Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lula: “a cara do banqueiro não aparece na TV porque é ele que paga a propaganda”





Falando fórum "Escolher o crescimento, sair da crise", em Paris, o ex-presidente criticou os banqueiros que gozam de impunidade absoluta: “o mais fantástico é que o Lehman Brothers quebra e ninguém vai preso, enquanto o banco recebe os bilhões que os países nunca recebem no mundo”. Lula disse ainda que a cara de nenhum banqueiro responsável pela crise aparece na TV porque são eles que pagam a propaganda.


O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez diferença em relação aos demais participantes do fórum “Escolher o crescimento, sair da crise”, organizado em paris pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurés. Longe da verborragia consensual neste tipo de encontro, Lula disse na capital francesa que “é preciso distribuir para crescer”, ao mesmo tempo em que criticou copiosamente os “comitês de crise” que se criam quando chega o incêndio. 

Lula interpelou o ex-primeiro ministro socialista Lionel Jospin, presente na sala, e perguntou quantos desses comitês havia criado quando esteve no poder. O ex-mandatário contou que havia criado muitos desses comitês de crise, mas que só começou a avançar realmente quando criou “comissões de soluções”.

Interrompido várias vezes por aplausos, Lula denunciou “a falta de representatividade” dos organismos internacionais e defendeu a criação de mais espaços representativos multilaterais, que aumentem o peso das vozes alternativas em nível internacional. “Precisamos criar instrumentos e mecanismos com mais solidariedade, mais democracia, para que as decisões não estejam subordinadas a quem tem mais dinheiro, mais poder ou uma indústria maior”. 

O senso de humor e a pertinência do ex-presidente fizeram da jornada final do fórum um momento especial. Lula criticou os banqueiros que gozam de uma impunidade absoluta: “o mais fantástico é que o Lehman Brothers quebra e ninguém vai preso, enquanto o banco recebe os bilhões que os países nunca recebem no mundo”.

Lula lembrou que a crise “é responsabilidade de um monte de desconhecidos” e perguntou ao público se alguém tinha visto na televisão a “cara de algum banqueiro”. “Não”, respondeu, e voltou a perguntar: “sabem por quê? Porque é o banqueiro que paga a propaganda”. 

Por último, Lula defendeu uma visão solidária e responsável do desenvolvimento. O ex-presidente se perguntou “por que o mundo desenvolvido, que tem problemas de consumo, não cria mecanismos de financiamento para que os países africanos recebam fundos com juros de longo prazo, mais baratos, para assim começar a desenvolver uma indústria, uma agricultura”.

Tradução: Katarina Peixoto

Folha dá aula de como tirar Frase de Lula do contexto


por Luiz Carlos Azenha

Eu ouvi o discurso do ex-presidente Lula em Paris, ontem. Quem quiser ouvir, clique abaixo:



Lula falou sobre a crise econômica internacional, além de exaltar as conquistas de seu próprio governo.
A crise econômica internacional foi consequência da desregulamentação dos mercados financeiros e os bancos receberam bilhões de dólares e euros em dinheiro público como forma de resgate.
Conforme descrito por Eduardo Febbro na Carta Maior:
Interrompido várias vezes por aplausos, Lula denunciou “a falta de representatividade” dos organismos internacionais e defendeu a criação de mais espaços representativos multilaterais, que aumentem o peso das vozes alternativas em nível internacional. “Precisamos criar instrumentos e mecanismos com mais solidariedade, mais democracia, para que as decisões não estejam subordinadas a quem tem mais dinheiro, mais poder ou uma indústria maior”.  O senso de humor e a pertinência do ex-presidente fizeram da jornada final do fórum um momento especial. Lula criticou os banqueiros que gozam de uma impunidade absoluta: “o mais fantástico é que o Lehman Brothers quebra e ninguém vai preso, enquanto o banco recebe os bilhões que os países nunca recebem no mundo”.
No início do discurso, Lula chegou a mencionar um “sociólogo” e empresários não identificados, dizendo que esperavam que ele, Lula, fosse um fracasso no governo, mas que “a história os enganou e eu muito mais”.
Mais para a frente, deu alguns alguns foras diplomáticos, como ao mencionar o Fórum Mundial Social de Porto Alegre como reunião de “xiitas” ou ao dizer que tinha viajado muito, inclusive ao Timor Leste, sem entender o motivo de ter ido até lá. Coisas da descontração de um ex-presidente.
Porém, é importante ouvir o discurso na íntegra para constatar que a absoluta ênfase de Lula foi na crise econômica internacional, suas consequências e soluções.
Ele propôs debates sobre o tema e foi nesse contexto que afirmou:
“Essa crise não é de nenhum de nós individualmente. Essa crise é da responsabilidade de pessoas que nós nem conhecemos. Porque, quando um político é denunciado, a cara dele sai de manhã, de tarde e de noite no jornal. Vocês já viram a cara de algum banqueiro no jornal? Sabe por que não sai? Porque é ele que paga as propagandas dos jornais. Então, não sai nunca”.
O que a Folha fez com a frase?
Retirou a menção de Lula à crise e fez um acréscimo que mudou completamente o sentido da frase (grifo meu):
Sem citar diretamente o depoimento de Valério, ele criticou a imprensa. ”Quando um político é denunciado, a cara dele sai de manhã, de tarde e de noite no jornal. Vocês já viram a cara de algum banqueiro no jornal? Sabe por que não sai? Porque é ele que paga as propagandas nos jornais”, disse.
Pronto, segundo a Folha Lula usou o discurso para rebater depoimento de Marcos Valério e criticar a imprensa brasileira, como em Acusado, Lula ataca imprensa e volta a falar em candidatura.
Uma verdadeira aula sobre como esquentar uma manchete.

