Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Escândalo de manipulação de taxas de juros têm repercussão global.QUANDO O EXTRAORDINÁRIO ACONTECE

Uma das dimensões transformadoras desta crise é romper a esférica blindagem política da qual se valeu o sistema financeiro para impor uma supremacia devastadora  à economia e ao imaginário da sociedade nas últimas décadas. Por razões intrínsecas ao desenvolvimento capitalista, nenhum poder é tão organizado quanto o do dinheiro a juro. Tudo revestido pela força de um cimento midiático que faz seus interesses parecerem uma extensão dos de toda sociedade. A fraude recém descoberta no cálculo da Libor abre uma trinca adicional nesse lacre de muitas camadas. A Libor definiu parte substancial do pagamento de juros da dívida externa brasileira durante décadas. Significa que o país endividou-se  e quebrou nos anos 80, ademais de rastejar socialmente na década seguinte, submetido a uma hemorragia de gastos com juros flutuantes, potencialmente manipuláveis pelos principais interessados em sangrar seu lombo: os bancos credores. Se o Barclays o fez agora para baixo, por que o mesmo não pode ter ocorrido com sinal invertido no passado? Essa era a hipótese de um jornalista que foi fazer seu pos doc em Londres, em 1991. (LEIA MAIS AQUI)

 

Um dia depois de renunciar como diretor executivo do Barclays por causa do escândalo da manipulação de taxas interbancárias, Bob Diamond compareceu perante o comitê parlamentar britânico que investiga o tema. Michael Moran, economista da Universidade de Manchester, explicou à Carta Maior que o impacto de uma manipulação destas taxas alcança todos os rincões do planeta, afetando consumidores individuais ou corporativos. O artigo é de Marcelo Justo, direto de Londres.

Londres - Um dia depois de renunciar como diretor executivo do Barclays por causa do escândalo da manipulação de taxas interbancárias, Bob Diamond não parecia o arrogante mago das finanças que enfrentava o mundo. Nesta quarta, perante o comitê parlamentar britânico que investiga o tema, o Midas estadunidense mostrou-se desorientado, indeciso e defensivo. Uma de duas desculpas foi que o Barclays não era o único que manipulava a taxa; a outra foi que ele só ficou sabendo na semana passada da manipulação sistemática feita por seus próprios “traders”.

Quanto à conversa telefônica que ele teve em plena crise financeira internacional com o subdiretor do Banco Central da Inglaterra, Paul Tucker, Diamond disse que ele não interpretou que Tucker estava pedindo a ele que baixasse sua avaliação das taxas de juro que o banco pagaria por seus empréstimos. “Como pode ser que seu segundo no banco, Jerry de Missier, compreendesse exatamente o oposto e ordenasse aos “traders” que manipulassem os dados?” – perguntaram-lhe vários parlamentares em distintos momentos das quase três horas que passou frente ao comitê. Desconcertado, Diamond respondeu que isso deveria ser perguntado a de Missier que ontem renunciou ao seu posto.

O Barclays é um dos 17 bancos investigados por nove entidades reguladoras de três continentes. Na semana passada, o Commodities Futures Trading Commission (CFTC) e a Financial Service Authority (FSA), reguladores financeiros nos Estados Unidos e no Reino Unido, multaram o Barclays em mais de 400 milhões de dólares, uma bagatela para o que vem aí pela frente. Segundo especialistas, as demandas judiciais que os bancos enfrentam nos Estados Unidos, Europa e Ásia, pelos prejuízos causados, podem envolver somas de centenas de bilhões de dólares. “Há dezenas de milhares de entidades que podem iniciar ações judiciais”, assinalou à imprensa britânica Michael Hausfield, da firma de advogados Hausfeld LLP, que iniciou um processo representando 21 instituições financeiras.

A manipulação da taxa interbancária teve dois momentos. Entre 2005 e 2007, deu-se entre os “traders” que, segundo o informe da FSA, gritavam entre si instruções sobre como emitir cotizações falsas das taxas de juros para aumentar seus lucros. Em um segundo período, entre 2007 e 2009, durante a contração creditícia e a queda do Lehman Brother, essa conduta se converteu em uma tentativa sistemática de melhorar a posição específica do Barclays que, finalmente, precisou que um Fundo Soberano do Oriente Médio o capitalizasse para evitar sua nacionalização.

Bob Diamond e Ruppert Murdoch
O comparecimento de Diamond perante o parlamento lembrou o do magnata multimidiático Ruppert Murdoch no ano passado por causa do escândalo das escutas telefônicas. Assim como ocorreu com Murdoch, os mesmos políticos que competiram para ver quem era o mais servil ante à City, para quem pediam uma regulação mínima, arrancam os olhos agora para exigir sanções e um forte sistema regulatório. Como Murdoch, Diamond representava o poder máximo do mundo das finanças que não respondia a ninguém e fazia fortunas do nada.

O estouro financeiro de 2008 foi o primeiro sinal de que os Midas eram simples jogadores de cassino, cuja sorte tinha chegado ao fim. Mas assim como os meios de comunicação só houve uma reação pública quando se soube que as escutas telefônicas haviam atingido uma família comum que buscava a sua filha sequestrada, com o sistema financeiro somente com o atual escândalo está se aceitando que há uma necessidade urgente de ordenar um sistema sem controle.

Aqui os números mandam. A Taxa Interbancária Libor e a do Euribor são usadas para determinar o preço de transações que envolvem cerca de 500 bilhões de dólares em todo o mundo. No Reino Unido, a manipulação para baixo dessa taxa favoreceu os empréstimos hipotecários e prejudicou os fundos de seguros e pensões. Michael Moran, economista da Universidade de Manchester, explicou à Carta Maior que o impacto de uma manipulação destas taxas alcança todos os rincões do planeta. “Um banco internacional no Brasil toma a Taxa Libor como ponto de referência, ainda mais se se financia nos mercados internacionais. Essa taxa passa depois aos consumidores individuais ou corporativos”, indicou Moran.

