Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

DATAFOLHA: REJEIÇÃO A SERRA VIRA EPIDEMIA


Nenhum candidato com rejeição em torno de 40% consegue prosperar numa disputa política e chegar ao 2º turno. Esse consenso entre pesquisadores soa agora como os passos surdos rumo ao cadafalso para a candidatura do PSDB à prefeitura de São Paulo. Vive-se na capital paulista um fenômeno de esgotamento político que assume contornos de nitidez vertiginosa e dificilmente reversível: a rejeição esférica, espontânea, ascendente e incontrolável de uma cidade a um político e a tudo o que ele representa, seus métodos e metas. Já não se trata apenas de rejeição, mas de um fenômeno epidêmico que a palavra ojeriza descreve melhor e a expressão 'fim de um ciclo' coroa de forma objetiva. A rejeição a José Serra em São Paulo, seu berço político e casamata do PSDB, é o aspecto mais significativo da atual campanha e não para de crescer. Era de 30% em meados de junho: foi para 38% em agosto e explodiu na pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta 4ª feira, batendo em massacrantes 43%. Russomano lidera as intenções de votos com 31% (tinha 26% em junho); Serra, afundou para 22% (contra 31% em junho); como previsto, Haddad,  ao sair do anonimato no horário eleitoral, saltou de 7% em junho para 14% agora, dobrando as intenções de votos. A agressividade estridente da campanha tucana está explicada: é o som da marcha fúnebre elevando seus decibéis no ambiente irrespirável de um político e de uma política execrados em seu próprio berço.

A OCDD - ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DANIEL ET CATERVAS



Jornalismo mãe Dinah ataca novamente em O Globo


Esta foto do Lula de barba
ilustra a matéria
Mais um espécime do jornalismo mãe Dinah que floresce em nosso porcalismo tupiniquim.
Dessa vez, baixou na repórter Tatiana Farah de O Globo o espírito clarividente de mãe Dinah e ela saiu vendo coisas, lendo mentes, passado, presente e futuro.
Temos aí uma afirmação categórica que não é comprovada em nenhum ponto (repito, nenhum) da matéria.
Já no começo, o jornalismo mãe Dinah se manifesta:
SÃO PAULO - Um dos principais réus do mensalão, o ex-ministro José Dirceu tem se reunido semanalmente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os encontros ocorrem na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, ou no instituto Lula, em São Paulo. Em pauta, o julgamento do escândalo no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual Dirceu é acusado de formação de quadrilha e corrupção. Lula e seu ex-ministro também discutem a situação eleitoral deste ano, principalmente nas cidades escolhidas como prioritárias pelo PT: São Paulo, Recife e Belo Horizonte.
Procure, investigativo leitor, curiosa leitora, um único depoimento em toda a matéria de alguém que tenha visto ou confirme levemente esses encontros semanais. Não há.
Procure também qualquer informação de que José Dirceu tenha discutido o julgamento do chamado mensalão. Com Lula ou qualquer outra pessoa. Não há. Pelo contrário. Veja estes trechos da matéria, que a contradizem:
— Nem tocamos no assunto do julgamento — disse [o escritor Fernando] Morais [que o teria visitado].
(...)
— Não converso sobre isso com ele e me parece que ele não está interessado em conversar sobre o julgamento — disse Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Dirceu faz parte.
Ao final, a repórter mãe Dinah penetra a mente de José Dirceu e prevê seus próximos passos:
O ex-ministro se afastou da consultoria a empresas para acompanhar o processo no STF. A ideia era interromper o serviço até o fim do julgamento. Mas, como o caso tem se estendido, pode reavaliar o retorno. Ele prevê que o veredicto sai até meados de outubro.
Dirceu disse a ela que prevê algo? Não, mãe Dinah prevê que ele prevê. 
E os encontros com Lula? Ficaram apenas no título e no primeiro parágrafo, o chamado lead. Depois, foi ao éter de onde veio.
No Blog do Mello

Revolucionário virtual Assange “futuca” Tasso e Roseana


Clique na charge

Nessa batalha pela transparência, o Wikileaks já teve a chance de fazer dois alvos no Brasil: a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o ex-senador tucano Tasso Jereissati. Ambos tiveram dados de supostas contas bancárias no exterior expostos no Wikileaks. (Confira aqui o link para as informações de Roseana Sarney e aqui o link para as de Tasso Jereissati).
Tudo começou a partir do arrependimento de um banqueiro suíço, chamado Rudolf Elmer. Ex-gerente da filial do Julius Baer, um dos maiores bancos suíços nas Ilhas Cayman, ele foi demitido e decidiu tornar públicos dados bancários de clientes latino-americanos. Entre eles, figuras ligadas ao narcotráfico e ao ex-presidente do México, Carlos Salinas, o “FHC” que quebrou o México.
Elmer começou a postar no Wikileaks informações de seus clientes no Julius Baer. Um deles, o advogado José Brafman, ligado a Jorge Murad, marido de Roseana, e Miguel Ethel, amigo da família Sarney. Publicados em maio de 2009 pelo Wikileaks, os dados desse link que fala em US$ 150 milhões, foram negados pela família Sarney.
Sobre Tasso Jereissati, trata-se de um link postado também em março de 2009, sobre uma empresa chamada Ancanajo Trust. O responsável pela postagem foi também Rudolf Elmer, que, depois disso, se tornou alvo de processos na Suíça por atacar um dos principais pilares da economia do país: o sigilo bancário. Apesar da perseguição, ele publicou um livro, chamado Terror Financeiro, em que fala sobre o submundo do dinheiro sujo.
Apesar da denúncia postada no Wikileaks, nenhuma medida foi tomada por autoridades brasileiras, que poderiam abrir investigações sobre a suposta lavagem de dinheiro pelos dois políticos.
FONTE: Brasil247
Assange se converte no Che Guevara do século XXI