Leia também:



NA FRANÇA, NUNCA DANTES BATE FORTE NO PIG (*)



“Vocês já viram banqueiro nos jornais? São eles que pagam as publicidades da mídia”, questionou Lula.


Saiu na BBC Brasil:

SEM COMENTAR DENÚNCIAS, LULA FAZ CRÍTICA VELADA À IMPRENSA



Daniela Fernandes

De Paris para a BBC Brasil

No encerramento de uma conferência em Paris organizada por seu instituto, o ex-presidente Lula evitou comentar as denúncias do empresário Marcos Valério divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, mas fez uma crítica velada à imprensa brasileira.

Sob fortíssimo esquema de segurança, que impedia a todo custo a aproximação de jornalistas, Lula falou no evento por 1 hora e 20 minutos. Pouco antes de concluir seu discurso, que focou na necessidade de buscar soluções para enfrentar a crise, o ex-presidente fez, sem elo direto aparente, uma rápida comparação sobre o tratamento dado pela mídia às denúncias contra políticos e contra banqueiros.

“Quando político é denunciado, a cara dele sai noite e dia nos jornais. Vocês já viram banqueiro nos jornais? São eles que pagam as publicidades da mídia”, afirmou Lula em tom crítico, sob aplausos da plateia.

Na terça-feira, o ex-presidente foi alvo de denúncias do empresário Marcos Valério, segundo o qual o ex-presidente teria avalizado empréstimos e tido parte de suas despesas pessoais pagas com o dinheiro que abastecia o esquema de compra de votos de parlamentares durante seu governo.

As acusações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo.

(…)

Em seu discurso no encerramento do “Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise”, organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès e aberto na terça-feira por Dilma e Hollande, o ex-mandatário brasileiro falou longamente sobre como seu governo lidou com as crises econômicas.

(…)

Lula estava bastante empolgado em seu discurso e fez a plateia rir várias vezes e também aplaudir, como no momento em que ironizou o fato de ter perdido várias eleições e “que um dia o povo brasileiro ficou com tanta dó” que o elegeu.

O ex-presidente fez um balanço de seu governo e das transformações econômicas e sociais durante seus mandatos, falou sobre as novas relações internacionais do Brasil iniciadas por ele e comentou também a crise atual.

Lula viaja para a Catalunia, na Espanha, na manhã desta quinta-feira, onde irá receber um prêmio por sua luta no combate à pobreza.



Clique aqui para ler “Lula: crise chama para decisões políticas”. 


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

As denúncias de Marcos Valério e Garotinho



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JANIO DESMONTA  A  FARSA DO  VALERIODANTAS (*)


Cadê o Ministro Zavascki ? Já tomou posse ?


Saiu na Folha (**):
Janio de Freitas



A VOZ AUTORIZADA



Com a diversidade de fatos e personagens a que se refere, Valério saberia demais para que tudo seja verdade

Do muito já escrito e dito sobre as acusações feitas por Marcos Valério, não desmereço nem a habitual e sempre desmedida exploração política na imprensa e na TV, mas a importância está no que disse Antonio Fernando de Souza, ex-procurador-geral da República.