Do mesmo modo que com o império midiático de Murdoch a questão é saber quanto sabiam os diretores do Barclays e de outros bancos, e que vínculos tinham com as autoridades reguladoras e o mundo político. No dia 29 de outubro de 2008, em plena crise internacional, Diamond escreveu um email ao então diretor executivo do Barclays, John Varley, comentando sua conversa com o subdiretor do Banco Central da Inglaterra, Paul Tucker. Segundo Diamond, Tucker disse a ele que “estavam recebendo chamadas das mais altas esferas de Whitehall (governo britânico) e que embora soubesse que não precisávamos de conselho, nos disse que nem sempre necessitávamos figurar tão alto em nossas estimativas da Libor”.

Surpreendentemente, quando os parlamentares perguntaram se ele acreditava que Tucker estava sugerindo que baixasse suas estimativas da taxa de juros para quem pedissem dinheiro emprestado, Diamond disse que não. O segundo de Diamond, Jerry de Missier, interpretou exatamente o contrário e indicou aos “traders” que essa era a instrução que vinha do Banco Cental com aparente sanção do governo: manipulem as cifras. Mais surpreendente ainda, Diamond indicou que em nenhum momento ele e de Missier falaram sobre a interpretação que devia ser dada a essa conversação.

Não sabe, não responde
Um dos deputados do comitê de finanças, o conservador David Ruffley, disse a BBC que as respostas de Diamond foram incríveis. “Ou foi cúmplice ou é incompetente. Segundo disse, a primeira vez que soube do todo o escândalo foi na semana passada. Difícil de acreditar que o chefe de um dos quatro bancos mais importantes do Reino Unido não soubesse nada. Se essa é a situação, deus nos livre do que ocorre em outros recantos mais opacos da instituição”, disse Ruffley.

Como fez Murdoch, Diamon se refugiou na ignorância. A Taxa Libor é crucial para todo o sistema financeiro internacional, mas o diretor do Barclays não sabia que, entre 2005 e 2009, seu próprio banco manipulava a informação que fornecia à Associação de Banqueiros britânicos para alterar a taxa de juro. Os deputados perguntaram a Dimanon se ele pensava cobrar os mais de 200 milhões de dólares que correspondiam a sua renúncia no Barclays. Diamond respondeu que essa decisão estava nas mãos da direção do banco. Em nível pessoal, será sua próxima batalha. Em nível do sistema financeiro, uma das tantas escaramuças de uma guerra que recém começa e que, segundo alguns especialistas, durará vários anos.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

Poupança bate recorde e desmoraliza o PiG (*)


A poupança mudou, o rendimento caiu, o juros em geral caíram e o PIG, para variar, se desmoralizou.


Saiu no G1:

Captação da poupança beira R$ 15 bilhões no semestre e bate recorde

Somente em junho, depósitos superaram retiradas em R$ 5,11 bilhões.
Foi o segundo melhor resultado para junho desde 1995, diz BC.

A caderneta de poupança bateu novo recorde no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central: no período, os depósitos superaram as retiradas em R$ 14,85 bilhões, o maior valor para um primeiro semestre.

Até o momento, o recorde de captação líquida era o registrado nos primeiros seis meses de 2010, de R$ 12,24 bilhões. A série históricado BC para a poupança tem início em 1995.

O ingresso líquido de recursos na caderneta de poupança no primeiro semestre superou, inclusive, o resultado de todo o ano passado – quando a mais tradicional modalidade de investimentos dos país captou R$ 14,18 bilhões.

(…)



Como se sabe, o PIG (*) previu o desmanche da poupança depois das modificações que permitiram a queda da taxa de juros.
A poupança mudou, o rendimento caiu, o juros em geral caíram e o PIG, para variar, se desmoralizou.
Quem se desmoralizou também foi o Raul Jungmann do PPS, aquele partido que aderiu à Carta de Vinhos do Fernando Henrique.
Jungmann usou o horário eleitoral gratuito para dizer que o Lula e a Dilma iam fazer o confisco da poupança.
Como se sabe, o eleitor de Pernambuco desempregou o supra citado agitador.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Veja e Serra, antes do pacto de 2005

Na série "O caso de Veja" mostro como 2005 foi um ano de mudanças inexplicáveis da revista em relação a Daniel Dantas. De repente, de grande vilão Dantas torna-se uma vítima, defendida com unhas e dentes pela revista.
O mesmo acontece em relação a José Serra.
Em abril de 2004 o sub-procurador geral da República, José Roberto Figueiredo Santoro, interroga Carlos Cachoeira em plena madrugada no próprio prédio da Procuradoria. O encontro é filmado e aperece no Jornal Nacional. Santoro era o procurador que atuou decididamente em favor de Serra no caso Lunnus - que inviablizou a candidatura de Roseana Sarney nas eleições de 2002.
Na edição seguinte, Policarpo Junior e Alexandre Oltramari saem em defesa de Cachoeira, em uma matéria em que denunciam Serra-Santoro por dossiês contra Roseane, Ciro Gomes e Tasso Jereissati.
No quebra-cabeças para entender a piração midiática, essa peça permite as seguintes conclusões:
1. O pacto Serra-Veja foi posterior a 2004, no mesmo período em que se fecha o pacto Veja-Daniel Dantas. Mais uma coincidência sobre as semelhanças dos dois esquemas - além do esquema midiático que atuava tanto em defesa de Dantas quanto de Serra.
2. Não foi Serra quem aproximou Veja de Cachoeira. Mas, provavelmente, a partir desse episódio, ocorre a aproximação Cachoeira-Veja de Serra.
GovernoMais perguntas e
nenhuma resposta
O escândalo Waldomiro continua
sem solução e já surge outro com
conexões muito complexas