Movimentos Sociais devem ir à rua denunciar rendição do STF


O visível nervosismo da ministra do STF Rosa Weber ao proferir seu voto pela condenação do ex-presidente petista da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha denuncia um fato inédito na República – ao menos ocorrendo de forma tão desabrida: a Suprema Corte de Justiça do país se transformou em marionete de meia dúzia de mega empresários do setor de comunicação.
A perplexidade dos meios jurídicos com os motivos alegados pelos ministros que condenaram João Paulo com base em “verossimilhança” que dizem enxergar nas acusações que lhe foram feitas é tão grande que na edição de hoje (29.08) da Folha de São Paulo saiu artigo de um professor de Direito Penal que assinala “risco à Justiça” por conta dessa condenação.
Antes de prosseguir, reproduzo artigo do professor de Direito Penal da FGV do Rio Thiago Bottino
—–
FOLHA DE SÃO PAULO
29.08.2012
Relativizar exigência de prova põe justiça em risco
OS CRITÉRIOS QUE ORIENTAM ESSA ANÁLISE PROVÊM DA FORMAÇÃO JURÍDICA E DA TRAJETÓRIA DE CADA JULGADOR
THIAGO BOTTINO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O Código de Processo Penal diz que o juiz deve condenar um acusado com base nas provas. No caso do mensalão há uma gama enorme de provas: documentos, depoimentos, perícias e laudos. Todos os julgadores olham o mesmo enorme mosaico de elementos e a partir dele tomam uma decisão. Esse processo é feito em etapas.
Em primeiro, buscam provas que tenham um “certificado de origem” (não podem ser obtidas de forma ilícita, devem ser produzidas segundo as regras processuais).
Uma vez admitidas, podem passar à próxima etapa. Ainda assim, são milhares de provas de consistência e natureza diferenciadas.
A segunda etapa é da seleção. Alguns ministros terão seu olhar atraído para determinadas provas e nesse processo não verão outras. Daí os debates entre eles acerca de um fato ter sido provado ou não. Foi o que aconteceu quando o ministro Ricardo Lewandowski mudou seu voto ao considerar o que Joaquim Barbosa arguiu quanto ao bônus de volume.
Na terceira etapa, as provas são confrontadas. Entre aquelas selecionadas, ainda há contradições. As provas “brigam”: testemunhas dizem coisas opostas.
Desse confronto sai uma decisão: a versão convincente para o julgador. Os critérios que orientam essa análise são ocultos, provêm da formação jurídica e da trajetória profissional e pessoal de cada julgador, de sua avaliação sobre a força de cada prova.
Mas a decisão está sempre apoiada em provas. Barbosa escolheu o laudo dos peritos do TCU. Lewandowski, a decisão dos ministros do TCU.
Não se deve condenar com base em indícios, probabilidades, estranhezas, coincidências ou presunções. São como areia movediça na qual afunda a própria justiça da decisão. Diminuem a impunidade, mas aumentam o risco de condenações injustas.
O processo do mensalão comprova isso. O ministro Luiz Fux disse que é possível flexibilizar garantias. Mas dizer que é preciso relativizar a exigência de provas é diminuir o esforço que relator e revisor fizeram para indicar as bases de sua convicção.
Cada um selecionou, valorou e escolheu elementos diferentes, pois há provas para todos os gostos. Mas ambos apontam exatamente quais depoimentos, laudos e decisões servem de apoio para as decisões. E assim legitimam e explicitam suas posições.
THIAGO BOTTINO é professor de direito penal da FGV Direito, do Rio
—–
A perplexidade que vai se espalhando com a rendição escancarada da maioria dos ministros do Supremo aos ditames midiáticos deriva não apenas da condenação de João Paulo Cunha. Antes, vêm a escandalosa ultrapassagem do julgamento do “mensalão tucano” (mais antigo) pelo julgamento do “mensalão petista” e a negativa de desmembramento do processo “petista” que foi concedido pelo STF ao processo “tucano”.
Vai se confirmando acusação que o ministro Ricardo Lewandowski fez em privado ao STF em 2007 e que acabou se tornando pública porque o juiz estava sendo espionado pela Folha de São Paulo em sua intimidade. Repórter daquele jornal o ouviu dizer ao telefone em um restaurante que a Corte aceitou indiciar José Dirceu porque a mídia lhe pôs “faca no pescoço”.
Temos então no Brasil, hoje, uma Justiça para petistas e outra para tucanos. Ou, melhor dizendo, uma Justiça para os amigos e outra para os inimigos da Globo, da Folha, do Estadão e da Veja.
No caso dos amigos da mídia, a Justiça concede tudo, amacia, absolve, engaveta; no caso dos inimigos, condena sem provas e inverte o instituto In Dubio Pro Reo (na dúvida, a favor do réu). Como se sabe, o Direito reza que se só existem indícios contra alguém não se pode condená-lo com base no que parece que fez, com base em subjetividade absoluta.
A voz trêmula e hesitante de Rosa Weber ou o malabarismo retórico de Luiz Fux deixaram claro que eles sabiam o que estavam perpetrando e tentaram, clara e excessivamente, explicar o inexplicável.
Pouco antes de começar o julgamento do mensalão, houve troca de presidente da Central Única dos Trabalhadores. O presidente que assumiu, o sindicalista Wagner Freitas, naquela oportunidade afiançou que a CUT e outros movimentos sociais iriam às ruas caso o STF cedesse à mídia e fizesse um julgamento político. Pois bem: a mídia acaba de se assenhorar da Justiça brasileira, adquirindo, assim, o poder de condenar seus inimigos e absolver seus amigos, como se vê nos mensalões “petista” e “tucano”.
É óbvio que não se vai conseguir mudar os votos do STF. Está claro que, à exceção de Lewandowski e de José Antônio Dias Tóffoli, os outros ministros vão atuar como marionetes das famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita e não haverá manifestação que os recoloque na trilha do Direito.
Para que ir à rua, então? Simples: para denunciar. CUT, MST, UNE e tantos outros movimentos sociais têm meios de fazer explodirem manifestações por todo país. Nesses atos, deve-se explicar à sociedade nas ruas o casuísmo do STF e por que ele está ocorrendo.
Mas não é só. Esse deve ser o primeiro passo de um amplo movimento político de reação ao verdadeiro golpe de Estado que está em curso no Brasil.
As condenações sem provas de cidadãos pela mais alta Corte de Justiça do país têm que gerar uma reação política de peso, do contrário se instalará no Brasil a primeira ditadura midiática formal de que se tem notícia, onde inimigos da mídia são mandados para a cadeia por determinação de editorema direitarialistas, colunistas e âncoras de telejornal.