Foi divulgado no site G1 e reproduzido a meio de um texto discreto no “Globo”, encabeçado pela recusa do atual procurador-geral Roberto Gurgel a comentar as acusações.

Eis um trecho representativo: “A informação que eu tive é que esse depoimento é baseado no ‘eu acho’, ‘eu vi’, ‘me disseram’.

Não sei o que o Ministério Público Federal tem a fazer, mas pelo que vi não tem nem o que fazer, porque não tem documentos, não tem data. Só tem a fala, sem indicação de como confirmar isso, pelo que sondei”.

Quem diz isso é o autor, quando procurador-geral, da denúncia formulada ao Supremo para realizar-se o chamado julgamento do mensalão, e na qual o ministro Joaquim Barbosa baseou o teor do seu relatório.

É, ainda, alguém que “sondou”, obviamente na própria Procuradoria-Geral detentora das acusações de Valério, e “teve informação” a respeito. Seu conhecimento do material não vem, portanto, como o divulgado e utilizado pelos meios de comunicação e políticos, de frases e trechos extraídos por quem os quis em circulação.

Os ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurélio Mello, como previsível, recomendam a investigação das acusações. De fato, não haveria motivo para deixar de fazê-la.

Se bem que, pelo evidenciado ao ex-procurador-geral, investigar ainda seja apenas espremer as palavras de Valério em busca ao menos de indícios, que o Supremo sabe como transformar em consequências penais. É a verificação que Roberto Gurgel, se não fez, não deixará de fazer.

Mas o que já está divulgado fortalece a informação de Antonio Fernando de Souza: com a diversidade de fatos secretos e de personagens a que se refere, Marcos Valério saberia demais para que tudo seja verdade.

Conversas entre Lula e Palocci, pormenores da morte de Celso Daniel, transações financeiras na China, encontros com Lula e Dirceu, encontros de um com o outro, autoria de medida provisória, projetos da Portugal Telecom -é muito, e não é tudo. E só bombas -sem as necessárias espoletas.

Tratando-se de um aventureiro, está muito bem. Faz o jogo dele quem quiser. Os outros esperam pelo acréscimo de algo mais verossímil. Ou pela percepção dos motivos de Marcos Valério para mais uma rodada do seu jogo.

SEM EXPLICAÇÃO

O Supremo, em sua sessão de segunda-feira, discutiu matéria constitucional. O já empossado ministro Teori Zavascki, que só não votaria a matéria penal do mensalão, nem estava presente.


(*) Clique aqui para ler “Fala, Valério, fala !” – PHA

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Contrabando de Nióbio estaria financiando Rede Globo Minas


Investigações do Ministério Público Estadual e da Receita Federal apuram a
destinação dos valores desviados pela venda subfaturada de Nióbio

Um canal de televisão que desde seu surgimento esteve no centro das grandes jogadas
políticas estaduais e nacionais, através de acordos pouco ortodoxos, volta à cena sob
suspeita de carrear recursos provenientes da venda subfaturada de Nióbio, para financiar
a expansão da Rede Globo em Minas Gerais, a serviço de um projeto político.
A principal suspeita de irregularidade encontrada é o fato do dirigente da Rede Integração,
 Antônio Leonardo Lemos Oliveira, sem se afastar da emissora, assumir a vice presidência
da CODEMIG, empresa pertencente ao governo de Minas encarregada de administrar o
patrimônio minerário do Estado, por consequência a extração, beneficiamento e venda
do Nióbio.
A venda e exploração do Nióbio de Araxá já é objeto de investigação pelo Ministério
 Público mineiro. Porém, um relatório da Receita Federal visando apurar a evasão de
 divisas existente na venda subfaturada do mineral joga luz sobre a possível transferência
de recursos obtidos na operação pela Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá,
sociedade celebrada sem autorização legislativa ou licitação entre CODEMIG e CBMM,
 empresa do Grupo Moreira Sales para a Rede Globo de Televisão.
Em 1962, através da outorga assinada pelo primeiro-ministro Tancredo Neves,
 foi entregue a TV Triangulo ao empresário Edson Garcia Nunes. Tudo por articulação
política de Adib Chueire, e em 1964, um mês após o golpe militar, foi ao ar a emissora.
 O primeiro contato de retransmissão foi com a TV Excelsior e a seguir com a Record.
No início da década de 70, a difícil situação da TV Record e o fim da TV Excelsior
comprometeram o funcionamento da TV Triângulo.
As ações de Edson Garcia Nunes, suas opções a respeito da televisão e o próprio
nome da emissora já o colocavam como um defensor da criação do Estado do Triângulo.
Segundo o seu depoimento, essa opção tomara novo fôlego em 1967, quando ele passa
a participar mais ativamente do movimento de emancipação do Estado do Triângulo.
A TV Triângulo passa a divulgar o movimento, a bandeira do estado é afixada nos
caminhões da emissora, faixas e inscrições defendendo a causa. 
                                                         