Policarpo Junior e Alexandre Oltramari
O subprocurador-geral da República, José Roberto Figueiredo Santoro, 50 anos, é um homem de múltiplos interesses. É apaixonado por cinema, música clássica e é fluente em quatro idiomas. O subprocurador é sobrinho do físico Alberto Santoro, um dos descobridores da menor partícula da matéria, o top quark, e do músico Cláudio Santoro, autor de catorze sinfonias e um dos grandes maestros brasileiros. Na semana passada, ele apareceu em uma fita cassete, divulgada pelo Jornal Nacional, tentando convencer o bicheiro Carlos Cachoeira a lhe entregar um vídeo no qual um ex-assessor do ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz, é flagrado pedindo propina. Na gravação, feita às 3 horas da madrugada no gabinete de Santoro, ouve-se o subprocurador explicar ao bicheiro que se eles forem vistos juntos tão tarde da noite seu chefe na procuradoria, Cláudio Fonteles, indicado pelo PT para o cargo, poderia desconfiar de seu excesso de zelo. "Daqui a pouco o procurador-geral vai dizer assim: 'P..., você tá perseguindo o governo que me nomeou procurador-geral, Santoro, que sacanagem é essa? Você tá querendo ferrar o assessor do Zé Dirceu, que que você tem a ver com isso?' " (veja os principais trechos da gravação).
Na contagem aritmética simples das abóboras políticas do microcosmo de Brasília, a divulgação da fita em que o subprocurador é grampeado foi um alívio para José Dirceu. Na visão do governo, o conteúdo da gravação deixa claro que houve manipulação política da outra fita, a de vídeo, em que Waldomiro pede ao bicheiro Carlos Cachoeira contribuição para campanhas políticas, além de uma propina. O episódio retratado na fita de vídeo ocorreu há dois anos, portanto, antes de Waldomiro se instalar no Palácio do Planalto. Fora do Palácio do Planalto a visão é outra. O surgimento da nova fita não melhora em nada a situação de quem quer que seja. Ela só ajuda a piorar a situação de um número ainda maior de pessoas. Os últimos acontecimentos em Brasília são terríveis para a imagem do Ministério Público, que até então estava fora do escândalo.  
A guerra das fitas sugere que não existe propriamente um Ministério Público, mas ministérios privados, cujos membros teriam lealdade a interesses partidários, e não compromisso exclusivo com o interesse público. Nessa linha de raciocínio, por seu zelo em meter-se na apuração de um escândalo que acabaria estourando no colo de José Dirceu, ex-homem forte do Planalto, Santoro estaria querendo apenas "ferrar" o governo, e não apurar um crime. Santoro pertenceria então ao ministério privado dos tucanos, os oposicionistas do PSDB. Outros procuradores, como o famoso Luiz Francisco de Souza, que se notabilizaram pelo excesso de zelo em apurar desvios do governo passado, o dos tucanos, e até agora não mostraram nenhum empenho em levantar escândalos de petistas, formariam no outro time. Esses últimos seriam, então, procuradores do ministério privado do PT. Péssimo negócio para os brasileiros.
O governo pode ter razões políticas para comemorar a divulgação do grampo em Santoro, mas os brasileiros só têm a lamentar o que parece ser o uso político de uma instituição que deveria, por sua própria natureza, ser integrada por "intocáveis". Trata-se de uma gangrena institucional, que acaba solapando os princípios republicanos e transformando cidadãos em súditos. Do Ministério da Justiça, saiu a idéia de criar o instituto do controle externo para o Ministério Público, e não só para o Poder Judiciário, e voltou-se a discutir a chamada Lei de Mordaça, que impede procuradores de fornecer quaisquer informações a respeito de investigações em andamento. São idéias que precisam ser amadurecidas e debatidas num clima de serenidade, para evitar açodamentos. Na semana passada, na euforia da comemoração, o ministro da Justiça cometeu a leviandade de dizer que Santoro promovera uma "conspiração" contra o governo. Ora, que conspiração? Se o ministro José Dirceu e todo o governo do PT garantem que não têm nenhuma relação com os apliques de Waldomiro, por que raios a apuração dos crimes cometidos pelo ex-assessor colocaria o governo em risco?
Com mais de vinte anos de trabalho, e há três como subprocurador-geral, penúltimo degrau da carreira, Santoro é um dos membros mais dinâmicos e talentosos do Ministério Público – e um dos mais enigmáticos. Quase nunca aparece em público, não dá entrevistas, só recebe jornalistas para conversas reservadas e não gosta de fotos. Sua discrição é útil para seu hábito de perambular pelos bastidores de investigações com as quais não tem nenhuma ligação funcional. Sendo um dos 62 subprocuradores da República, Santoro só pode atuar em processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Além disso, mas apenas se for designado pelo chefe, pode trabalhar em casos em andamento no Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral. Na interpretação estrita de suas atribuições, Santoro não poderia participar da apuração do caso Waldomiro. Não poderia tomar a iniciativa de colher depoimento, tarefa que deveria ser executada por procurador comum, de primeira instância. Relevando o fato básico de que Santoro estava apurando um crime, o procurador-geral Cláudio Fonteles preferiu ater-se às tecnicalidades que descrevem as funções dos subprocuradores. Fonteles classificou a ação de Santoro de "flagrantemente ilegal".