Mercenários da Blackwater Já Operam No Brasil

Sanguessugado do Opinião & Cia



O General-de-Brigada Durval Antunes de Andrade Nery, Coordenador de Estudos e Pesquisas do Cebres (Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos), denuncia em entrevista publicada no O Dia, que a recriação da IV Frota da Marinha dos EUA tem como objetivo uma futura intervenção militar nas jazidas de petróleo de pré-sal, recém descobertas pela Petrobrás no litoral brasileiro.
Além disso, o General relata a existência de mercenários da Blackwater em plataformas de petróleo administradas pela Halliburton e pertencentes à família Bush situadas na plataforma continental brasileira, devidamente licitadas pela ANP. A relação entre a Halliburton e a Blackwater é bem conhecida no mundo e seu histórico de ilegalidades e arbitrariedades está bem documentado no Google:
•Halliburton's Hidden Treuhand
•The few, the proud, the Blackwater
•Role of security companies likely to become more visible
•Waxman on warpath over Blackwater payments
Dick Cheney, atual Vice-Presidente dos EUA, era o Presidente da Halliburton antes de assumir a vice-presidência. A Halliburton possui escritórios no Rio de Janeiro e Macaé (RJ) e em Salvador (BA).
Segundo o relato de um Coronel de Exército Comandante de Batalhão na Amazônia, mercenários também já ocupam reservas indígenas contando com bases fluviais bem equipadas e fortemente armados, onde militares brasileiros so podem entrar com autorização judicial. Conforme já prevíamos no artigo anterior sobre a Blackwater, o futuro já chegou: mercenários já ocupam bases na Amazônia brasileira!!
Transcrevemos, a seguir, a matéria publicada no O Dia (bem escondida, por sinal). Este blog tentará contato com o General Durval para tentar colher maiores detalhes e informações sobre a denúncia.
16/08/2008 20:24:00
Essa IV frota é amiga?
Coordenador do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos, general vê com preocupação a reativação da esquadra dos EUA encarregada de proteger o comércio nos mares do sul e critica a presença de “mercenários” em plataformas do nosso litoral
Rio - Para a maioria dos militares brasileiros, não há como desassociar a recriação da IV Frota dos Estados Unidos da descoberta de imensa jazida de petróleo no nosso litoral. Entre esses militares, está o general de brigada da reserva Durval Antunes de Andrade Nery, coordenador de estudos e pesquisas do Cebres (Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos), que reúne entre seus pesquisadores diplomados pela Escola Superior de Guerra. Abaixo os principais trechos da conversa dele com O DIA.
IV Quarta Frota
“A decisão dos Estados Unidos de recriar a IV Frota foi apresentada como destinada a proteger o livre fluxo do comércio nos mares da região. Ora, se alguém tem condições de proteger, tem condições de impedir esse fluxo comercial. Pergunto: Por que proteger o comércio de uma área que não vive situação de guerra? E isso quando o Brasil dá notícia da extensão das jazidas do pré-sal como uma das maiores de todo o mundo”.
Grupo Halliburton dos EUA
“Esta empresa está envolvida com o apoio logístico em todo o mundo no que diz respeito ao petróleo, principalmente no Iraque. A Halliburton é uma empresa que hoje, no Brasil, mantém um de seus (ex-) diretores como diretor da ANP (Nelson Narciso Filho, indicado pelo presidente Lula e aprovado em sabatina no Senado). Esse homem tem acesso a dados secretos das jazidas de petróleo no Brasil”.
Bush e o pré-sal
“Logo depois que o mundo tomou conhecimento da existência das reservas do pré-sal, o presidente (George W.) Bush disse na imprensa: ‘Não reconheço a soberania brasileira sobre as 200 milhas’. O pré-sal ultrapassa as 200 milhas. Tudo que existe ali para exploração econômica é do País, isso segundo a ONU. Por que o presidente norte-americano recria a IV Frota logo após não reconhecer nossa soberania?”
O comando da IV Frota
“Poderíamos imaginar que a IV Frota vai ter missão humanitária, mesmo custando uma fortuna manter porta-aviões nucleares com 50, 60 e 100 aviões navegando permanentemente nos mares do sul. Mas, por que nomear para o comando o contra-almirante Joseph Kernan, especializado em táticas de guerra submersa e no treinamento de homens-rãs? Um homem que com seus sabotadores deu um banho nas guerras do Afeganistão e do Iraque está à frente da IV Frota para proteger?”
Blackwater no Brasil
“(Após a eleição de Bush), a Hallibourton, contratada pelo governo dos EUA para planejar a redução das despesas do país com as Forças Armadas, criou uma empresa chamada Blackwater — firma de mercenários, com contrato de seis bilhões de dólares e que, só no Iraque, tem 128 mil homens. Eles fazem segurança e matam. Pergunto: Quem está fazendo a segurança das 15 plataformas que a família Bush tem no Brasil, todas vendidas (em licitação) pela ANP? Ainda faço um desafio: vamos pegar um barco e tentar subir numa plataforma. Garanto que vamos encontrar os homens da Hallibourton armados até os dentes e que não vão deixar a gente subir”.
Estranho na selva
“Coronel que até o ano passado comandava batalhão na região da (reserva indígena) Yanomami contou que estava fazendo patrulha em um barco inflável com quatro homens em um igarapé quando avistou um sujeito armado com fuzil. Um tenente disse: ‘Tem mais um cara ali’. Eram cinco homens armados. O tenente advertiu: ‘Coronel, é uma emboscada. Vamos retrair.’ Retraíram. Perguntei: ‘O que você fez?’ Ele disse: ‘General, tive que ir ao distrito, pedir à juíza autorização para ir lá.’ Falei: ‘Meu caro, você, comandante de um batalhão no meio da Amazônia, perto da fronteira, responsável por nossa segurança, só pode entrar na área se a juíza autorizar? Ele respondeu: ‘É. Foi isso que o governo passado (Fernando Henrique) deixou para nós. Não podemos fazer nada em área indígena sem autorização da Justiça”.
15 homens e 10 lanchas
“O coronel contou que pegou a autorização e voltou. Levou três horas para chegar ao igarapé, onde não tinha mais ninguém. Continuou em direção à fronteira. De repente, encontrou ancoradouro, com um cara loiro, de olhos azuis, fuzil nas costas, o esperando. Olhou para o lado: 10 lanchas e quatro aviões-anfíbio, no meio na selva. ‘Na sua área?’, perguntei. ‘É’, respondeu. Ele contou que abordou o homem: ‘Quem é você?”. Como resposta ouviu: ‘Sou oficial forças especiais dos Estados Unidos da América do Norte’. O coronel insistiu: ‘Que faz aqui’. E o cara disse que fazia segurança para uma pousada. Ele perguntou qual pousada? Ouviu: ‘Pertencente a um cidadão americano’. Quinze homens estavam lá, armados. Hallibourton? Blackwater?”
Crise do Petróleo
“Temos (no pré-sal), talvez, a maior jazida de petróleo do mundo. Será que países desenvolvidos vão se aquietar sabendo que o futuro deles depende do petróleo? Os Estados Unidos tem petróleo só para os próximos cinco anos. Tanto é que o país não consome o dele, porque suas reservas são baixas. Passa a pegar o que existe no mundo. Foi assim no Irã, em 1953, quando derrubaram o (primeiro-ministro Mohamed) Mossadegh. Os aiatolás pegaram de volta e agora querem outra vez atacar o Irã. No Afeganistão, deu no que deu. No Iraque, tomaram o petróleo de lá. Agora vem o petróleo do Mar Cáspio e a Georgia (em guerra com a Rússia por território onde passam gasodutos). E no Brasil, como será? Essa (IV) Frota é só amiga? Está aqui só para proteger?”.
Fonte: Blog Projeto S.I.L.I. (Search for Intelligent Life in Internet (Busca por Vida Inteligente na Internet)

