uma corda no pescoço que o governo alemão segue apertando. É preciso reconhecer que o fundamentalismo alemão é coerente. Há duas semanas, o ministro de Finanças, Wolfgang Schauble assinalou que a própria Alemanha necessita de um ajuste fiscal.

Isso dependerá muito do que ocorrer com sua economia. O fantasma que começa a rondar entre os analistas é a possibilidade de uma recessão alemã. A este fantasma econômica se somam as eleições de setembro, nas quais a chanceler Merkel tem que renovar seu mandato. “A Alemanha tem vivido em um mundo paralelo no qual a crise da zona do euro era uma coisa que se via pela televisão. Se a economia alemã se deteriorar, isso pode ter um forte impacto no resultado das eleições, na política adotada e no conjunto da eurozona”, disse Meyer à Carta Maior.

Tradução: Katarina Peixoto

DESEMPREGO DE 4,4%. É PLENO EMPREGO. UM HORROR !

É o que joga água na fogueira dos Urubólogos: desemprego cai e a renda sobe !

    NOVO ÍNDICE “TEMPO REAL” DA FIPE CALCULA DESEMPREGO DE DEZEMBRO EM 4,4%




    A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas calcula que o desemprego no País tenha caído a 4,4% em dezembro, ante 5,2% em novembro . O dado oficial ainda será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a Fipe passará a produzir dados antecipados sobre o mercado de trabalho, de forma inédita no Brasil, conforme o iG adiantou na segunda-feira (14) .

    O método da Fipe, chamado em outros países de “nowcasting” (em oposição a “forecasting”, ou previsão), usa o banco de dados da Catho, empresa que reúne mais de 300 mil anúncio de vagas e 300 mil currículos na intenet, como base para os cálculos. Além disso, utiliza informações de buscas na web sobre termos como seguro desemprego, FGTS e outros relacionados ao tema. 

    (…)

    Para o amigo navegante ter uma ideia da importancia dos 4,4% da FIPE, ver o que aconteceu em novembro do ano passado, agora segundo o IBGE:

    EM NOVEMBRO, DESOCUPAÇÃO FOI DE 4,9%


    A taxa de desocupação foi estimada em 4,9%, a menor para o mês de novembro desde o início da série (março de 2002) e a segunda menor de toda a série (a menor foi de 4,7% em dezembro de 2011). A taxa registrou queda de -0,4 ponto percentual frente a outubro de 2012 (5,3%) e manteve-se estável em comparação com novembro do ano passado (5,2%). A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) caiu -8,0% no confronto com outubro (menos 106 mil pessoas procurando trabalho) e ficou estável frente a novembro do ano passado. A população ocupada (23,5 milhões) ficou estável em comparação a outubro. No confronto com novembro de 2011, ocorreu aumento de 2,8% nessa estimativa (mais 634 mil ocupados). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,4 milhões) não registrou variação na comparação com outubro. Na comparação anual, houve uma elevação de 2,5%, representando um adicional de 278 mil postos de trabalho com carteira assinada.

    O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.809,60, o valor mais alto da série iniciada em março de 2002) apresentou alta de 0,8% na comparação mensal e de 5,3% frente a novembro do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 42,8 bilhões) apresentou alta de 1,0% em relação a outubro e cresceu 8,3% em relação a novembro de 2011. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 42,8 bilhões), estimada em outubro de 2012, subiu 0,9% no mês e 8,7% no ano.

    (…)