Marlene Bergamo
SÓ CORDIALIDADE
José Serra, atual presidente do PSDB: garante que não é amigo nem tem intimidade com o subprocurador José Santoro e que mantém com ele "relações cordiais"
Santoro esteve a cargo ou acompanhou com interesse muitos dos casos rumorosos dos últimos tempos, mas nunca apareceu sob holofotes. Em alguns desses casos, houve ganhos políticos diretos ou indiretos para o ex-ministro José Serra. O episódio de maior repercussão ocorreu em março de 2002, quando a polícia invadiu o escritório da empresa Lunus, de Roseana Sarney, em São Luís, flagrando a dinheirama de 1,3 milhão de reais num cofre. A foto do dinheiro exposto sobre uma mesa chocou o país. A ocupação da Lunus foi concebida e planejada em Palmas, capital do Tocantins, onde trabalhava o procurador do caso, Mário Lúcio de Avelar. Na época, Santoro visitou Palmas com freqüência. Dos 28 dias do mês de fevereiro, passou doze na cidade, sempre com a justificativa de acompanhar desvio de dinheiro do sistema de saúde. Há uma sincronia suíça entre suas viagens a Palmas e o andamento do caso Lunus. Santoro estava em Palmas no dia 22 de fevereiro, quando foi apresentado à Justiça o pedido de busca e apreensão na Lunus. Santoro estava em Palmas no dia 1º de março, quando a polícia ocupou a Lunus. "Ele foi o cérebro da operação", denunciou o senador José Sarney. O caso Lunus cortou as chances de Roseana Sarney se candidatar à Presidência da República, em um momento em que ela aparecia em primeiro lugar nas pesquisas.
Na semana passada, com a figura de Santoro na crista da onda levantada pela divulgação das fitas, Sarney voltou a se interessar pelo assunto. Soube que Santoro esteve em São Luís nos dias anteriores à invasão da Lunus, em viagem até agora desconhecida. De um amigo, Sarney recebeu um boleto do hotel Abbeville, em São Luís, no qual se lê que Santoro esteve na capital do Maranhão entre os dias 17 e 18 de fevereiro de 2002, participando de uma "convenção", segundo informou no boleto do hotel. Na lista oficial das viagens de Santoro, não há essa ida a São Luís. No dia seguinte, 19 de fevereiro, Santoro estava de volta a Palmas. "Eu já havia alertado sobre isso há tempos", diz Sarney. "O comportamento do Santoro é uma traição a uma instituição séria como o Ministério Público."

Antonio Milena
Joedson Alves/AE
POR SÃO LUÍS...A dinheirama apreendida na Lunus e a ex-candidata presidencial Roseana Sarney: oficialmente fora do caso, Santoro esteve em São Luís e Palmas alguns dias antes do bote da polícia no escritório da Lunus
...E TAMBÉM POR FORTALEZADepois de sofrer uma investigação, Tasso Jereissati soube que Santoro foi a Fortaleza para ver se a tal investigação colhera algo sobre Ciro Gomes, então presidenciável
Em 2001, quando ainda disputava a indicação presidencial pelo PSDB com Serra, o hoje senador Tasso Jereissati passou por maus bocados. Em dezembro daquele ano, descobriu que estavam investigando sua vida e percebeu o súbito aparecimento de notinhas maldosas nos jornais. Era uma armação dos próprios tucanos? Na dúvida, Jereissati foi ao Palácio da Alvorada reclamar com o presidente Fernando Henrique. No jantar, ele quase saiu aos sopapos com o então ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, a quem acusou de agir com "safadeza e molecagem" por colocar agentes federais em seu encalço. Na semana passada, Jereissati voltou ao assunto e, tal como Sarney, descobriu uma novidade: o ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, Wilson Nascimento, confirmou-lhe que, em 2001, quem estava no seu calcanhar era o delegado Paulo de Tarso Teixeira, da PF. "O delegado estava buscando indícios de envolvimento do Tasso com lavagem de dinheiro", conta Nascimento. A investigação foi encerrada sem que se descobrisse nenhuma novidade, mas não parou aí.
No início de 2002, quando Jereissati já desistira de concorrer à Presidência, Santoro fez uma visita a Fortaleza, onde se encontrou com o procurador José Gerin. Queria saber se a investigação de lavagem de dinheiro sobre Jereissati, feita no ano anterior, encontrara algo contra Ciro Gomes. "Santoro passou uns três dias aqui", conta Gerin, que ainda trabalha em Fortaleza. "Ele estava atrás de alguma coisa sobre um doleiro. Surgiu uma especulação de que esse doleiro tinha alguma coisa com o Ciro Gomes." No início de 2002, Jereissati já estava fora da disputa presidencial e Ciro Gomes era mais candidato que nunca. Claro que, na época, Serra tinha interesse político em enfraquecer Ciro Gomes, assim como antes quis afastar Jereissati da disputa presidencial, mas nada disso autoriza acusá-lo de estar por trás das dissimuladas andanças de Santoro. Jereissati, no entanto, ao saber desses novos detalhes, não se conteve. "Estou estarrecido", disse. "Achava que essas coisas vinham de grupos que apoiavam esta ou aquela candidatura. Hoje, não tenho certeza. Espero que minhas suspeitas sobre a origem de toda essa perseguição não estejam corretas." Na quinta-feira passada, Serra ligou para Jereissati para lhe dizer que desconhecia essa história.

Joedson Alves/AE
Sérgio Dutti/AE
PRESSÃO NA MADRUGADACarlos Cachoeira esteve no gabinete de Santoro até a madrugada, mas saiu sem entregar o vídeo de Diniz
NA LINHA DE FRENTEO procurador Marcelo Serra Azul, um dos mais fiéis colaboradores de Santoro: ele aparece; o outro não
No fim de 2001, um dos mais conhecidos lobistas de Brasília, Alexandre Paes dos Santos, deixou vazar que teria provas de que dois funcionários do Ministério da Saúde, então capitaneado por Serra, estavam achacando o presidente de um laboratório farmacêutico com o objetivo de fazer caixa para a campanha presidencial do tucano. Ao saber do assunto, Serra convocou Santoro ao seu gabinete e pediu providências. Em vez de investigar os dois suspeitos, Santoro mirou no lobista, mas o fez da forma habitual – disfarçadamente. No caso, recorreu a um dos seus auxiliares mais fiéis, o procurador Marcelo Ceará Serra Azul. "Ele me passou o caso, sim", confirma Serra Azul. De posse de um mandado judicial, Serra Azul invadiu o escritório do lobista e recolheu pencas de documentos, entre eles a célebre agenda que continha informações escaldantes – até códigos dos pagamentos de propinas a parlamentares. A agenda chegou a passear pelo Ministério da Saúde, pousando de mão em mão. "Eu precisava identificar todos os nomes de funcionários citados na agenda", diz Serra Azul, ao admitir que levou a agenda ao ministério. "Como eu iria fazer isso sem a ajuda do governo?", explica. Talvez ele pudesse pedir a lista de todos os funcionários do ministério para cruzar com os dados da agenda, não? "Demoraria séculos", responde.  
José Serra diz que conheceu Santoro por indicação de Geraldo Brindeiro, procurador-geral no governo de FHC. "Nunca foi meu amigo. Temos relações cordiais. Só isso", diz Serra. O ex-ministro afirma que jamais viu a agenda, nem soube que ela esteve circulando pelo ministério. "Se soubesse mandaria imediatamente devolver sem olhar", diz. O fato é que, com a exótica investigação, na qual se invadiu o escritório do denunciante e levaram-se as supostas provas ao denunciado, nunca mais se falou sobre a tal extorsão dos funcionários da Saúde. É lamentável que a saúde política do país fique flutuando ao sabor de fitas nas quais um subprocurador enxerga o potencial de "ferrar" o ministro-chefe da Casa Civil e pelas quais o próprio governo se sente ameaçado a ponto de ver em seu tráfego uma "conspiração".