Cerra e Paulo Preto na cachoeira. Ou será Alexandre Preto ?

Documentos são forma de colaborar para o depoimento que Paulo Preto prestará à CPI do Robert(o) Civita.


O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante os documentos que se seguem.

É uma forma de colaborar para o depoimento que Paulo Preto prestará à CPI do Robert(o) Civita:

Prezado PHA, tudo beeeeeeeem?

Te encaminho arquivo anexo com um áudio interessante entre o Wladimir Garcez e Toninho (irmão do Perillo) em que falam sobre uma divisão de lotes de licitação e citam que um deles seria de Paulo Preto.

Observo, ainda, que nesse áudio há, aparentemente, uma tentativa de dissimular o nome do Paulo Preto, na sequência chamado, duas vezes, de Alexandre Preto
.


Clique aqui para ouvir o primeiro áudio.

(Ao acessar o link, clique em download e abra o arquivo. A informação serve para todos os arquivos de áudio.)

Clique aqui para ouvir o segundo áudio.


Clique aqui para ouvir o terceiro áudio.


Clique aqui para ouvir o quarto áudio.


TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:13:10 AM27/02/2012 10:13:33 AM00:00:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027450381       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

WLADMIR: não, beleza então. Eu to no RIO TONINHO, ta cortando muito, ta ruim.
TONINHO: continua no 22 e no 29.
WLADMIR: ok, pode deixar.


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TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:11:20 AM27/02/2012 10:12:16 AM00:00:56

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027449845       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
TONINHO: WLADMIR, pode falar.
WLADMIR: ocê me ligou JUNINHO?
TONINHO: eu conversei sobre aquele negócio do ROSSINI lá.
WLADMIR: no ouvi, repete.
TONINHO: conversa nossa com o ROSSINI eu conversei lá.
WLADMIR: oh TONINHO, não ouvi o que falou repete.
TONINHO: perto do ROSSINI. Ta lembrado que nós tivemos junto com o ROSSINI lá na DELTA, voce esqueceu?
WLADMIR: lembrei, lembrei.
TONINHO: ta falando que tem o lote 22, 29, ta cê tranquilo que nós saímos com o 29.
WLADMIR: ah beleza, então. Valeu meu filho, oh valeu TONINHO, vou falar com ele aqui.

CONTINUA PROXIMA LIGAÇÃO


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TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:12:24 AM27/02/2012 10:12:45 AM00:00:21

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027450381       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

WLADMIR: ok?
TONINHO: fala para continuar no 22 porque no 29 tem o PAULO PRETO também. ALEXANDRE PRETO, ALEXANDRE PRETO, ta bom? Cê ganha no 29 e no 22.
WLADMIR: ta ok.

CONTINUA LIGAÇÃO SEGUINTE

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TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:12:51 AM27/02/2012 10:13:02 AM00:00:11

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027449845       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

TONINHO: fala para ficar no 22 e no 29, eu avisei para o pessoal lá.

CONTINUA LIGAÇÃO SEGUINTE

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Agora, sobre o Cerra:



Clique aqui para ouvir o primeiro áudio sobre o Cerra.


Clique aqui para ouvir o segundo áudio sobre o Cerra.



TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@*CARLOS X DEMOSTENES – SERRA/DINO

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
14/05/2009 15:15:42   14/05/2009 15:16:52   00:01:10

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         316010030759739       316010030759739       R

RESUMO
(SECRETARIO DE SEGURANÇA) – CSN – DINO – SERRA – MERCADANTE

DIÁLOGO
D: fala professor
C: Eu tô com o Dino aqui, voce podia olhar com… voce tá com o Serra aí? não?
D: Como é que é?
C: Voce vai estar com o Serra aí hoje?
D: Não, eu já to pegando o avião aqui de volta. Eu vim na Cia Siderurgica Nacional
C: Ah, com o Mercadante né? O Mercadante é que gosta do dono aí . . .
D: Que que voce queria com o Serra?
C: Aquele negocio do Dino, pô … (PNE) … do Rio Grande do Norte, nao falou mais nada. O Serra tinha prometido procê uai.
D: É verdade. É, vamos marcar com ele e venho aqui.
Semana que vem eu venho aqui

C: Marcar pra semana que vem? Pede uma audiência com ele aí, vai com o Dino aí, uai !
D: Tudo bem, vamos marcar.
C: Então voce liga lá, amanhã voce me fala.


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Áudios da Operação Vegas

Cachoeira x Demóstenes     14/05/2009        15h15.42

Cachoeira está com Dino e pergunta se Demóstenes estará com Serra
Cachoeira: Serra tinha prometido para Demóstenes aquele negócio do Dino. Aquele cara  sumiu para o Rio Grande do Norte e não falou mais nada. O Serra tinha prometido procê.
Demóstenes: Semana que vem eu venho aqui
Cachoeira: Pede uma audiência aí com ele, vai com o Dino aí

MNI x NIA    26/04/2009     15h52m32 
Mulher não identificada pergunta se interlocutor está no “Serra”. Ele confirma que sim. Heitor está com ele.

Geovane x HNI        27/04/2009        19h04.53
HNI pergunta se Geovane vai no Serra na quinta-feira


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Clique aqui para ouvir o primeiro áudio sobre Carlos Sanches.


Clique aqui para ouvir o segundo áudio sobre Carlos Sanches.


Clique aqui para ouvir o terceiro áudio sobre Carlos Sanches.



TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@*CARLOSxDEMOSTENES- ECTRO C. SANCHE

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
22/05/2009 16:27:13   22/05/2009 16:28:49   00:01:36

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         316010030759739       316010030759739       R

RESUMO
CARLOS PEDE PARA DEMOSTENES CONVERSAR COM O ESPANHOL CARLOS SANCHES…DIZ QUE “AQUELE QUE EU TE FALEI AÍ, QUE MEXE COM NEGÓCIO DE METRO…COM OS ???” DIZ QUE ELE TÁ AÍ EM SP. COMBINAM AS 6H30 DO CAFE DA MANHÃ. HOTEL MELIA DA JOÃO CACHOEIRA, AP 1105

DIÁLOGO
OBS: ASSUNTO DA LIGAÇÃO CARLOS X EIMAR DIA 11/05 AS 17H26


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TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@CARLINHOSxCHICO-Paulinho líder PDT

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/04/2009 12:05:30   27/04/2009 12:08:53   00:03:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         159-520892-1          1591175026481         R

DIÁLOGO
RESUMO:
CH – diz que terminou reuniões com BESSA  e pessoal lá…, que botou HNI p/ falar com Doutor que está em SÃO PAULO, com PAULINHO líder do PDT…, que está bem favoravel a eles, que é esperar que amanhã ele vai dá uma brigada, que acha que vai ser efetivado
CA – diz que tá excelente…, que HNI está vindo essa semana, que é para pressionar o GORDINHO
HNI – diz que pressionar, que amanhã quando ele chegar lá…, que está pressionando o INDIO lá páaaaa marcar aquele negócio lá commmm, com o cara do INDIO, o GORDINHO quer falar com o cara, o cara tava envolvido com o negócio de maranhão o MARANHÃO lá…, que falou com o INDIO agora e ele disse que de terça p/ quinta ele fala com ele, entendeu?! aí quando o GORDINHO chegar amanhã eu vou ver com ele, porque foi ele que acertou com POLI né
CA – cê fala o SILAS
CH – diz que é, SILAS que ele nomeou o cara lá, botaram um cara lá que vai cuidar do combustível, botou um cara lá colado do ALAN KARDEK, prá resolver os problemas, agora pôrra…, vai ter que resolver os nossos…
CA – é verdade… amanhã………


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TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@CARLINHOSxCHICO-Paulinho líder PDT

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/04/2009 12:05:30   27/04/2009 12:08:53   00:03:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         159-520892-1          1591175026481         R

DIÁLOGO
RESUMO:
CH – diz que terminou reuniões com BESSA  e pessoal lá…, que botou HNI p/ falar com Doutor que está em SÃO PAULO, com PAULINHO líder do PDT…, que está bem favoravel a eles, que é esperar que amanhã ele vai dá uma brigada, que acha que vai ser efetivado
CA – diz que tá excelente…, que HNI está vindo essa semana, que é para pressionar o GORDINHO
HNI – diz que pressionar, que amanhã quando ele chegar lá…, que está pressionando o INDIO lá páaaaa marcar aquele negócio lá commmm, com o cara do INDIO, o GORDINHO quer falar com o cara, o cara tava envolvido com o negócio de maranhão o MARANHÃO lá…, que falou com o INDIO agora e ele disse que de terça p/ quinta ele fala com ele, entendeu?! aí quando o GORDINHO chegar amanhã eu vou ver com ele, porque foi ele que acertou com POLI né
CA – cê fala o SILAS
CH – diz que é, SILAS que ele nomeou o cara lá, botaram um cara lá que vai cuidar do combustível, botou um cara lá colado do ALAN KARDEK, prá resolver os problemas, agora pôrra…, vai ter que resolver os nossos…
CA – é verdade… amanhã………


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Assessor especial do governo Serra foi preso em Natal (RN).

/ On : segunda-feira, novembro 28, 2011 – Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
(do Transparência SP)

Ao denunciar ilegalidades no contrato de inspeção veicular da Prefeitura de SP e a empresa Controlar, a Justiça atingiu Kassab e acabou também acertando Serra. Um dos envolvidos nas fraudes denunciadas em São Paulo e Natal (RN) é suplente de senador e foi assessor da Casa Civil do governo Serra no Estado de São Paulo.
Detalhe: ele cuidava das “indicações/emendas” orçamentárias dos deputados estaduais.

Prisão de João Faustino lança novas suspeitas de corrupção contra Serra e Kassab

(do Correio do Brasil)

Sob custódia da polícia potiguar, o estado de saúde do suplente de senador João Faustino Ferreira Neto é considerado regular pelos médicos da Casa de Saúde São Lucas. O primeiro boletim médico, liberado na manhã deste domingo, esclarece que o político passa bem e deverá receber alta nas proximas horas. Por volta das 15h deste sábado, João Faustino havia reclamado de dores no peito enquanto estava preso no quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Uma vez liberado do hospital, Faustino voltará para a cadeia, nos arredores de Natal.
João Faustino é suplente do senador Agripino Maia (DEM-RN) e homem de confiança do candidato tucano derrotado nas últimas eleições, José Serra. Na época em que Serra ocupava o Palácio dos Bandeirantes, Faustino despachava diretamente com ele. Como subchefe da Casa Civil, era subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador do PSDB. Quando Serra se lançou candidato, João Faustino passou a coordenar a arrecadação de fundos de campanha fora de São Paulo. No Estado paulista, a coordenação era de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, alvo também de investigações da Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos destinados ao complexo viário conhecido como Rodoanel.
A prisão de João Faustino ocorreu na manhã desta quinta-feira, no bojo da da Operação Sinal Fechado, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. O MP investiga supostas fraudes no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte (DetranRN), nas quais o nome de João Faustino aparece como membro da suposta organização criminosa. Policiais militares da Companhia de Policiamento Ambiental (Cipam) realizam a escolta do político, que permanece sob tutela do Estado.
Na manhã deste sábado, os médicos do Hospital São Lucas, nesta capital, divulgaram boletim no qual informam que João Faustino permanece internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital. As visitas estão restritas aos familiares conforme determinação da equipe médica assistente e normas da instituição.