A principal peça da campanha emancipacionista era: “Essa gente sabe muito bem
 cuidar do seu nariz. Estado do Triângulo. Vamos respirar livremente. O crescimento
desse movimento começava a incomodar o Governo Militar ,e em 1968, segundo
informações do próprio Edson Garcia Nunes, ele é convocado para uma “conversa”
 com o Chefe de Gabinete do então presidente Costa e Silva.
Nessa conversa ficou claro que, se Edson Garcia Nunes não se afastasse do movimento
separatista, perderia a concessão do canal. Movimento que deixou de ser significativo
 quando o uberlandense Rondon Pacheco assume o governo do Estado de Minas Gerais.
 Segundo Golberi, a TV Triangulo simulava a vontade de divisão do Estado de Minas Gerais
 para justificar a escolha de Rondon Pacheco pelo regime militar.
Segundo o livro depoimento de Edson Garcia Nunes, em 1965, a TV Triangulo passava por
 uma séria crise financeira e o político paulista Ademar de Barros o convida para uma
 visita ao seu gabinete em São Paulo, e lá faz uma proposta para a compra da emissora.
Aceitando, chegou a receber uma ordem de crédito equivalente à metade do valor da
venda como uma primeira parcela do pagamento. Antes da segunda parcela, que seria
 paga após seis meses, Adhemar de Barros tem os seus direitos políticos cassados e
desiste da compra.
Os problemas financeiros se repetiram em 1968 quando Rondon Pacheco ocupava a
Chefia da Casa Civil do presidente militar Costa e Silva. Os novos proprietários da
TV Excelsior, já então uma pequena Rede, com quatro emissoras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), envolvem-se em uma delicada negociação de venda
da rede que envolveu o próprio Garcia Nunes, atuando como “testa de ferro” de
Antônio Delfim Netto, que tinha aspirações políticas de ser Governador do Estado de
 São Paulo.
A negociata incluía, entre outras coisas, que um processo envolvendo a falsificação
dos selos de uma empresa de cigarros, de propriedade dos mesmos empresários que
 comandavam a Excelsior, fosse “desaparecido”. Em troca, os empresários passariam
 dois terços das ações das emissoras para os novos proprietários sem nada receber.
 Os novos donos teriam como compromisso apenas o pagamento das dívidas de Impostos
Federais, encargos sociais e salários dos funcionários.
Enquanto as conversações corriam e auditorias eram realizadas, ficou comprovado que o
 valor das dívidas era maior do que o esperado, e foi feito um novo acordo que, segundo
 Edson Garcia Nunes, incluiu o “esquecimento” dos impostos federais. Nesse meio tempo
 também, os proprietários das quatro emissoras receberam uma boa oferta pela TV Gaúcha
 e realizaram o negócio acreditando que o interesse do grupo comprador ao qual estava
ligado Edson Garcia Nunes resumia-se à emissora de São Paulo.
Ele, no entanto, se sentiu traído, pois tinha um interesse particular na emissora gaúcha
 e o negócio se desfez.  Ainda interessado em expandir seus negócios, entrou em contato
com Otávio Frias, de quem comprou a TV Vila Rica, de Belo Horizonte, assumindo
as dívidas da empresa. A emissora foi logo vendida para Januário Carneiro, que
posteriormente a transferiu para á Rede Bandeirantes de Televisão.
Em 31 de agosto de 1971 a TV Triângulo é vendida para os empresários Tubal de
Siqueira e Silva, Rubens de Freitas e seu irmão Renato de Freitas e Rubens Leite,
 iniciando a retransmissão da programação da Rede Globo. A emissora foi a terceira
afiliada da Rede. Como o próprio Edson Garcia Nunes afirma em seu livro de memórias
, desde sua fundação a TV Triângulo esteve umbilicalmente ligada a “Jogadas Políticas e
econômicas” pouco ortodoxas.
Como se a seguir seu destino, os investimentos para expansão da Rede Globo no interior
de Minas Gerais, através da TV Triangulo, atual Rede Integração, assustam. Após 2002,
como que em um passe de mágica, a Rede Integração é propagada como de propriedade
exclusiva do empresário Tubal de Siqueira Silva. Segundo o relatório da Receita Federal,
 os investimentos posteriores já ultrapassaram R$ 1 Bilhão, sem que qualquer faturamento
significativo de publicidade tenha ocorrido no período.
Todo capital foi obtido através de empréstimos tomados de Bancos ligados ao Grupo