O que falta explicar no caso Santoro
• No decorrer de sua carreira, o subprocurador parece ter se esmerado em casos que sempre resultaram em situações positivas para o PSDB, em especial para José Serra. Isso é mera coincidência?
• A parte do diálogo em que Santoro diz que seu chefe pode achar que ele quer "ferrar" o ministro Dirceu dá a entender que o Ministério Público trabalha com motivação política. Como se pode conter o uso político do MP daqui para a frente?
• O subprocurador foi grampeado pelo bicheiro Cachoeira, que ele investigava. Sobre isso não há dúvida. Como a fita vazou é outra história. Até agora só existem versões. Nenhuma confiável.

O que falta explicar no caso Waldomiro
• José Dirceu, ministro da Casa Civil, prometeu botar os pingos nos is no caso Waldomiro Diniz, mas, passados cinqüenta dias, não se esclareceu nada: como um sujeito envolvido com bicheiros pôde ser instalado no coração do Palácio do Planalto?
• Como Dirceu pôde conviver doze anos com Waldomiro sem jamais desconfiar de seu caráter – e ainda ignorar o primeiro alerta sobre suas irregularidades, surgido no ano passado?
• A sindicância do Palácio do Planalto concluiu que Waldomiro Diniz usou o cargo na Casa Civil para traficar influência junto à CEF, na renovação de um contrato da GTech. Waldomiro agia por contra própria ou era peça de uma engrenagem financeira maior?

"Entrega a fita"
No trecho abaixo, o subprocurador José Roberto Santoro tenta convencer o bicheiro Carlos Cachoeira a lhe entregar a famosa fita de vídeo em que Waldomiro Diniz, ex-assessor do Palácio do Planalto, pede propina.  
SANTORO – Faz o seguinte: entrega a fita, não depõe, diz que vai depor mais tarde pra ver o que que aconteceu, porque aí você acautela que você colaborou com a Justiça, entregou a fita, acautelou prova lícita, o cacete a quatro... Aí você avalia o tamanho do cafofo... Aí você diz: "Aí eu quero falar..."

Nas mãos do governo
Sem querer entregar a fita, Cachoeira sugere que a Polícia Federal faça uma operação de busca e apreensão em sua casa e pegue a fita. Assim, ele, Cachoeira, não se comprometia e o subprocurador Santoro teria a fita que tanto desejava. Santoro não concorda sob o argumento de que a fita desapareceria nas mãos do governo:  
SANTORO – A busca e apreensão vai ser feita pela Polícia Federal, a Polícia Federal vai levar a fita... é isso?... A primeira coisa que vai ser, vai ser periciada e a primeira pessoa que vai ter acesso a essa fita é o Lacerda (refere-se a Paulo Lacerda, diretor-geral da Polícia Federal). O segundo é o ministro da Justiça, o terceiro é o Zé Dirceu e o quarto, o presidente.

"Que sacanagem é essa?"
Diante da resistência de Cachoeira, Santoro comenta que ele mesmo está se expondo na conversa, mantida em plena madrugada no prédio da Procuradoria-Geral da República, de tal modo que pode ser flagrado, a qualquer momento, por seu chefe:
SANTORO – Daqui a pouco o procurador-geral vai dizer assim: "Porra, você tá perseguindo o governo que me nomeou procurador-geral, Santoro, que sacanagem é essa?... Você tá querendo ferrar o assessor do Zé Dirceu, que que você tem a ver com isso?..." Aí eu vou dizer: "Não, eu não tenho nada... tô ajudando... " ..."Porra, ajudando como? Você é um subprocurador-geral, você não tem que ficar na madrugada na procuradoria tomando depoimento dos outros..."

"Pra ferrar o chefe da Casa Civil"
Como Cachoeira não concordasse em entregar a fita, Santoro volta a dizer que seu chefe está prestes a chegar ao trabalho e poderá flagrá-lo tomando um depoimento comprometedor para o governo:  
SANTORO – Estourou o meu limite. Daqui a pouco o Cláudio chega (refere-se ao procurador-geral Cláudio Fonteles), chega às 6 horas da manhã, vai ver teu carro na garagem, vai saber o que tem e vem aqui... e vai ver um subprocurador-geral empenhado em derrubar o governo do PT... Três horas da manhã, bicho! Ele vai vir aqui na minha sala, ele é meu amigo, ele vai vir aqui, e vai ver eu tomando um depoimento pra... desculpe a expressão... pra ferrar o chefe da Casa Civil da Presidência da República, o homem mais poderoso do governo, ou seja, pra derrubar o governo Lula... A primeira coisa que ele vai dizer é o seguinte: "O Santoro é meu inimigo, porque ele podia, como meu amigo, ter ligado pra mim e ter dito assim: 'Olha, vai dar porcaria pro Zé Dirceu' ".