Leia, na íntegra, a nota do Hospital São Lucas:
Informamos que o senhor João Faustino Ferreira Neto encontra-se hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva da Casa de Saúde São Lucas desde as 15 horas do dia 26 de agosto do corrente ano, ora sob tratamento médico especializado. O estado clínico do paciente é regular.
As visitas estão restritas aos familiares conforme determinação da equipe médica assistente e normas desta instituição.Natal, 27 de novembro, Miguel Angel Sicolo – Coordenador Médico, Francisco Edênio Rego Costa – Médico Cardiologista

Sem habeas corpus
Os envolvidos na Operação Sinal Fechado que tiveram a prisão preventiva e temporária decretada seguem detidos no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Nesta sexta-feira, o desembargador Herval Sampaio negou o pedido de habeas corpus impetrado em favor de João Faustino e do empresário Marcus Vinícius Saldanha Procópio. Para o magistrado, o período da prisão temporária – cinco dias – não é suficiente de acarretar sérios prejuízos aos prisioneiros. Juíza da 6ª Vara Criminal de Natal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes também indeferiu o pedido de revogação da prisão de outros sete detentos.
Para o desembargador Sampaio, que substitui o desembargador Caio Alencar no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a prisão de João Faustino e Marcus Procópio torna-se necessária devido à complexidade do caso, em que se investiga uma suposta organização criminosa muito bem estruturada, constituída por pessoas influentes no Rio Grande do Norte que tendem a interferir na busca de elementos probatórios feita pelo Ministério Público. O magistrado acrescentou, em conversa com jornalistas, que a análise do material apreendido até o agora implicará, certamente, na realização de outras diligências, diante da possibilidade do surgimento de novas provas, o que justifica a manutenção dos réus em confinamento.
O desembargador Sampaio também negou o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados de João Faustino. A defesa do ex-parlamentar argumenta, nos autos, que ele é uma pessoa idosa (70 anos) e sofre de problemas cardíacos. Herval Sampaio afirmou que o pedido não se justifica, pois o período de prisão é breve e o tratamento da cardiopatia não será interrompido, pois é feito a base de medicamentos. “A substituição da prisão domiciliar não é cabível em prisão temporária, sob pena do objetivo da mesma perder o seu sentido”, sentenciou.
Na véspera, a juíza Emanuella Fernandes também indeferiu o pedido de revogação da prisão de José Gilmar de Carvalho Lopes, Marco Aurélio Doninelli Fernandes, Nilton José de Meira, Flávio Ganem Rillo, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, Fabiano Lindemberg Santos, e Edson César Cavalcante Silva. Segundo a magistrada, os suspeitos integram a quadrilha que fraudou o Detran/RN e devem permanecer presos para “resguardar toda a investigação criminal que envolve outros elementos de prova que não apenas a busca e apreensão”.

Ex-governadora citada
Entre os denunciantes do esquema de corrupção que piora a situação da direita no país, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, conhecido como Gilmar da Montana, confirmou em depoimento que teria informações sobre atividades ilícitas da ex-governadora Wilma de Faria. Ela e Iberê Paiva Ferreira de Souza, outro ex-governador do Rio Grande do Norte, “receberiam cotas de lucro do consórcio Inspar”, disse Carvalho Lopes aos promotores. A informação divulgada pelo promotor de Justiça Eudo Rodrigues Leite foi confirmada pelos advogados Diógenes da Cunha Neto e Augusto Araújo, que representam o empresário perante a Justiça.
Segundo os advogados, Gilmar não chegou a presenciar a suposta concretização da garantia das cotas de lucro no consórcio Inspar. Porém, em envolvimento com outros membros da suposta organização criminosa, teria ouvido falar que o ex-governador Iberê de Souza e a atual governadora, Wilma Faria, receberiam, cada um, 15% da cota de George Olímpio no consórcio Inspar. Olímpio, apontado como chefe da organização criminosa, detinha 40% do total do consórcio que iria realizar a inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte.
Os advogados de defesa de Gilmar alegam que ele havia ingressado no negócio de forma lícita. Proprietário da construtora Montana, Gilmar foi contratado pelo consórcio Inspar para construir a maioria de suas sedes em todo o Estado. “O empresário foi convidado para construir as sedes. O relacionamento das partes era comercial. Não fazemos parte do consórcio”, disse, nos autos, o advogado Diógenes da Cunha Neto. Apesar das informações liberadas no depoimento inicial, os advogados esclareceram que não existiu oferta de delação premiada, e que este recurso demanda tempo e análise.

Nota de Wilma
Logo após ser lançada ao centro do episódio que abala a aliança conservadora no poder, a ex-governadora Wilma Faria emitiu nota na qual questiona a deflagração da operação do Ministério Público em que seu nome é envolvido. “O envolvimento do meu nome é um ato de absoluta má fé. Não sou ré e as 189 laudas da petição do ministério público mostram que não sou. Não há na peça acusatória nenhuma denúncia que exija de mim pelo menos uma explicação”, alega.
Na nota, ela lança ataques a líderes políticos supostamente interessados em prejudicá-la:
“Desafio que provem qualquer envolvimento da minha pessoa nas denúncias de recebimento de propinas ou de conivência com lobistas”, acrescentou.
O Ministério Público Estadual investiga Wilma Faria por ter enviado projeto de lei referente à inspeção veicular à Assembleia Legislativa do RN, o qual foi supostamente elaborado com a participação ativa de membros da quadrilha.

Filho da ex-governadora
O filho da ex-governadora Wilma, Lauro Maia, aproveitou para também se manifestar após ter sido citado como um dos integrantes do esquema de corrupção. Em nota, ele disse ter sido “surpreendido com acusação infundada”. “Mais uma vez, são construídas ilações a partir de citações feitas ao meu nome por pessoas estranhas ao meu convívio social”, afirma. Por fim, disse esperar “serenamente que a verdade e a justiça ao final prevaleçam”.
Em São Paulo, operação semelhante resultou no bloqueio dos bens do prefeito paulistano, Gilberto Kassab. Tanto na capital paulista quanto em Natal, a polícia investiga a inspeção veicular, no esquema que teria sido criado pela empresa Controlar, do empreiteiro Carlos Suarez, ex-dono da OAS. Em São Paulo, a Controlar teria fechado negócio ainda na gestão Celso Pitta, mas o contrato somente foi validado 12 anos depois, por Kassab. Assim, Suarez conseguiu vender a empresa para a CCR, das empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Na transação, segundo o MP, Suarez teria lucrado R$ 170 milhões. Em Natal, por sua vez, o contrato de inspeção veicular, também feito de forma irregular, renderia R$ 1 bilhão aos empreiteiros durante o prazo de concessão.
Tanto em São Paulo quanto em Natal, as investigações se aproximam de personagens muito próximas ao ex-governador e ex-presidenciável tucano, José Serra
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Em tempo:

Por falar em Cerra: “Será que o Haddad vai tratar a Privataria Tucana na campanha ?”.