Moreira Sales. Em 2007, a Rede Integração adquiriu parte da TV Panorama, afiliada da
 Globo de Juiz de Fora/MG, expandindo a empresa também para a Zona da Mata,
controlando assim 4 das 8 retransmissoras da TV Globo em Minas Gerais e se tornando a
maior empresa de comunicação do interior mineiro. Cinco anos mais tarde, a Rede
 Integração assumiu a totalidade da TV Panorama que com isso, passou a se chamar
TV Integração Juiz de Fora.
Segundo o superintendente da emissora, Rogério Nery, a compra da participação é um
 marco importante. “Vamos levar efetivamente a marca da TV Integração para a Zona da
 Mata, com respeito aos costumes e à cultura da região, que é muito importante para o
Estado e para o país”. Dessa maneira, a TV Integração, que atua no Triângulo Mineiro,
Alto Paranaíba, Noroeste, Pontal e Centro-Oeste, agora passa a abranger a Zona da Mata.
 Ao todo, são 233 municípios que recebem a sinal da emissora e mais de 5,5 milhões de
telespectadores.
Ao todo, hoje são 259 cidades e 5.376,579 milhões de habitantes atingidas pelo sinal da
 Rede Integração que além de TV, opera 3 emissoras de rádio (95,1 FM, Globo
Cultura Am 1020 e Regional FM), um portal de Internet (Megaminas.com),
uma operadora de TV a Cabo (Net Patos de Minas), uma empresa com soluções para
web (Webroom) - com filiais em Uberlândia, Brasília e Goiânia - e uma produtora de
vídeo (Imaginare Filmes).
Emissoras
TV Integração Araxá (Araxá) - Canal 12
TV Integração Ituiutaba (Ituiutaba) - Canal 7 e 30 UHF Digital
TV Integração Uberlândia (Uberlândia) - Canal 8 VHF e 30 UHF Digital
TV Integração Juiz de Fora (Juiz de Fora) - Canal 5
Principais Cidades
Uberlândia - 611.903 habitantes IBGE/2011
Juiz de Fora - 520.810 habitantes IBGE/2011
Uberaba - 299.360 habitantes IBGE/2011
Divinópolis - 215.246 habitantes IBGE/2011
Patos de Minas - 139.848 habitantes IBGE/2011
Barbacena - 127.217 habitantes IBGE/2011
Araguari - 110.402 habitantes IBGE/2011
Ubá - 102.782 habitantes IBGE/2011
Muriaé - 101.430 habitantes IBGE/2011
Ituiutaba - 97.791 habitantes IBGE/2011
Araxá - 94.798 habitantes IBGE/2011
Itaúna - 86.123 habitantes IBGE/2011
Paracatu - 85.447 habitantes IBGE/2011
Pará de Minas - 85.075 habitantes IBGE/2011
São João del-Rei - 84.404 habitantes IBGE/2011
Patrocínio - 82.471 habitantes IBGE/2011
Viçosa - 72.244 habitantes IBGE/2011
Rádios
Cultura FM 95,1 - Uberlândia
Radio Bandeirantes de Araguari Ltda. - Araguari
Radio Cultura de Uberlândia Ltda. - Uberlândia
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. Ituiutaba
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Retransmissoras de TV
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Alegre de Minas. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patos de Minas. Canal 10
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Conquista. Canal 14
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Ituiutaba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patrocínio. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Frutal. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araporã. Canal 24
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Sacramento. Canal 2
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Carmo do Paranaíba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Coromandel. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Santa Vitória. Canal 36
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Tupaciguara. Canal 5
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Carmelo. Canal 9
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Guimarânia. Canal 13
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araxá. Canal 12

Consultado, o dirigente da Rede Integração e da CODEMIG, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, não quis comentar o assunto. Igualmente, a Rede Integração, Rede Globo e CODEMIG também não se pronunciaram.
Documentos que fundamentam esta matéria
Área de Cobertura TV Integração Araxá
Área de Cobertura TV Integração Juiz de Fora
Área total de Cobertura da Rede Integração
Área total de Cobertura da Rede Globo MInas
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