"Ou você não acha que eu podia dar busca
e apreensão na tua casa em Anápolis"
Em outro trecho, Santoro diz a Cachoeira que poderia ter dado mandado de busca e apreensão na casa do empresário em Anápolis.
SANTORO – "Ou você não acha que eu podia dar busca e apreensão na tua casa em Anápolis, e isso eu perdia uma semana... eu poderia ter dado busca e apreensão na tua casa em Anápolis, podia ter dado... agora, tu imagina a violência... o cara fala: "nego tem filho, tem mulher, Santoro, (ele) sentou contigo, por favor"...você acha que eu não chegaria e falaria: "olha, o (barato)"... se eles não tivessem... vamos dar uma geral no cara... a Federal tinha arrebentado em cima de Anápolis, principalmente sabendo o conteúdo da fita... tinham pego essa fita e você sabe o que que eles iam dizer? Eles iam pegar documento na tua casa, carteira de identidade da tua mulher, e essa fita nunca ia aparecer, tá?... porque se eles soubessem que não fariam... (medo do) Lacerda... desculpe, ele vai ficar puto comigo, a instituição dele não é bem assim... mas em toda casa tem bandido, você sabe disso, não é não?...


Luis Nassif

Os grampos falsos nos tribunais superiores

Alguns elementos para algum historiador que, no futuro, se debruce sobre a biografia de José Serra.
A comunicação falsa de grampos telefônicos contra autoridades do Judiciário tem sido um dos principais instrumentos de comoção política no país.
Há três casos expressivos:
1. O grampo sem áudio envolvendo o então presidente do STF Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres.
2. A falsa comunicação de grampo no STF, feita à revista Veja pelo próprio pessoal de Gilmar e que resultou no factóide "A República do Grampo".
3. A denúncia do ex-coronel do SNI Ênio Gomes Fontenelle de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tinha sido alvo de escutas telefônicas em 2006. Fontenelle foi denunciado por falsidade ideológica por ter inventado o grampo.
O que os três casos têm em comum? Os personagens guardam estreitas ligações com o ex-governador de São Paulo José Serra.
No caso de Fontenelle, é ligado a Marcelo Itagyba e foi contratado por Serra quando Ministro da Saúde e, depois, quando governador de São Paulo. Por aqui, a Fence teve autorização para monitorar todas as comunicações do governo, atuando diretamente no coração da Prodesp - o centro de processamento de dados do estado.
Aqui, matéria do Viomundo sobre a contratação da Fence em São Paulo.
 
Aqui, matéria do G1 mostrando o indiciamento de Fontenelle em 2006.
 
Luis Nassif

Por que o diretor de tv deixou a mulher em quadro ? Porque devia estar dormindo, respondeu o amigo navegante.

CPI convoca Paulo Preto. (E o Cerra também)


Cerra e Paulo Preto vão ter que explicar o que fizeram com o Cavendish na marginal (sic).

A CPI tarda, mas não falha

Saiu no UOL:

CPI do Cachoeira aprova convocação de Cavendish e Pagot para depor


Os integrantes da CPI do Cachoeira aprovaram nesta quinta-feira (5) a convocação do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente e sócio da Delta Construções S.A, para prestar esclarecimentos sobre as atividades da construtora com o esquema de corrupção, chefiado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que envolvia políticos e empresários.

Também foi aprovada a convocação do ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e de mais cinco testemunhas: Adir Assad, Andréa Aprígio, Paulo Vieira de Souza, Paulo Moreira Lima e Raul Filho. As datas dos depoimentos ainda não foram definidas.

A maioria dos convocados tem relação com a empresa Delta: Pagot se colocou à disposição da comissão para contar o que sabe a respeito dos contratos do órgão com a construtora; Adir Assad é o dono da empresa Rock Star, que recebeu recursos da Delta; e Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, é ex-diretor da Dersa (que tinha contratos com a Delta).

Paulo Preto ganhou notoriedade depois que a então candidata do PT em 2010 à Presidência, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede Bandeirantes, citou um desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto em empreiteiras e depois desaparecido.

(…)


Cerra e Paulo Preto vão ter que explicar o que fizeram com o Cavendish na marginal (sic).
O Cerra vai ter que explicar que história é essa de o Pagot acusá-lo de ficar com a parte do leão nas empreitagens.

Paulo Henrique Amorim

Lula e Dilma põem dente no banguela do Brizola



“Dar dente ao banguela” talvez seja uma forma de entender a passagem do trabalhismo brizolista ao de Lula e Dilma.

Será que o Merval explica ?

Saiu no Ancelmo, na pág. 20 do Globo:


O Ministro Alexandre Padilha, da Saúde, anuncia hoje que foram produzidas no Brasil, em 2011, 340 mil próteses dentárias, 85% a mais do que em 2010.

De janeiro a abril deste ano, já foram feitas 102 mil. A meta é chegar a 400 mil até dezembro.

No importante ensaio “Brizolismo – estetização da política e carisma”, de João Trajano Sento-Sé, da Editora FGV, 1999, há um capítulo de título “O sorriso do banguela”.
Começa assim: “Em publicação de campanha solicitada à biografia de Brizola, José Arthur Poerner fez a seguinte observação: ‘os comícios do Brizola são o lugar de maior concentração de desdentados por metro quadrado do Brasil’ ”.
Daí, Sento-Sé parte para analisar um componente central da “ideologia” brizolista: a opção pelo pobre tinha a sua estética – “a figura expressiva e perturbadora do riso ou grito sem dentes, a boca escancarada do banguela, que representa o homem destituido da … cidadania e dos bens em que ela implica.”
“Tratar o brizolismo …  significa em grande parte … entender a metáfora do banguela, símbolo e síntese da massa de excluídos da sociedade brasileira e do próprio brizolismo.”
“Dar dente ao banguela” talvez seja uma forma de entender a passagem do trabalhismo brizolista ao de Lula e Dilma.
Mas, aí já fica complicado demais.
Vamos esperar o sociólogo Fernando Henrique Cardoso e seus mervais discípulos explicar num daqueles notáveis ensaios no Estadão e no Globo.
Onde nunca faltaram dentes, especialmente os caninos.