FHC: COMO SERIA O BRASIL EM MÃOS TUCANAS?

*150 mil estudantes tomam as ruas de Santiago nesta 3ª feira na maior manifestação dos últimos meses:pedem educação pública, gratuita e de qualidade** 'VEJA': governo do Equador decide processar a revista por calúnia contra um ministro de Estado**Vingança: quem jogou na rede imagens de Aécio Neves embriagado no Rio de Janeiro?

 

Um banco de São Paulo reuniu nesta 3ª feira  três vigas chamuscadas do incêndio neoliberal que ainda arde no planeta: Clinton, Blair e FHC. Que um banco tenha promovido um megaevento com esses personagens  a essa altura do rescaldo diz o  bastante sobre a natureza do setor e da ingenuidade dos que acreditam  em cooptar o  seu 'empenho' na travessia para um novo modelo de desenvolvimento.  Passemos. As verdades  às vezes escapam das bocas mais inesperadas.  Clinton e Blair  jogaram a toalha no sarau anacrônico do dinheiro com seus porta-vozes. Coube ao ex-presidente norte-americano sintetizar um reconhecimento explícito: 'Olhando de fora, o Brasil está muito bem. Se tivesse que apostar num país, seria o Brasil'.O democrata elogiou o Brasil  quase pedindo desculpas por pisotear o ego ao lado do grande amigo de consensos em Washington e de corridas de emergência ao guichê FMI: FHC. (LEIA MAIS AQUI)


Realidade da Educação

O esforço de transformação do sistema educacional deverá ser acompanhado, para ter êxito, por uma política intensa de geração de empregos e de promoção de investimentos. Fazer crer que a educação isoladamente é o maior desafio da sociedade brasileira sem associar a educação à necessidade de aumento da capacidade instalada e do emprego contribui para evitar o debate sobre a concentração de renda e de riqueza, e a urgência cada vez maior de promover sua desconcentração. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.

“Com a divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB ficou provado que o ensino médio público no país não evoluiu em aspecto algum mantendo a mesma nota obtida em 2009, 3,4 numa escala de zero a 10”. Correio Braziliense, 19/8/12, pag. 12

“Mas a proporção dos que atingem um nível pleno de habilidades de leitura, escrita e matemática manteve-se praticamente inalterada entre 2001 e 2011, em torno de apenas 25%. No ensino médio, só 35% dos alunos são plenamente alfabetizados. Maria Alice Setubal, Folha de São Paulo, 15/8/12, pag. A3

“A nossa prioridade é levar a educação integral para as famílias e as regiões mais pobres”. Dilma Rousseff, 20/8/12


1. A educação é extremamente importante do ponto de vista do indivíduo, da sociedade e do Estado. Sua própria existência e seus resultados diferenciam o ser humano dos demais seres vivos.

2. A educação é o conjunto de processos pelos quais se formam o cidadão, o trabalhador, o ser humano.

3. A formação do cidadão se dá pela transmissão dos valores sociais de nacionalidade, de democracia, de igualdade racial e de gênero, de tolerância religiosa, de família e comunidade, de liberdade de expressão.

4. A formação dos trabalhadores se verifica pela transmissão de conhecimento científico e técnico que habilita o indivíduo a desempenhar tarefas produtivas desde aquelas de grande complexidade, tais como a pesquisa científica, até aquelas mais simples que o trabalhador não qualificado executa.

5. A formação do ser humano se faz pela transmissão e assimilação de conhecimentos culturais, de capacidade de apreciação das artes, das manifestações culturais, da filosofia.

6. Na sociedade brasileira, vários são os veículos pelos quais se verifica o processo de educação de crianças, jovens e adultos: a escola, a família, as igrejas, a televisão, a Internet e a rua.

7. A escola se encontra em situação extremamente difícil. A qualificação média dos professores é insuficiente e precária, sendo que há uma enorme maioria de professores “leigos”, isto é, sem formação profissional adequada. Os níveis salariais dos professores são em extremo baixos o que não permite atrair para esta missão indivíduos mais qualificados e submete os professores a jornadas de trabalho estafantes. As instalações escolares se encontram muitas vezes depredadas e o ambiente de convívio nas escolas pode ser desrespeitoso, conflituoso e até violento entre alunos e professores, em decorrência, em parte, da desvalorização social dos professores. Naturalmente, esta não é a situação das escolas de classe média, mas sim das escolas que frequenta a enorme maioria das crianças e jovens brasileiros.

8. A família no Brasil tem poucas condições de transmitir às crianças e aos jovens valores sociais e informações técnicas e culturais. Cerca de 35% das famílias, 22 milhões de lares, são chefiadas por mulheres em geral de baixa renda, de escassa formação educacional e cultural e que tem de trabalhar para manter sua prole, o que as mantém afastadas de suas residências a maior parte do dia. As crianças e os jovens muitas vezes não conhecem seus pais e vivem em ambientes em que predominam habitações precárias, sem saneamento básico, com nutrição e hábitos de higiene inadequados, de grande violência familiar e até de abuso sexual, com as consequências psíquicas daí resultantes.

9. As igrejas de diferentes denominações, com honrosas exceções, difundem e perpetuam preconceitos sociais e sexuais e a desinformação científica como, por exemplo, teorias criacionistas e, às vezes, chegam a estimular o antagonismo religioso, em especial contra as religiões de origem africana. Em alguns casos, pela sua ênfase na exaltação do sucesso, simbolizado pela aquisição de riqueza, contribuem para o enraizamento do individualismo enquanto outras, com sua ênfase na salvação eterna e na aceitação da situação social de desigualdade, são essencialmente conservadoras em uma sociedade que, por suas características, requer grandes transformações.

10. A televisão, como veículo do processo educacional em seu sentido mais amplo, pode ser classificada em TV aberta e TV por assinatura. A principal questão relativa à televisão é a posição hegemônica da TV Globo e de sua rede de repetidoras.

11. A TV aberta é, acima de tudo, uma máquina de propaganda de consumo. Os programas são, em realidade, apenas os intervalos em um fluxo de propaganda que almejaria ser contínuo. Em grande parte, esta propaganda se refere a automóveis, a supermercados, a cosméticos, a bancos e a cerveja. A propaganda é altamente individualista, procurando uma nítida associação do produto ao sucesso sexual e afetivo. Os programas podem ser classificados em programas de auditório, transmissão de eventos esportivos, noticiários, novelas, filmes. Os programas de auditório exibem raridades humanas, comportamentos esdrúxulos, ridicularização de indivíduos, concursos de prêmios. A transmissão de eventos esportivos, do futebol às artes marciais, corresponde ao que os romanos designavam de circo. Os programas de noticiário dão ênfase a crimes, a casos de corrupção, a eventos esportivos.