Paulo Henrique Amorim

COLONISTA AMESTRADO E FARSANTE



MERVAL IMORTALIZADO PELA FARSA
Já que está tão indignado com a crise das alianças, “que explicita uma maneira de fazer política que não tem barreiras morais e contagiou toda a política partidária, deteriorando o que já era podre”, MERDAL Pedreira poderia expor os bastidores da campanha que o levaram a ser um “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL), desbancando ninguém menos do que o talentoso e de respeito internacional, escritor baiano ANTONIO TORRES. Ou será que a “poderosa” REDE GLOBO não se meteu nesta eleição? O QUE A GLOBO OFERECEU À ABL? Como se justifica esta autêntica “FARSA HISTÓRICA” com um COLONISTA AMESTRADO que escreveu dois “livros”, um a QUATRO MÃOS com outros da mesma escória, e outro com ENTULHO DE EDITORIAIS encomendados pelos MARINHOS enaltecendo a DITADURA, A PRIVATARIA, esculhambando, denegrindo e achincalhando o ex-presidente LULA e a campeã de popularidade, DILMA?
Pensem numa cena do SARNENTO Ribamar que “derrotou” MARIO QUINTANA - uma das maiores expressões literárias da língua portuguesa – entregando a espada para MERDAL PAULEIRA, que conseguiu mais votos do que o mundialmente festejado ANTONIO TORRES ?!
Onde será que o ‘COLONISTA AMESTRADO DA GLOBO enfiou a espada oferecida pelo SARNENTO MORIBUNDO DE FOGO do Maranhão, Estado mais pobre e vilipendiado do BRASIL?
Fonte: Blog JenipapoNews

@@@@@@

Merval Pereira, “COLONISTA AMESTRADO” dos Marinhos, tão preocupado com a política de alianças nos últimos anos, só não consegue explicar porque o LULA, com a sua “SUCESSÃO DE ERROS”, conseguiu se ELEGER e REELEGER presidente e ainda garantiu a VITÓRIA de sua SUCESSORA, Dilma Rousseff. Isto apesar de toda a campanha de satanização da CACHOEIRA da mídia de ESGOTO DO PIG, a quem ele presta serviços de REPORCAGENS ENCOMENDADAS. (Blog do Miro)

LEIA MAIS: ATURDIDO, NERVAL CANSEIRA SEU ÍDOLO DEMÓSTENES A ALEGAR QUE É DOIDO !

Pensem numa cena do SARNENTO Ribamar que “derrotou” MARIO QUINTANA - uma das maiores expressões literárias da língua portuguesa – entregando a espada para MERDAL PAULEIRA, que conseguiu mais votos do que o mundialmente festejado e respeitado ANTONIO TORRES ?! Onde será que o COLONISTA AMESTRADO DA GLOBO enfiou a espada oferecida pelo SARNENTO MORIBUNDO DE FOGO do Maranhão, Estado mais pobre e vilipendiado (pelo Sarnento) do BRASIL?
“JORNALISTA BANDIDO, BANDIDO É” (Delegado da PF Protógenes Queiroz)


Internet supera a TV no Brasil

 


BRASILEIROS DEDICAM CADA VEZ MAIS TEMPO À REDE E MENOS À PROGRAMAÇÃO DAS EMISSORAS DE TELEVISÃO; FENÔMENO SÓ AINDA NÃO FOI PERCEBIDO PELOS ANUNCIANTES, QUE CONCENTRAM INVESTIMENTOS NA TV ABERTA, ONDE RECEBEM PARTE DO DINHEIRO GASTO DE VOLTA, COMO BONIFICAÇÃO.

 

Um estudo inédito feito pela IAB Brasil em parceria com a Score.com revela que a internet já é a mídia mais consumida no país, hoje com 80 milhões de internautas e crescendo a cada dia.
Segundo o levantamento "Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia", que investigou a importância crescente da web na rotina dos brasileiros, mostra que a internet é considerado o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados. As pessoas ouvidas pelo instituto são usuárias da rede, têm entre 15 e 55 anos - 51% homens e 49% mulheres.
Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados passam, pelo menos, duas horas por dia navegando na internet (por vários dispositivos digitais), enquanto apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo TV.
A internet aparece como a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região quando se tem pouco tempo livre, somando 62%. Em casa, a web é mais acessada em casa pela manhã quando 69% se conectam, 78% também acessam à tarde e 73% à noite. E também é a mídia mais popular em todos os demais lugares como trabalho, escola, restaurantes, shoppings e na casa de amigos.
“Todos os dados confirmam a expansão do mercado, que tende a se acentuar com as iniciativas de ampliação do acesso a banda larga e também ao aumento da base de smartphones. Estamos apenas no limiar de uma grande transformação”, disse Fabio Coelho, presidente do IAB.

O embaixador do golpismo

Bem, com tanta gente sofrendo de insônia, quem sabe agora a Globo não encontre um nicho com o programa da Fátima.— Zhungarian Alatau

 Rubens Barbosa, não por acaso ex-representante tucano em Washington, hoje arranchado em 'consultoria' na Fiesp,é o porta-voz da frente regional pró-golpe paraguaio e a garganta mais ativa pró-livres mercados na região**ao lado de Serra, fez da Fiesp um bunker anti-ingresso da Venezuela no Mercosul**falando pelos cotovelos, vocaliza interesses conservadores locais e americanos e ataca o governo argentino, em conexão com a direita portenha** o Itamaraty silencia. 

Venezuela no Mercosul:
Mujica não é bobo

“O Uruguai não podia vetar o eventual ingresso da Venezuela”, disse Mujica.

Saiu na Folha (*):

Mujica admite que política pesou mais na decisão sobre a Venezuela


“O presidente uruguaio José Mujica disse que “elementos políticos” pesaram mais que “elementos jurídicos” na decisão de aprovar o ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul.