O noticiário internacional é normalmente pautado pelas agências de notícias estrangeiras, reproduzindo seu material. O patrocínio dos noticiários é feito maciçamente por instituições financeiras o que garante razoável “proteção” contra críticas, em especial nessa época de crise e crimes financeiros. As novelas são o que há de melhor na TV aberta, garantindo um contraponto à maciça divulgação de filmes de baixa qualidade, seriados e programas estrangeiros, esmagadoramente americanos.

12. Na TV por assinatura, a que tem acesso cerca de 50 milhões de brasileiros, a programação é maciçamente de filmes americanos, com alguns canais de noticiário, entre eles a GloboNews, com todo o seu efeito sobre a formação do imaginário e a transmissão de valores e de comportamentos.

13. O brasileiro em média dedica à televisão cerca de cinco horas por dia. Há que fazer duas qualificações. Há aparelhos de televisão que ficam ligados sem que os programas estejam sendo assistidos e há pessoas que assistem efetivamente a mais de cinco horas diárias de TV. 60% das crianças e de jovens até 17 anos, antes ou ao voltar da escola, se dedicam a assistir televisão e sua média efetiva de assistência é de mais de três horas por dia.

14. A Internet, saudada em seu início como um extraordinário avanço nas comunicações, tem efeitos contraditórios, do ponto de vista educacional. De um lado, certamente propicia acesso rápido a informações as mais variadas. De outro lado, se tornou campo de atividades criminosas como a pedofilia, a xenofobia, o racismo, o antissemitismo, o tráfico de drogas etc. Além disto, do ponto de vista das crianças e dos jovens, a Internet ocupa um espaço extraordinário em seu tempo fora da escola devido a sua sedução narcísica pelas redes sociais tais como Facebook, Orkut e outras.

15. Finalmente, a rua. Nela, onde as crianças e os jovens, principalmente os mais pobres, em ambientes física e culturalmente degradados, adquirem hábitos de violência, de criminalidade, de tráfico e consumo de drogas etc. A violência na rua é a regra e ali se transmitem “valores”, que certamente não são os melhores, tais como a esperteza, a malandragem, a força, mas nenhuma informação positiva sobre cidadania, trabalho ou cultura.

16. Na concorrência com a rua, a Internet e a televisão, a escola certamente perde pela dificuldade natural do processo de aprendizado, pela atração do entretenimento fácil da TV, e do narcisismo individualista da Internet e pela desconexão entre o que se ensina na escola e a percepção de sua utilidade pelos alunos.

17. Como não há mesmo no médio prazo possibilidade razoável de modificar o padrão dos programas de televisão, o conteúdo veiculado pela Internet e o nível cultural das famílias a solução para o aperfeiçoamento do processo educativo é a adoção gradual do ensino em tempo integral.

18. A escola em tempo integral permitiria afastar a criança e o jovem da televisão, da Internet e da rua. Em segundo lugar, a própria produtividade seria afetada, pois as mães trabalhadoras estariam mais tranquilas quanto ao que ocorre com seus filhos enquanto elas trabalham. As crianças e os jovens poderiam fazer seus trabalhos escolares, adquirir a disciplina necessária ao estudo e ter na própria escola aulas de recuperação, de suporte e de reforço. Não se trata de implantar regime de horário integral apenas para as crianças e jovens fazerem esportes, ainda que isto seja importante, mas sim para algo essencial: para estudar e aprender.

19. A escola em horário integral não pode ser implementada de uma só vez em todo o Brasil devido ao seu custo e à necessidade de aperfeiçoamento e treinamento dos professores. Seria necessária a organização dessas escolas gradualmente e definir um programa de implantação com acesso democrático a todos as crianças e jovens, com preferência, mas não exclusivamente, para aqueles de menor renda, os afrodescendentes e as mulheres.

20. Naturalmente, enquanto não for definida a carreira de professor com salários correspondentes à importância de sua atividade, a escola de boa qualidade, em horário integral ou não, continuará a ser um privilégio dos brasileiros abastados.

21. O programa do Ministério da Educação de escolas em tempo integral, de sete horas por dia denominado Mais Educação, atende a um total de três milhões de alunos do ensino fundamental, isto é, do 1º ao 9º ano. Há um longo caminho a percorrer, em quantidade e qualidade, pois são 51 milhões de crianças e jovens que se encontram matriculados no ensino fundamental e médio.

22. A educação é extremamente importante para cada indivíduo e para a sociedade. O esforço de transformação do sistema educacional deverá ser acompanhado, para ter êxito, por uma política intensa de geração de empregos e, portanto, de promoção de investimentos. Cada indivíduo certamente poderá melhorar seu nível de renda caso venha a habilitar-se, venha a se educar. Para o conjunto da população, para a população como um todo, a educação isoladamente não leva à melhoria do seu nível de renda médio.

23. O nível de renda médio depende do aumento da produção; o aumento da produção depende do aumento da capacidade instalada, isto é, do número de fábricas, da extensão da área cultivada, do número de empresas de serviços etc.

24. Esta expansão de capacidade produtiva, o que acarretaria em princípio o aumento do emprego, é necessária para que as pessoas que se educam isto é, que se capacitam, venham a encontrar oportunidades de emprego, isto é, encontrem postos de trabalho onde produzir e receber um salário.

25. Caso isto não ocorra, caso a capacidade instalada permaneça igual, apenas haveria uma substituição de trabalhadores, os mais qualificados obtendo os empregos, enquanto que o número total de trabalhadores empregados e a renda média permaneceriam os mesmos. Talvez, até ocorresse um aumento do lucro das empresas na medida em que os trabalhadores, ao se tornarem mais qualificados, aumentassem sua produtividade, já que este aumento de produtividade não corresponderia necessariamente que a um aumento de seus salários.

26. Fazer crer que a educação isoladamente é o maior desafio da sociedade brasileira sem associar a educação à necessidade de aumento da capacidade instalada e do emprego contribui para evitar o debate sobre a concentração de renda e de riqueza, e a urgência cada vez maior de promover sua desconcentração, etapa indispensável para construir um verdadeiro Brasil Maior.