(…)

“Eu sou o responsável [pela posição do Uruguai na reunião do Mercosul] e não o chanceler.

(…)

Em relação ao imbróglio do Mercosul, Mujica disse que, durante a reunião reservada entre os três dirigentes –Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e ele– surgiram “novos elementos políticos” que levaram à decisão de aprovar o ingresso da Venezuela.

(…)

Mujica reservou suas palavras mais duras para o Senado paraguaio, que votou pela destituição de Fernando Lugo no final de junho.

“Esse mesmo Senado que há cinco anos (…) [nega] o ingresso da Venezuela ao Mercosul com argumentos imorais e triviais, agora destitui um presidente, o substitui como quem troca de camisa, e desconhece o pedido de mais de uma dezena de chanceleres”, afirmou.

A declaração faz referência à comissão de representantes diplomáticos que procurou se reunir com parlamentares paraguaios antes do julgamento político.

A Venezuela, declarou, “é muito mais que um governo, é uma nação irmã exportadora de energia e compradora de comida. E ficamos muitos anos mendigando ao Senado paraguaio para que permita o ingresso no Mercosul”, acrescentou.

“Em virtude disso, o Uruguai não podia vetar o eventual ingresso da Venezuela, quando foi o parlamento uruguaio que decidiu aprovar sua incorporação”, concluiu.



Sobre a (diria a Folha (*)) alegada crise criada pelo PiG (**) brasileiro em torno da entrada da Venezuela no Mercosul, leia a entrevista de Marco Aurélio Garcia ao ansioso blogueiro.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O Zé e o BIS


ANTONIO DELFIM NETTO

Meu compadre Zé, sujeito arretado, trabalhador honesto e temente a Deus, ganha com seu trabalho duro cerca de R$ 1.200 por mês. Pagava R$ 200 de aluguel. Cuidadoso, não tinha qualquer dívida. Não constava nas estatísticas dos bancos e muito menos na de devedores duvidosos.

Foi tentado pelo Diabo. Comprou uma residência no programa Minha Casa, Minha Vida e hoje paga R$ 200 de prestação. De acordo com a mistificação estatística a que todos somos sujeitos, o Zé está agora altamente endividado! Num fechar de olhos, passou de virtuoso não devedor a um suspeito inadimplente potencial que deve 20% da sua renda! Pobre do Zé. Quem mandou ser ambicioso!

Isso não é uma parábola. Há milhares de Zés "exagerando" no crédito porque essa é a sua "riqueza"! Isso impressionou alguns economistas locais e acabou sendo ouvido em Basileia. Foi expresso no relatório anual do Bank of International Settlements, o famoso BIS.

O assunto causou comoção. Os economistas do BIS contam-se entre os mais bem apetrechados do mundo. E justamente. Sempre mantiveram distância da vertigem cientificista. De fato, em 2005/2006, seus trabalhos deixavam claro que a aparente calmaria que o Fed atribuía às virtudes da sua política monetária escondia perigos insuspeitados.

Eles e mais meia dúzia de bons profissionais alertaram para a crise que se construía num sistema financeiro cuidadosamente desregulado em nome de uma suposta "ciência". É preciso, portanto, ouvi-los quando falam.

O aumento do endividamento das famílias no Brasil é mencionado ligeiramente nas págs. 26 a 30 do relatório, sempre com muito cuidado. Não há qualquer observação com conotação negativa. Aliás, a comparação das taxas de crescimento da relação crédito/PIB é tratada corretamente: "O rápido crescimento do crédito não é necessariamente ruim. Os sistemas financeiros de alguns países emergentes ainda são relativamente subdesenvolvidos e muitas famílias e empresas estão fora deles. Assim, o rápido crescimento do crédito pode refletir tanto um desenvolvimento financeiro quanto um excesso" (pág. 28).

Como deveria ser óbvio, o aumento da relação crédito/PIB de 25% para 50% em poucos anos no Brasil não pode e não deve ser considerado um "excesso", porque ainda temos uma das menores bancarizações do mundo. E como aumentá-la senão fazendo o crédito crescer mais do que o PIB?

Houve, seguramente, algum excesso no setor de automóveis que foi agravado pela imbecilidade que atingiu o sistema de leasing. O que ninguém falou é que na pág. 30 do relatório (gráfico III.7) o BIS mostra a higidez do sistema bancário brasileiro.


 
 

Entenda o PSDB em apenas uma nota




Publicado por Renato Rovai em Geral

Leia abaixo a nota do PSDB assinada pelo presidente do partido, deputado federal Sérgio Guerra, sobre a situação política do Paraguai.
“O PSDB assiste, com preocupação, à reação do governo brasileiro aos fatos ocorridos recentemente no Paraguai – a saída de Fernando Lugo da Presidência da República e sua substituição por Federico Franco.
Entendemos que, a despeito da velocidade do processo, não houve rompimento das leis do país, tampouco ataque à ordem vigente na nação vizinha. Tanto que o próprio Lugo reconheceu e aceitou a decisão do Legislativo, que também foi referendada pela Corte Suprema de Justiça do Paraguai.
Diante deste quadro, acreditamos que o governo brasileiro age de maneira precipitada quando defende – ou mesmo implementa – sanções ao Paraguai na Unasul e em outras instâncias internacionais.
A autodeterminação dos povos, princípio que rege as relações internacionais do Brasil desde que nos tornamos uma Nação independente, deve também prevalecer neste caso.
Chama-nos a atenção, além disso, a discrepância entre o tratamento concedido pelo governo brasileiro ao Paraguai e o destinado a nações como Cuba, Venezuela e Irã. Parece que, aos olhos do PT, a autodeterminação de uma população vale em alguns casos, e não em outros. O mesmo partido que chama de golpe a substituição de Lugo aplaudiu Lula quando seu líder ironizou as fraudes eleitorais no Irã, tratando as manifestações pela democracia no país asiático como “briga de flamenguistas e vascaínos”.
O PSDB respeita a decisão do Legislativo paraguaio e ressalta que defende a democracia em todas as nações”